O cineasta Guillermo del Toro falou recentemente sobre o crescente uso de Inteligência Artificial (IA) no cinema, concluindo seu discurso no Gotham Awards com a declaração enfática: “F**a-se a IA”.
Conforme o Deadline, durante a premiação, Del Toro elogiou o elenco de seu novo projeto, ‘Frankenstein’, reforçando o valor da criação humana: “A arte de todos eles brilha em cada quadro deste filme, que foi deliberadamente feito por humanos, para humanos”.
Ele acrescentou, ao estender sua gratidão: “Este filme pertence a todos eles, e eu gostaria de estender nossa gratidão e dizer: ‘f**a-se a IA’”.
Del Toro contou que leu o romance clássico de Mary Shelley pela primeira vez aos 11 anos, e que a obra moldou sua vida. Cinquenta anos depois, ele finalmente realizou o filme.
“Eu entendi… através do trabalho dela e da primeira visão de Boris Karloff, que eu não pertencia ao mundo da forma que meus pais, e o mundo, esperavam que eu me encaixasse”, disse del Toro. “Meu lugar era em uma terra distante habitada apenas por monstros e desajustados. Eles têm sido minha família desde então”.
Ele continuou, elogiando a nova família que encontrou no set: “Trabalhar com artistas tão extraordinários quanto Oscar [Isaac] e Jacob [Elordi] tem sido um dos maiores privilégios da minha vida, e neles eu encontrei outra família. Eles não interpretam arquétipos, eles dramatizam a condição humana e o desejo por conexão em um mundo que os entende mal, ambos, em um mundo onde a dor só gera mais dor, o que é, infelizmente, tão urgente agora, até que alguém decida interromper esse ciclo”.
‘Frankenstein’ está disponível na Netflix.
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‘Frankenstein’: Jacob Elordi fala sobre o longo processo de maquiagem para viver o monstro
Na trama, o brilhante e egoísta cientista Victor Frankenstein dá vida a uma criatura em um experimento monstruoso que, no fim das contas, leva à ruína tanto do criador quanto de sua trágica criação.
O filme teve um orçamento estimado em US$ 120 milhões.
“Este filme tem estado na minha mente desde que eu era criança. Tenho tentado dirigi-lo por mais de 20 anos. Algumas pessoas acham que eu sou um pouco obcecado com ‘Frankenstein’, e eles provavelmente estão certos. Com o passar das décadas, o personagem se fundiu com a minha mente que sua história é basicamente uma autobigrafia. Não há nada mais pessoal do que isso,” declarou o diretor.