quarta-feira , 20 novembro , 2024

Kick-Ass 2 (2)

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MENINA DE OURO

 No primeiro Kick-Ass, um típico nerd de colegial decidia que era hora de fazer justiça com as próprias mãos, evocando seus ídolos, os super-heróis de quadrinhos. Kick-Ass, o filme, que também é baseado em quadrinhos de heróis, criados por Mark Millar e John Romita Jr., tinha a proposta de satirizar e homenagear o subgênero. O problema é que esses autointitulados “super-heróis” humanos e reais soam muito como sua contraparte de papel. Mesmo sem superpoderes, aqui existem cenas que desafiam as leis da física, e nossa credulidade.

Personagens como Batman e o Justiceiro combatem o crime sem poderes, e o Homem-Aranha é um adolescente despreparado para suas grandes aventuras. Então podemos afirmar que o material de Kick-Ass não é assim tão original. Fora isso, um fator que chamou grande atenção da imprensa no filme original de 2010 foi sua extrema violência. E não apenas isso, mas violência infligida por uma menininha em seus 11 anos de idade. Hit-Girl, a personagem que virou sensação, é uma menina treinada pelo pai para ser a vigilante definitiva. O sangue frio da pequena é tanto que ela não hesita em desmembrar e decapitar criminosos. Tudo com o propósito de uma boa diversão nos cinemas.



2

Quando escrevi sobre o filme original dei minha opinião sobre o significado de uma grande violência imposta para os jovens apenas com o propósito de entreter. Já deu para perceber que não fui arrebatado pelo filme de Matthew Vaughn (X-Men: Primeira Classe) como a maioria, por achar que fica na tênue linha onde não é sério e importante o suficiente, e ao mesmo tempo não é caricato, divertido e engraçado como deveria. De qualquer forma, Kick-Ass – Quebrando Tudo foi um os destaques de 2010. Alguns anos depois e ganhamos a inevitável continuação, que chega de maneira tímida nos cinemas brasileiros. Caminho similar que fez nos Estados Unidos, aonde não despertou grandes paixões.

Em muitos aspectos, no entanto, Kick-Ass 2 é superior a seu predecessor. O primeiro deles é a dramaticidade e importância dada às subtramas, e desenvolvimento de personagens. Vemos, por exemplo, as consequências que tem para a sua família, o fato do protagonista (vivido mais uma vez pelo talentoso Aaron Taylor-Johnson – de Selvagens) vestir o uniforme. O relacionamento entre o jovem Dave, a identidade secreta do herói Kick-Ass, e seu pai é abalada de uma forma irremediável. O mesmo pode ser dito da personagem Hit-Girl, mais uma vez vivida por Chlöe Grace Moretz (a nova Carrie).

3

Esse realmente é um filme mais dela do que de Kick-Ass. A trama evolui a personagem de Moretz, agora com 16 anos, e com problemas em se ajustar à vida colegial e adolescência. Também temos o universo super heroico em geral expandido, como se o próximo passo fosse dado em relação a termos apenas três personagens mascarados no filme original. Uma espécie de Liga da Justiça “furreca” e violenta é criada, comandada pelo personagem de Jim Carrey (um dos maiores astros da década de 1990 tentando ensaiar um retorno ao palco principal).

O personagem de Carrey é um ex-assassino da máfia, que encontrou Deus e decidiu rachar crânios de criminosos em Seu nome. O ator está irreconhecível no papel, longe de seus exageros de praxe. Aqui Carrey quase não faz rir. O ator inclusive renunciou o filme por sua violência, já que Carrey agora é um forte ativista do desarmamento. Entre os membros dessa formada equipe heroica destacam-se o boa praça Dr. Gravidade (nada a ver com o filme de Cuarón), vivido por Donald Faison (da série Scrubs), e a autointitulada Night Bitch, vivida pela bela ruiva Lindy Booth (Madrugada dos Mortos), que tem um caso com o protagonista.

4

Todos possuem suas histórias e seus próprios passados trágicos. A belíssima Lyndsy Fonseca (A Ressaca), namorada do herói no original, possui pouquíssimo espaço em cena (infelizmente) e é jogada para escanteio.  Quem volta sem grande importância é o vilão, agora exagerado, de Christopher Mintz-Plasse, que depois de abandonar o pseudônimo do falso herói Red Mist, resolve se batizar como Motherfucker (nome impróprio por significar um palavrão em inglês, que com certeza fez subir a censura por lá).

O vilão traz consigo uma legião de inimigos a seu comando. Entre eles, a gigantesca Mother Russia (Olga Kurkulina, uma montanha de músculos), a única adversária a altura da feroz Mindy, identidade de Hit-Girl. Entre erros e acertos Kick-Ass 2 talvez não seja tão impactante e original (segundo dizem) quanto o primeiro, mas sem dúvidas merecia mais respeito, e não ser descartado completamente. As portas ficam abertas para um Iron Kick-Ass…

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 No primeiro Kick-Ass, um típico nerd de colegial decidia que era hora de fazer justiça com as próprias mãos, evocando seus ídolos, os super-heróis de quadrinhos. Kick-Ass, o filme, que também é baseado em quadrinhos de heróis, criados por Mark Millar e John Romita Jr., tinha a proposta de satirizar e homenagear o subgênero. O problema é que esses autointitulados “super-heróis” humanos e reais soam muito como sua contraparte de papel. Mesmo sem superpoderes, aqui existem cenas que desafiam as leis da física, e nossa credulidade.

Personagens como Batman e o Justiceiro combatem o crime sem poderes, e o Homem-Aranha é um adolescente despreparado para suas grandes aventuras. Então podemos afirmar que o material de Kick-Ass não é assim tão original. Fora isso, um fator que chamou grande atenção da imprensa no filme original de 2010 foi sua extrema violência. E não apenas isso, mas violência infligida por uma menininha em seus 11 anos de idade. Hit-Girl, a personagem que virou sensação, é uma menina treinada pelo pai para ser a vigilante definitiva. O sangue frio da pequena é tanto que ela não hesita em desmembrar e decapitar criminosos. Tudo com o propósito de uma boa diversão nos cinemas.

2

Quando escrevi sobre o filme original dei minha opinião sobre o significado de uma grande violência imposta para os jovens apenas com o propósito de entreter. Já deu para perceber que não fui arrebatado pelo filme de Matthew Vaughn (X-Men: Primeira Classe) como a maioria, por achar que fica na tênue linha onde não é sério e importante o suficiente, e ao mesmo tempo não é caricato, divertido e engraçado como deveria. De qualquer forma, Kick-Ass – Quebrando Tudo foi um os destaques de 2010. Alguns anos depois e ganhamos a inevitável continuação, que chega de maneira tímida nos cinemas brasileiros. Caminho similar que fez nos Estados Unidos, aonde não despertou grandes paixões.

Em muitos aspectos, no entanto, Kick-Ass 2 é superior a seu predecessor. O primeiro deles é a dramaticidade e importância dada às subtramas, e desenvolvimento de personagens. Vemos, por exemplo, as consequências que tem para a sua família, o fato do protagonista (vivido mais uma vez pelo talentoso Aaron Taylor-Johnson – de Selvagens) vestir o uniforme. O relacionamento entre o jovem Dave, a identidade secreta do herói Kick-Ass, e seu pai é abalada de uma forma irremediável. O mesmo pode ser dito da personagem Hit-Girl, mais uma vez vivida por Chlöe Grace Moretz (a nova Carrie).

3

Esse realmente é um filme mais dela do que de Kick-Ass. A trama evolui a personagem de Moretz, agora com 16 anos, e com problemas em se ajustar à vida colegial e adolescência. Também temos o universo super heroico em geral expandido, como se o próximo passo fosse dado em relação a termos apenas três personagens mascarados no filme original. Uma espécie de Liga da Justiça “furreca” e violenta é criada, comandada pelo personagem de Jim Carrey (um dos maiores astros da década de 1990 tentando ensaiar um retorno ao palco principal).

O personagem de Carrey é um ex-assassino da máfia, que encontrou Deus e decidiu rachar crânios de criminosos em Seu nome. O ator está irreconhecível no papel, longe de seus exageros de praxe. Aqui Carrey quase não faz rir. O ator inclusive renunciou o filme por sua violência, já que Carrey agora é um forte ativista do desarmamento. Entre os membros dessa formada equipe heroica destacam-se o boa praça Dr. Gravidade (nada a ver com o filme de Cuarón), vivido por Donald Faison (da série Scrubs), e a autointitulada Night Bitch, vivida pela bela ruiva Lindy Booth (Madrugada dos Mortos), que tem um caso com o protagonista.

4

Todos possuem suas histórias e seus próprios passados trágicos. A belíssima Lyndsy Fonseca (A Ressaca), namorada do herói no original, possui pouquíssimo espaço em cena (infelizmente) e é jogada para escanteio.  Quem volta sem grande importância é o vilão, agora exagerado, de Christopher Mintz-Plasse, que depois de abandonar o pseudônimo do falso herói Red Mist, resolve se batizar como Motherfucker (nome impróprio por significar um palavrão em inglês, que com certeza fez subir a censura por lá).

O vilão traz consigo uma legião de inimigos a seu comando. Entre eles, a gigantesca Mother Russia (Olga Kurkulina, uma montanha de músculos), a única adversária a altura da feroz Mindy, identidade de Hit-Girl. Entre erros e acertos Kick-Ass 2 talvez não seja tão impactante e original (segundo dizem) quanto o primeiro, mas sem dúvidas merecia mais respeito, e não ser descartado completamente. As portas ficam abertas para um Iron Kick-Ass…

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