domingo , 22 dezembro , 2024

Kylie Minogue incendeia os palcos do Festival GRLS! e prova que é a rainha do dance

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A princípio criticada por sua imagem supostamente pré-programada no início da carreira, Kylie Minogue tornou-se uma lenda vida. Aos 51 anos, a artista é dona de uma discografia que beira o impecável, ascendeu ao patamar de ícone LGBTQ+ e, até hoje, é considerada por inúmeros estudiosos como a Princesa do Pop devido ao seu impactante legado na indústria fonográfica.

Depois de altos e baixos e uma luta contra o câncer de mama, Minogue (por mais que tenha uma escassa fanbase no território nacional e um consequente afastamento dos holofotes) retornou ao Brasil doze anos depois de seu primeiro show, o qual ocorreu em 2008. A performer, na verdade, foi uma das headliners do Festival GRLS! 2020, primeira edição do evento que começou ontem, 07 de março, e chega ao fim hoje (08).



Precedida por potentes nomes da cultura nacional, a chegada de Minogue já vinha sendo comentada por fãs e por veículos de comunicação desde o anúncio oficial em suas redes sociais. Não é surpresa que, ao longo do dia, as duas pistas destinadas às apresentações transbordavam com um crescimento exponencial de espectadores, colados à grade de segurança e ansiosos para ver mais um memorável concerto da nossa querida popstar australiana.

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E o resultado foi, na verdade, muito além do esperado: ao longo de pequenas prévias que tomavam forma com a construção do palco (incluindo o apogeu simbólico do globo de discoteca e gigantescos espelhos que funcionavam como instalações vivas), Kylie deu as caras de forma a arrancar uma enxurrada de aplausos de todo mundo que até mesmo tenha parado para dar uma olhada no que acontecia no Memorial da América Latina.

Exuberante em um tailleur branco recheado de lantejoulas, a artista começava o que viria a intitular com o próprio público a “melhor noite da sua vida”, resgatando clássicos comerciais, favoritos dos fãs e dando ouvidos totais à comunidade queer que exalava respeito e uma incredulidade ao ver um dos grandes nomes da música pop a poucos metros de distância.

Em meio a cinco figurinos diferentes e uma energia contagiante, Minogue rendeu-se a uma emoção surrealmente palatável, indo à beira das lágrimas com o carinho recebido pelos brasileiros. Mais do que isso, ela se portava com genuína despreocupação, divertindo-se mesmo nos momentos mais dramáticos e não perdendo a chance de declarar seu amor pela comunidade LGBTQ+, que sempre a apoiou – e não se enganem: sua euforia em momento algum a fez deixar de lado a ressonante e já conhecia estética visual, cuidando para tudo fosse conforme o planejado e nos deixasse em êxtase.

Mais do que isso, a performer soube como conduzir uma setlist propositalmente oscilante, cuidando para que os dois extremos de seus enérgicos 90 minutos em palco fossem catárticos: não é surpresa que canções como “All The Lovers”“Dancing”“Spinning Around” premeditavam o iminente finale, enquanto “The One” “Slow” se destinaram aos momentos mais sexy. Entretanto, foram outros hits que incendiaram a noite da Barra Funda, incluindo a unânime aceitação de “Can’t Get You Out of My Head”, a nostálgica rendição de “In Your Eyes” e a divertida “Locomotion”, seu primeiro single lançado em 1987 com o álbum ‘The Loco-Motion’.

No final das contas, Kylie Minogue provou mais uma vez que é a rainha do dance (e do disco, aparentemente), merecendo muito mais reconhecimento do que tem e entregando um dos grandes auges da recém-iniciada década: uma apresentação que foi para além de um mero agrado aos fãs, mas que transformou-se em uma das grandes peças artísticas de sua extensa carreira – prometendo, inclusive, voltar para as terras brasileiras outras vezes, reafirmando que é simplesmente apaixonada por nós.

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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A princípio criticada por sua imagem supostamente pré-programada no início da carreira, Kylie Minogue tornou-se uma lenda vida. Aos 51 anos, a artista é dona de uma discografia que beira o impecável, ascendeu ao patamar de ícone LGBTQ+ e, até hoje, é considerada por inúmeros estudiosos como a Princesa do Pop devido ao seu impactante legado na indústria fonográfica.

Depois de altos e baixos e uma luta contra o câncer de mama, Minogue (por mais que tenha uma escassa fanbase no território nacional e um consequente afastamento dos holofotes) retornou ao Brasil doze anos depois de seu primeiro show, o qual ocorreu em 2008. A performer, na verdade, foi uma das headliners do Festival GRLS! 2020, primeira edição do evento que começou ontem, 07 de março, e chega ao fim hoje (08).

Precedida por potentes nomes da cultura nacional, a chegada de Minogue já vinha sendo comentada por fãs e por veículos de comunicação desde o anúncio oficial em suas redes sociais. Não é surpresa que, ao longo do dia, as duas pistas destinadas às apresentações transbordavam com um crescimento exponencial de espectadores, colados à grade de segurança e ansiosos para ver mais um memorável concerto da nossa querida popstar australiana.

E o resultado foi, na verdade, muito além do esperado: ao longo de pequenas prévias que tomavam forma com a construção do palco (incluindo o apogeu simbólico do globo de discoteca e gigantescos espelhos que funcionavam como instalações vivas), Kylie deu as caras de forma a arrancar uma enxurrada de aplausos de todo mundo que até mesmo tenha parado para dar uma olhada no que acontecia no Memorial da América Latina.

Exuberante em um tailleur branco recheado de lantejoulas, a artista começava o que viria a intitular com o próprio público a “melhor noite da sua vida”, resgatando clássicos comerciais, favoritos dos fãs e dando ouvidos totais à comunidade queer que exalava respeito e uma incredulidade ao ver um dos grandes nomes da música pop a poucos metros de distância.

Em meio a cinco figurinos diferentes e uma energia contagiante, Minogue rendeu-se a uma emoção surrealmente palatável, indo à beira das lágrimas com o carinho recebido pelos brasileiros. Mais do que isso, ela se portava com genuína despreocupação, divertindo-se mesmo nos momentos mais dramáticos e não perdendo a chance de declarar seu amor pela comunidade LGBTQ+, que sempre a apoiou – e não se enganem: sua euforia em momento algum a fez deixar de lado a ressonante e já conhecia estética visual, cuidando para tudo fosse conforme o planejado e nos deixasse em êxtase.

Mais do que isso, a performer soube como conduzir uma setlist propositalmente oscilante, cuidando para que os dois extremos de seus enérgicos 90 minutos em palco fossem catárticos: não é surpresa que canções como “All The Lovers”“Dancing”“Spinning Around” premeditavam o iminente finale, enquanto “The One” “Slow” se destinaram aos momentos mais sexy. Entretanto, foram outros hits que incendiaram a noite da Barra Funda, incluindo a unânime aceitação de “Can’t Get You Out of My Head”, a nostálgica rendição de “In Your Eyes” e a divertida “Locomotion”, seu primeiro single lançado em 1987 com o álbum ‘The Loco-Motion’.

No final das contas, Kylie Minogue provou mais uma vez que é a rainha do dance (e do disco, aparentemente), merecendo muito mais reconhecimento do que tem e entregando um dos grandes auges da recém-iniciada década: uma apresentação que foi para além de um mero agrado aos fãs, mas que transformou-se em uma das grandes peças artísticas de sua extensa carreira – prometendo, inclusive, voltar para as terras brasileiras outras vezes, reafirmando que é simplesmente apaixonada por nós.

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Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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