sábado , 22 fevereiro , 2025

Kylie Minogue incendeia os palcos do Festival GRLS! e prova que é a rainha do dance


A princípio criticada por sua imagem supostamente pré-programada no início da carreira, Kylie Minogue tornou-se uma lenda vida. Aos 51 anos, a artista é dona de uma discografia que beira o impecável, ascendeu ao patamar de ícone LGBTQ+ e, até hoje, é considerada por inúmeros estudiosos como a Princesa do Pop devido ao seu impactante legado na indústria fonográfica.

Depois de altos e baixos e uma luta contra o câncer de mama, Minogue (por mais que tenha uma escassa fanbase no território nacional e um consequente afastamento dos holofotes) retornou ao Brasil doze anos depois de seu primeiro show, o qual ocorreu em 2008. A performer, na verdade, foi uma das headliners do Festival GRLS! 2020, primeira edição do evento que começou ontem, 07 de março, e chega ao fim hoje (08).



kylie 8

Precedida por potentes nomes da cultura nacional, a chegada de Minogue já vinha sendo comentada por fãs e por veículos de comunicação desde o anúncio oficial em suas redes sociais. Não é surpresa que, ao longo do dia, as duas pistas destinadas às apresentações transbordavam com um crescimento exponencial de espectadores, colados à grade de segurança e ansiosos para ver mais um memorável concerto da nossa querida popstar australiana.

E o resultado foi, na verdade, muito além do esperado: ao longo de pequenas prévias que tomavam forma com a construção do palco (incluindo o apogeu simbólico do globo de discoteca e gigantescos espelhos que funcionavam como instalações vivas), Kylie deu as caras de forma a arrancar uma enxurrada de aplausos de todo mundo que até mesmo tenha parado para dar uma olhada no que acontecia no Memorial da América Latina.


kylie 5

Exuberante em um tailleur branco recheado de lantejoulas, a artista começava o que viria a intitular com o próprio público a “melhor noite da sua vida”, resgatando clássicos comerciais, favoritos dos fãs e dando ouvidos totais à comunidade queer que exalava respeito e uma incredulidade ao ver um dos grandes nomes da música pop a poucos metros de distância.

Em meio a cinco figurinos diferentes e uma energia contagiante, Minogue rendeu-se a uma emoção surrealmente palatável, indo à beira das lágrimas com o carinho recebido pelos brasileiros. Mais do que isso, ela se portava com genuína despreocupação, divertindo-se mesmo nos momentos mais dramáticos e não perdendo a chance de declarar seu amor pela comunidade LGBTQ+, que sempre a apoiou – e não se enganem: sua euforia em momento algum a fez deixar de lado a ressonante e já conhecia estética visual, cuidando para tudo fosse conforme o planejado e nos deixasse em êxtase.

Assista também: 
YouTube video



kylie 3

Mais do que isso, a performer soube como conduzir uma setlist propositalmente oscilante, cuidando para que os dois extremos de seus enérgicos 90 minutos em palco fossem catárticos: não é surpresa que canções como “All The Lovers”“Dancing”“Spinning Around” premeditavam o iminente finale, enquanto “The One” “Slow” se destinaram aos momentos mais sexy. Entretanto, foram outros hits que incendiaram a noite da Barra Funda, incluindo a unânime aceitação de “Can’t Get You Out of My Head”, a nostálgica rendição de “In Your Eyes” e a divertida “Locomotion”, seu primeiro single lançado em 1987 com o álbum ‘The Loco-Motion’.

No final das contas, Kylie Minogue provou mais uma vez que é a rainha do dance (e do disco, aparentemente), merecendo muito mais reconhecimento do que tem e entregando um dos grandes auges da recém-iniciada década: uma apresentação que foi para além de um mero agrado aos fãs, mas que transformou-se em uma das grandes peças artísticas de sua extensa carreira – prometendo, inclusive, voltar para as terras brasileiras outras vezes, reafirmando que é simplesmente apaixonada por nós.

kylie 2


Assista:
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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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A princípio criticada por sua imagem supostamente pré-programada no início da carreira, Kylie Minogue tornou-se uma lenda vida. Aos 51 anos, a artista é dona de uma discografia que beira o impecável, ascendeu ao patamar de ícone LGBTQ+ e, até hoje, é considerada por inúmeros estudiosos como a Princesa do Pop devido ao seu impactante legado na indústria fonográfica.

Depois de altos e baixos e uma luta contra o câncer de mama, Minogue (por mais que tenha uma escassa fanbase no território nacional e um consequente afastamento dos holofotes) retornou ao Brasil doze anos depois de seu primeiro show, o qual ocorreu em 2008. A performer, na verdade, foi uma das headliners do Festival GRLS! 2020, primeira edição do evento que começou ontem, 07 de março, e chega ao fim hoje (08).

kylie 8

Precedida por potentes nomes da cultura nacional, a chegada de Minogue já vinha sendo comentada por fãs e por veículos de comunicação desde o anúncio oficial em suas redes sociais. Não é surpresa que, ao longo do dia, as duas pistas destinadas às apresentações transbordavam com um crescimento exponencial de espectadores, colados à grade de segurança e ansiosos para ver mais um memorável concerto da nossa querida popstar australiana.

E o resultado foi, na verdade, muito além do esperado: ao longo de pequenas prévias que tomavam forma com a construção do palco (incluindo o apogeu simbólico do globo de discoteca e gigantescos espelhos que funcionavam como instalações vivas), Kylie deu as caras de forma a arrancar uma enxurrada de aplausos de todo mundo que até mesmo tenha parado para dar uma olhada no que acontecia no Memorial da América Latina.

kylie 5

Exuberante em um tailleur branco recheado de lantejoulas, a artista começava o que viria a intitular com o próprio público a “melhor noite da sua vida”, resgatando clássicos comerciais, favoritos dos fãs e dando ouvidos totais à comunidade queer que exalava respeito e uma incredulidade ao ver um dos grandes nomes da música pop a poucos metros de distância.

Em meio a cinco figurinos diferentes e uma energia contagiante, Minogue rendeu-se a uma emoção surrealmente palatável, indo à beira das lágrimas com o carinho recebido pelos brasileiros. Mais do que isso, ela se portava com genuína despreocupação, divertindo-se mesmo nos momentos mais dramáticos e não perdendo a chance de declarar seu amor pela comunidade LGBTQ+, que sempre a apoiou – e não se enganem: sua euforia em momento algum a fez deixar de lado a ressonante e já conhecia estética visual, cuidando para tudo fosse conforme o planejado e nos deixasse em êxtase.

kylie 3

Mais do que isso, a performer soube como conduzir uma setlist propositalmente oscilante, cuidando para que os dois extremos de seus enérgicos 90 minutos em palco fossem catárticos: não é surpresa que canções como “All The Lovers”“Dancing”“Spinning Around” premeditavam o iminente finale, enquanto “The One” “Slow” se destinaram aos momentos mais sexy. Entretanto, foram outros hits que incendiaram a noite da Barra Funda, incluindo a unânime aceitação de “Can’t Get You Out of My Head”, a nostálgica rendição de “In Your Eyes” e a divertida “Locomotion”, seu primeiro single lançado em 1987 com o álbum ‘The Loco-Motion’.

No final das contas, Kylie Minogue provou mais uma vez que é a rainha do dance (e do disco, aparentemente), merecendo muito mais reconhecimento do que tem e entregando um dos grandes auges da recém-iniciada década: uma apresentação que foi para além de um mero agrado aos fãs, mas que transformou-se em uma das grandes peças artísticas de sua extensa carreira – prometendo, inclusive, voltar para as terras brasileiras outras vezes, reafirmando que é simplesmente apaixonada por nós.

kylie 2

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Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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