Em 2010, ela era uma ilustre desconhecida. Nove anos depois, e Jennifer Lawrence é uma das maiores estrelas de Hollywood, dona de um salário astronômico, fama e sucesso. Já dona de um Oscar de melhor atriz – com mais três indicações – e um currículo com 33 créditos como atriz (entre filmes, séries e filmes para a TV), Lawrence ainda não chegou sequer aos trinta.
E como forma de homenagem, o CinePOP resolveu ranquear 20 de seus principais e mais importantes filmes da carreira.
Vale lembrar que para as posições, não levamos em conta nossa opinião sobre os filmes. Como esta é uma democracia, resolvemos que seria mais justo tirar uma média entre as notas que tais filmes receberam da crítica geral e do grande público. Assim, equilibrando as coisas, temos a convergência entre crítica e público na hora de tais avaliações. Como sempre sua opinião é muito importante para nós, portanto, não esqueça de comentar e dizer abaixo como ficaria a sua ordem de tais filmes. Vem conhecer.
20 | A Última Casa da Rua (2012)
Suspense que esperou Lawrence ficar famosa para ser lançado, mas infelizmente não caiu nas graças do público. No filme, Elisabeth Shue e Lawrence são mãe e filha que se mudam para uma nova casa no meio do mato. O local e a pequena cidade guardam segredos sinistros. Particularmente, longe de ser um filme bom, considero este thriller/terror uma obra injustiçada, que recebeu mais ódio do que deveria.
19 | Serena (2014)
Produção problemática, que terminou relegada ao lançamento em vídeo no Brasil (e em outros países), mesmo estampando a presença de uma estrela do porte de Lawrence. Terceira união da atriz com Bradley Cooper nas telonas e a mais mal sucedida. Neste drama morno e sem alma, o foco é o relacionamento conturbado entre o personagem de Cooper, um próspero dono de uma madeireira, e Serena (Lawrence), uma mulher espirituosa, numa pequena cidade na era da grande depressão norte-americana.
18 | X-Men: Fênix Negra (2019)
Lawrence já não queria ter voltado para o filme anterior da franquia, aqui então percebemos a má vontade de quase todo o elenco. Com a compra da Fox pela Disney, a atriz finalmente poderá se livrar de seu contrato. Dos novos filmes da franquia, este conseguiu ser ainda menos apreciado que Apocalypse pelos fãs e críticos.
17 | Passageiros (2016)
Novamente uma obra subestimada de Lawerence, que recebeu ainda mais ódio da parte dos críticos do que deveria. Existem aqui muitas questões interessantes a serem retiradas no que diz respeito ao psicológico humano, e como conseguimos perseverar, transformando experiências boas de situações ruins. Fora isso, o elenco está afiado e o visual é simplesmente deslumbrante.
16 | Vidas que se Cruzam (2008)
De todos os filmes da lista, este drama escrito e dirigido por Guillermo Arriaga (colaborador de Alejandro Inãrritu), é o mais injustiçado, e deveria ocupar um lugar mais alto no ranking. Seja como for, em um de seus primeiros papeis de destaque no cinema, Lawrence já dava sinais de brilhantismo ao protagonizar uma das duas histórias que ocorrem de forma paralela. Em seu segmento, o foco é seu relacionamento conturbado com a mãe (papel de Kim Basinger). No outro, a musa Charlize Theron vive a mesma personagem, já adulta.
15 | Operação Red Sparrow (2018)
Qualquer simpatia que eu tenha por A Última Casa da Rua e Passageiros (obras rechaçadas por crítica de público), não há recíproca aqui. Red Sparrow era promissor, uma história de espionagem, com pano de fundo erótico, no qual Lawrence interpreta uma ex-dançarina de balé russa, transformada em assassina do governo. O resultado é um filme longo, confuso e sem gás.
14 | X-Men: Apocalypse (2016)
E se defendi algumas produções da lista que são constantemente detonadas por todos, aqui é onde acredito que outra injustiça foi feita, esta beneficiando o longa de Bryan Singer. Quase indefensável, salvo alguns momentos ok, Apocalypse é basicamente um evento de cosplay, com roupas coloridas e cafonas, muito longe de adaptáveis ao mundo real. Assim, fica difícil ultrapassar logo de cara a primeira grande barreira em relação ao longa: o ridículo do visual dos personagens, e encará-los com seriedade dentro de tais trajes. E o que dizer do vilão de Oscar Isaac…
13 | Joy: O Nome do Sucesso (2015)
Serena pode ter sido o pior filme coma a dupla Lawrence e Bradley Cooper. Mas Joy é o mais fraco com a mesma dupla num filme de David O. Russell. O resultado morno do filme colocou em stand by a carreira do cineasta, que vinha numa constante desde O Vencedor (2010), com um filme atrás do outro, todos emplacando forte no Oscar. Joy só não passou em branco totalmente devido a indicação da menina de ouro queridinha da Academia J-Law.
12 | Um Novo Despertar (2011)
Este foi o ano divisor de águas na carreira de Lawrence. Foi o ano em que mais participações em grandes produções teve, fazendo seu nome. Embora não fosse muito conhecida ainda, ela participou como a colega de colégio e interesse romântico do saudoso Anton Yelchin, e ganha seus próprios momentos para brilhar. Jodie Foster dirige e estrela como a mulher do personagem de Mel Gibson, um sujeito em depressão que encontra na figura de um castor de pelúcia a solução para encarar o mundo.
11 | mãe! (2017)
Por falar em filme polêmico, esta obra de Darren Aronofsky é daquele tipo ame ou odeie. Uma vez que compreendamos o que foi planejado pelo cineasta, começamos a ver tudo com outros olhos e até apreciar o longa. Mas isso não tira completamente a estranheza de presenciarmos eventos para lá de bizarros e desagradáveis. Uma coisa é certa: Jennifer Lawrence entrega seu melhor desempenho em cena até hoje.
10 | Jogos Vorazes: A Esperança – O Final (2015)
O último capítulo da saga Jogos Vorazes trouxe um desfecho agridoce, que não desceu de forma tão redonda para grande parte do público. Seja como for, o filme mostrou mais uma atuação memorável da estrela, em uma das melhores franquias do subgênero ficção/fantasia para jovens adultos.
09 | Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1 (2014)
Seguindo a tradição lucrativa de dividir um último livro de uma série em dois filmes, a franquia Jogos Vorazes também optou por separar seu encerramento em duas partes. Aqui, no entanto, sem muita necessidade. É até surpresa perceber que mais gente optou por colocar a Parte 1 na frente da conclusão, pois é considerado o mais anêmico da franquia.
08 | Loucamente Apaixonados (2011)
O mundo dá voltas. E hoje, é até irônico pensar que Jennifer Lawrence coadjuvou para Felicity Jones e o falecido Anton Yelchin. A dupla citada é o destaque do filme, que fala sobre um amor separado pelo visto de permanência de estrangeiros nos EUA. Yelchin, um americano, se apaixona pela inglesinha Jones, mas quando o visto dela expira, ela precisa voltar a seu país, separando assim os pombinhos. J-Law vive a nova companheira do rapaz.
07 | Jogos Vorazes (2012)
Onde tudo começou. Jogos Vorazes se tornou um verdadeiro fenômeno, chegando para clamar o posto no topo do gênero após o término da franquia Harry Potter. Bem, tivemos o sucesso de Crepúsculo, mas esse precisa ser estudado. O feito de Jogos Vorazes impressiona justamente porque são poucas as franquias baseadas em livros para os jovens que emplacam com força. O longa foi responsável também por transformar Lawrence numa estrela, sendo sua primeira obra em grande escala como protagonista.
06 | X-Men: Primeira Classe (2011)
Essa foi a primeira superprodução da qual Jennifer Lawrence participou. Mas aqui ela era parte de um grande elenco, encabeçado por James McAvoy e Michael Fassbender – ao contrário do item anterior em que realmente carregou o protagonismo. Curiosamente, Lawrence foi escalada para viver a mutante azulada Mística e transformou a icônica vilã numa heroína doce e bondosa.
05 | Jogos Vorazes: Em Chamas (2013)
Esse foi um dos casos raros de sequência ao longo da história do cinema, nos quais a continuação consegue superar seu original. A parte dois de Jogos Vorazes é maior, melhor e mais dramática. A história ainda mais complexa, traz novos personagens, e a protagonista de Lawrence, que ganha novas camadas, é obrigada a retornar ao jogo mortal.
04 | Trapaça (2013)
Segunda parceria com o diretor David O. Russell. Segunda indicação ao Oscar em um filme seu, e terceira ao total. Aqui, J-Law deixa os holofotes (mas não muito) para viver um papel coadjuvante. Porém, como sua personagem é extravagante, a menina acaba roubando muitas cenas, como a que dança ao som de Live and Let Die, de Paul McCartney. A trama complicada com muitas enganações e reviravoltas traz um elenco de peso que conta com Christian Bale, Amy Adams, Bradley Cooper, Jeremy Renner e Robert De Niro.
03 | Inverno da Alma (2010)
Jennifer Lawrence já havia chamado atenção de alguns em Vidas que se Cruzam. Mas foi com esta obra da diretora Debra Granik que a atriz, então com 20 anos, mostrava ao que veio. Inverno da Alma se tornou um dos cults preferidos do ano, assim como da década, e renderia para Lawrence sua primeira indicação ao Oscar (muitos ainda citam esta como sua melhor atuação da carreira). No filme, que também foi indicado, uma espécie de faroeste moderno, Lawrence vive uma jovem precisando tomar conta dos irmãos mais novos quando seu pai desaparece e sua mãe enlouquece. Além do drama, o filme também apresenta um suspense de gelar a espinha.
02 | O Lado bom da Vida (2012)
Segunda indicação ao Oscar de Jennifer Lawrence e o filme que deu para a jovem sua estatueta aos 22 anos. Na primeira parceria com o diretor David O. Russell, ela interpreta uma viúva, diagnosticada com distúrbios mentais. Ela termina se envolvendo com o personagem de Bradley Cooper, um sujeito igualmente problemático, que desenvolveu surtos após ser traído pela esposa. Os dois se apaixonam e através de um concurso de dança traçam uma meta para a salvação.
01 | X-Men: Dias de um Futuro Esquecido (2014)
Surpreendentemente, o filme mais querido da carreira de Jennifer Lawrence não é O Lado Bom da Vida ou Inverno da Alma. Bem, se formos levar em conta só a atriz, estes dois chegam na frente. Mas Dias de um Futuro Esquecido é, antes de ser um filme de J-Law, um filme da franquia X-Men, muito adorada pelos fãs. Dos novos filmes, com o jovem elenco, este é o preferido na opinião de fãs, público e críticos. Verdade seja dita, ao menos em se tratando da personagem de Lawrence, este é o filme da série que a trata melhor, lhe dá mais o que fazer e inclusive a aproxima mais de sua contraparte dos quadrinhos, deixando a personagem na tênue linha do sombrio.