Em uma entrevista reveladora à Vogue, Lady Gaga abriu seu coração sobre sua jornada artística. A cantora confessou que, no início de sua carreira, recorria a artifícios para criar uma persona pública:
“Já houve um tempo na minha carreira em que eu… Bem… eu falava com um sotaque em entrevistas ou contava mentiras, mas estava apenas atuando. Agora, é uma mistura muito mais aceitável de autenticidade e imaginação. Sinto que o mundo, muitas vezes, opera em binários: você é real ou é falso; você é autêntico ou superficial. Para mim, brinquei muito com o artifício. Eu era fascinada por artifício, verdadeiramente fascinada por ele como uma ferramenta artística. E ainda sou”, declarou.
Com o passar dos anos, Gaga percebeu a importância da autenticidade e passou a valorizar sua própria identidade.
“Mas agora meu relacionamento comigo mesma como artista é mais empoderado: Este sou eu. Isso. Sou. Eu. É complicado demais dividir-se em duas partes e ter que ligar e desligar. É muito mais empoderador ser como, eu sou uma mulher e sou supercomplexa. Michael me disse uma vez: ‘Eu vou saber que você está realmente se sentindo bem quando souber que você tem a si mesma.’ Eu costumava sempre pensar: Mas quem vai me apoiar?! E agora eu penso: Eu estou me apoiando”, revelou.
Sobre sua interpretação de Arlequina em ‘Coringa: Delírio a Dois’, Gaga revelou que teve dificuldades em aprender a cantar como uma pessoa comum:
“Sim. Trabalhei muito nisso, tentando meio que desfazer toda a minha técnica. Quero dizer, Ally Maine em A Star Is Born é uma cantora e o filme é sobre pessoas que fazem música. Isso não é nada do que este filme é”, declarou.
A cantora revelou como se conectou com a personagem e como a experiência a ajudou a compreender melhor a si mesma.
“Harley Quinn é uma personagem que as pessoas conhecem do universo da cultura pop. Eu tive uma experiência diferente ao criá-la, especialmente minha experiência com mania e caos interior—para mim, isso cria um silêncio. Às vezes, as mulheres são rotuladas como criaturas excessivamente emocionais e, quando estamos sobrecarregadas, somos vistas como erráticas ou descontroladas. Mas eu me pergunto se, quando as coisas se tornam tão distantes da realidade, quando somos empurradas demais na vida, isso não faz com que você… fique em silêncio?”, concluiu.
Em ‘Coringa: Delírio a Dois‘, Arthur Fleck está institucionalizado em Arkham à espera do julgamento por seus crimes como Coringa. Enquanto luta com sua dupla identidade, Arthur não apenas se depara com o amor verdadeiro, como encontra a música que sempre esteve dentro dele.
O filme ganhou classificação indicativa para maiores de 18 anos devido a cenas de violência, linguagem inapropriada, nudez completa e sexo.
Essa é a mesma classificação do filme anterior, mas a sequência deve ser um pouco menos perturbadora, já que o original foi classificado para maiores por “extrema violência sangrenta”.
O filme estreia oficialmente em 04 de outubro de 2024.
O longa será um musical maníaco. A decisão de transformá-lo em um musical dividiu os fãs, mas o filme está sendo descrito como um “jukebox”.
Para quem não está familiarizado, musicais jukebox são aqueles que usam canções populares interpretadas pelos próprios atores, como vimos em ‘Mamma Mia!’ e ‘Moulin Rouge!’.
Segundo a Variety, o filme apresentará pelo menos 15 reinterpretações de músicas “muito conhecidas”, além de algumas canções originais. Uma das músicas em destaque será “That’s Entertainment”, do musical ‘The Band Wagon’ (1953).
O orçamento do filme está estimado em cerca de US$ 200 milhões, sendo um dos lançamentos mais aguardados da Warner.