sábado , 16 novembro , 2024

Hércules

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A versão moderna do maior herói da mitologia grega

No início do ano, tivemos o lançamento de Hércules, de Renny Harlin (Duro de Matar 2), e ficamos boquiabertos com a péssima qualidade técnica e artística apresentada no longa. Não é exagero dizer que nada ali pode ser salvo, é o típico caso que incomoda e faz com que espectadores abandonem a sessão antes do término.

Com a notícia da chegada de um novo título do semideus, dessa vez com maior orçamento, sendo ainda estrelado por Dwayne “The Rock” Johnson e dirigido pelo regular Brett Ratner (A Hora do Rush), provavelmente, alguns entusiastas acalentaram a ideia que este poderia ser exatamente o oposto do anterior. Sim, podemos dizer que é absolutamente superior, mas está longe de ser uma obra à altura do cânone do personagem.

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E logo chama atenção por ser baseado na HQ Hercules: The Thracian Wars, de Steve Moore, um conto que deixa de lado a mitologia e aborda, de forma mais autêntica, como está a vida do herói após a passagem de seus fabulosos 12 trabalhos – um ponto que se mostra bem interessante, pois carrega um sujeito abalado por perder a família. Além de trazer um grupo de mercenários que acompanham a lenda, desde o início de sua história, e são responsáveis por terem ajudado nos feitos. Algo que imediatamente nos faz lembrar a equipe que vemos em Thor, até por uma presença feminina e durona em meio a tantos marmanjos.

Tendo em mãos um roteiro óbvio e esquemático, assinado pela dupla Ryan Condal e Evan Spiliotopoulos, Ratner conduz bem a fita e cria uma narrativa de bom ritmo, sendo eficiente nesse aspecto, já que pouco sentimos a duração. As inúmeras cenas de batalhas também são bem realizadas, ainda que não impressionem e estejam num lugar comum, vemos algumas tomadas inspiradas, apoiadas com um toque de humor, que deveras empolgam e funcionam. Os efeitos não são primorosos, mas o 3D, dito conciso, ajuda a conferir certa profundidade.

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O problema está em outros momentos: tentando às vezes soar sério, a sensação é quase de vergonha alheia pela abordagem piegas e mal construída. A maioria dos personagens também são pessimamente desenvolvidos, fazendo com que pouco nos importemos por suas vidas. Dwayne Johnson, como é de costume, constrói um personagem alegre e canastrão, e quando é exigido em cenas mais dramáticas, apesar de se esforçar, não convence. Os demais atores não tem grande destaque por aqui. Talvez o vilão caricatural, Lord Cotys, vivido por John Hurt, apareça um pouco mais. Ou até Rufus Sewell, com seu Autolycus, seja mais crível.

Não deixe de assistir:

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Mesmo não sendo um bom filme, Hércules, pelo menos, mostra-se correto e parece cumprir bem o seu papel: ser um blockbuster assumido, de história simples, mas recheado de muita ação e aventura. Contando também com a estrela do momento, The Rock, que traz peso a produção e vai levar muita gente aos cinemas. Enfim, está longe de ser o épico que se espera do personagem, mas também não se compara a bombas como, por exemplo, Fúria de Titãs, Imortais e 300 – A Ascensão do Império. Sim, vale conferir os créditos finais, pois, com belos gráficos, mostram a equipe auxiliando o filho de Zeus, em várias batalhas.

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Wilker Medeiroshttps://www.youtube.com/imersaocultural
Wilker Medeiros, com passagem pela área de jornalismo, atuou em portais e podcasts como editor e crítico de cinema. Formou-se em cursos de Fotografia e Iluminação, Teoria, Linguagem e Crítica Cinematográfica, Forma e Estilo do Cinema. Sempre foi apaixonado pela sétima arte e é um consumidor voraz de cultura pop.

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Com a notícia da chegada de um novo título do semideus, dessa vez com maior orçamento, sendo ainda estrelado por Dwayne “The Rock” Johnson e dirigido pelo regular Brett Ratner (A Hora do Rush), provavelmente, alguns entusiastas acalentaram a ideia que este poderia ser exatamente o oposto do anterior. Sim, podemos dizer que é absolutamente superior, mas está longe de ser uma obra à altura do cânone do personagem.

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E logo chama atenção por ser baseado na HQ Hercules: The Thracian Wars, de Steve Moore, um conto que deixa de lado a mitologia e aborda, de forma mais autêntica, como está a vida do herói após a passagem de seus fabulosos 12 trabalhos – um ponto que se mostra bem interessante, pois carrega um sujeito abalado por perder a família. Além de trazer um grupo de mercenários que acompanham a lenda, desde o início de sua história, e são responsáveis por terem ajudado nos feitos. Algo que imediatamente nos faz lembrar a equipe que vemos em Thor, até por uma presença feminina e durona em meio a tantos marmanjos.

Tendo em mãos um roteiro óbvio e esquemático, assinado pela dupla Ryan Condal e Evan Spiliotopoulos, Ratner conduz bem a fita e cria uma narrativa de bom ritmo, sendo eficiente nesse aspecto, já que pouco sentimos a duração. As inúmeras cenas de batalhas também são bem realizadas, ainda que não impressionem e estejam num lugar comum, vemos algumas tomadas inspiradas, apoiadas com um toque de humor, que deveras empolgam e funcionam. Os efeitos não são primorosos, mas o 3D, dito conciso, ajuda a conferir certa profundidade.

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O problema está em outros momentos: tentando às vezes soar sério, a sensação é quase de vergonha alheia pela abordagem piegas e mal construída. A maioria dos personagens também são pessimamente desenvolvidos, fazendo com que pouco nos importemos por suas vidas. Dwayne Johnson, como é de costume, constrói um personagem alegre e canastrão, e quando é exigido em cenas mais dramáticas, apesar de se esforçar, não convence. Os demais atores não tem grande destaque por aqui. Talvez o vilão caricatural, Lord Cotys, vivido por John Hurt, apareça um pouco mais. Ou até Rufus Sewell, com seu Autolycus, seja mais crível.

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Mesmo não sendo um bom filme, Hércules, pelo menos, mostra-se correto e parece cumprir bem o seu papel: ser um blockbuster assumido, de história simples, mas recheado de muita ação e aventura. Contando também com a estrela do momento, The Rock, que traz peso a produção e vai levar muita gente aos cinemas. Enfim, está longe de ser o épico que se espera do personagem, mas também não se compara a bombas como, por exemplo, Fúria de Titãs, Imortais e 300 – A Ascensão do Império. Sim, vale conferir os créditos finais, pois, com belos gráficos, mostram a equipe auxiliando o filho de Zeus, em várias batalhas.

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Wilker Medeiros, com passagem pela área de jornalismo, atuou em portais e podcasts como editor e crítico de cinema. Formou-se em cursos de Fotografia e Iluminação, Teoria, Linguagem e Crítica Cinematográfica, Forma e Estilo do Cinema. Sempre foi apaixonado pela sétima arte e é um consumidor voraz de cultura pop.

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