terça-feira , 26 novembro , 2024

Inteligência artificial está escrevendo o final de ‘Game of Thrones’; Entenda!

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Um engenheiro de softwares está dando alguns passos além do ritmo do escritor George R. Martin, através de uma inteligência artificial que estaria escrevendo o final da saga de ‘Game of Thrones‘.

A ideia, desenvolvida pelo americano Zack Thoutt, é firmada nas redes neurais.

Explicando de forma bem simplista, essa ferramenta é capaz de analisar um argumento gigantesco de dados e aprender com eles para desenvolver coisas novas. Uma dessas habilidades – ainda que primitiva e com algumas falhas – seria fazer algo que até então só a raça humana seria capaz: escrever.

Nas palavras de Thoutt, a rede neural funcionaria da seguinte forma:

“Ela compara o material que está criando com os dados originais que foram usados para alimentá-la. Dessa forma, ela se mantém atualizada e consegue imitar os instrumentos que lhe foram entregues, chegando ao seu objetivo”.

Para que o final de GOT fosse escrito, Zack alimentou a rede com as atuais 5.376 páginas já escritas por Martin ao longo de seus cinco livros.

O algoritmo usado para produzir novos conteúdos já teria escrito cinco capítulos, que por sinal confirmam algumas das teorias dos fãs que circulam na internet. Sem absorver os assuntos comentados nas redes sociais ou fóruns de discussão, se baseando única e exclusivamente no material original, a rede neural chegou a algumas conclusões especuladas pelos apaixonados pela série/livros.

Dentre as teorias confirmadas em seus capítulos – mas que não foram autenticadas nem pela série, muito menos por George R. Martin – que ainda não finalizou a obra ‘Winds of Winter‘, estão: O envenenamento de Daenerys por Varys, Jon (ou seria Aegon?) montando um dragão e Jamie matando Cersei. Para chegar a essas conclusões, a única ação de Thoutt foi determinar o número de palavras que um capítulo teria, selecionando apenas uma, que seria a palavra-chave na qual o computador usaria como base para a construção de sua narrativa.

Seguindo a dinâmica de trabalho de Martin, em que cada capítulo possui um personagem de destaque, o programador optou pelo nome de alguma figura de Westeros, permitindo que a rede neural teça sua trama em torno dele.

Indo além das populares teorias que vemos nas redes sociais, o computador ainda criou plot twists novos, que embora não façam sentido na trama, não deixam de ser curiosos. Um deles seria o fato de Sansa na verdade ser uma Baratheon e não Stark.

Segundo Thoutt, essa foi a primeira frase literalmente escrita. A ferramenta ainda desenvolveu um novo personagem, chamado Greenbeard (que seria no português literal, Barbaverde). Ainda mais longe, o robô ampliou o vocabulário de Hodor, que deixando seu nome um pouco de lado, diz:

“Hodor olhou para eles, gritando ‘qual caminho você deveria chegar em casa?'”.

Essa é também uma das “falhas” na escrita da rede neural. A ferramenta, ainda que seja bem avançada, comete furos de narrativa, fazendo com que Ned Stark reapareça, mesmo que ele já tenha morrido.

Segundo o criador da técnica, a incoerência em algumas partes dos capítulos escritos seria a quantidade de palavras, que por maior que seja em ‘As Crônicas de Gelo e Fogo‘ (32 mil, para ser mais preciso), não seria o suficiente para a máquina trabalhar – sendo necessário um número 10 vezes maior. O estilo de escrita de Martin também seria outro fator. Sua narrativa altamente descritiva e repleta de adjetivos acabam confundindo a rede neural.

Aliado a isso, temos uma série de terminologias criadas pelo autor que não existe na língua inglesa (ou qualquer idioma), como Meistre e Sor.

E mesmo que o algoritmo tenha alcançado resultados satisfatórios, seu criador revela que não há nenhuma pretensão em substituir os livros do autor original, com tudo não passando de um experimento:

“Claro que não é perfeito. A história não está sendo construída a longo prazo e a gramática tem falhas. Mas a ferramenta consegue aprender o suficiente da língua inglesa e a forma como George R. Martin escreve”.

Recentemente, a HBO sofreu um ataque hacker que rendeu muita dor de cabeça.

 

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A ideia, desenvolvida pelo americano Zack Thoutt, é firmada nas redes neurais.

Explicando de forma bem simplista, essa ferramenta é capaz de analisar um argumento gigantesco de dados e aprender com eles para desenvolver coisas novas. Uma dessas habilidades – ainda que primitiva e com algumas falhas – seria fazer algo que até então só a raça humana seria capaz: escrever.

Nas palavras de Thoutt, a rede neural funcionaria da seguinte forma:

“Ela compara o material que está criando com os dados originais que foram usados para alimentá-la. Dessa forma, ela se mantém atualizada e consegue imitar os instrumentos que lhe foram entregues, chegando ao seu objetivo”.

Para que o final de GOT fosse escrito, Zack alimentou a rede com as atuais 5.376 páginas já escritas por Martin ao longo de seus cinco livros.

O algoritmo usado para produzir novos conteúdos já teria escrito cinco capítulos, que por sinal confirmam algumas das teorias dos fãs que circulam na internet. Sem absorver os assuntos comentados nas redes sociais ou fóruns de discussão, se baseando única e exclusivamente no material original, a rede neural chegou a algumas conclusões especuladas pelos apaixonados pela série/livros.

Dentre as teorias confirmadas em seus capítulos – mas que não foram autenticadas nem pela série, muito menos por George R. Martin – que ainda não finalizou a obra ‘Winds of Winter‘, estão: O envenenamento de Daenerys por Varys, Jon (ou seria Aegon?) montando um dragão e Jamie matando Cersei. Para chegar a essas conclusões, a única ação de Thoutt foi determinar o número de palavras que um capítulo teria, selecionando apenas uma, que seria a palavra-chave na qual o computador usaria como base para a construção de sua narrativa.

Seguindo a dinâmica de trabalho de Martin, em que cada capítulo possui um personagem de destaque, o programador optou pelo nome de alguma figura de Westeros, permitindo que a rede neural teça sua trama em torno dele.

Indo além das populares teorias que vemos nas redes sociais, o computador ainda criou plot twists novos, que embora não façam sentido na trama, não deixam de ser curiosos. Um deles seria o fato de Sansa na verdade ser uma Baratheon e não Stark.

Segundo Thoutt, essa foi a primeira frase literalmente escrita. A ferramenta ainda desenvolveu um novo personagem, chamado Greenbeard (que seria no português literal, Barbaverde). Ainda mais longe, o robô ampliou o vocabulário de Hodor, que deixando seu nome um pouco de lado, diz:

“Hodor olhou para eles, gritando ‘qual caminho você deveria chegar em casa?'”.

Essa é também uma das “falhas” na escrita da rede neural. A ferramenta, ainda que seja bem avançada, comete furos de narrativa, fazendo com que Ned Stark reapareça, mesmo que ele já tenha morrido.

Segundo o criador da técnica, a incoerência em algumas partes dos capítulos escritos seria a quantidade de palavras, que por maior que seja em ‘As Crônicas de Gelo e Fogo‘ (32 mil, para ser mais preciso), não seria o suficiente para a máquina trabalhar – sendo necessário um número 10 vezes maior. O estilo de escrita de Martin também seria outro fator. Sua narrativa altamente descritiva e repleta de adjetivos acabam confundindo a rede neural.

Aliado a isso, temos uma série de terminologias criadas pelo autor que não existe na língua inglesa (ou qualquer idioma), como Meistre e Sor.

E mesmo que o algoritmo tenha alcançado resultados satisfatórios, seu criador revela que não há nenhuma pretensão em substituir os livros do autor original, com tudo não passando de um experimento:

“Claro que não é perfeito. A história não está sendo construída a longo prazo e a gramática tem falhas. Mas a ferramenta consegue aprender o suficiente da língua inglesa e a forma como George R. Martin escreve”.

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