O Mebta criou um vídeo comparando as versões de Whedon e Snyder de ‘Liga da Justiça‘.
Confira:
Corte do diretor ofereceu diversas mudanças em relação ao filme de 2017
ALERTA DE SPOILER*
Liga da Justiça de Zack Snyder está entre nós trazendo uma grande aprovação por parte do público, principalmente quando comparado com sua contraparte de 2017. Essa comparação, inclusive, tem se mostrado como um fator bem recorrente quando esse corte do diretor é analisado. Uma reação inevitável, como sempre acontece quando são lançadas posteriormente versões do diretor, mas ainda assim elas servem para ressaltar os diferenciais do novo filme.
Dessa maneira, assim como acontece no top 5 geralmente, esses novos elementos apresentados no assim chamado Snyder Cut serão listados em formato de tópico e então dissecados.
- Caçador de Marte
Começando pela inclusão mais evidente, o Caçador de Marte (ou Jon Jones) já havia sido ventilado como estando presente no corte do diretor há alguns anos pelo próprio Zack Snyder. Isso ocorreu ainda na época em que o diretor publicava de vez em quando storyboards das cenas filmadas por ele e uma delas foi justamente o momento em que a “Fake Martha” (ou farsa) se revela sendo o marciano após uma visita à Lois Lane.
Sua visita ao Bruce no final do filme também evidencia a relação entre ele e o grupo, ou pelo menos de início com o Batman, que poderia vir a crescer em uma possível sequência, indicando que o personagem teria sim um papel mais explícito enquanto super-herói.
- Gancho para The Batman
Não, não é o futuro filme dirigido pelo Matt Reeves e protagonizado pelo Robert Pattinson. Antes desse reboot do personagem ser planejado era Ben Affleck quem estava à frente da idéia para uma aventura solo da sua versão do Cavaleiro das Trevas. Ela daria prosseguimento ao que teria sido visto em Liga da Justiça e colocaria o Batman para enfrentar o Exterminador tendo como cenário o Asilo Arkham.
O projeto foi eventualmente abandonado para que Affleck pudesse lidar com assuntos pessoais mas ao final do Snyder Cut ocorre uma interação entre Lex Luthor e o assassino de aluguel (visualmente parecida com a sua contraparte de 2017) no qual Luthor ressalta que há assuntos pendentes entre o Batman e o Exterminador e então entrega ao mercenário a identidade do Homem Morcego. Dessa forma indicando que The Batman teria essa urgência muito presente e o Exterminador seria uma força destrutiva na vida de Bruce Wayne.
- Traje Negro do Superman
A noção de que o traje negro estaria presente na obra já remonta desde antes de 2017, quando o Superman morre pelas mãos do Apocalypse e imediatamente o traje já foi evocado pelos fãs como uma ferramenta essencial para a volta do herói. O corte de Joss Whedon então apaga a existência da roupa e, mais para frente o Snyder usa as redes sociais para mostrar que haviam imagens de que a roupa estaria presente originalmente.
Ainda que no Snyder Cut não haja um momento de exposição sobre as propriedades curativas da vestimenta (já que nos quadrinhos o Superman a usa para absorver a energia solar mais rapidamente após voltar da morte) fica subentendido que ela auxiliou o personagem a voltar com força total para a luta com o Lobo da Estepe.
- Ciborgue
A essa altura do campeonato lembrar desse ponto se tornou algo como “chover no molhado”, mas ainda assim só mostra a falta de critério por parte da Warner e Joss Whedon ao podar o filme. Ciborgue tinha sido amplamente ventilado como o coração do filme, como alguém intimamente conectado à trama e que de fato era muito importante, com todo um arco dramático envolvendo sua relação com o pai. Em 2017 a presença dele foi bem enfraquecida e todo esse suposto protagonismo acabou não aparecendo.
Enquanto isso, o ator Ray Fisher constantemente acusou a Warner e o mencionado diretor de terem não só cortado quase que totalmente sua participação como também pelo comportamento abusivo de Whedon nos bastidores. Agora com o lançamento do Snyder Cut fica muito evidente que as reclamações do ator sobre como trataram a edição do filme tinham fundamentos.
- Toda a sequência do Knightmare
Um recurso introduzido em BvS com grande importancia narrativa para o futuro do DCEU, o Knightmare (futuro pós apocalíptico) esteve completamente ausente no corte de 2017. Agora, sob a batuta do diretor, ele não só volta como também introduz alguns personagens ilustres em versões distorcidas como o Exterminador com moicano e a Mera portando o tridente do Aquaman.
No entanto, a maior presença não poderia ser outra senão o Coringa. Completamente repudiado em Esquadrão Suicida, Jared Leto ganha nova chance e entrega um coringa com cabelo comprido e sem mais tatuagens. O ponto alto dessa nova sequência acaba sendo seu encontro com o Batman, no qual o palhaço brinca com seu trauma passado envolvendo a morte do Robin e o herói repele lembrando a morte da Arlequina e seu último pedido para uma morte lenta ao vilão.
- Ryan Choi
Esse pode não ser um nome imediatamente reconhecível para o público, porém Ryan Choi é o segundo indivíduo a usar o manto do super-herói Átomo logo após Ray Palmer se afastar. Com poderes de encolhimento que podem chegar ao nível atômico, Ryan já fez parte da formação da Liga da Justiça nos quadrinhos e sua apresentação no Snyder Cut pode ser sinal de uma futura expansão da equipe.
- Lara ou Jon Kent?
Em determinado trecho do filme, antes do retorno do Superman, é sugerido que Lois Lane pode estar grávida. Isso porque em sua gaveta fica em evidência um teste de gravidez e ela lança para ele um olhar apreensivo. O conceito de uma prole para o Superman não é novo, atualmente nos quadrinhos seu filho Jon tem toda uma série própria no qual ele interage com o filho do Batman, Damien Wayne.
Ainda assim, sabendo que muito do DCEU teve inspiração na série de quadrinhos do Injustice (cuja a trama é sobre o herói enlouquecendo com a morte da Lois grávida) pode ser que o herdeiro do Superman venha de lá; nesse caso sendo sua filha Lara Kent. Sua participação acontece por meio de uma visão de universo alternativo que o herói recebe mas mesmo assim é o suficiente para se ter um vislumbre da quase heroína.
- Basicamente todo o corte do diretor
Ok, essa pode soar como uma troça mas não é uma afirmativa incorreta. Nenhuma mudança e toda mudança apresentada é um elemento do Snyder Cut, que não só eliminou muitos dos terríveis alívios cômicos do filme de 2017 como retrabalhou a coloração da obra, a trilha sonora (completamente inédita), concedeu mais tempo de tela para que os personagens pudessem expressar suas motivações (dentre eles o vilão), reeditou certas cenas já vistas para que elas expressassem outra sensação, incrementou a cena de luta final.
Enfim, o corte em si é a grande diferença e o que torna o produto de 2017 algo que não deve mais ser a referência sobre a Liga da Justiça nos cinemas.