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O Globoplay está oficialmente entrando no gênero de terror com o lançamento de ‘Reincarnate’ (Reencarnar), sua primeira série original do tipo. A produção será exibida no prestigiado Berlinale Series Market Selects deste ano, antes de sua estreia oficial na plataforma.
Com nove episódios, ‘Reincarnate’ acompanha Túlio, um ex-policial que, após 18 anos de prisão por matar seu parceiro, Caio, busca recomeçar sua vida. No entanto, seus planos são interrompidos por um adolescente que afirma ser a reencarnação de Caio. Juntos, eles embarcam em uma jornada para desvendar o assassinato, encontrar o verdadeiro culpado e restaurar a honra de Túlio.
A série se passa no interior do Brasil e tem um elenco de estrelas, que inclui nomes como Taís Araújo (‘Amor de Mãe’), Julia Dalavia (‘Pantanal’) e Grace Passô (‘O Dia Que Te Conheci’).
A direção artística é assinada por Bruno Safadi, enquanto o roteiro é fruto de um trabalho coletivo de Juan Jullian, Igor Verde, Elísio Lopes Jr, Amanda Jordão e Flávia Lacerda.
Em entrevista à Variety, os roteiristas enfatizaram o cuidado em criar um thriller de gênero que, ao mesmo tempo, refletisse a autenticidade da cultura brasileira.
“Esta é uma série sobre identidade que faz a pergunta humana mais fundamental: quem sou eu? A identidade é uma ilusão poderosa, e nos apegamos a ela de tal forma que, se alguém tem uma identidade diferente da nossa, tentamos invalidá-la em vez de aproveitar a diversidade”, diz Verde. “Isso está na raiz da necropolítica e da ideia de quem pode morrer e quem pode viver. Nesse sentido, não há ponto de partida melhor do que a morte”.
“Os brasileiros amam o terror, mas nem sempre conseguem se ver nessas produções”, continua Jullian. “Nossos personagens lutam contra forças sobrenaturais, mas também cantam karaokê em um bar e sofrem por um coração partido. Também temos um elenco que reflete a pluralidade do nosso país, com a maioria dos nossos atores sendo negros, algo que não era realidade por muito tempo na televisão brasileira. Vejo isso como uma grande vitória, ter a oportunidade de contar uma história sobrenatural para o nosso país com protagonismo negro e LGBTQIA”.