Existe aquela velha história quando as pessoas pensam que você está louco, quanto mais você tentar convencê-las de que você não está louco, menos eles irão acreditar em você. E esta história resume bem o Segundo episódio desta temporada de Homeland: Carrie tentando convencer o mundo de que ela não está louca, Dana dizendo que não está louca, e que Jessica também não está louca, mas e o Brody? Totalmente louco, na minha opinião.
E o tema “loucura” também levou Quinn a questionar Saul e perder sua confiança na CIA, sem falar da Dana que desesperadamente ora em sua garagem sobre o mesmo tapete que o seu pai recluso da família, praticamente destruiu sua vida.
Mas não posso negar que esta temporada tem mostrado menos ação e mais pressão psicológica em suas personagens, deixando o drama dentro da CIA um pouco de lado. Principalmente após o ataque, muitas questões sobre as personagens foram respondidas, senti que a série está perdendo a energia que nos foi mostrada nas duas primeiras temporadas.
Claro que ainda nos importamos com a Carrie e com o Saul, mas o tratamento psicológico e o drama adolescente mostrados nesta temporada parece mais uma grande distração do real perigo que (espero) estar por vir nas próximas semanas. E desde o final da segunda temporada aprendi que, com Homeland, os melhores prêmios sempre vêm devagar, mas vem.
A tentativa frustrada da Carrie ao tentar passar por cima das ordens da CIA e revelar segredos da agência para uma repórter – em parte para defender sua reputação, e também para defender a imagem do Brody – tem efeitos colaterais após Dar Adal e Saul descobrem suas ações e a mandam para um centro de detenção psiquiátrico.
Para mim, a trama começou a perder as forças com esta parte da jornalista, pois os diálogos pareceram muito estratégicos e irreais, quase como se a jornalista fosse uma estudante de primeiro ano e aquela fosse sua primeira entrevista EVER! Quando Carrie foi arrastada para o centro, logo veio em mente: Por que ela ainda está vestida como se fosse trabalhar, uma vez que ela está afastada por meses? Talvez ainda veremos alguma resolução quanto a isso como uma forma de não aceitar que está afastada e sentir-se segura e respeitada trajando as mesmas roupas que costumava usar para trabalhar nas temporadas anteriores. Carrie até admite aos médicos que já não toma seus medicamentos há algum tempo e que tem feito exercícios, meditado (e até canta as vezes) e diz que tudo isso a tem ajudado bastante.
Ao mesmo tempo, conhecemos uma nova personagem, Fara Sherazi, nova contratada da CIA. Ela é linda. Um dos pontos fortes em “Homeland” é que eles não temem em explorar a interação entre Muçulmanos e não-Muçulmanos nos Estados Unidos.
E por falar em personagem, Dana finalmente põe os pés no chão e, após passar uma noite ás escondidas com seu novo namorado Leo, ela decide desabafar tudo o que sente para Jessica, que por sua vez entende que a filha está feliz e que não deseja mais suicidar-se. Ela ainda acrescenta que não está louca, que o Leo não é louco e que a Jessica também não está louca. Mas afirma que o pai estava louco. Após ouvir as verdades que acho que até nós precisávamos ter ouvido, Jessica desaba no choro.
Agora que sabemos que Dana não quer mais morrer, que a Carrie não se arrependeu de ter dado tal entrevista e que o Quinn deseja sair da CIA, ainda ficam alguma perguntas no ar : Será que Saul ainda vai resgatar Carrie da bagunça que ele a enfiou ? E quando o Brody irá voltar efetivamente para a trama ?
Resta-nos esperar pelo melhor (ou pior) nos próximos episódios.
Até lá.