sexta-feira , 22 novembro , 2024

‘Jason X’, ‘O Filho de Chucky’, ‘Halloween: Ressurreição’ e os Piores Filmes de Terror dos Anos 2000

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Talvez nem todos saibam, mas foi a paixão pelos filmes de terror que fundou o site CinePOP há mais de 20 anos. Hoje, nos tornamos um portal de cinema que cobre todo tipo de filme, mas nunca esquecemos aquela paixão que começou tudo. E para esta nova matéria voltaremos justamente para a década na qual o site foi criado: os anos 2000. Você pode não saber ou lembrar, mas os anos 2000 trouxeram uma verdadeira enxurrada de filmes de terror, alguns bons, alguns mais ou menos e outros bem ruins.

Aqui acreditamos que para existir os filmes bons e os maravilhosos, precisam existir também os filmes ruins, os péssimos e os horríveis. Faz parte. A verdade é que um filme ruim pode ser também bastante divertido e nos dar vontade de assistir mais vezes do que um filme mais bem avaliado, digamos. Preciso dizer também que uma coisa que é boa para mim, pode não ser para você e vice-versa. Nossa intenção não é ofender os fãs de tais filmes. Essa é apenas a nossa opinião. Portanto, se você concorda ou não concorda está tudo bem.



Os anos 2000 ficaram conhecidos também por sua grande quantidade de refilmagens de clássicos e continuações, digamos, pouco inspiradas para o gênero do terror. E são justamente elas que iremos comentar aqui. Confira abaixo 10 filmes de terror que consideramos os piores de uma década inteira – os anos 2000. P.S. Os filmes não estão em nenhuma ordem específica, pois seria difícil distinguir entre tamanha ruindade.

Eu Sempre vou Saber o que Vocês Fizeram no Verão Passado (2006)

Em vias de estrear um novo ‘Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado’ (um reboot/sequência será lançado em 2025 com o elenco original), começaremos a lista com o ponto baixo da franquia. E não, não estou me referindo à primeira continuação direta do clássico dos anos 90: ‘Eu Ainda Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado’, de 1998. Acontece que em meados dos anos 2000, a Sony/Columbia Pictures estava com uma mania boba de criar continuações direto em vídeo de alguns de seus filmes queridos.

Assim, ganhamos sequências abomináveis de ‘O Homem sem Sombra’, ‘Garotas Selvagens’ e ‘Segundas Intenções’, por exemplo. Sobrou até para a franquia slasher “irmã de ‘Pânico’”, que ganhou uma terceira parte lançada direto em vídeo, sem qualquer membro do elenco original. A intenção era transformar o assassino Pescador em uma entidade sobrenatural no estilo Jason ou Michael Myers. Melhor fingir que não aconteceu.

Jason X (2001)

Por falar no maníaco mais famoso dos filmes slasher, não poderíamos ficar sem um exemplar da franquia ‘Sexta-Feira 13’ na lista. E se Michael Myers ganhou uma trilogia de prestígio pelas mãos da Universal / Blumhouse (que não teve um resultado muito favorável), mesmo engavetado desde 2009, Jason permanece o assassino mascarado mais famoso do cinema.

No começo da década de 2000, tudo já havia sido tentado com os filmes do psicopata. Bem, quase tudo. Porque ele nunca havia ido ao espaço antes. Assim, os “gênios” responsáveis pela franquia decidiram fazer justamente isso. ‘Jason X’ é Jason dando uma de ‘Alien – O Oitavo Passageiro’ e ainda se transformando em um robô fortão no fim do filme. O longa virou cult, mas essa história nunca foi continuada.

Halloween: A Ressurreição (2002)

Virou lugar comum colocar “ressurreição” no título de filmes de terror. Afinal, esses vilões nunca morrem de verdade. E se tivemos um exemplar de Jason que virou motivo de piada nos anos 2000, o “primo” Michael Myers não podia ficar sem a sua. Se formos pensar, ‘Halloween’ possui em sua franquia mais filmes ruins do que bons – isso não impede a série de ter seus fãs ardorosos, que adoram mesmo os filmes mais fracos. Porém, poucos são os que defendem ‘Ressurreição’ – possivelmente o pior da franquia.

Essa era uma época em que os reality shows estavam no auge de sua popularidade nos EUA – assim, acharam por bem trazer esse clima para um filme do assassino da máscara branca. A “sacada de mestre” aqui era um reality passado dentro da casa de Myers, com o morador ilustre chegando para expressar seu desagrado. Quem poderia esquecer cenas vergonha alheia como Busta Rhymes lutando kung fu e dando um golpe em Myers. O problema mesmo é que este filme continuou o ótimo ‘Halloween H20’ (1998), que havia encerrado em uma nota bem positiva. Esse é outro que prometeu uma continuação que nunca rolou. Foi melhor assim.

O Filho de Chucky (2004)

Sim, todos os grandes ícones do terror slasher chegaram ao fundo do poço de suas franquias graças a produções sem qualquer inspiração lançadas nos anos 2000. Depois do Pescador, Jason e Michael Myers, temos agora Chucky – o brinquedo assassino. Só faltou mesmo Freddy Krueger para a festa estar completa. ‘O Filho de Chucky’ comete o mesmo pecado de ‘Halloween – A Ressurreição’, ou seja, continua um filme querido, que havia acabado em uma nota bem positiva para a franquia. No caso, ‘A Noiva de Chucky’, que por coincidência foi lançado em 1998, no mesmo ano de ‘Halloween H20’.

A franquia do ‘Brinquedo Assassino’ sempre andou na tênue linha entre o terror e o humor – e ‘A Noiva de Chucky’ cai dentro do estilo, sem perder a classe. Mas ‘O Filho de Chucky’ mergulha demais no humor e esquece o terror, resultando em um filme para lá de bizarro e que poucos ousam defender.

Lenda Urbana 2 (2000)

Convenhamos, ‘Lenda Urbana’ (1998) não é nenhuma obra-prima do gênero slasher, mas é um filme divertido e que possui seus fãs. Acontece que o filme se beneficiou da nova onda de popularidade do subgênero nos anos 1990, sendo o terceiro da trifeta após ‘Pânico’ e ‘Eu sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado’. O filme tem a cara do estilo na década. Desta forma, tendo tido um mínimo sucesso, é claro que tentariam continuar de alguma forma essa história. Diferente dos “primos ricos” citados, o segundo ‘Lenda Urbana’ conta uma história diferente, sem qualquer personagem do original.

Desta vez, ao invés do cenário de uma universidade e das classes sobre lendas urbanas, somos levados a uma faculdade de cinema. Todos os filmes slasher costumam querer criar um novo assassino de visual icônico e capitalizar em cima dele – foi o que fizeram ‘Pânico’ com Ghostface e ‘Eu sei o que Vocês Fizeram…’ com o Pescador. Mas ao invés de insistir no vilão “Esquimó” do original, aqui a opção foi para um novo visual do maníaco – o “Esgrimista”. O problema é que não cria identidade com o público. No elenco, Eva Mendes, Jennifer Morrison e Anthony Anderson.

A Bruxa de Blair 2: O Livro das Sombras (2000)

Sabemos que fazer uma continuação tão boa quanto o original é uma tarefa bem ingrata. Poucos são os casos ao longo da história do cinema, de uma continuação melhor do que seu original. O objetivo é sempre por algo no mesmo nível, ou que não deixe muito a “peteca cair”. Mas o segundo ‘A Bruxa de Blair’ entrará para a história como exemplo do que NÃO se fazer em uma continuação de um filme de sucesso.

Bem, podemos começar dizendo que não tinha muito para onde correr. Afinal, fazer outro filme no estilo found footage do original seria bastante repetitivo (bem, por um lado ‘Atividade Paranormal’ fez por diversas continuações). Talvez a solução fosse não ter sequência. Mas como dizer não para uma oportunidade de ouro, de ganhar mais alguns milhões de dólares com uma marca lucrativa. Mal não faria. Mas fez. A opção foi por um filme padrão, que tira todo o mistério em volta do original – abrindo descaradamente a porta para o sobrenatural e a loucura. O resultado foi um dos filmes mais odiados dos anos 2000.

O Exorcista: O Início (2004)

O que o dinheiro não faz? Todo mundo precisa de dinheiro para viver, mas mexer em um clássico atemporal pode ser pior do que mexer em um vespeiro. ‘O Exorcista’ é simplesmente o clássico de terror mais amado da história do cinema. Por outro lado precisamos lembrar que ‘O Início’ não foi a primeira investida cara-de-pau em tentar lucrar em cima desta marca. E não será a última. Na década de 1970 ganhávamos a primeira continuação, ‘O Herege’ (1976), uma sequência hedionda e bem abaixo do original.

Recentemente, o mesmo diretor da nova trilogia ‘Halloween’ foi longe demais criando ‘O Exorcista – O Devoto’, um dos filmes mais odiados dos últimos anos. E ele promete novos longas continuando a “saga”. Vinte anos atrás a Warner tentava tirar ‘O Exorcista’ da gaveta em uma história de origem que deu o que falar. Uma dança das cadeiras de bastidores, troca de diretores, refilmagens completas, atrasos e dois  filmes lançados. Nenhum agradou. O maior pecado é ser um filme de terror que não assusta. Algumas franquias só querem descansar em paz.

A Rainha dos Condenados (2002)

Seguindo na linha dos filmes de terror que não assustam (ou causam qualquer outra emoção na realidade) e dos filmes que continuam clássicos verdadeiramente adorados, temos uma sequência que muitos sequer associam ao seu filme original. Não se pode culpar quem não sabe. Acontece que essa atrocidade conhecida como ‘A Rainha dos Condenados’ é a continuação de ‘Entrevista com o Vampiro’, um dos filmes do gênero mais adorados dos anos 90.

Entrevista com o Vampiro’ pode não ser um filme muito assustador, mas possui uma história dramática cativante e uma narrativa imprevisível, que nos leva por lugares surpreendentes, mostrando de forma sem precedentes como seria a rotina de vampiros caso eles fossem reais. É como se o filme pegasse a fantasia dos seres da noite e a trouxesse para o nosso mundo real. É claro que nenhum envolvido com o filme de 1994 quis retornar para a continuação, igualmente baseada no livro de Anne Rice. Uma pena que este foi o último trabalho da jovem Aaliyah antes de sua morte precoce devido a um acidente aéreo, aos 22 aninhos em 2001.

A Névoa (2005)

Finalizando a matéria entraremos em dois itens que fazem parte da filmografia de uma verdadeira lenda do cinema de gênero: John Carpenter. Bem, ao menos são tentativas de homenagens. A primeira é ‘A Névoa’, remake do clássico ‘Fog – A Bruma Assassina’, que Carpenter dirigiu em 1980, logo depois de seu ícone ‘Halloween’ (1978). ‘Fog’ não é um dos filmes mais conhecidos ou bem-sucedidos do diretor, mas hoje, 44 anos depois, o filme é considerado um dos grandes cult do cinema de gênero.

A história não é sobre um assassino mascarado, e ao invés de fazer mais um slasher, Carpenter optou por uma história de fantasmas, daquelas contadas em volta da fogueira à noite. Aliás, o filme até começa dessa forma. Ao invés de uma continuação tardia, os produtores resolveram apostar em um remake (típico da época). E se o original ressurgiu como cult anos depois, o mesmo dificilmente acontecerá com a refilmagem – que resolveu investir em um filme mais jovem e moderno, apostando em atores promissores da época, que terminaram não se consolidando na indústria – vide Tom Welling (‘Smallville’), Maggie Grace (‘Lost’) e Selma Blair (‘Hellboy’). O resultado é um filme mecânico, sem personalidade, desses que parecem fabricados por uma máquina.

Vampiros – Os Mortos (2002)

Depois de ‘A Névoa’, temos mais um filme que tenta homenagear uma obra de John Carpenter. Vale dizer que o diretor serviu de produtor em ambos os filmes, então não é dizer que não tiveram o seu envolvimento. Aqui, o que foi tentado é uma espécie de sequência para ‘Vampiros’ (1998), longa que o cineasta dirigiu e que obteve um sucesso moderado na época – se tornando cult (para variar) um tempo depois. Na trama, acompanhamos um grupo de caçadores de vampiros bancado pelo Vaticano.

A proposta era dizer que existem vários grupos de caçadores, todos bancados pelo mesmo contratante, atuando em diferentes áreas pelo mundo. Aqui, acompanhamos a equipe que atua no México comandada por Derek Bliss, papel de Jon Bon Jovi. No original, o líder era Jack Crow, papel de James Woods. Se tivesse dado certo, quem sabe poderíamos ter outras equipes pelo mundo. Embora o segundo ‘Vampiros’ tenha toda a cara de lançamento em vídeo (foi esse seu destino no Brasil), a produção chegou a ser exibida nos cinemas dos EUA. Resta a pergunta: quem foi o felizardo que conseguiu assistir nas telonas?

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Aqui acreditamos que para existir os filmes bons e os maravilhosos, precisam existir também os filmes ruins, os péssimos e os horríveis. Faz parte. A verdade é que um filme ruim pode ser também bastante divertido e nos dar vontade de assistir mais vezes do que um filme mais bem avaliado, digamos. Preciso dizer também que uma coisa que é boa para mim, pode não ser para você e vice-versa. Nossa intenção não é ofender os fãs de tais filmes. Essa é apenas a nossa opinião. Portanto, se você concorda ou não concorda está tudo bem.

Os anos 2000 ficaram conhecidos também por sua grande quantidade de refilmagens de clássicos e continuações, digamos, pouco inspiradas para o gênero do terror. E são justamente elas que iremos comentar aqui. Confira abaixo 10 filmes de terror que consideramos os piores de uma década inteira – os anos 2000. P.S. Os filmes não estão em nenhuma ordem específica, pois seria difícil distinguir entre tamanha ruindade.

Eu Sempre vou Saber o que Vocês Fizeram no Verão Passado (2006)

Em vias de estrear um novo ‘Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado’ (um reboot/sequência será lançado em 2025 com o elenco original), começaremos a lista com o ponto baixo da franquia. E não, não estou me referindo à primeira continuação direta do clássico dos anos 90: ‘Eu Ainda Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado’, de 1998. Acontece que em meados dos anos 2000, a Sony/Columbia Pictures estava com uma mania boba de criar continuações direto em vídeo de alguns de seus filmes queridos.

Assim, ganhamos sequências abomináveis de ‘O Homem sem Sombra’, ‘Garotas Selvagens’ e ‘Segundas Intenções’, por exemplo. Sobrou até para a franquia slasher “irmã de ‘Pânico’”, que ganhou uma terceira parte lançada direto em vídeo, sem qualquer membro do elenco original. A intenção era transformar o assassino Pescador em uma entidade sobrenatural no estilo Jason ou Michael Myers. Melhor fingir que não aconteceu.

Jason X (2001)

Por falar no maníaco mais famoso dos filmes slasher, não poderíamos ficar sem um exemplar da franquia ‘Sexta-Feira 13’ na lista. E se Michael Myers ganhou uma trilogia de prestígio pelas mãos da Universal / Blumhouse (que não teve um resultado muito favorável), mesmo engavetado desde 2009, Jason permanece o assassino mascarado mais famoso do cinema.

No começo da década de 2000, tudo já havia sido tentado com os filmes do psicopata. Bem, quase tudo. Porque ele nunca havia ido ao espaço antes. Assim, os “gênios” responsáveis pela franquia decidiram fazer justamente isso. ‘Jason X’ é Jason dando uma de ‘Alien – O Oitavo Passageiro’ e ainda se transformando em um robô fortão no fim do filme. O longa virou cult, mas essa história nunca foi continuada.

Halloween: A Ressurreição (2002)

Virou lugar comum colocar “ressurreição” no título de filmes de terror. Afinal, esses vilões nunca morrem de verdade. E se tivemos um exemplar de Jason que virou motivo de piada nos anos 2000, o “primo” Michael Myers não podia ficar sem a sua. Se formos pensar, ‘Halloween’ possui em sua franquia mais filmes ruins do que bons – isso não impede a série de ter seus fãs ardorosos, que adoram mesmo os filmes mais fracos. Porém, poucos são os que defendem ‘Ressurreição’ – possivelmente o pior da franquia.

Essa era uma época em que os reality shows estavam no auge de sua popularidade nos EUA – assim, acharam por bem trazer esse clima para um filme do assassino da máscara branca. A “sacada de mestre” aqui era um reality passado dentro da casa de Myers, com o morador ilustre chegando para expressar seu desagrado. Quem poderia esquecer cenas vergonha alheia como Busta Rhymes lutando kung fu e dando um golpe em Myers. O problema mesmo é que este filme continuou o ótimo ‘Halloween H20’ (1998), que havia encerrado em uma nota bem positiva. Esse é outro que prometeu uma continuação que nunca rolou. Foi melhor assim.

O Filho de Chucky (2004)

Sim, todos os grandes ícones do terror slasher chegaram ao fundo do poço de suas franquias graças a produções sem qualquer inspiração lançadas nos anos 2000. Depois do Pescador, Jason e Michael Myers, temos agora Chucky – o brinquedo assassino. Só faltou mesmo Freddy Krueger para a festa estar completa. ‘O Filho de Chucky’ comete o mesmo pecado de ‘Halloween – A Ressurreição’, ou seja, continua um filme querido, que havia acabado em uma nota bem positiva para a franquia. No caso, ‘A Noiva de Chucky’, que por coincidência foi lançado em 1998, no mesmo ano de ‘Halloween H20’.

A franquia do ‘Brinquedo Assassino’ sempre andou na tênue linha entre o terror e o humor – e ‘A Noiva de Chucky’ cai dentro do estilo, sem perder a classe. Mas ‘O Filho de Chucky’ mergulha demais no humor e esquece o terror, resultando em um filme para lá de bizarro e que poucos ousam defender.

Lenda Urbana 2 (2000)

Convenhamos, ‘Lenda Urbana’ (1998) não é nenhuma obra-prima do gênero slasher, mas é um filme divertido e que possui seus fãs. Acontece que o filme se beneficiou da nova onda de popularidade do subgênero nos anos 1990, sendo o terceiro da trifeta após ‘Pânico’ e ‘Eu sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado’. O filme tem a cara do estilo na década. Desta forma, tendo tido um mínimo sucesso, é claro que tentariam continuar de alguma forma essa história. Diferente dos “primos ricos” citados, o segundo ‘Lenda Urbana’ conta uma história diferente, sem qualquer personagem do original.

Desta vez, ao invés do cenário de uma universidade e das classes sobre lendas urbanas, somos levados a uma faculdade de cinema. Todos os filmes slasher costumam querer criar um novo assassino de visual icônico e capitalizar em cima dele – foi o que fizeram ‘Pânico’ com Ghostface e ‘Eu sei o que Vocês Fizeram…’ com o Pescador. Mas ao invés de insistir no vilão “Esquimó” do original, aqui a opção foi para um novo visual do maníaco – o “Esgrimista”. O problema é que não cria identidade com o público. No elenco, Eva Mendes, Jennifer Morrison e Anthony Anderson.

A Bruxa de Blair 2: O Livro das Sombras (2000)

Sabemos que fazer uma continuação tão boa quanto o original é uma tarefa bem ingrata. Poucos são os casos ao longo da história do cinema, de uma continuação melhor do que seu original. O objetivo é sempre por algo no mesmo nível, ou que não deixe muito a “peteca cair”. Mas o segundo ‘A Bruxa de Blair’ entrará para a história como exemplo do que NÃO se fazer em uma continuação de um filme de sucesso.

Bem, podemos começar dizendo que não tinha muito para onde correr. Afinal, fazer outro filme no estilo found footage do original seria bastante repetitivo (bem, por um lado ‘Atividade Paranormal’ fez por diversas continuações). Talvez a solução fosse não ter sequência. Mas como dizer não para uma oportunidade de ouro, de ganhar mais alguns milhões de dólares com uma marca lucrativa. Mal não faria. Mas fez. A opção foi por um filme padrão, que tira todo o mistério em volta do original – abrindo descaradamente a porta para o sobrenatural e a loucura. O resultado foi um dos filmes mais odiados dos anos 2000.

O Exorcista: O Início (2004)

O que o dinheiro não faz? Todo mundo precisa de dinheiro para viver, mas mexer em um clássico atemporal pode ser pior do que mexer em um vespeiro. ‘O Exorcista’ é simplesmente o clássico de terror mais amado da história do cinema. Por outro lado precisamos lembrar que ‘O Início’ não foi a primeira investida cara-de-pau em tentar lucrar em cima desta marca. E não será a última. Na década de 1970 ganhávamos a primeira continuação, ‘O Herege’ (1976), uma sequência hedionda e bem abaixo do original.

Recentemente, o mesmo diretor da nova trilogia ‘Halloween’ foi longe demais criando ‘O Exorcista – O Devoto’, um dos filmes mais odiados dos últimos anos. E ele promete novos longas continuando a “saga”. Vinte anos atrás a Warner tentava tirar ‘O Exorcista’ da gaveta em uma história de origem que deu o que falar. Uma dança das cadeiras de bastidores, troca de diretores, refilmagens completas, atrasos e dois  filmes lançados. Nenhum agradou. O maior pecado é ser um filme de terror que não assusta. Algumas franquias só querem descansar em paz.

A Rainha dos Condenados (2002)

Seguindo na linha dos filmes de terror que não assustam (ou causam qualquer outra emoção na realidade) e dos filmes que continuam clássicos verdadeiramente adorados, temos uma sequência que muitos sequer associam ao seu filme original. Não se pode culpar quem não sabe. Acontece que essa atrocidade conhecida como ‘A Rainha dos Condenados’ é a continuação de ‘Entrevista com o Vampiro’, um dos filmes do gênero mais adorados dos anos 90.

Entrevista com o Vampiro’ pode não ser um filme muito assustador, mas possui uma história dramática cativante e uma narrativa imprevisível, que nos leva por lugares surpreendentes, mostrando de forma sem precedentes como seria a rotina de vampiros caso eles fossem reais. É como se o filme pegasse a fantasia dos seres da noite e a trouxesse para o nosso mundo real. É claro que nenhum envolvido com o filme de 1994 quis retornar para a continuação, igualmente baseada no livro de Anne Rice. Uma pena que este foi o último trabalho da jovem Aaliyah antes de sua morte precoce devido a um acidente aéreo, aos 22 aninhos em 2001.

A Névoa (2005)

Finalizando a matéria entraremos em dois itens que fazem parte da filmografia de uma verdadeira lenda do cinema de gênero: John Carpenter. Bem, ao menos são tentativas de homenagens. A primeira é ‘A Névoa’, remake do clássico ‘Fog – A Bruma Assassina’, que Carpenter dirigiu em 1980, logo depois de seu ícone ‘Halloween’ (1978). ‘Fog’ não é um dos filmes mais conhecidos ou bem-sucedidos do diretor, mas hoje, 44 anos depois, o filme é considerado um dos grandes cult do cinema de gênero.

A história não é sobre um assassino mascarado, e ao invés de fazer mais um slasher, Carpenter optou por uma história de fantasmas, daquelas contadas em volta da fogueira à noite. Aliás, o filme até começa dessa forma. Ao invés de uma continuação tardia, os produtores resolveram apostar em um remake (típico da época). E se o original ressurgiu como cult anos depois, o mesmo dificilmente acontecerá com a refilmagem – que resolveu investir em um filme mais jovem e moderno, apostando em atores promissores da época, que terminaram não se consolidando na indústria – vide Tom Welling (‘Smallville’), Maggie Grace (‘Lost’) e Selma Blair (‘Hellboy’). O resultado é um filme mecânico, sem personalidade, desses que parecem fabricados por uma máquina.

Vampiros – Os Mortos (2002)

Depois de ‘A Névoa’, temos mais um filme que tenta homenagear uma obra de John Carpenter. Vale dizer que o diretor serviu de produtor em ambos os filmes, então não é dizer que não tiveram o seu envolvimento. Aqui, o que foi tentado é uma espécie de sequência para ‘Vampiros’ (1998), longa que o cineasta dirigiu e que obteve um sucesso moderado na época – se tornando cult (para variar) um tempo depois. Na trama, acompanhamos um grupo de caçadores de vampiros bancado pelo Vaticano.

A proposta era dizer que existem vários grupos de caçadores, todos bancados pelo mesmo contratante, atuando em diferentes áreas pelo mundo. Aqui, acompanhamos a equipe que atua no México comandada por Derek Bliss, papel de Jon Bon Jovi. No original, o líder era Jack Crow, papel de James Woods. Se tivesse dado certo, quem sabe poderíamos ter outras equipes pelo mundo. Embora o segundo ‘Vampiros’ tenha toda a cara de lançamento em vídeo (foi esse seu destino no Brasil), a produção chegou a ser exibida nos cinemas dos EUA. Resta a pergunta: quem foi o felizardo que conseguiu assistir nas telonas?

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