terça-feira , 5 novembro , 2024

Indicados Oscar 2019 – As Surpresas e os Esnobados

YouTube video

Foram divulgados os filmes indicados para a 91ª edição dos prêmios da Academia, o Oscar. E vamos direto ao que interessa sem rodeios. Pantera Negra! O filme da Marvel conseguiu a honraria máxima de se tornar o primeiro do gênero de super-heróis indicado na categoria principal como um dos melhores longas do ano. Tudo bem que seu valor social transcende o gênero e o fato de ser uma obra da Marvel – afinal, aqui temos uma superprodução com um elenco majoritariamente negro. Foram 7 indicações no total.

Agora que tiramos este importantíssimo marco da frente, vamos falar sobre o que mais ocorreu nestas indicações. Em todas as edições temos as surpresas e os esnobados, e neste ano não é diferente. Vamos discutir abaixo cada um deles.

Além de Pantera Negra, a Academia rompe outra barreira ao indicar para melhor filme a produção da Netflix, Roma (de Alfonso Cuarón). Mesmo que fosse óbvio para muitos – que o enaltecem como um dos melhores (ou o melhor) filme de 2018 – alguns ainda tinham dúvida se a Academia bancaria esta possível briga com os distribuidores (apesar de nos EUA, o filme ter sido exibido nos cinemas). E não só a Academia comprou o barulho – com 10 indicações para Roma (incluindo melhor filme, diretor, atriz e atriz coadjuvante) -, como também resolveu prestigiar outra produção da casa: A Balada de Buster Scruggs, dos irmãos Coen. O filme episódico foi indicado para três Oscar (melhor roteiro adaptado, figurino e canção original). Sinal dos novos tempos.

Nenhuma surpresa dentre os três medalhões; Nasce uma Estrela perdeu força, mas ainda conseguiu oito indicações – dentre elas, melhor filme, atriz, ator, ator coadjuvante, roteiro e canção. A ausência mais sentida foi a direção de Bradley Cooper. A Favorita emplacou com 10 indicações também, garantindo indicações para o trio de atrizes (Olivia Colman como protagonista, e Emma Stone e Rachel Weisz como coadjuvantes), melhor filme e diretor. Já Green Book: O Guia, ficou com 5 indicações – as mais chamativas são melhor filme, ator e ator coadjuvante. A esnobada aqui foi no diretor Peter Farrelly, que sofre com denúncias de assédio.

O elogiado Infiltrado na Klan, que assim como Nasce uma Estrela veio perdendo força ao longo da temporada, garantiu 6 indicações ao Oscar – entre elas melhor filme, ator coadjuvante e diretor. Vice chegou nos 45 do segundo tempo e abocanhou 8 indicações, incluindo melhor filme, diretor, ator, ator coadjuvante e atriz coadjuvante. O azarão aqui se chama Bohemian Rhapsody – que até fazer a festa no Globo de Ouro era pouco, ou nada, mencionado entre as apostas. O fato mostra que o Globo de Ouro talvez sirva mais como termômetro do Oscar do que muitos o dão crédito. A biografia de Freedie Mercury foi indicado para 5 Oscar – entre eles, melhor filme e ator – prêmios que levou no Globo de Ouro. Será que a história irá se repetir?

Quando falamos em esnobados na categoria principal, pensamos logo em dois filmes. O Primeiro Homem, biografia do astronauta Neil Armstrong, dirigido por Damien Chazelle, não fez o barulho devido nos EUA e passou praticamente em branco nesta temporada. O filme recebeu 4 indicações – todas para prêmios técnicos. No começo da temporada, visava-se, além de melhor filme, indicações para Chazelle na direção, Ryan Gosling como ator principal e Claire Foy (a mais cotada) como atriz coadjuvante. O mesmo caminho seguiu o novo trabalho do “rival” de Chazelle, Barry Jenkins. A brincadeira se deve ao fatídico Oscar 2017, quando Moonlight destronou La La Land numa virada de mesa espetacular. Se a Rua Beale Falasse, de Jenkins, também chamava atenção lá atrás – mas terminou com 3 indicações apenas, entre elas a mais importante: atriz coadjuvante para Regina King (a favorita neste momento).

Existia ainda uma ponta de esperança, mesmo que mínima, para a dobradinha de Emily Blunt no ano. O Retorno de Mary Poppins, no entanto, falhou em duplicar o sucesso do original, e foi indicado para 4 prêmios (trilha sonora, canção original, figurino e direção de arte). Já o terror Um Lugar Silencioso, que traz um forte desempenho da atriz, foi lembrado somente na categoria de edição de som.

Voltando para as surpresas, Roma, na mente de alguns era uma incógnita. E sua protagonista ainda mais – mesmo tendo sido lembrada em algumas premiações. A estreante Yalitza Aparicio se encaixou na quinta vaga, mostrando ainda mais a força da produção mexicana. Esta lacuna possivelmente seria ocupada por Nicole Kidman e sua monstruosa atuação em O Peso do Passado. As outras quatro eram cartas marcadas: Lady Gaga, Melissa McCarthy, Olivia Colman e nossa favorita pessoal, Glenn Close. Surpresa maior (e essa ninguém, ninguém mesmo – nem os que possuem bola de cristal – havia cogitado) veio com a indicação de Marina de Tavira na categoria de atriz coadjuvante. A vaga possivelmente ficaria com Claire Foy ou Nicole Kidman (Boy Erased).

Na categoria de ator, não houve muita surpresa. A indicação mais polêmica é a de Rami Malek, que desagradou parte da imprensa – muitos torcem o nariz para Bohemian Rhapsody.  Dentre os coadjuvantes, uma surpresa maior. Sam Rockwell, vencedor do Oscar na categoria no ano passado (Três Anúncios para um Crime), volta aos holofotes no papel de George W. Bush. Ao indicá-lo, a Academia terminou por esnobar uma atuação que vinha sendo muito mencionada: Timothée Chalamet por Querido Menino. Nada de Michael B. Jordan também, ou qualquer uma das meninas de Pantera Negra (Danai Gurira, Lupita Nyong´o e Letitia Wright).

Ainda na parte das surpresas mais impactantes – que nem a mais inveterada das mães Dinás conseguiria prever -, a indicação do diretor Pawel Pawlikowski, pelo longa em preto e branco Guerra Fria. O diretor polonês desbanca assim Peter Farrelly e Bradley Cooper. Guerra Fria, aliás, transcendeu a categoria de filme estrangeiro, conquistando também a indicação de fotografia.

O veterano Paul Schrader descolou uma indicação de roteiro original, pelo elogiado First Reformed (No Coração da Escuridão). E o alemão Florian Henckel von Donnersmarck (A Vida dos Outros) volta às boas após o fracasso de O Turista (2010), com Never Look Away, drama histórico de 3 horas de duração, que fisgou indicações de filme estrangeiro e fotografia. Outro que deu as caras pela primeira vez foi o drama de época Duas Rainhas, com Margot Robbie e Saoirse Ronan. O filme conquistou duas indicações: figurino e maquiagem.

E você, quais filmes, atores e diretores considera que foram esnobados pela Academia nesta edição? E quais surpresas gostou de ver? Comente.

YouTube video

Mais notícias...

Siga-nos!

2,000,000FãsCurtir
372,000SeguidoresSeguir
1,620,000SeguidoresSeguir
195,000SeguidoresSeguir
162,000InscritosInscrever

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

MATÉRIAS

CRÍTICAS

Indicados Oscar 2019 – As Surpresas e os Esnobados

YouTube video

Foram divulgados os filmes indicados para a 91ª edição dos prêmios da Academia, o Oscar. E vamos direto ao que interessa sem rodeios. Pantera Negra! O filme da Marvel conseguiu a honraria máxima de se tornar o primeiro do gênero de super-heróis indicado na categoria principal como um dos melhores longas do ano. Tudo bem que seu valor social transcende o gênero e o fato de ser uma obra da Marvel – afinal, aqui temos uma superprodução com um elenco majoritariamente negro. Foram 7 indicações no total.

Agora que tiramos este importantíssimo marco da frente, vamos falar sobre o que mais ocorreu nestas indicações. Em todas as edições temos as surpresas e os esnobados, e neste ano não é diferente. Vamos discutir abaixo cada um deles.

Além de Pantera Negra, a Academia rompe outra barreira ao indicar para melhor filme a produção da Netflix, Roma (de Alfonso Cuarón). Mesmo que fosse óbvio para muitos – que o enaltecem como um dos melhores (ou o melhor) filme de 2018 – alguns ainda tinham dúvida se a Academia bancaria esta possível briga com os distribuidores (apesar de nos EUA, o filme ter sido exibido nos cinemas). E não só a Academia comprou o barulho – com 10 indicações para Roma (incluindo melhor filme, diretor, atriz e atriz coadjuvante) -, como também resolveu prestigiar outra produção da casa: A Balada de Buster Scruggs, dos irmãos Coen. O filme episódico foi indicado para três Oscar (melhor roteiro adaptado, figurino e canção original). Sinal dos novos tempos.

Nenhuma surpresa dentre os três medalhões; Nasce uma Estrela perdeu força, mas ainda conseguiu oito indicações – dentre elas, melhor filme, atriz, ator, ator coadjuvante, roteiro e canção. A ausência mais sentida foi a direção de Bradley Cooper. A Favorita emplacou com 10 indicações também, garantindo indicações para o trio de atrizes (Olivia Colman como protagonista, e Emma Stone e Rachel Weisz como coadjuvantes), melhor filme e diretor. Já Green Book: O Guia, ficou com 5 indicações – as mais chamativas são melhor filme, ator e ator coadjuvante. A esnobada aqui foi no diretor Peter Farrelly, que sofre com denúncias de assédio.

O elogiado Infiltrado na Klan, que assim como Nasce uma Estrela veio perdendo força ao longo da temporada, garantiu 6 indicações ao Oscar – entre elas melhor filme, ator coadjuvante e diretor. Vice chegou nos 45 do segundo tempo e abocanhou 8 indicações, incluindo melhor filme, diretor, ator, ator coadjuvante e atriz coadjuvante. O azarão aqui se chama Bohemian Rhapsody – que até fazer a festa no Globo de Ouro era pouco, ou nada, mencionado entre as apostas. O fato mostra que o Globo de Ouro talvez sirva mais como termômetro do Oscar do que muitos o dão crédito. A biografia de Freedie Mercury foi indicado para 5 Oscar – entre eles, melhor filme e ator – prêmios que levou no Globo de Ouro. Será que a história irá se repetir?

Quando falamos em esnobados na categoria principal, pensamos logo em dois filmes. O Primeiro Homem, biografia do astronauta Neil Armstrong, dirigido por Damien Chazelle, não fez o barulho devido nos EUA e passou praticamente em branco nesta temporada. O filme recebeu 4 indicações – todas para prêmios técnicos. No começo da temporada, visava-se, além de melhor filme, indicações para Chazelle na direção, Ryan Gosling como ator principal e Claire Foy (a mais cotada) como atriz coadjuvante. O mesmo caminho seguiu o novo trabalho do “rival” de Chazelle, Barry Jenkins. A brincadeira se deve ao fatídico Oscar 2017, quando Moonlight destronou La La Land numa virada de mesa espetacular. Se a Rua Beale Falasse, de Jenkins, também chamava atenção lá atrás – mas terminou com 3 indicações apenas, entre elas a mais importante: atriz coadjuvante para Regina King (a favorita neste momento).

Existia ainda uma ponta de esperança, mesmo que mínima, para a dobradinha de Emily Blunt no ano. O Retorno de Mary Poppins, no entanto, falhou em duplicar o sucesso do original, e foi indicado para 4 prêmios (trilha sonora, canção original, figurino e direção de arte). Já o terror Um Lugar Silencioso, que traz um forte desempenho da atriz, foi lembrado somente na categoria de edição de som.

Voltando para as surpresas, Roma, na mente de alguns era uma incógnita. E sua protagonista ainda mais – mesmo tendo sido lembrada em algumas premiações. A estreante Yalitza Aparicio se encaixou na quinta vaga, mostrando ainda mais a força da produção mexicana. Esta lacuna possivelmente seria ocupada por Nicole Kidman e sua monstruosa atuação em O Peso do Passado. As outras quatro eram cartas marcadas: Lady Gaga, Melissa McCarthy, Olivia Colman e nossa favorita pessoal, Glenn Close. Surpresa maior (e essa ninguém, ninguém mesmo – nem os que possuem bola de cristal – havia cogitado) veio com a indicação de Marina de Tavira na categoria de atriz coadjuvante. A vaga possivelmente ficaria com Claire Foy ou Nicole Kidman (Boy Erased).

Na categoria de ator, não houve muita surpresa. A indicação mais polêmica é a de Rami Malek, que desagradou parte da imprensa – muitos torcem o nariz para Bohemian Rhapsody.  Dentre os coadjuvantes, uma surpresa maior. Sam Rockwell, vencedor do Oscar na categoria no ano passado (Três Anúncios para um Crime), volta aos holofotes no papel de George W. Bush. Ao indicá-lo, a Academia terminou por esnobar uma atuação que vinha sendo muito mencionada: Timothée Chalamet por Querido Menino. Nada de Michael B. Jordan também, ou qualquer uma das meninas de Pantera Negra (Danai Gurira, Lupita Nyong´o e Letitia Wright).

Ainda na parte das surpresas mais impactantes – que nem a mais inveterada das mães Dinás conseguiria prever -, a indicação do diretor Pawel Pawlikowski, pelo longa em preto e branco Guerra Fria. O diretor polonês desbanca assim Peter Farrelly e Bradley Cooper. Guerra Fria, aliás, transcendeu a categoria de filme estrangeiro, conquistando também a indicação de fotografia.

O veterano Paul Schrader descolou uma indicação de roteiro original, pelo elogiado First Reformed (No Coração da Escuridão). E o alemão Florian Henckel von Donnersmarck (A Vida dos Outros) volta às boas após o fracasso de O Turista (2010), com Never Look Away, drama histórico de 3 horas de duração, que fisgou indicações de filme estrangeiro e fotografia. Outro que deu as caras pela primeira vez foi o drama de época Duas Rainhas, com Margot Robbie e Saoirse Ronan. O filme conquistou duas indicações: figurino e maquiagem.

E você, quais filmes, atores e diretores considera que foram esnobados pela Academia nesta edição? E quais surpresas gostou de ver? Comente.

YouTube video

Siga-nos!

2,000,000FãsCurtir
372,000SeguidoresSeguir
1,620,000SeguidoresSeguir
195,000SeguidoresSeguir
162,000InscritosInscrever

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

MATÉRIAS

CRÍTICAS