O ator Jason Isaacs (‘The White Lotus’) criticou duramente o cineasta Mel Gibson, afirmando que suas declarações foram um “surto antissemita”. Em 2006, Gibson foi preso por dirigir embriagado, ocasião em que fez comentários depreciativos sobre judeus.
“Ele era muito charmoso pessoalmente, inteligente e autodepreciativo. Mas disse e fez coisas inconcebíveis e imperdoáveis”, disse Isaacs sobre Gibson, conforme a Variety. “Fui convidado por um amigo para um evento beneficente de críquete para australianos do cinema. Ele disse: ‘Se você for, Mel também irá’. E eu respondi: ‘Não quero ver o Mel’. Não o via desde aquele terrível surto antissemita quando ele foi parado pela polícia. Meu amigo insistiu: ‘Vamos, cara. Vamos arrecadar muito dinheiro para a caridade'”.
Isaacs continuou seu relato sobre o encontro: “Então eu fui, e Mel estava lá, e ele me chamou pelo apelido ‘Jace’ do outro lado da sala, muito amigável. Eu respondi: ‘Rabino Gibson, como estamos?’. Ele veio até mim e disse: ‘Eu estava muito bêbado, cara. Estava tentando fazer alguém me bater ou atirar em mim. Estou passando por um momento terrível’. E começou a desabafar sobre coisas muito pessoais. Ele não é meu amigo, mas, talvez para minha eterna vergonha, eu o perdoei instantaneamente porque ele estava se mostrando vulnerável”.
Questionado se “devemos perdoar pessoas como Mel Gibson”, Isaacs respondeu: “Não, você não pode perdoar tudo de todo mundo. Não estou dizendo que perdoo o Mel. Eu o vejo uma vez a cada década por cinco minutos. De vez em quando trocamos mensagens por algum motivo. Não sei o que fazer pelo fato de ele ter colocado um personagem em A Paixão de Cristo que é essencialmente um demônio judeu que não existe nos evangelhos. Não faço ideia do que fazer com ele. Mas se ele batesse na minha porta esta noite e dissesse: ‘Olha, meu hotel cancelou, posso ficar?’ Eu provavelmente diria ‘sim’”.
