sábado , 23 novembro , 2024

Jovens Bruxas (1996) | TERROR “teen” quase foi estrelado por Angelina Jolie; Confira curiosidades!

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Jovens Bruxas foi lançado há 27 anos e se tornou parte de um movimento (mesmo que inadvertidamente na época) de retomada do terror adolescente, que ganharia corpo realmente alguns meses depois – com Pânico, de Wes Craven. Jovens Bruxas embora possa ser considerado como parte do mesmo gênero, não é um slasher, e se encaixa mais no subgênero da fantasia, com doses de elementos sobrenaturais – e muito drama adolescente.

A história criada pelo roteirista e diretor Andrew Fleming é simples, mas eficiente, e fala sobre “a garota nova do colégio”. Sarah é uma jovem que acaba de se mudar com os pais para outra cidade, e no local cai nas graças de três meninas rejeitadas pelos demais. As “esquisitonas” do colégio, Nancy, Bonnie e Rochelle, são na verdade aspirantes a bruxas. E Sarah era o elemento que faltava para equilibrar este jogo, dando o poder que o trio buscava. Uma vez percebendo quem são os verdadeiros vilões e mocinhos da escola – após ter ensaiado uma amizade com os arrogantes da turminha popular – a protagonista aceita abraçar seu lado outsider e dar uma chance para as colegas marginalizadas. Assim, a amizade entre elas nasce. No entanto, as quatro possuem seus próprios demônios internos para combater.



Como forma de homenagear este novo clássico do cinema adolescente de fantasia e terror, resolvemos revisitá-lo, e apresentar algumas curiosidades de sua produção. Confira abaixo as dez mais interessantes. P.S. Jovens Bruxas ainda não caiu nas graças das plataformas de streaming mais populares (Netflix e Amazon) como parte de seu acervo, mas torcemos para que entre em breve. Enquanto isso, o filme pode ser encontrado completo no Youtube para você ir aquecendo os motores.

Leia também: Por Onde Anda o Elenco de ‘Jovens Bruxas’ (1996)?

01 | Angelina Jolie quase protagonizou

Uma das maiores estrelas de Hollywood na atualidade, Angelina Jolie tem um cachê milionário e é dona de dois Oscar (sendo um humanitário) e outra indicação como melhor atriz. Voltando 25 anos no passado, no entanto, Jolie quase foi a protagonista Sarah em Jovens Bruxas, papel que ficou com Robin Tunney. Na época, a atriz não possuía o peso que tem hoje e acabava de estrelar o suspense juvenil Hackers: Piratas de Computador (1995). Outros nomes considerados para protagonizar o longa foram os de Alicia Silvesterone – que acabava de sair do sucesso As Patricinhas de Beverly Hills (1995) – e Scarlett Johansson, a mais nova das três, na época ainda uma adolescente.

 

02 | Hollywood e o racismo

Essa é para os que acham que a discriminação sofrida por atores negros em Hollywood é “mito” e “mimimi”. Anos depois do lançamento do filme, a atriz Rachel True (que interpreta Rochelle, a única negra dentre as amigas principais) revelou que frequentemente era esquecida nos materiais promocionais do filme, embora fosse uma das quatro protagonistas. Até mesmo em entrevistas e coletivas True era deixada de fora, até que uma colega de elenco (não revelada) interveio por ela. A atriz também foi a única dentre as quatro a não ser convidada para o MTV Movie Awards daquele ano.

Triste coincidência, a subtrama da personagem de True no filme envolve racismo, sendo a única estudante negra no colégio católico em que o filme se passa. Essa parte do roteiro foi incorporada após a contratação da atriz para o papel, já que de início a personagem Rochelle iria sofrer de bulimia e disfunções alimentares. A atriz também passou por um entrave para conseguir o papel, e seu próprio agente não queria recomenda-la por considera-la velha demais, aos 29 anos (as outras três atrizes estavam em seus 20 e poucos anos – mas todas interpretando adolescentes por volta dos 16 anos). Finalmente, ela trocou de representante, encontrando um profissional disposto a lutar por ela no elenco. Uma parte da história de Rochelle também terminou cortada do filme, na qual mostraria seus pais como pessoas bem monótonas. O fato serviria para apontar o interesse de Rochelle pela empolgação e a aventura, motivos os quais a levaram a descobrir a magia.

 

03 | Fraca bilheteria e críticas medianas

Embora seja um filme cult hoje, Jovens Bruxas não fez muito barulho nas bilheterias em seu lançamento. O filme custou US$15 milhões e viu o retorno de somente US$24.8 milhões aos cofres da Sony. Mesmo assim, o filme estreou em primeiro lugar nas bilheterias norte-americanas em seu fim de semana de lançamento. Na semana seguinte, no entanto, foi jogado para escanteio pelo blockbuster Twister.

Com a crítica dividiu opiniões e se encontra com 55% de aprovação no Rotten Tomatoes atualmente. Na época de seu lançamento, teve como detratores veículos importantes como a Variety, o Chicago Tribune, o Washington Post, o USA Today e o Chicago Sun-Times de Roger Ebert – que apesar de acusa-lo de falta de imaginação e estar abaixo do interesse geral, elogiou o retrato realista das atrizes, comparando-o ao outro lado da moeda de As Patricinhas de Beverly Hills. No corner de sua defesa constam a Entertainment Weekly, o New York Times e o Los Angeles Times.

 

04 | Continuação

Recentemente tivemos uma sequência de Jovens Bruxas, que demorou nada menos que 24 anos para acontecer. E o filme foi um fiasco de público e crítica. A ideia de uma continuação, no entanto, já existia desde o lançamento do original. As críticas mistas que o filme recebeu e a bilheteria que não impressionou muito jogaram areia nos planos para a franquia ainda na década de 1996. O foco do novo filme, no entanto, não seria a protagonista Sarah, mas sim a rouba-cenas Nancy (Fairuza Balk). Não se sabe, porém, se o filme iria focar nas origens da personagem, como uma prequel, ou se continuaria diretamente após o desfecho. Outro detalhe é que tal filme seria um lançamento direto em vídeo (DVD) e não uma produção para as telonas – prática comum da Sony na época, vide as continuações de Garotas Selvagens, Segundas Intenções e Tropas Estelares.

05 | Balk, a ocultista

Sim, esta não foi a primeira vez que a atriz Fairuza Balk (Nancy) interpretou uma bruxa. Ainda na infância, aos 12 aninhos, Balk viveu uma bruxinha no filme infantil para a TV, The Worst Witch (1986) – lançado no ano seguinte de seu primeiro filme para o cinema, O Mundo Fantástico de Oz, sequência do imortal O Mágico de Oz ,no qual interpretou Dorothy.

Porém, a empolgação de Balk com Jovens Bruxas foi tanta que a atriz, ao pesquisar sobre sua personagem, magias, feitiços e bruxaria, terminou por comprar a icônica loja sobre o tema, Panpipes Magickal Marketplace, em Hollywood – local que gerenciou desde a compra em 1995, até vende-lo a seus colegas e funcionários em 2001. Isso que é atuação do método.

06 | A peruca de Tunney

Parte da magia do cinema, a maquiagem pode fazer milagres. E os penteados e perucas se enquadram neste quesito. Veja, por exemplo, a imperceptível cabeleira artificial utilizada pela protagonista Robin Tunney neste longa, fato que muitos provavelmente desconhecem. Acontece que a atriz havia raspado a cabeça de verdade para sua personagem na comédia Sexo, Rock e Confusão (Empire Records, 1995), veículo para Liv Tyler sobre jovens vendedores de uma loja de discos e CDs (você lembra delas?) no qual Tunney coadjuva. As filmagens se encerraram um mês antes da produção de Jovens Bruxas iniciar, e como não condizia com as características de Sarah, Tunney teve que portar uma peruca de longas madeixas – você verá o filme com outros olhos, pode ter certeza!

 

07 | Plágio

Os fãs podem ter percebido que dois anos após a estreia de Jovens Bruxas nos cinemas, surgia o seriado Charmed, de premissa bem similar sobre três irmãs bruxas – chegando inclusive a receber o título Jovens Bruxas no Brasil. Além de todas as coincidências, a canção “How Soon is Now”, do The Smiths, cantada no cover da banda Love Spit Love, que faz parte da trilha do filme, foi utilizada para a abertura da série.

Bem, talvez não tenha sido tanta coincidência assim. Em uma entrevista de 2017, o diretor Andrew Fleming abertamente acusou Charmed de ter plagiado o seu filme. O cineasta tinha planos para uma série de TV baseada no longa, que teria como tema de abertura a canção citada acima. Seu “pitch” foi feito para a Fox, e Fleming garante que a WB também se mostrou bastante interessada, com o diretor chegando a escrever o piloto. Sua ideia não foi concretizada, mas no ano seguinte Charmed, da WB, estreava. Fora isso, para a atriz Robin Tunney o plágio ficou tão evidente que durante anos as pessoas achavam que ela fazia parte do seriado.

08 | Coisas estranhas no Set

Toda produção de terror, para ganhar mais status, precisa ter histórias sinistras de bastidores. O Exorcista e Poltergeist são claros exemplos disso. Isso, de certa forma, move os fãs e aficionados, ajudando a criar uma mitologia por trás do longa. E com Jovens Bruxas não foi diferente. Por tratar de temas como invocações, magia negra e feitiçaria, muitos encantos e conjurações precisavam ser ditos e repetidos nas gravações pelas atrizes. Segundo fontes e sites, o quarteto usou rituais e linguagem Wicca reais para invocar forças poderosas – o que chamou atenção até mesmo de especialistas e estudiosos.

Morcegos sobrevoando, maré subindo, ondas batendo cada vez com mais força nas pedras e até mesmo falta de energia no set foram alguns dos problemas notados pela produção, inclusive pelo diretor Andrew Fleming. O cineasta cita alguns destes casos durante as gravações de Jovens Bruxas toda vez que as meninas começavam sua cerimônia. O especialista Pat Devin, presente no set, diz que “Manon, entidade fictícia criada para o filme, soa de forma muito parecida com Mananan, Deus gaélico do mar”.

 

 

09 | Censura

Em entrevistas nos extras dos DVDs o diretor Andrew Fleming afirma que os envolvidos buscavam uma censura mais baixa para o filme, o PG-13, a fim de ampliar o leque de espectadores e não deixar de fora o público-alvo adolescente do filme. No entanto, Jovens Bruxas terminou recebendo a classificação R – que restringe a entrada de menores de 17 anos desacompanhados dos pais ou responsáveis. O motivo? O filme lida com garotas adolescentes usando feitiçaria e magia negra.

10 | As cópias masculinas

Quando uma ideia é boa, mesmo que não faça sucesso de imediato em Hollywood, pode ter certeza que ela será tentada de novo e de novo. Assim, tivemos algumas investidas muito similares a Jovens Bruxas estreando anos depois. Exatamente dez anos depois do longa com as quatro amigas adolescentes, era lançado pela mesma Sony, O Pacto (The Covenant, 20006), filme de premissa similar voltado ao universo masculino e à ação. O filme dirigido por Renny Harlin passou completamente em branco, embora conte com nomes hoje famosos como Sebastian Stan e Taylor Kitsch no elenco. Outro considerado uma versão masculina desta história é a ficção narrada em estilo found footage Poder Sem Limites (2012), de Josh Trank. Na trama, três adolescentes ganham dons sobrenaturais que utilizam para se vingar de seus opressores, resultando em terríveis tragédias.

Hoje uma produção cult, Jovens Bruxas ganhou recentemente uma sequência pífia, intitulada Jovens Bruxas: Nova Irmandade.

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Jovens Bruxas foi lançado há 27 anos e se tornou parte de um movimento (mesmo que inadvertidamente na época) de retomada do terror adolescente, que ganharia corpo realmente alguns meses depois – com Pânico, de Wes Craven. Jovens Bruxas embora possa ser considerado como parte do mesmo gênero, não é um slasher, e se encaixa mais no subgênero da fantasia, com doses de elementos sobrenaturais – e muito drama adolescente.

A história criada pelo roteirista e diretor Andrew Fleming é simples, mas eficiente, e fala sobre “a garota nova do colégio”. Sarah é uma jovem que acaba de se mudar com os pais para outra cidade, e no local cai nas graças de três meninas rejeitadas pelos demais. As “esquisitonas” do colégio, Nancy, Bonnie e Rochelle, são na verdade aspirantes a bruxas. E Sarah era o elemento que faltava para equilibrar este jogo, dando o poder que o trio buscava. Uma vez percebendo quem são os verdadeiros vilões e mocinhos da escola – após ter ensaiado uma amizade com os arrogantes da turminha popular – a protagonista aceita abraçar seu lado outsider e dar uma chance para as colegas marginalizadas. Assim, a amizade entre elas nasce. No entanto, as quatro possuem seus próprios demônios internos para combater.

Como forma de homenagear este novo clássico do cinema adolescente de fantasia e terror, resolvemos revisitá-lo, e apresentar algumas curiosidades de sua produção. Confira abaixo as dez mais interessantes. P.S. Jovens Bruxas ainda não caiu nas graças das plataformas de streaming mais populares (Netflix e Amazon) como parte de seu acervo, mas torcemos para que entre em breve. Enquanto isso, o filme pode ser encontrado completo no Youtube para você ir aquecendo os motores.

Leia também: Por Onde Anda o Elenco de ‘Jovens Bruxas’ (1996)?

01 | Angelina Jolie quase protagonizou

Uma das maiores estrelas de Hollywood na atualidade, Angelina Jolie tem um cachê milionário e é dona de dois Oscar (sendo um humanitário) e outra indicação como melhor atriz. Voltando 25 anos no passado, no entanto, Jolie quase foi a protagonista Sarah em Jovens Bruxas, papel que ficou com Robin Tunney. Na época, a atriz não possuía o peso que tem hoje e acabava de estrelar o suspense juvenil Hackers: Piratas de Computador (1995). Outros nomes considerados para protagonizar o longa foram os de Alicia Silvesterone – que acabava de sair do sucesso As Patricinhas de Beverly Hills (1995) – e Scarlett Johansson, a mais nova das três, na época ainda uma adolescente.

 

02 | Hollywood e o racismo

Essa é para os que acham que a discriminação sofrida por atores negros em Hollywood é “mito” e “mimimi”. Anos depois do lançamento do filme, a atriz Rachel True (que interpreta Rochelle, a única negra dentre as amigas principais) revelou que frequentemente era esquecida nos materiais promocionais do filme, embora fosse uma das quatro protagonistas. Até mesmo em entrevistas e coletivas True era deixada de fora, até que uma colega de elenco (não revelada) interveio por ela. A atriz também foi a única dentre as quatro a não ser convidada para o MTV Movie Awards daquele ano.

Triste coincidência, a subtrama da personagem de True no filme envolve racismo, sendo a única estudante negra no colégio católico em que o filme se passa. Essa parte do roteiro foi incorporada após a contratação da atriz para o papel, já que de início a personagem Rochelle iria sofrer de bulimia e disfunções alimentares. A atriz também passou por um entrave para conseguir o papel, e seu próprio agente não queria recomenda-la por considera-la velha demais, aos 29 anos (as outras três atrizes estavam em seus 20 e poucos anos – mas todas interpretando adolescentes por volta dos 16 anos). Finalmente, ela trocou de representante, encontrando um profissional disposto a lutar por ela no elenco. Uma parte da história de Rochelle também terminou cortada do filme, na qual mostraria seus pais como pessoas bem monótonas. O fato serviria para apontar o interesse de Rochelle pela empolgação e a aventura, motivos os quais a levaram a descobrir a magia.

 

03 | Fraca bilheteria e críticas medianas

Embora seja um filme cult hoje, Jovens Bruxas não fez muito barulho nas bilheterias em seu lançamento. O filme custou US$15 milhões e viu o retorno de somente US$24.8 milhões aos cofres da Sony. Mesmo assim, o filme estreou em primeiro lugar nas bilheterias norte-americanas em seu fim de semana de lançamento. Na semana seguinte, no entanto, foi jogado para escanteio pelo blockbuster Twister.

Com a crítica dividiu opiniões e se encontra com 55% de aprovação no Rotten Tomatoes atualmente. Na época de seu lançamento, teve como detratores veículos importantes como a Variety, o Chicago Tribune, o Washington Post, o USA Today e o Chicago Sun-Times de Roger Ebert – que apesar de acusa-lo de falta de imaginação e estar abaixo do interesse geral, elogiou o retrato realista das atrizes, comparando-o ao outro lado da moeda de As Patricinhas de Beverly Hills. No corner de sua defesa constam a Entertainment Weekly, o New York Times e o Los Angeles Times.

 

04 | Continuação

Recentemente tivemos uma sequência de Jovens Bruxas, que demorou nada menos que 24 anos para acontecer. E o filme foi um fiasco de público e crítica. A ideia de uma continuação, no entanto, já existia desde o lançamento do original. As críticas mistas que o filme recebeu e a bilheteria que não impressionou muito jogaram areia nos planos para a franquia ainda na década de 1996. O foco do novo filme, no entanto, não seria a protagonista Sarah, mas sim a rouba-cenas Nancy (Fairuza Balk). Não se sabe, porém, se o filme iria focar nas origens da personagem, como uma prequel, ou se continuaria diretamente após o desfecho. Outro detalhe é que tal filme seria um lançamento direto em vídeo (DVD) e não uma produção para as telonas – prática comum da Sony na época, vide as continuações de Garotas Selvagens, Segundas Intenções e Tropas Estelares.

05 | Balk, a ocultista

Sim, esta não foi a primeira vez que a atriz Fairuza Balk (Nancy) interpretou uma bruxa. Ainda na infância, aos 12 aninhos, Balk viveu uma bruxinha no filme infantil para a TV, The Worst Witch (1986) – lançado no ano seguinte de seu primeiro filme para o cinema, O Mundo Fantástico de Oz, sequência do imortal O Mágico de Oz ,no qual interpretou Dorothy.

Porém, a empolgação de Balk com Jovens Bruxas foi tanta que a atriz, ao pesquisar sobre sua personagem, magias, feitiços e bruxaria, terminou por comprar a icônica loja sobre o tema, Panpipes Magickal Marketplace, em Hollywood – local que gerenciou desde a compra em 1995, até vende-lo a seus colegas e funcionários em 2001. Isso que é atuação do método.

06 | A peruca de Tunney

Parte da magia do cinema, a maquiagem pode fazer milagres. E os penteados e perucas se enquadram neste quesito. Veja, por exemplo, a imperceptível cabeleira artificial utilizada pela protagonista Robin Tunney neste longa, fato que muitos provavelmente desconhecem. Acontece que a atriz havia raspado a cabeça de verdade para sua personagem na comédia Sexo, Rock e Confusão (Empire Records, 1995), veículo para Liv Tyler sobre jovens vendedores de uma loja de discos e CDs (você lembra delas?) no qual Tunney coadjuva. As filmagens se encerraram um mês antes da produção de Jovens Bruxas iniciar, e como não condizia com as características de Sarah, Tunney teve que portar uma peruca de longas madeixas – você verá o filme com outros olhos, pode ter certeza!

 

07 | Plágio

Os fãs podem ter percebido que dois anos após a estreia de Jovens Bruxas nos cinemas, surgia o seriado Charmed, de premissa bem similar sobre três irmãs bruxas – chegando inclusive a receber o título Jovens Bruxas no Brasil. Além de todas as coincidências, a canção “How Soon is Now”, do The Smiths, cantada no cover da banda Love Spit Love, que faz parte da trilha do filme, foi utilizada para a abertura da série.

Bem, talvez não tenha sido tanta coincidência assim. Em uma entrevista de 2017, o diretor Andrew Fleming abertamente acusou Charmed de ter plagiado o seu filme. O cineasta tinha planos para uma série de TV baseada no longa, que teria como tema de abertura a canção citada acima. Seu “pitch” foi feito para a Fox, e Fleming garante que a WB também se mostrou bastante interessada, com o diretor chegando a escrever o piloto. Sua ideia não foi concretizada, mas no ano seguinte Charmed, da WB, estreava. Fora isso, para a atriz Robin Tunney o plágio ficou tão evidente que durante anos as pessoas achavam que ela fazia parte do seriado.

08 | Coisas estranhas no Set

Toda produção de terror, para ganhar mais status, precisa ter histórias sinistras de bastidores. O Exorcista e Poltergeist são claros exemplos disso. Isso, de certa forma, move os fãs e aficionados, ajudando a criar uma mitologia por trás do longa. E com Jovens Bruxas não foi diferente. Por tratar de temas como invocações, magia negra e feitiçaria, muitos encantos e conjurações precisavam ser ditos e repetidos nas gravações pelas atrizes. Segundo fontes e sites, o quarteto usou rituais e linguagem Wicca reais para invocar forças poderosas – o que chamou atenção até mesmo de especialistas e estudiosos.

Morcegos sobrevoando, maré subindo, ondas batendo cada vez com mais força nas pedras e até mesmo falta de energia no set foram alguns dos problemas notados pela produção, inclusive pelo diretor Andrew Fleming. O cineasta cita alguns destes casos durante as gravações de Jovens Bruxas toda vez que as meninas começavam sua cerimônia. O especialista Pat Devin, presente no set, diz que “Manon, entidade fictícia criada para o filme, soa de forma muito parecida com Mananan, Deus gaélico do mar”.

 

 

09 | Censura

Em entrevistas nos extras dos DVDs o diretor Andrew Fleming afirma que os envolvidos buscavam uma censura mais baixa para o filme, o PG-13, a fim de ampliar o leque de espectadores e não deixar de fora o público-alvo adolescente do filme. No entanto, Jovens Bruxas terminou recebendo a classificação R – que restringe a entrada de menores de 17 anos desacompanhados dos pais ou responsáveis. O motivo? O filme lida com garotas adolescentes usando feitiçaria e magia negra.

10 | As cópias masculinas

Quando uma ideia é boa, mesmo que não faça sucesso de imediato em Hollywood, pode ter certeza que ela será tentada de novo e de novo. Assim, tivemos algumas investidas muito similares a Jovens Bruxas estreando anos depois. Exatamente dez anos depois do longa com as quatro amigas adolescentes, era lançado pela mesma Sony, O Pacto (The Covenant, 20006), filme de premissa similar voltado ao universo masculino e à ação. O filme dirigido por Renny Harlin passou completamente em branco, embora conte com nomes hoje famosos como Sebastian Stan e Taylor Kitsch no elenco. Outro considerado uma versão masculina desta história é a ficção narrada em estilo found footage Poder Sem Limites (2012), de Josh Trank. Na trama, três adolescentes ganham dons sobrenaturais que utilizam para se vingar de seus opressores, resultando em terríveis tragédias.

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