quarta-feira , 25 dezembro , 2024

Lembra dele? | ‘As Aventuras de Peabody & Sherman’ completa 10 anos

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Desde Uma Cilada Para Roger Rabbit (1988), Hollywood entendeu que o cinema poderia resgatar ícones animados que estavam longe dos holofotes há algum tempo. Isso deu início a uma série de adaptações não muito bem sucedidas na década seguinte, principalmente porque apostavam em contar essas histórias por meio do live action, o que não rendeu muitos projetos memoráveis. Nos anos 2010, porém, ícones da literatura e das animações, como Snoopy e o Capitão Cueca, ganharam versões animadas nas telonas e deram um excelente retorno. Dentro dessa ‘safra’, um longa bem interessante foi feito, mas acabou sem tanta popularidade quanto os outros: As Aventuras de Peabody & Sherman.

Inspirado em um quadro dentro de As Aventuras de Alceu & Dentinho (The Rocky & Bullwinkle Show), uma animação de muito sucesso nos EUA da década de 1960, o filme acompanha o Senhor Peabody, um cachorro dotado do mais brilhante intelecto do planeta, que adotou o pequeno Sherman, um órfão humano que passou a ser educado pelo doguinho genial. Porém, quando o menino passa a frequentar a escola normal, questões fazem com que a Justiça tente proibir essa relação de pai e filho de existir.



Na animação, Peabody já era um cachorro com PhD aos três anos de idade. Após defender o pequeno Sherman de valentões na rua, ele adota o menino e pede a ajuda do presidente dos EUA para burlar a burocracia da Justiça. A graça do show é que o protagonista constrói uma máquina do tempo e viaja por diferentes épocas da história humana para ensinar o filho e conversar com ícones, rendendo algumas piadas legitimamente inteligentes.

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Quando a Dreamworks Animation deu sinal verde para o projeto, havia a expectativa de apelar para a nostalgia do público e empurrar um revival da série animada para atingir o novo público infantil. No entanto, a animação dos anos 60 não foi um fenômeno mundial, como os Looney Tunes, por exemplo. Então, a questão nostálgica não colou tanto. Ainda assim, o filme fez sucesso o bastante para conseguir emplacar a série, que foi lançada na Netflix entre 2015 e 2017.

Na aventura dos cinemas, a direção decidiu contar o início da relação entre pai e filho, dando um foco dramático à questão judicial de tentarem tirar a guarda de Sherman do Senhor Peabody. Entretanto, não é só disso que vive o filme. A maior parte da história envolve a tão famosa Máquina do Tempo. Na trama, o Sr. Peabody usava o aparato para levar o filho até as diferentes épocas para aprender in loco sobre o que estudava nos livros. Então, se a aula era sobre o Renascimento, o cachorrinho levava o filho até a Toscana para conversar com Leonardo Da Vinci.

O problema é que o menino arruma confusão nos primeiros dias de aula na escola nova e acaba confrontado pela pequena e irritante Penny, a ‘espertinha’ da sala. Diplomático, o Senhor Peabody tenta resolver essa indisposição convidando a valentona e sua família para jantarem com eles. No ‘Lar Peabody’, a menina começa a fuxicar e enche a paciência de Sherman até que ele mostre como funciona a Máquina do Tempo. Curiosa, ela decide viajar pela história e se perde no passado. Então, o Sherman pede a ajuda do pai para encontrar a moleca antes que os pais dela percebam o sumiço, dando início a uma divertida aventura pelo tempo.

É realmente uma pena que esse filme não tenha dado o retorno esperado pelo estúdio, que investiu 145 milhões de dólares no projeto e arrecadou cerca de 275 milhões de dólares nas bilheterias, porque não apenas as piadas são divertidíssimas, usando aquele humor sarcástico ao melhor estilo Shrek, mas principalmente porque os nomes envolvidos no longa são espetaculares.

A direção ficou nas mãos de Rob Minkoff, famoso por ter dirigido ‘apenas’ a animação mais celebrada da história do cinema norte-americano: O Rei Leão (1994). Além dele, o elenco apostou em dois nomes que estavam em alta em 2014, quando a série Modern Family atingiu altíssimas audiências na TV mundial. Para dar voz ao Senhor Peabody, o estúdio convidou o eterno Phil Dunphy, Ty Burrell. Já a Penny foi interpretada por Ariel Winter, a Alex Dunphy do seriado.

De qualquer forma, o filme conseguiu encantar parte do público com um visual fantástico das viagens no tempo e com um roteiro redondinho. Os personagens são carismáticos e o humor é delicioso, brincando com vários elementos históricos, criando um caminhão de piadas no confronto final.

Infelizmente, não deu tão certo assim para a bombar nas bilheterias, praticamente enterrando qualquer possibilidade de continuação nas telonas. Mas, nesta comemoração dos dez anos do filme, se você tiver a oportunidade, vale a pena rever ou assistir As Aventuras de Peabody & Sherman pela primeira vez.

As Aventuras de Peabody & Sherman está disponível para aluguel no Amazon Prime Video.

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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Desde Uma Cilada Para Roger Rabbit (1988), Hollywood entendeu que o cinema poderia resgatar ícones animados que estavam longe dos holofotes há algum tempo. Isso deu início a uma série de adaptações não muito bem sucedidas na década seguinte, principalmente porque apostavam em contar essas histórias por meio do live action, o que não rendeu muitos projetos memoráveis. Nos anos 2010, porém, ícones da literatura e das animações, como Snoopy e o Capitão Cueca, ganharam versões animadas nas telonas e deram um excelente retorno. Dentro dessa ‘safra’, um longa bem interessante foi feito, mas acabou sem tanta popularidade quanto os outros: As Aventuras de Peabody & Sherman.

Inspirado em um quadro dentro de As Aventuras de Alceu & Dentinho (The Rocky & Bullwinkle Show), uma animação de muito sucesso nos EUA da década de 1960, o filme acompanha o Senhor Peabody, um cachorro dotado do mais brilhante intelecto do planeta, que adotou o pequeno Sherman, um órfão humano que passou a ser educado pelo doguinho genial. Porém, quando o menino passa a frequentar a escola normal, questões fazem com que a Justiça tente proibir essa relação de pai e filho de existir.

Na animação, Peabody já era um cachorro com PhD aos três anos de idade. Após defender o pequeno Sherman de valentões na rua, ele adota o menino e pede a ajuda do presidente dos EUA para burlar a burocracia da Justiça. A graça do show é que o protagonista constrói uma máquina do tempo e viaja por diferentes épocas da história humana para ensinar o filho e conversar com ícones, rendendo algumas piadas legitimamente inteligentes.

Quando a Dreamworks Animation deu sinal verde para o projeto, havia a expectativa de apelar para a nostalgia do público e empurrar um revival da série animada para atingir o novo público infantil. No entanto, a animação dos anos 60 não foi um fenômeno mundial, como os Looney Tunes, por exemplo. Então, a questão nostálgica não colou tanto. Ainda assim, o filme fez sucesso o bastante para conseguir emplacar a série, que foi lançada na Netflix entre 2015 e 2017.

Na aventura dos cinemas, a direção decidiu contar o início da relação entre pai e filho, dando um foco dramático à questão judicial de tentarem tirar a guarda de Sherman do Senhor Peabody. Entretanto, não é só disso que vive o filme. A maior parte da história envolve a tão famosa Máquina do Tempo. Na trama, o Sr. Peabody usava o aparato para levar o filho até as diferentes épocas para aprender in loco sobre o que estudava nos livros. Então, se a aula era sobre o Renascimento, o cachorrinho levava o filho até a Toscana para conversar com Leonardo Da Vinci.

O problema é que o menino arruma confusão nos primeiros dias de aula na escola nova e acaba confrontado pela pequena e irritante Penny, a ‘espertinha’ da sala. Diplomático, o Senhor Peabody tenta resolver essa indisposição convidando a valentona e sua família para jantarem com eles. No ‘Lar Peabody’, a menina começa a fuxicar e enche a paciência de Sherman até que ele mostre como funciona a Máquina do Tempo. Curiosa, ela decide viajar pela história e se perde no passado. Então, o Sherman pede a ajuda do pai para encontrar a moleca antes que os pais dela percebam o sumiço, dando início a uma divertida aventura pelo tempo.

É realmente uma pena que esse filme não tenha dado o retorno esperado pelo estúdio, que investiu 145 milhões de dólares no projeto e arrecadou cerca de 275 milhões de dólares nas bilheterias, porque não apenas as piadas são divertidíssimas, usando aquele humor sarcástico ao melhor estilo Shrek, mas principalmente porque os nomes envolvidos no longa são espetaculares.

A direção ficou nas mãos de Rob Minkoff, famoso por ter dirigido ‘apenas’ a animação mais celebrada da história do cinema norte-americano: O Rei Leão (1994). Além dele, o elenco apostou em dois nomes que estavam em alta em 2014, quando a série Modern Family atingiu altíssimas audiências na TV mundial. Para dar voz ao Senhor Peabody, o estúdio convidou o eterno Phil Dunphy, Ty Burrell. Já a Penny foi interpretada por Ariel Winter, a Alex Dunphy do seriado.

De qualquer forma, o filme conseguiu encantar parte do público com um visual fantástico das viagens no tempo e com um roteiro redondinho. Os personagens são carismáticos e o humor é delicioso, brincando com vários elementos históricos, criando um caminhão de piadas no confronto final.

Infelizmente, não deu tão certo assim para a bombar nas bilheterias, praticamente enterrando qualquer possibilidade de continuação nas telonas. Mas, nesta comemoração dos dez anos do filme, se você tiver a oportunidade, vale a pena rever ou assistir As Aventuras de Peabody & Sherman pela primeira vez.

As Aventuras de Peabody & Sherman está disponível para aluguel no Amazon Prime Video.

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