sábado , 21 dezembro , 2024

Jason invade os videogames! Conheça os jogos da franquia ‘Sexta-Feira 13’

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O assassino mais celebre

Quando Jason Voorhees estreou em 1980 com o primeiro ‘Sexta-Feira 13’, que ainda nem trazia o personagem com o seu visual icônico, aliás, na história ele nem era o assassino, o subgênero do terror chamado de slasher, que destaca um assassino perseguidor, já havia sido sedimentado na indústria do cinema.



Primeiro com ‘O Massacre da Serra Elétrica’ (1974) e depois se popularizando de vez com ‘Halloween‘ (1978). Tanto Leatherface quanto Michael Meyers já eram figuras icônicas que estavam no imaginário do público.

No entanto, a cada novo ‘Sexta-Feira 13’ lançado, Jason conquistava legiões de fãs, já que o personagem carregava a brutalidade e insanidade da obra de Tobe Hooper e toda atmosfera sombria e visual marcante do clássico dirigido por John Carpenter.

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Não demorou, e lá pelo terceiro ou quarto capítulo da franquia, em 1984, o personagem já havia se tornado o assassino mais celebre do gênero slasher, ao lado de Freddy Krueger, que estreou justamente nesse ano com ‘A Hora do Pesadelo, pegando carona na fama do Jason.

Considerado um dos personagens mais famosos, icônicos e queridos da cultura pop, Jason explodiu no mundo todo, ganhando livros, quadrinhos e alguns títulos para os videogames.

Jogos esses que sempre traziam o jogador no comando do personagem, justamente porque o grande barato da série era ver as execuções espetaculares realizadas por Jason, que mais pareciam Fatalities. Não à toa, Jason apareceu em ‘Mortal Kombat’ como um dos personagens jogáveis e foi um tremendo sucesso.

Então, dessa vez, vamos falar sobre o assassino em série mais famoso e utilizado na indústria dos jogos eletrônicos, que vez ou outra aparece e causa o impacto de um soco potente, seja com sua presença marcante ou pelas vendas geradas.

Friday The 13th: The Computer Game (Commodore 64, Amstrad CPC e ZX Spectrum)

O primeiro jogo oficial do Jason a ser lançado é Friday The 13th: The Computer Game, que saiu em 1985 para vários computadores pessoais, como Commodore 64, Amstrad CPC e ZX Spectrum. Lançado através de um kit de diskette e fica cassete, o game foi desenvolvido pela Domark, antiga desenvolvedora que era uma subsidiária da Square Europa, se tornando depois a Eidos, estúdio responsável pela franquia Tomb Raider.

Friday The 13th: The Computer Game é um jogo de explorado livre, de visão panorâmico que simula uma perspectiva tridimensional, já que o jogador tem que passar por vários cenários. Nele, jogamos com um personagem escolhido aleatoriamente, e a nossa missão é simplesmente derrotar o Jason, enquanto protege a si mesmo e os seus amigos, percorrendo diversos cenários do clássico acampamento Cristal Lake.

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Estão espalhados nas fases vários facões, forquilhas e até motosserras. Outra coisa legal é que no game temos um medidor de pânico, na forma da cabeça de uma mulher loira, que quando estamos sendo perseguidos ou espreitados pelo Jason, a barra começa a subir e ela fica com os cabelos em pé. O jogo, por sinal, é bem violento para época, com cenas de sangue e o personagem gritando e falecendo com um facão na cabeça. Um grafismo muito incomum nos games até aquele momento.

Friday The 13th: The Computer Game não foi lá muito bem-recebido pela crítica na época, com muita gente reclamando de o jogo apresentar um visual do Jason diferente do original, já que aqui ele está todo de preto e sem máscara. No entanto destacaram os elementos de terror como a trilha sonora, os gritos de horror e alguns símbolos nos cenários.

Friday the 13th (Nes, 1989)

No entanto, caso queira conhecer um jogo clássico do Jason que traga vários elementos e visuais semelhantes àqueles vistos nos filmes, você precisa jogar Friday the 13th, do NES, lançado em 1989, pela Atlus. Esse game foi baseado nos primeiros quatro filmes da série, mais diretamente em Sexta-Feira 13 Parte 4 – Capítulo Final, até pela rápida animação com a faca e a máscara que podemos ver antes da tela de abertura.

Nesse jogo, escolhemos como personagem um membro de um grupo de adolescentes que vai para o acampamento Crystal Lake tirar férias. Mas, como todo mundo já sabe, o lugar é vigiado por Jason, e encontramos até a sua mãe, que era a assassina do primeiro filme.

Mesmo tendo algumas bizarrices e sendo apontado por muita gente hoje como um dos piores jogos do NES, a verdade é que Friday the 13th é uma experiência bem completa pra um jogo de 8-bits, misturando ação e plataforma com uma pegada adventure, trazendo até lutas em primeira pessoa contra os chefes.

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É um game bem original, empolgante e desafiador, que consegue a façanha de prender o jogador em um clima de suspense e tensão, mesmo naquele tempo. A música de mistério que toca quando se entra nas casas do acampamento é de gelar a espinha até hoje.

O objetivo aqui é pegar o machado e, obviamente, matar Jason. Para pegar, você precisa se aventurar no porão onde a cabeça voadora da mãe de Jason está localizada. Como um chefe, você tem que enfrenta-la e assim após isso vai liberar a arma. Ela reaparece no porão de novo, depois que você vence o Jason pela primeira vez.

Como uma espécie de Nemesis, Jason aparece e ataca aleatoriamente, o jogador deve acertá-lo o suficiente até que ele vá embora. Ele também pode atacar crianças e outros monitores nas várias cabanas do mapa. Se Jason matar crianças suficientes ou matar todos os monitores, é game over!

Splatterhouse (Arcade)

Porém, se teve um jogo nos anos 80 que melhor conseguiu imprimir toda sanguinolência e atmosfera da franquia Sexta-Feira 13, esse foi Splatterhouse, lançado em 1988 para os Arcades. Desenvolvido pela Nanco, o título pega como referência diversos filmes de terror como Sexta Feira 13, Evil Dead, A Volta dos Mortos Vivos, dentre outros. Joram assim tudo num liquidificador e saiu essa perola maravilhosa.

Vemos ali diversas homenagens, sejam elas explícitas ou não às obras de horror. Obviamente, a que se destaca logo de cara (até literalmente), é a do personagem principal, onde você comanda um cara com uma roupa surrada, máscara de hockey e sua arma preferida é um machado. Ou seja, o Jason!

Como falamos, Splatterhouse foi lançado incialmente para os Arcades, mas com o sucesso que fez acabou sendo portado para plataformas caseiras como PC Engine e NES. Para o cenário, temos uma mansão mal assombrada com corpos mutilados, enforcados, acorrentados, e cheios de sangue e tripas, como todo filme trash deve ser.

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Na trama do game, Dr. West era um famoso parapsicólogo que anos atrás desapareceu. Com rumores que ele fazia experiências genéticas e místicas, mas nada era confirmado. No entanto, um casal de parapsicólogos da universidade, Rick e Jenifer, resolve ir até a mansão e tentar descobrir o que aconteceu na realidade. Lá dentro, as portas se fecham sozinhas e as luzes se apagam. Rick é atingido na nuca e nocauteado, pouco antes de ouvir um grito de pavor da sua namorada.

No entanto, surge a tal Máscara do terror flutuando e se fixa ao rosto de Rick. Ele que quando acorda percebe que não consegue mais tira-la. Porém, ele percebe que agora tem uma força está sobre-humana. Lendo algumas notas antigas do Dr. West, ele descobre que a máscara é uma antiguidade asteca usada em rituais de sacrifício – será que o pessoal dessa época curtia Hockey? Tá bom, parei!

Enfim, Splatterhouse tem boa jogabilidade, entregando uma ótima sensação de decepar algumas cabeças com o facão. Porém, encontramos outras armas, além de podermos dar golpes que variam de socos, chutes, voadoras e rasteiras. As armas que achamos variam entre  machado, escopeta, porrete, pedra, chave inglesa e segue o barco…

Nos EUA, pela óbvia alusão ao Jason, a máscara do personagem teve sua cor alterada para vermelho, com as continuações mudando mais um pouco o estilo. Enfim, esse é jogo de Jason não autorizado mais Jason desse período inicial.

Friday the 13th (Mobile Game)

Depois de dar as caras no Nintendinho, o morto-vivo implacável Jason Voorhees iria tirar umas férias do mundo dos videogames, que durou por quase duas décadas, voltando apenas em uma versão no maior estilo puzzle e adventure do Acampamento Crystal Lake, quando a Xendex lançou um jogo de Sexta-Feira 13 para celular.

Infelizmente, o game foi esquecido pelo tempo e não está mais disponível para download nos dispositivos móveis, por sinal, muitos fãs nem sabem da sua existência.

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Em Friday the 13th Mobile, é possível montar com um grupo de amigos o acampamento para seu primeiro fim de semana de verão, mas pra variar um assassino misterioso começa a atacar todo mundo. Com os jogadores tendo assim que resolver o mistério através de puzzles e sobreviver à noite, já que são perseguidos por Jason. Um título que não foi muito falado na época, mas que certamente seria obrigatório para os grandes fãs da franquia.

Mortal Kombat X (PS4, Xbox One e PC)

Nesse meio tempo alguns fãs lançaram jogos não oficiais que acabaram sendo muito jogados, como é o caso de Friday the 13th de 2007 e Friday the 13th: Blood and Water de 2013, com o primeiro você controlando o Jason e caçando suas vítimas, e no segundo você está na floresta tentando escapar como puder do vilão.

Contudo, finalmente em 2015, Jason faria sua estreia na franquia que tem tudo a ver com sua figura, Mortal Kombat. Especificamente em Mortal Kombat X, Jason aparece como um dos muitos personagens especiais adicionados como parte de um pacote de DLC, ao lado de outros monstros e criaturas clássicas do cinema, como Predador, Leatherface e o Alien.

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Ainda que seja exatamente um jogo de Sexta-Feira 13, Mortal Kombat X dá a Jason a chance de encontrar novas vítimas, com o personagem ganhando movimentos incríveis e Fatalities arrasadore e brutais como tem que ser. Essa aparição não apenas foi bem-vinda pelos fãs poderem ver o Jason em ação com os gráficos atuais, como também deu margem para o jogo definitivo do personagem.

Friday the 13th: The Game (PC, PlayStation 4, Xbox One e Nintendo Switch)

Desenvolvido originalmente em meados de 2015 com o nome de Slasher Vol. 1: Summer Camp pela pequena IllFonic, na época em que A Gun Media estava em negociações com o diretor de Sexta-Feira, Sean S. Cunningham, para ter assim uma licença e fazer desenvolvimento do jogo, conseguiram fechar o acordo e se juntaram a própria IllFonic para o que passou a ser Friday the 13th: The Game.

Para tornar o projeto ainda mais atrativo, criaram um financiamento coletivo através do Kickstarter e conseguiram mais de 1 milhão de dólares em arrecadação, passando em muito o que pediam inicialmente.

Valor que foi investido em vários detalhes para o game, como a captura de movimento para Jason Voorhees foi feita pelo próprio Kane Hodder, que, como falamos, foi o único ator a interpretar o personagem mais de uma vez.

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Personagens como Tommy Jarvis foram feitos por Thom Mathews, que interpretou Tommy em Sexta-Feira 13 – Parte 6: Jason Vive. Larry Zerner, que apareceu na Parte III como Shelly, reprisou o seu papel quando a personagem entrou como DLC. Outros atores e atrizes também foram chamados para participar.

Contrataram o maestro Harry Manfredini, criador da trilha sonora original do filme, para fazer os temas do game. Por sinal, quando divulgaram algumas faixas junto ao gameplay em 2016 os fãs foram ao delírio e o hype pelo lançamento do título só aumentou. E tudo isso foi justificado.

Para quem não conhece, Friday the 13th: The Game tem um modo multijogador assimétrico, colocando até sete jogadores para controlar os membros do Acampamento Crystal Lake contra um jogador que comanda o Jason Voorhees – sendo essas funções determinadas de maneira aleatória antes de começar a partida.

Começando assim uma caçada sobre quem vai pegar quem, já que os jogadores precisam bolar estratégias para fugir de Jason ou mesmo o Jason pegar os demais que tentam escapar. O game, por sinal, tem cenários bem amplos, possuindo um mapa de mundo semi-aberto.

Friday the 13th: The Game logo quando estreou foi um mega sucesso, vendendo quase 2 milhões de cópias e passou a ser um dos títulos mais jogados na Steam em 2017. O jogo ganhou mais destaque ainda quando chegou na Playstation Plus de outubro em 2018, onde milhões de pessoas tiveram acesso e descobriram o quão divertido era controlar o Jason e sair destroçando geral.

Esse sucesso também deu margem para que fosse lançada uma edição em mídia física, trazendo artes conceituais originais do jogo e encartes na embalagem. O que fez os colecionadores brilharem os jogos, principalmente os mais velhos que são fãs da franquia Sexta-Feira 13. A recepção junto a imprensa especializada não lá das melhores, com o game ganhando boas notas em alguns veículos, mas já em outros o pessoal virando a cara e falando das animações e os gráficos pobres.

Acontece que o que importava em Friday the 13th: The Game era o fato diversão, pois a galera queria mesmo era ter a chance de estar na pele do Jason pelo menos nos videogames. E ficamos então no aguardo de como serão os próximos jogos do personagem para essa nova geração. Eu tô ansioso!

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Wilker Medeiroshttps://www.youtube.com/imersaocultural
Wilker Medeiros, com passagem pela área de jornalismo, atuou em portais e podcasts como editor e crítico de cinema. Formou-se em cursos de Fotografia e Iluminação, Teoria, Linguagem e Crítica Cinematográfica, Forma e Estilo do Cinema. Sempre foi apaixonado pela sétima arte e é um consumidor voraz de cultura pop.

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O assassino mais celebre

Quando Jason Voorhees estreou em 1980 com o primeiro ‘Sexta-Feira 13’, que ainda nem trazia o personagem com o seu visual icônico, aliás, na história ele nem era o assassino, o subgênero do terror chamado de slasher, que destaca um assassino perseguidor, já havia sido sedimentado na indústria do cinema.

Primeiro com ‘O Massacre da Serra Elétrica’ (1974) e depois se popularizando de vez com ‘Halloween‘ (1978). Tanto Leatherface quanto Michael Meyers já eram figuras icônicas que estavam no imaginário do público.

No entanto, a cada novo ‘Sexta-Feira 13’ lançado, Jason conquistava legiões de fãs, já que o personagem carregava a brutalidade e insanidade da obra de Tobe Hooper e toda atmosfera sombria e visual marcante do clássico dirigido por John Carpenter.

Não demorou, e lá pelo terceiro ou quarto capítulo da franquia, em 1984, o personagem já havia se tornado o assassino mais celebre do gênero slasher, ao lado de Freddy Krueger, que estreou justamente nesse ano com ‘A Hora do Pesadelo, pegando carona na fama do Jason.

Considerado um dos personagens mais famosos, icônicos e queridos da cultura pop, Jason explodiu no mundo todo, ganhando livros, quadrinhos e alguns títulos para os videogames.

Jogos esses que sempre traziam o jogador no comando do personagem, justamente porque o grande barato da série era ver as execuções espetaculares realizadas por Jason, que mais pareciam Fatalities. Não à toa, Jason apareceu em ‘Mortal Kombat’ como um dos personagens jogáveis e foi um tremendo sucesso.

Então, dessa vez, vamos falar sobre o assassino em série mais famoso e utilizado na indústria dos jogos eletrônicos, que vez ou outra aparece e causa o impacto de um soco potente, seja com sua presença marcante ou pelas vendas geradas.

Friday The 13th: The Computer Game (Commodore 64, Amstrad CPC e ZX Spectrum)

O primeiro jogo oficial do Jason a ser lançado é Friday The 13th: The Computer Game, que saiu em 1985 para vários computadores pessoais, como Commodore 64, Amstrad CPC e ZX Spectrum. Lançado através de um kit de diskette e fica cassete, o game foi desenvolvido pela Domark, antiga desenvolvedora que era uma subsidiária da Square Europa, se tornando depois a Eidos, estúdio responsável pela franquia Tomb Raider.

Friday The 13th: The Computer Game é um jogo de explorado livre, de visão panorâmico que simula uma perspectiva tridimensional, já que o jogador tem que passar por vários cenários. Nele, jogamos com um personagem escolhido aleatoriamente, e a nossa missão é simplesmente derrotar o Jason, enquanto protege a si mesmo e os seus amigos, percorrendo diversos cenários do clássico acampamento Cristal Lake.

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Estão espalhados nas fases vários facões, forquilhas e até motosserras. Outra coisa legal é que no game temos um medidor de pânico, na forma da cabeça de uma mulher loira, que quando estamos sendo perseguidos ou espreitados pelo Jason, a barra começa a subir e ela fica com os cabelos em pé. O jogo, por sinal, é bem violento para época, com cenas de sangue e o personagem gritando e falecendo com um facão na cabeça. Um grafismo muito incomum nos games até aquele momento.

Friday The 13th: The Computer Game não foi lá muito bem-recebido pela crítica na época, com muita gente reclamando de o jogo apresentar um visual do Jason diferente do original, já que aqui ele está todo de preto e sem máscara. No entanto destacaram os elementos de terror como a trilha sonora, os gritos de horror e alguns símbolos nos cenários.

Friday the 13th (Nes, 1989)

No entanto, caso queira conhecer um jogo clássico do Jason que traga vários elementos e visuais semelhantes àqueles vistos nos filmes, você precisa jogar Friday the 13th, do NES, lançado em 1989, pela Atlus. Esse game foi baseado nos primeiros quatro filmes da série, mais diretamente em Sexta-Feira 13 Parte 4 – Capítulo Final, até pela rápida animação com a faca e a máscara que podemos ver antes da tela de abertura.

Nesse jogo, escolhemos como personagem um membro de um grupo de adolescentes que vai para o acampamento Crystal Lake tirar férias. Mas, como todo mundo já sabe, o lugar é vigiado por Jason, e encontramos até a sua mãe, que era a assassina do primeiro filme.

Mesmo tendo algumas bizarrices e sendo apontado por muita gente hoje como um dos piores jogos do NES, a verdade é que Friday the 13th é uma experiência bem completa pra um jogo de 8-bits, misturando ação e plataforma com uma pegada adventure, trazendo até lutas em primeira pessoa contra os chefes.

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É um game bem original, empolgante e desafiador, que consegue a façanha de prender o jogador em um clima de suspense e tensão, mesmo naquele tempo. A música de mistério que toca quando se entra nas casas do acampamento é de gelar a espinha até hoje.

O objetivo aqui é pegar o machado e, obviamente, matar Jason. Para pegar, você precisa se aventurar no porão onde a cabeça voadora da mãe de Jason está localizada. Como um chefe, você tem que enfrenta-la e assim após isso vai liberar a arma. Ela reaparece no porão de novo, depois que você vence o Jason pela primeira vez.

Como uma espécie de Nemesis, Jason aparece e ataca aleatoriamente, o jogador deve acertá-lo o suficiente até que ele vá embora. Ele também pode atacar crianças e outros monitores nas várias cabanas do mapa. Se Jason matar crianças suficientes ou matar todos os monitores, é game over!

Splatterhouse (Arcade)

Porém, se teve um jogo nos anos 80 que melhor conseguiu imprimir toda sanguinolência e atmosfera da franquia Sexta-Feira 13, esse foi Splatterhouse, lançado em 1988 para os Arcades. Desenvolvido pela Nanco, o título pega como referência diversos filmes de terror como Sexta Feira 13, Evil Dead, A Volta dos Mortos Vivos, dentre outros. Joram assim tudo num liquidificador e saiu essa perola maravilhosa.

Vemos ali diversas homenagens, sejam elas explícitas ou não às obras de horror. Obviamente, a que se destaca logo de cara (até literalmente), é a do personagem principal, onde você comanda um cara com uma roupa surrada, máscara de hockey e sua arma preferida é um machado. Ou seja, o Jason!

Como falamos, Splatterhouse foi lançado incialmente para os Arcades, mas com o sucesso que fez acabou sendo portado para plataformas caseiras como PC Engine e NES. Para o cenário, temos uma mansão mal assombrada com corpos mutilados, enforcados, acorrentados, e cheios de sangue e tripas, como todo filme trash deve ser.

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Na trama do game, Dr. West era um famoso parapsicólogo que anos atrás desapareceu. Com rumores que ele fazia experiências genéticas e místicas, mas nada era confirmado. No entanto, um casal de parapsicólogos da universidade, Rick e Jenifer, resolve ir até a mansão e tentar descobrir o que aconteceu na realidade. Lá dentro, as portas se fecham sozinhas e as luzes se apagam. Rick é atingido na nuca e nocauteado, pouco antes de ouvir um grito de pavor da sua namorada.

No entanto, surge a tal Máscara do terror flutuando e se fixa ao rosto de Rick. Ele que quando acorda percebe que não consegue mais tira-la. Porém, ele percebe que agora tem uma força está sobre-humana. Lendo algumas notas antigas do Dr. West, ele descobre que a máscara é uma antiguidade asteca usada em rituais de sacrifício – será que o pessoal dessa época curtia Hockey? Tá bom, parei!

Enfim, Splatterhouse tem boa jogabilidade, entregando uma ótima sensação de decepar algumas cabeças com o facão. Porém, encontramos outras armas, além de podermos dar golpes que variam de socos, chutes, voadoras e rasteiras. As armas que achamos variam entre  machado, escopeta, porrete, pedra, chave inglesa e segue o barco…

Nos EUA, pela óbvia alusão ao Jason, a máscara do personagem teve sua cor alterada para vermelho, com as continuações mudando mais um pouco o estilo. Enfim, esse é jogo de Jason não autorizado mais Jason desse período inicial.

Friday the 13th (Mobile Game)

Depois de dar as caras no Nintendinho, o morto-vivo implacável Jason Voorhees iria tirar umas férias do mundo dos videogames, que durou por quase duas décadas, voltando apenas em uma versão no maior estilo puzzle e adventure do Acampamento Crystal Lake, quando a Xendex lançou um jogo de Sexta-Feira 13 para celular.

Infelizmente, o game foi esquecido pelo tempo e não está mais disponível para download nos dispositivos móveis, por sinal, muitos fãs nem sabem da sua existência.

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Em Friday the 13th Mobile, é possível montar com um grupo de amigos o acampamento para seu primeiro fim de semana de verão, mas pra variar um assassino misterioso começa a atacar todo mundo. Com os jogadores tendo assim que resolver o mistério através de puzzles e sobreviver à noite, já que são perseguidos por Jason. Um título que não foi muito falado na época, mas que certamente seria obrigatório para os grandes fãs da franquia.

Mortal Kombat X (PS4, Xbox One e PC)

Nesse meio tempo alguns fãs lançaram jogos não oficiais que acabaram sendo muito jogados, como é o caso de Friday the 13th de 2007 e Friday the 13th: Blood and Water de 2013, com o primeiro você controlando o Jason e caçando suas vítimas, e no segundo você está na floresta tentando escapar como puder do vilão.

Contudo, finalmente em 2015, Jason faria sua estreia na franquia que tem tudo a ver com sua figura, Mortal Kombat. Especificamente em Mortal Kombat X, Jason aparece como um dos muitos personagens especiais adicionados como parte de um pacote de DLC, ao lado de outros monstros e criaturas clássicas do cinema, como Predador, Leatherface e o Alien.

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Ainda que seja exatamente um jogo de Sexta-Feira 13, Mortal Kombat X dá a Jason a chance de encontrar novas vítimas, com o personagem ganhando movimentos incríveis e Fatalities arrasadore e brutais como tem que ser. Essa aparição não apenas foi bem-vinda pelos fãs poderem ver o Jason em ação com os gráficos atuais, como também deu margem para o jogo definitivo do personagem.

Friday the 13th: The Game (PC, PlayStation 4, Xbox One e Nintendo Switch)

Desenvolvido originalmente em meados de 2015 com o nome de Slasher Vol. 1: Summer Camp pela pequena IllFonic, na época em que A Gun Media estava em negociações com o diretor de Sexta-Feira, Sean S. Cunningham, para ter assim uma licença e fazer desenvolvimento do jogo, conseguiram fechar o acordo e se juntaram a própria IllFonic para o que passou a ser Friday the 13th: The Game.

Para tornar o projeto ainda mais atrativo, criaram um financiamento coletivo através do Kickstarter e conseguiram mais de 1 milhão de dólares em arrecadação, passando em muito o que pediam inicialmente.

Valor que foi investido em vários detalhes para o game, como a captura de movimento para Jason Voorhees foi feita pelo próprio Kane Hodder, que, como falamos, foi o único ator a interpretar o personagem mais de uma vez.

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Personagens como Tommy Jarvis foram feitos por Thom Mathews, que interpretou Tommy em Sexta-Feira 13 – Parte 6: Jason Vive. Larry Zerner, que apareceu na Parte III como Shelly, reprisou o seu papel quando a personagem entrou como DLC. Outros atores e atrizes também foram chamados para participar.

Contrataram o maestro Harry Manfredini, criador da trilha sonora original do filme, para fazer os temas do game. Por sinal, quando divulgaram algumas faixas junto ao gameplay em 2016 os fãs foram ao delírio e o hype pelo lançamento do título só aumentou. E tudo isso foi justificado.

Para quem não conhece, Friday the 13th: The Game tem um modo multijogador assimétrico, colocando até sete jogadores para controlar os membros do Acampamento Crystal Lake contra um jogador que comanda o Jason Voorhees – sendo essas funções determinadas de maneira aleatória antes de começar a partida.

Começando assim uma caçada sobre quem vai pegar quem, já que os jogadores precisam bolar estratégias para fugir de Jason ou mesmo o Jason pegar os demais que tentam escapar. O game, por sinal, tem cenários bem amplos, possuindo um mapa de mundo semi-aberto.

Friday the 13th: The Game logo quando estreou foi um mega sucesso, vendendo quase 2 milhões de cópias e passou a ser um dos títulos mais jogados na Steam em 2017. O jogo ganhou mais destaque ainda quando chegou na Playstation Plus de outubro em 2018, onde milhões de pessoas tiveram acesso e descobriram o quão divertido era controlar o Jason e sair destroçando geral.

Esse sucesso também deu margem para que fosse lançada uma edição em mídia física, trazendo artes conceituais originais do jogo e encartes na embalagem. O que fez os colecionadores brilharem os jogos, principalmente os mais velhos que são fãs da franquia Sexta-Feira 13. A recepção junto a imprensa especializada não lá das melhores, com o game ganhando boas notas em alguns veículos, mas já em outros o pessoal virando a cara e falando das animações e os gráficos pobres.

Acontece que o que importava em Friday the 13th: The Game era o fato diversão, pois a galera queria mesmo era ter a chance de estar na pele do Jason pelo menos nos videogames. E ficamos então no aguardo de como serão os próximos jogos do personagem para essa nova geração. Eu tô ansioso!

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Wilker Medeiros, com passagem pela área de jornalismo, atuou em portais e podcasts como editor e crítico de cinema. Formou-se em cursos de Fotografia e Iluminação, Teoria, Linguagem e Crítica Cinematográfica, Forma e Estilo do Cinema. Sempre foi apaixonado pela sétima arte e é um consumidor voraz de cultura pop.

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