domingo , 22 dezembro , 2024

Imagina Quais São? Os Filmes MAIS CAROS do Cinema que Completam 40 Anos em 2022

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Quando pensamos nos filmes inesquecíveis de 40 anos atrás no cinema, produções como E.T. – O Extraterrestre, Rambo – Programado para Matar, Rocky III, Poltergeist – O Fenômeno, Jornada nas Estrelas II – A Ira de Khan, Tron – Uma Odisseia Eletrônica e até 48 Horas são os que vêm logo à mente dos cinéfilos. E por esta lógica, da ressonância através dos tempos, poderíamos imaginar que estes filmes ainda muito queridos são também alguns dos maiores sucessos do cinema nos anos 80. E não estaríamos errados. Ainda por essa lógica, poderíamos imaginar que tais obras foram também algumas das mais bem produzidas, tradução: donas de um grande orçamento.

Mas é aí que nos enganamos por completo. Nenhum destes filmes citados no parágrafo acima se encontram entre os mais caros de 40 anos atrás. Acredita? É sério! Pois bem, o cinema tem destas. Nem sempre os filmes mais caros se tornam os maiores sucessos e muitas vezes produções milionárias caem rapidamente no esquecimento. Sendo assim, nesta nova matéria vamos dar uma olhada nos filmes mais caros que foram lançados há 40 anos nos cinemas. Você vai se surpreender. Confira.



10 | O Esquadrão do Terror – US$20 milhões

É preciso levar em conta também que aqui estamos falando de 40 anos atrás, numa época em que muitos de vocês sequer estavam vivos. Ou quem sabe nem mesmo seus pais tinham nascido. Sendo assim, o orçamento para uma superprodução era consideravelmente menor e nem em sonho atingia a marca astronômica de hoje, de US$200 milhões por filme. Veja bem, em décima posição temos um “blockbuster” da época, que custou dez vezes menos do que os maiores da atualidade. Megaforce (no título original), no entanto, falhou miseravelmente. Com distribuição da 20th Century Fox a ideia aqui era uma mistura de Mad Max com Blade Runner mostrando uma super esquadrão de defesa no futuro. Com orçamento de US$20 milhões, o pretenso blockbuster arrecadou apenas US$5.6 milhões em bilheteria e ainda por cima virou piada com indicações no Framboesa de Ouro de seu respectivo ano.

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09 | O Rei da Comédia – US$20 milhões

Esse aqui não é uma superprodução, mas sim uma comédia dramática com muito comentário social. Existem muitos elementos que podem aumentar o orçamento de um filme e nem sempre se restringe apenas ao escopo da obra. Esse, por exemplo, é um filme bem urbano, que facilmente poderia ser adaptado a uma peça de teatro. O motivo do orçamento inflado se deve pelo prestígio em volta do longa. Acontece que se trata de um filme do diretor Martin Scorsese, que havia marcado a sétima arte nos anos anteriores com obras como Taxi Driver e Touro Indomável – ambos com Robert De Niro. Aqui, De Niro protagoniza novamente, tendo ganhado o Oscar por Touro Indomável. Assim é natural que o cachê de ambos tenha disparado lá para o céu nesta produção também da Fox. Parte deste orçamento certamente foi para os bolsos de De Niro e Scorsese. O Rei da Comédia, no entanto, que estreou mesmo apenas em 1983 oficialmente, viveu para se tornar um fiasco rendendo em bilheterias dez vezes menos que seu orçamento e somente depois vindo a ressurgir como obra cult.

08 | Conan: O Bárbaro – US$20 milhões

A estreia do fisioculturista Arnold Schwarzenegger como protagonista no cinema foi com o pé direito. Arnold já havia feito participações em filmes dos anos 70, como Hércules em Nova York, O Guarda-Costas e Cacto Jack, mas ao adentrar os anos 1980, seu primeiro filme logo de cara seria uma superprodução, correspondendo ao que viria a ser sua carreira na época, sempre protagonizando blockbusters. Ao ser dada a partida para Arnold nos anos 80, o ator viraria o personagem dos quadrinhos de Robert E. Howard, Conan – O Bárbaro. Com roteiro de Oliver Stone, o filme custou US$20 milhões aos cofres da Universal Pictures, rendendo o dobro nos EUA e quase o triplo pelo mundo, garantindo assim o sucesso (ao contrário dos itens acima) e gerando uma continuação oficial (Conan – O Destruidor) e uma não-oficial (Guerreiros de Fogo).

07 | Tootsie – US$21 milhões

Aqui temos um caso parecido com o do item 09, O Rei da Comédia. Assim como o filme de Scorsese, Tootsie não é uma superprodução, mas uma comédia sobre um ator desempregado, que termina aceitando estrelar uma novela a fim de conseguir pagar as contas. A pegadinha? Todos acham que ele é uma mulher, já que arranjou emprego estando disfarçado de uma. Trocando em miúdos, Tootsie é Uma Babá Quase Perfeita dos anos 80. Ao invés de Robin Williams, quem comandava o show há 40 anos era o multifacetado Dustin Hoffman, que dava vida a Michael Dorsey e também para Dorothy Michaels, seu alter ego. Os mais novos podem até não saber ou lembrar, mas Tootsie foi um dos filmes mais badalados da época, um grande sucesso da Columbia Pictures (hoje Sony), que com orçamento de US$21 milhões, rendeu quase dez vezes mais em bilheterias. Fora isso, essa comédia querida escalaria até o prêmio máximo do cinema chegando até o Oscar com nada menos que 10 indicações, incluindo melhor filme – e a vitória de coadjuvante para Jessica Lange. Tamanho investimento acabou valendo.

06 | Raposa de Fogo – US$21 milhões

Outro astro do cinema de 40 anos atrás que tinha moral para bancar o protagonismo numa superprodução era o veteraníssimo Clint Eastwood. Com produção da Warner, assim como grande parte do acervo do astro, Raposa de Fogo (ou Firefox no original) é uma espécie de Top Gun antes do próprio Top Gun – lançado apenas em 1986. No filme, que custou US$21 milhões ao cofre do estúdio, Eastwood é o Maverick da vez, na pele do audacioso piloto Mitchell Gant, o único que pode roubar um super caça bem debaixo das barbas dos Soviéticos. O blockbuster, embora não muito conhecido hoje, até que se deu bem na época e arrecadou mais do que o dobro de seu orçamento.

05 | Fronteira da Violência – US$22 milhões

Agora temos novamente um caso de filme que não é uma superprodução por assim dizer, mas sim um drama. E o motivo de seu orçamento elevado novamente se deve ao talento atrelado, neste caso Jack Nicholson – um dos maiores e mais respeitados astros da época, tendo saído de sucessos no Oscar como Um Estranho no Ninho (1975) e filmes elogiados como O Iluminado (1980). Com produção da Universal Pictures, Nicholson interpreta um agente de fronteira corrupto, num processo de redenção para proteger uma imigrante e impedir que seu bebê seja vendido. Grande parte do orçamento deve ter ido parar no bolso do astro, mas o filme não se mostrou bem-sucedido, arrecadando apenas US$6 milhões num orçamento de US$22 milhões.

04 | Gandhi – US$22 milhões

Agora sim falamos numa superprodução nos mesmos moldes dos grandes épicos da era de ouro de Hollywood. Um tipo de filme de entretenimento adulto, que também aborda questões sérias. Aqui temos a biografia do líder político de religioso da Índia Mahatma Gandhi – papel do grande Ben Kingsley. Com distribuição da Columbia (Sony), o filme custou US$22 milhões, mas podemos sentir cada centavo investido ao longo de suas mais de 3 horas de projeção. Gandhi foi um dos grandes sucessos de 40 anos atrás, aquele tipo de filme raro que tem um ótimo desempenho nas bilheterias, ao mesmo tempo em que é elogiado pela crítica e chega até o Oscar. Gandhi arrecadou mais do que o dobro de seu orçamento, e no Oscar arrebatou 8 das 11 estatuetas as quais estava indicado, incluindo melhor filme.

03 | Blade Runner: O Caçador de Androides – US$30 milhões

O mundo do cinema dá voltas, afinal a arte é viva. Blade Runner, da Warner, foi considerado por muito tempo um dos maiores fracassos da história do cinema. Acontece que seu orçamento caríssimo, de US$30 milhões, fez balançar as estruturas de Hollywood na época. O longa de ficção científica, sobre a caçada a seres artificiais, contou com um dos maiores orçamentos até então naquela época e viveu para se mostrar uma produção problemática, que os críticos e o público deram de ombros. É incrível hoje acreditar que um dia isso possa ter acontecido, porque Blade Runner hoje é a produção mais querida de 40 anos atrás. O filme ressurgiu como cult total e ainda é estudado até hoje, como uma das melhores direções de arte, fotografias e ambientações da história do cinema – ao retratar uma Los Angeles futurista. O clima melancólico é inesquecível. Apesar disso, Blade Runner deu prejuízo na época, quase não conseguindo se pagar.

02 | A Melhor Casa Suspeita do Texas – US$35 milhões

Subindo ao pódio dos filmes mais caros de 40 anos atrás no cinema está essa comédia musical de ação que fez sucesso na época, mas que hoje se tornou um filme esquecido. É preciso levar em conta que protagonizando tínhamos um dos nomes mais quentes do período: o do durão Burt Reynolds, que rivalizava com Clint Eastwood e Steve McQueen pelo posto de maior astro da ação e de grandes produções. No que diz respeito a Burt Reynolds, o ator fez fama em filmes de carros em alta velocidade em que interpretava sempre um malandro fugindo da polícia. Em anos anteriores havia emplacado em filmes como Agarra-me se Puderes e Quem Não Corre, Voa. Aqui o ator formava dupla com a cantora country Dolly Parton, que havia feito sucesso na comédia Como Eliminar seu Chefe (dois anos antes). Baseado numa peça, o tom incorreto chama atenção e só poderia fazer parte dos anos 80. Só o título já choca – e seria algo como “O Melhor P*teiro do Texas”. A trama traz Reynolds como um xerife que é cliente assíduo do prostíbulo em que Parton é a gerente, e ambos lutam para mantê-lo aberto. Com produção da Universal Pictures, o filme custou US$35 milhões, mas retornou o dobro em bilheteria, garantindo o sucesso.

01 | Annie – US$50 milhões

Os tempos realmente mudaram. Hoje, os filmes mais caros de Hollywood são as produções de super-heróis. Mas há 40 anos no passado, podemos perceber que nos dois primeiros lugares temos musicais. A Melhor Casa Suspeita do Texas não é um musical propriamente dito, embora tenha números musicais. Mas em primeiríssima posição dos mais caros temos um musical declarado, baseado na peça clássica de Thomas Meehan e Martin Charnin sobre uma menininha órfã graciosa, que passa o pão que o diabo amassou ao lado das outras crianças do orfanato graças à vilanesca megera responsável pelo local, até ser finalmente adotada por um milionário e ver sua vida mudar da noite para o dia. O filme da Columbia (Sony) custou nada menos que US$50 milhões, sendo o mais caro de 40 anos atrás. Apesar disso, podemos sentir em cena o escopo e grandiosidade da produção – muito bem cuidada e exuberante. Apesar disso, não se tornou um sucesso, sendo inclusive injustamente nomeado ao Framboesa de ouro – apesar de ter recebido também indicações ao Oscar e ao Globo de Ouro.

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Quando pensamos nos filmes inesquecíveis de 40 anos atrás no cinema, produções como E.T. – O Extraterrestre, Rambo – Programado para Matar, Rocky III, Poltergeist – O Fenômeno, Jornada nas Estrelas II – A Ira de Khan, Tron – Uma Odisseia Eletrônica e até 48 Horas são os que vêm logo à mente dos cinéfilos. E por esta lógica, da ressonância através dos tempos, poderíamos imaginar que estes filmes ainda muito queridos são também alguns dos maiores sucessos do cinema nos anos 80. E não estaríamos errados. Ainda por essa lógica, poderíamos imaginar que tais obras foram também algumas das mais bem produzidas, tradução: donas de um grande orçamento.

Mas é aí que nos enganamos por completo. Nenhum destes filmes citados no parágrafo acima se encontram entre os mais caros de 40 anos atrás. Acredita? É sério! Pois bem, o cinema tem destas. Nem sempre os filmes mais caros se tornam os maiores sucessos e muitas vezes produções milionárias caem rapidamente no esquecimento. Sendo assim, nesta nova matéria vamos dar uma olhada nos filmes mais caros que foram lançados há 40 anos nos cinemas. Você vai se surpreender. Confira.

10 | O Esquadrão do Terror – US$20 milhões

É preciso levar em conta também que aqui estamos falando de 40 anos atrás, numa época em que muitos de vocês sequer estavam vivos. Ou quem sabe nem mesmo seus pais tinham nascido. Sendo assim, o orçamento para uma superprodução era consideravelmente menor e nem em sonho atingia a marca astronômica de hoje, de US$200 milhões por filme. Veja bem, em décima posição temos um “blockbuster” da época, que custou dez vezes menos do que os maiores da atualidade. Megaforce (no título original), no entanto, falhou miseravelmente. Com distribuição da 20th Century Fox a ideia aqui era uma mistura de Mad Max com Blade Runner mostrando uma super esquadrão de defesa no futuro. Com orçamento de US$20 milhões, o pretenso blockbuster arrecadou apenas US$5.6 milhões em bilheteria e ainda por cima virou piada com indicações no Framboesa de Ouro de seu respectivo ano.

09 | O Rei da Comédia – US$20 milhões

Esse aqui não é uma superprodução, mas sim uma comédia dramática com muito comentário social. Existem muitos elementos que podem aumentar o orçamento de um filme e nem sempre se restringe apenas ao escopo da obra. Esse, por exemplo, é um filme bem urbano, que facilmente poderia ser adaptado a uma peça de teatro. O motivo do orçamento inflado se deve pelo prestígio em volta do longa. Acontece que se trata de um filme do diretor Martin Scorsese, que havia marcado a sétima arte nos anos anteriores com obras como Taxi Driver e Touro Indomável – ambos com Robert De Niro. Aqui, De Niro protagoniza novamente, tendo ganhado o Oscar por Touro Indomável. Assim é natural que o cachê de ambos tenha disparado lá para o céu nesta produção também da Fox. Parte deste orçamento certamente foi para os bolsos de De Niro e Scorsese. O Rei da Comédia, no entanto, que estreou mesmo apenas em 1983 oficialmente, viveu para se tornar um fiasco rendendo em bilheterias dez vezes menos que seu orçamento e somente depois vindo a ressurgir como obra cult.

08 | Conan: O Bárbaro – US$20 milhões

A estreia do fisioculturista Arnold Schwarzenegger como protagonista no cinema foi com o pé direito. Arnold já havia feito participações em filmes dos anos 70, como Hércules em Nova York, O Guarda-Costas e Cacto Jack, mas ao adentrar os anos 1980, seu primeiro filme logo de cara seria uma superprodução, correspondendo ao que viria a ser sua carreira na época, sempre protagonizando blockbusters. Ao ser dada a partida para Arnold nos anos 80, o ator viraria o personagem dos quadrinhos de Robert E. Howard, Conan – O Bárbaro. Com roteiro de Oliver Stone, o filme custou US$20 milhões aos cofres da Universal Pictures, rendendo o dobro nos EUA e quase o triplo pelo mundo, garantindo assim o sucesso (ao contrário dos itens acima) e gerando uma continuação oficial (Conan – O Destruidor) e uma não-oficial (Guerreiros de Fogo).

07 | Tootsie – US$21 milhões

Aqui temos um caso parecido com o do item 09, O Rei da Comédia. Assim como o filme de Scorsese, Tootsie não é uma superprodução, mas uma comédia sobre um ator desempregado, que termina aceitando estrelar uma novela a fim de conseguir pagar as contas. A pegadinha? Todos acham que ele é uma mulher, já que arranjou emprego estando disfarçado de uma. Trocando em miúdos, Tootsie é Uma Babá Quase Perfeita dos anos 80. Ao invés de Robin Williams, quem comandava o show há 40 anos era o multifacetado Dustin Hoffman, que dava vida a Michael Dorsey e também para Dorothy Michaels, seu alter ego. Os mais novos podem até não saber ou lembrar, mas Tootsie foi um dos filmes mais badalados da época, um grande sucesso da Columbia Pictures (hoje Sony), que com orçamento de US$21 milhões, rendeu quase dez vezes mais em bilheterias. Fora isso, essa comédia querida escalaria até o prêmio máximo do cinema chegando até o Oscar com nada menos que 10 indicações, incluindo melhor filme – e a vitória de coadjuvante para Jessica Lange. Tamanho investimento acabou valendo.

06 | Raposa de Fogo – US$21 milhões

Outro astro do cinema de 40 anos atrás que tinha moral para bancar o protagonismo numa superprodução era o veteraníssimo Clint Eastwood. Com produção da Warner, assim como grande parte do acervo do astro, Raposa de Fogo (ou Firefox no original) é uma espécie de Top Gun antes do próprio Top Gun – lançado apenas em 1986. No filme, que custou US$21 milhões ao cofre do estúdio, Eastwood é o Maverick da vez, na pele do audacioso piloto Mitchell Gant, o único que pode roubar um super caça bem debaixo das barbas dos Soviéticos. O blockbuster, embora não muito conhecido hoje, até que se deu bem na época e arrecadou mais do que o dobro de seu orçamento.

05 | Fronteira da Violência – US$22 milhões

Agora temos novamente um caso de filme que não é uma superprodução por assim dizer, mas sim um drama. E o motivo de seu orçamento elevado novamente se deve ao talento atrelado, neste caso Jack Nicholson – um dos maiores e mais respeitados astros da época, tendo saído de sucessos no Oscar como Um Estranho no Ninho (1975) e filmes elogiados como O Iluminado (1980). Com produção da Universal Pictures, Nicholson interpreta um agente de fronteira corrupto, num processo de redenção para proteger uma imigrante e impedir que seu bebê seja vendido. Grande parte do orçamento deve ter ido parar no bolso do astro, mas o filme não se mostrou bem-sucedido, arrecadando apenas US$6 milhões num orçamento de US$22 milhões.

04 | Gandhi – US$22 milhões

Agora sim falamos numa superprodução nos mesmos moldes dos grandes épicos da era de ouro de Hollywood. Um tipo de filme de entretenimento adulto, que também aborda questões sérias. Aqui temos a biografia do líder político de religioso da Índia Mahatma Gandhi – papel do grande Ben Kingsley. Com distribuição da Columbia (Sony), o filme custou US$22 milhões, mas podemos sentir cada centavo investido ao longo de suas mais de 3 horas de projeção. Gandhi foi um dos grandes sucessos de 40 anos atrás, aquele tipo de filme raro que tem um ótimo desempenho nas bilheterias, ao mesmo tempo em que é elogiado pela crítica e chega até o Oscar. Gandhi arrecadou mais do que o dobro de seu orçamento, e no Oscar arrebatou 8 das 11 estatuetas as quais estava indicado, incluindo melhor filme.

03 | Blade Runner: O Caçador de Androides – US$30 milhões

O mundo do cinema dá voltas, afinal a arte é viva. Blade Runner, da Warner, foi considerado por muito tempo um dos maiores fracassos da história do cinema. Acontece que seu orçamento caríssimo, de US$30 milhões, fez balançar as estruturas de Hollywood na época. O longa de ficção científica, sobre a caçada a seres artificiais, contou com um dos maiores orçamentos até então naquela época e viveu para se mostrar uma produção problemática, que os críticos e o público deram de ombros. É incrível hoje acreditar que um dia isso possa ter acontecido, porque Blade Runner hoje é a produção mais querida de 40 anos atrás. O filme ressurgiu como cult total e ainda é estudado até hoje, como uma das melhores direções de arte, fotografias e ambientações da história do cinema – ao retratar uma Los Angeles futurista. O clima melancólico é inesquecível. Apesar disso, Blade Runner deu prejuízo na época, quase não conseguindo se pagar.

02 | A Melhor Casa Suspeita do Texas – US$35 milhões

Subindo ao pódio dos filmes mais caros de 40 anos atrás no cinema está essa comédia musical de ação que fez sucesso na época, mas que hoje se tornou um filme esquecido. É preciso levar em conta que protagonizando tínhamos um dos nomes mais quentes do período: o do durão Burt Reynolds, que rivalizava com Clint Eastwood e Steve McQueen pelo posto de maior astro da ação e de grandes produções. No que diz respeito a Burt Reynolds, o ator fez fama em filmes de carros em alta velocidade em que interpretava sempre um malandro fugindo da polícia. Em anos anteriores havia emplacado em filmes como Agarra-me se Puderes e Quem Não Corre, Voa. Aqui o ator formava dupla com a cantora country Dolly Parton, que havia feito sucesso na comédia Como Eliminar seu Chefe (dois anos antes). Baseado numa peça, o tom incorreto chama atenção e só poderia fazer parte dos anos 80. Só o título já choca – e seria algo como “O Melhor P*teiro do Texas”. A trama traz Reynolds como um xerife que é cliente assíduo do prostíbulo em que Parton é a gerente, e ambos lutam para mantê-lo aberto. Com produção da Universal Pictures, o filme custou US$35 milhões, mas retornou o dobro em bilheteria, garantindo o sucesso.

01 | Annie – US$50 milhões

Os tempos realmente mudaram. Hoje, os filmes mais caros de Hollywood são as produções de super-heróis. Mas há 40 anos no passado, podemos perceber que nos dois primeiros lugares temos musicais. A Melhor Casa Suspeita do Texas não é um musical propriamente dito, embora tenha números musicais. Mas em primeiríssima posição dos mais caros temos um musical declarado, baseado na peça clássica de Thomas Meehan e Martin Charnin sobre uma menininha órfã graciosa, que passa o pão que o diabo amassou ao lado das outras crianças do orfanato graças à vilanesca megera responsável pelo local, até ser finalmente adotada por um milionário e ver sua vida mudar da noite para o dia. O filme da Columbia (Sony) custou nada menos que US$50 milhões, sendo o mais caro de 40 anos atrás. Apesar disso, podemos sentir em cena o escopo e grandiosidade da produção – muito bem cuidada e exuberante. Apesar disso, não se tornou um sucesso, sendo inclusive injustamente nomeado ao Framboesa de ouro – apesar de ter recebido também indicações ao Oscar e ao Globo de Ouro.

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