A atriz Jennifer Aniston completa 53 anos de vida. Pois é, meus amigos, o tempo passa. Musa da TV graças ao seriado de enorme sucesso ‘Friends’, onde por 10 anos interpretou Rachel Green, a patricinha que desiste de uma vida de luxo para colocar os pés no chão, e vai morar com seus colegas de escola, Jennifer Aniston foi a que conseguiu mais destaque no cinema dentre seus amigos de elenco. Dona de uma carreira que já soma 70 créditos como atriz (entre filmes e séries de TV), Jennifer Aniston começou sua jornada nas telas em programas cancelados, vide Molloy (1990) e Ferris Bueller (1990), a versão para a TV do clássico da Sessão da Tarde Curtindo a Vida Adoidado (1986). Hoje, reinventada para os novos tempos, Jennifer Aniston abraça um novo sucesso nas telinhas com o seriado The Morning Show, da Apple Plus, que estreou a sua segunda temporada. Pensando nisso, e como forma de homenagear esta talentosa atriz – que talvez não receba o crédito que merece – resolvemos listar alguns de seus melhores filmes e melhores trabalhos no cinema. Confira abaixo.
Cake – Uma Razão para Viver (2014)
Drama pesado, este filme traz Jennifer Aniston como uma suicida, que sobreviveu à tentativa de se matar e agora faz parte de um grupo de ajuda. Sem qualquer glamour esperado da atriz, Aniston se despe de maquiagem ao viver a trágica personagem. Pelo papel, muitos faziam campanha e acreditavam que sairia a tão esperada indicação ao Oscar, que terminou não acontecendo, em mais um caso claro da Academia esnobando uma atriz famosa pela comédia.
Amigas com Dinheiro (2006)
Outra atuação dramática da carreira de Jennifer Aniston, que recebeu muitos elogios na época de estreia do filme. Drama independente, o longa apresenta quatro amigas, vividas pelas atrizes Frances McDormand, Catherine Keener, Joan Cusack e Aniston, às voltas com seus problemas nos relacionamentos e principalmente financeiros. Essa seria uma versão de Friends se o programa foi um drama e não uma comédia.
Como Enlouquecer seu Chefe (1999)
É bem verdade que a maioria das pessoas não costuma perceber interpretações de comediantes como sendo grandes atuações. E para receberem atenção, em especial de prêmios, muitos humoristas recorrem ao drama. Embora este filme seja uma comédia, mesmo que uma ácida, dirigida pelo criador de Beavis e Butthead, é seguro dizer que aqui foi onde muitos começaram a perceber Jennifer Aniston numa atuação diferente, longe das comédias românticas bobinhas – mesmo que a participação da atriz não seja de protagonista.
Fofinha (Dumplin’, 2018)
Antes de se “bandear” para os lados da Apple+ e ressurgir na TV, Jennifer Aniston firmou algumas parcerias com a rival Netflix. A mais elogiada delas foi este drama cômico onde interpreta a típica mãe de miss. Aqui, recebemos outra faceta do alcance de Aniston, numa personagem incorreta, mãe de uma jovem que não se encaixa nos padrões de beleza impostos pela sociedade.
Marley & Eu (2008)
Por falar em misturas de drama e comédia, esse filme conquistou plateias por seu teor agridoce e até hoje é garantia de fazer vários ciscos caírem nos olhos de quem se aventure a assistir. Inusitado na carreira da atriz por ser um “filme de cachorro”, o longa é mais afetuoso do que se possa imaginar, e traz um dos melhores relacionamentos já filmados entre cães e seus donos. Um verdadeiro fenômeno de público.
Quero Ficar com Polly (2004)
Por falar em comédias românticas, uma das mais marcantes na carreira de Jennifer Aniston era lançada no mesmo ano em que Friends, o programa que a transformou em estrela internacional, chegava ao fim. Daqui em diante Aniston e seus colegas de elenco alçariam voos maiores. E no caso da atriz, se tornaria uma estrela de cinema. Seu personagem aqui não poderia ser mais oposto da patricinha Rachel, ou seja, uma mulher de espírito livre, meio hippie, que não se apega a nada e nem a ninguém.
Fora de Rumo (2005)
Se para mais nada, esse thriller com ares “hitchcockianos” serviu para trazer Jennifer Aniston em sua primeira performance cem por cento dramática depois de ter ficado famosa na TV com Friends. Aqui, a atriz arriscava mesmo, no papel de uma mulher casada, que cede à tentação e inicia um caso amoroso com um homem também casado, papel de Clive Owen. Logo, a dupla de pombinhos começa a ser chantageada por alguém que diz conhecer o segredo deles.
Separados Pelo Casamento (2006)
Esse filme marcaria a vida da atriz Jennifer Aniston de uma forma não muito favorável. Aqui, curiosamente, a arte e a vida colidiram de uma forma em que uma não conseguiu se desvincular da outra. Acontece que bem na época em que filmava essa comédia, que fala sobre um casal separando após sua relação chegar ao fim, mas precisando dividir o mesmo teto devido a questões financeiras, na vida real Jennifer Aniston também separava de seu então marido Brad Pitt, com quem ficou casada por 5 anos. O casamento terminou após Pitt trair Aniston com Angelina Jolie nos bastidores de Sr. & Sra. Smith (2005), produção que gravavam juntos.
Quero Matar Meu Chefe (2011)
Ainda no terreno das comédias de sucesso de Jennifer Aniston, a atriz aceitou um papel coadjuvante nesta produção escrachada e de censura alta. O que atraiu a atriz ao projeto foi o papel oferecido para ela, diferente de tudo o que Aniston já havia feito. Julia Harris, sua personagem, é uma das chefes horríveis do título, uma dentista que abusa de seu poder e não cansa de assediar seu funcionário – mesmo que os amigos do sujeito não considerem isso uma coisa tão ruim assim, afinal ainda é Jennifer Aniston. Seja como for, sua personagem é uma ninfomaníaca, desbocada e incorreta, e retornou na continuação do longa três anos depois.
Família do Bagulho (2013)
Dois anos depois do item acima, Jennifer Aniston voltaria a trabalhar numa comédia com Jason Sudeikis, o Ted Lasso, companheiro de “emissora” atual da atriz. A trama, igualmente incorreta apresenta Sudeikis como um homem desesperado em missão de trazer uma quantidade considerável de drogas pela fronteira dos EUA com o México para seu patrão – que também se encaixaria como um chefe horrível. Para isso ele escala vizinhos de seu prédio para viverem sua família falsa. Aniston é uma stripper, e aos 44 anos a atriz entrou na brincadeira e resolveu mostrar o corpão dançando de calcinha e sutiã numa cena em que muitos marmanjos devem lembrar bem.
Sem Direito a Resgate (2013)
Finalizando a matéria, temos mais uma “dramédia” que visa mostrar o leque de alcance da atriz ao viver personagens não muito explorados em sua filmografia. Aqui, a atriz interpreta uma versão de Rachel, de um universo alternativo do que teria acontecido caso ela não tivesse desistido de seu casamento. A dondoca Mickey Dawson, sua personagem, é casada com um sujeito canalha, que a trai com uma amante, e não está muito preocupado em recuperar a esposa após esta ser sequestrada por criminosos “trapalhões”. Escrito pelo mesmo Elmore Leonard, o longa pertence ao mesmo universo de Jackie Brown (1997), de Quentin Tarantino, e conta com alguns dos mesmos personagens.
Bônus:
O Duende (1993)
Aqui resolvemos incluir uma brincadeira com a atriz. Acontece que antes de se tornar a Rachel de Friends, mas depois de não ter emplacado em séries de TV – que não passaram de suas primeiras temporadas em 1990 – Jennifer Aniston estrelava seu primeiro filme para o cinema. Bem, nem sempre conseguimos começar com o pé direito. O primeiro filme da estrela foi O Duende, terror B que se tornou cult e mostra Aniston ao lado de amigos combatendo um duende assassino, numa fazenda isolada, que está atrás de seu pote de ouro. O filme fez certo sucesso no “submundo” e gerou “infinitas” continuações. Nenhuma delas, é claro, com a presença de Jennifer Aniston, que preferiu se manter bem longe e ser descoberta nas telinhas.