No último dia 08 de novembro, foram revelados os indicados à 67ª edição do Grammy Awards.
Dentre as principais categorias, a de Álbum do Ano é facilmente a mais aguardada pelos fãs e pelos artistas nomeados – e, disputando o gramofone dourado, estão nomes como Beyoncé, Charli XCX, Sabrina Carpenter e Taylor Swift.
Pensando nisso, preparamos uma lista especial ranqueando todos os álbuns indicados à categoria em questão.
Confira abaixo e conte para nós qual o seu favorito para conquistar o prêmio máximo da noite:
8. THE TORTURED POETS DEPARTMENT, Taylor Swift
“Apesar dos pontuais ápices, ‘The Tortured Poets Department’ é uma roda de Samsara – uma falsa sensação de originalidade que, na verdade, demonstra a inevitabilidade de uma fadiga criativa. Nesse álbum, Taylor parece estagnada em um tempo que não mais lhe pertence, procurando alimentar um microcosmos do qual não consegue escapar e recusando-se a explorar algo afora obviedades clichês e circunspecções em demasia” – Thiago Nolla
7. DJESSE VOL. 4, Jacob Collier
O grande problema de ‘Djesse Vol. 4’, quarto volume da série de discos assinada por Jacob Collier desde 2018, é o fato de querer dar um passo maior que a perna. Apesar da sólida coesão entre as dezesseis faixas que comportam o álbum, o resultado posa como um trabalho caprichoso em demasia, que tangencia um senso de superioridade falso ao apresentar incursões muito floreadas – a ponto de se mostrarem cansativas e presunçosas.
6. SHORT N’ SWEET, Sabrina Carpenter
“Apesar dos claros deslizes que aparecem aqui e ali, ‘Short N’ Sweet’ é uma consistente entrada na discografia de Sabrina Carpenter, reiterando que ela, de fato, estava apenas esperando o momento certo para mostrar que consegue acompanhar as tendências do escopo mainstream sem se render por completo às exigências da indústria. E, assim como a artista atrás dos microfones, o compilado é curto e doce, hábil e funcional dentro de seus limites e cumprindo com o que todos esperavam” – Thiago Nolla
5. NEW BLUE SUN, André 3000
Depois de ter feito história através do ato OutKast, André 3000 mergulhou em um hiato de dezessete anos no cenário fonográfico. No final do ano passado, entretanto, o aclamado artista retornou ao mundo da música com seu primeiro álbum de estúdio solo – ‘New Blue Sun’. Contando com oito longas faixas, o compilado funciona como uma celebração do jazz e do new age com tracks operísticas e muito bem arquitetadas ao lado do produtor Carlos Niño – nos engolfando em uma viagem quase sinestésica e que beirou a perfeição.
4. THE RISE AND FALL OF A MIDWEST PRINCESS, Chappell Roan
A ascensão inesperada de Chappell Roan ao estrelato é algo a ser estudado – e poder ser melhor compreendida através do álbum ‘The Rise and Fall of a Midwest Princess’. Apostando fichas na simplicidade do pop e do synth-pop, Roan arquitetou um compilado de originais movido por uma força emocional de tirar o fôlego – contando com nada menos que nove singles e uma narrativa pessoal e íntima que a colocou no centro dos holofotes. Não é surpresa que a Academia do Grammy tenha escolhido o disco para integrar a lista de indicados a Álbum do Ano.
3. HIT ME HARD AND SOFT, Billie Eilish
“‘Hit Me Hard and Soft’ é mais um glorioso acerto de uma das performers mais interessantes e originais da atualidade – demonstrando um amadurecimento identitário que continua a dialogar com seu desejo de causar um impacto significativo na cultura pop. Espetacular, memorável e fabuloso são apenas alguns breves adjetivos pertinentes a esse impecável disco, nos levando a pensar o que Billie tem guardado nas mangas para o futuro” – Thiago Nolla
2. COWBOY CARTER, Beyoncé
“Já é redundante dizer que Beyoncé faz mágica com seus álbuns – e ‘Act II: Cowboy Carter’ é uma excelente adição a uma discografia que beira a transcendentalidade. Mais uma vez, nossa Queen B reitera seu inescapável status na indústria fonográfica com um disco que celebra a cultura negra não apenas ao reavivá-la, mas ao reclamá-la e retirá-la da subjugação a uma supremacia artística branca que se esquece do que veio antes e de quem merece, de fato, ser idolatrado como precursor e pioneiro” – Thiago Nolla
1. BRAT, Charli XCX
“É notável como, partindo da premissa de que Charli tem uma afeição descomunal pelo experimentalismo, ela poderia escorregar em repetições cansativas e que poderiam não trazer nada de novo à sua discografia. Todavia, ela sabe como trabalhar cada uma de suas eras a fim de construir um laço que as una em uma identidade vulcânica e disruptiva, sem ceder às falácias de uma pseudo-reinvenção. É claro que temos a presença do hyperpop, do club e do synth regendo a estrutura das faixas, mas a comunhão dos instrumentos é rearranjada a seu bel-prazer, pincelada com excessos viciantes que nos convidam a uma aventura como nenhuma outra – e é essa beleza que nos chama mais a atenção em relação a ‘BRAT’” – Thiago Nolla