Lady Gaga fez sua estreia oficial no mundo do entretenimento em 2008 e, em pouco tempo, ascendeu a uma fama estelar e a uma importância inegável dentro do cenário contemporâneo do show business.
Fazendo parte de um seleto grupo de versáteis artistas que encontram sucesso considerável nas mais diversas áreas de criação – incluindo moda, música e atuação. E isso sem mencionar seu considerável trabalho revolucionário no tocante à própria indústria fonográfica, sendo a precursora do que chamamos de arte performance nessa esfera em questão, e no tocante à comunidade LGBTQIA+, sempre demonstrando seu apoio incondicional às pessoas queer,
No dia de hoje, 28 de março, Gaga completa 36 anos de idade – e nada melhor que celebrar seu aniversário com uma matéria mais que especial.
Pensando nisso, montamos essa breve lista elencando a melhor música de cada álbum da performer, incluindo as produções colaborativas ‘Cheek to Cheek’ e ‘Love For Sale’, cantadas ao lado de Tony Bennett, e a aclamada trilha sonora do filme ‘Nasce Uma Estrela’.
Confira abaixo as nossas escolhas:
“PAPARAZZI”, The Fame
“Paparazzi” é uma das construções mais pessoais e escandalosas de Gaga e integra com perfeição as mensagens de ‘The Fame’. Aclamado pela crítica especializada, a lírica denuncia a ação predatória dos paparazzi ao criar uma história de um relacionamento tóxico que acaba em tragédia – além de ter arrancado uma das performances mais memoráveis da história do VMA da cantora.
“BAD ROMANCE”, The Fame Monster
Considerada por inúmeros especialistas como a magnum opus de Gaga, “Bad Romance” permanece viva na memória de qualquer um que já tenha ligado a rádio ao menos uma vez em 2009. Vencedora de duas estatuetas do Grammy, a canção é o carro-chefe do aclamado e revolucionário ‘The Fame Monster’ e traz elementos do house e do techno alemães ao vibrante electro-pop do final dos anos 2000.
“YOÜ AND I”, Born This Way
Antes de ‘Joanne’, Gaga já havia dado indícios de seu apreço pelo country com a incrível e irretocável “Yoü And I”. Afastando-se completamente do pop e apostando no country-rock, a faixa, uma das últimas promocionais de ‘Born This Way’, a canção também recebeu aplausos dos especialistas internacionais e tornou-se um destaque do álbum por sua competente produção e pela presença de ninguém menos que Brian May na guitarra.
“GYPSY”, ARTPOP
‘ARTPOP’ sofreu com a maldição do quarto álbum e levou um bom tempo até que fosse resgatado como uma subestimada e importante obra musical. “Gypsy” é um dos inúmeros pontos altos da produção e ganhou o público pela simplicidade da produção, movida por sintetizadores e piano, e pela densidade romântica e elegíaca dos versos.
“ANYTHING GOES”, Cheek to Cheek (com Tony Bennett)
O jazz de fato é um dos gêneros mais difíceis de serem cantados, principalmente por ter um fraseamento e um ritmo próprios. Mas isso não impediu Gaga e Bennett de se reunirem mais uma vez para ‘Cheek to Cheek’, cujo lead single insurgiu com a modernizada e dócil versão de “Anything Goes”.
“A-YO”, Joanne
O country-pop “A-Yo” é uma resposta sutil e cheia de metáforas para os haters que tentaram, em vão, atacar o que Gaga representa para o cenário artístico. Novamente, a música não foi bem aproveitada, apesar de ter sido performada inúmeras vezes ao vivo, mas colocou em voga vocais incríveis que, quando comparados a 2008, haviam envelhecido de modo excepcional.
“SHALLOW”, Nasce Uma Estrela (com Bradley Cooper)
Migrando para o cenário cinematográfico, Gaga conseguiu o papel principal do remake de ‘Nasce Uma Estrela’, anunciando que trabalharia em uma trilha sonora original. “Shallow”, carro-chefe do álbum, tornou-se um sucesso imenso ao redor do mundo e, pouco tempo depois de dominar as paradas nacionais e internacionais, tornou-se a canção mais premiada da história, rendendo à artista dúzias de prêmios – incluindo um Oscar, um BAFTA, um Globo de Ouro, um Critics’ Choice, um SAG e dois Grammys.
“CHROMATICA II + 911”, Chromatica
Estendendo suas referências a Daft Punk e a Giorgio Moroder, a combinação etérea de “Chromatica II” e “911” não pode ser desassociada em nenhum momento. A cinemática apresentação do interlúdio é apenas pretexto para a explosão robótica do hino EDM, com toda a construção upbeat corroborando para as mensagens de saúde mental e para a conciliação de Gaga com seus demônios interiores.
“LOVE FOR SALE”, Love For Sale (com Tony Bennett)
Oito anos depois de terem se reunido pela primeira vez, Gaga e Bennett juntaram forças para mais um álbum colaborativo, ‘Love For Sale’, que foi bastante elogiado pela crítica internacional e resgatou o jazz com força exímia. A faixa-titular, a melhor desse compilado de homenagens ao gênero, carrega as memórias de Kathryn Crawford no musical ‘The New Yorkers’ e deixa Bennett conduza a primeira metade e prepare o terreno para a fluidez de Gaga. O resultado é inenarrável e transcende os meros comentários técnicos, como o pungente solo do saxofone, pavimentando uma mandatória experiência pessoalista que nos arranca da cruel realidade e nos leva numa viagem onírica e muito especial.