quinta-feira , 21 novembro , 2024

‘Liga da Justiça de Zack Snyder’ e as Novas edições de filmes famosos

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Quem diria! Muitos não acreditavam, mas o corte do diretor Zack Snyder para Liga da Justiça finalmente está entre nós. Para quem pegou o bonde andando, após dirigir O Homem de Aço (2013) e Batman vs Superman (2016), Snyder partiu instantaneamente para a terceira parte destes filmes com Liga da Justiça, cujo lançamento estava programado para o final de 2017. O resultado tanto de crítica quanto de público de Batman vs Superman foi, digamos, um pouco desesperador para o estúdio. Assim, a primeira medida adotada foi transformar a superprodução que seria dividida em dois longas (assim como Vingadores: Guerra Infinita e Vingadores: Ultimato, da rival Marvel), em apenas um filme.

Depois disso, a tragédia atingiu, e Snyder deixou a produção para se concentrar em dar apoio à sua família após o suicídio de sua filha adolescente. Substituindo o diretor na missão de finalizar a obra então entrava Joss Whedon, justamente o cineasta responsável por levar aos cinemas os dois primeiros Vingadores. O resultado de Liga da Justiça foi uma obra de tom conflitante, que terminou agradando apenas momentaneamente – ou melhor dizendo, não desagradando. Logo, os fãs (sempre eles), levaram às redes sociais seu desejo em ver realizado o corte original planejado por Zack Snyder, alimentados pela lenha na fogueira colocada pelo próprio diretor, que instigava seus seguidores com imagens de bastidores.



O movimento foi ganhando cada vez mais proporção e os artistas envolvidos na produção também aderiram ao pedido, até se tornar a # mais compartilhada nas redes sociais para um filme não lançado. Assim, numa manobra sem precedentes, a Warner desembolsou mais US$70 milhões (além dos US$300 milhões já gastos na produção) para Snyder concluir sua visão, finalizando ou modificando efeitos, e refilmando algumas cenas. O resultado foi um filme de 4 horas de duração que tem feito os fãs morrerem de amores, arrancado elogio da imprensa, e mesmo os mais turrões reconhecerem que é uma obra superior à vista em 2017. Ou seja, um filme totalmente novo.

Nunca na história do cinema algo assim foi visto. Mas algo semelhante sempre ocorreu neste mais de um século da sétima arte. Pensando nisso, e nesta justiça que foi feita para um diretor, digamos, subestimado, resolvemos lembrar com você alguns casos de filmes que receberam edições especiais depois de seus lançamentos, adicionando e modificando o que havíamos visto e conhecíamos até então. Vamos conferir.

O Poderoso Chefão III / O Desfecho

Uma das trilogias mais famosas do cinema, senão a mais famosa (ou quem sabe a mais prestigiada), a conclusão da saga da família mafiosa Corleone demorou um tempo a sair do papel. O primeiro filme (1972) e o segundo (1974), ambos foram baseados no livro de Mario Puzo, e lançados num curto intervalo de tempo. O sucesso foi tanto que a Paramount resolveu fazer mais um, porém, não existia mais livro para basear. Assim, Puzo, ao lado do diretor Francis Ford Coppola, escreveram o roteiro da parte III, lançada em 1990. A recepção da época o elegeu como o mais irregular da trilogia. Assim, nada menos que trinta anos depois, no fim de 2020, Coppola decidiu, a pedido do estúdio, remontar o filme da maneira inicialmente planejada por ele. Esta edição foi chamada de ‘Desfecho’ (Coda).

Blade Runner – O Caçador de Androides

Um dos casos mais notórios do cinema quando falamos em edições especiais é esta ficção científica ainda muito influente, dirigida por Ridley Scott, lançada originalmente em 1982. Além desta, Blade Runner possui outra peculiaridade. O filme foi um fracasso de crítica e público em seu lançamento, vindo a ressurgir no gosto coletivo graças às vídeolocadoras, se tornando assim um dos casos mais conhecidos de filmes cult que ganharam uma legião de fãs após seu lançamento. Devido ao fracasso, o estúdio remontou o filme com uma narração em off do protagonista Harrison Ford, a fim de explicar um pouco mais ao público, e aproximar a trama ainda mais ao gênero noir detetivesco, mas um situado no futuro. Ao todo foram nada menos que 7 versões lançadas do filme: as mais famosas sendo a original, a edição norte-americana, a edição internacional, a edição do diretor e a edição final. Foi justamente o status de cult do filme ao longo de todos esses anos que gerou uma continuação tardia intitulada Blade Runner 2049 (2017).

Trilogia original Star Wars

Nem toda nova edição chega para agradar. E esse foi justamente o caso com uma das trilogias mais queridas do cinema – que fez os fãs olharem diferente para o criador de tudo, o cineasta George Lucas. Para ir aquecendo os motores e despertar falatório com a base de fãs para o lançamento de Ameaça Fantasma (1999), dois anos antes o diretor resolveu trazer o nome da marca de volta à boca do povo e dar a chance para quem não tinha idade na época, conferir as produções na telona. Essa foi a primeira oportunidade de muitos (como este que vos fala) assistirem aos primeiros blockbusters do cinema… bem, numa sala de cinema. Mas nem tudo estava como antes. Lucas não tinha a tecnologia na época, assim, numa era de efeitos plenamente digitais, o cineasta resolveu “polir” sua trilogia com efeitos modernos (para meados da década de 90). Adicionando novas cenas inclusive, tudo de “presente” para a nova geração. O problema é que ele simplesmente sumiu com as versões originais, as quais a maioria eventualmente preferiu.

E.T. – O Extraterrestre

Aprendendo com o colega acima, Steven Spielberg também resolveu relançar nos cinemas um de seus filmes mais queridos, sobre a amizade entre um menino e uma criatura boazinha vinda do espaço. Novos efeitos foram adicionados, substituindo o boneco por uma criação virtual de computador. Mas o cineasta não parou por aí, e no embalo, resolveu ouvir sua veia politicamente correta e remover digitalmente as armas dos policiais que perseguiam as crianças, substituindo-as por Walk talkies. A reação dos fãs foi: “tinha mesmo necessidade?”. Ah sim, nesta mesma pegada, esqueci de comentar acima que Lucas fez Han Solo atirar depois de seu inimigo Greedo (deixando o personagem mais coretinho), o que agradou exatamente a zero pessoas.

X-Men: Dias de um Futuro Esquecido

Quando foi anunciado, este filme do universo mutante da FOX parecia um projeto dos sonhos para os fãs. Iria juntar os novos atores de Primeira Classe (2011), com os veteranos da franquia original lá de 2000, se tornando assim um crossover dentro da própria linha narrativa. A adaptação de um dos arcos mais queridos das HQs dos personagens pedia tal grandiosidade. No entanto, o que vimos em tela ficou parecendo muito um filme picotado, com atores de peso entrando mudos e saindo calados, e outros sequer aparecendo no filme, terminando cortados na sala de edição – como foi o caso da vencedora do Oscar Anna Paquin, eliminada da versão que foi aos cinemas, puro desrespeito. Tratando de remediar um pouco o ocorrido, o estúdio lançou em home vídeo, uma edição especial do filme chamada Rogue’s Cut – Edição da Vampira (a personagem de Paquin), frisando um pouco a importância dela na história. Algo me diz que esse filme tem mais coisa a ser remontada, pena que o diretor Bryan Singer entrou numa roubada e deverá ficar um tempo sumido.

Todos os filmes de Terrence Malick

Um dos diretores mais metódicos e peculiares dos últimos, digamos, 40 anos no cinema atende pelo nome Terrence Malick. Em 2011, com quase 40 anos de carreira, o diretor tinha apenas 5 filmes dirigidos por ele no currículo, para termos uma ideia. Mas isso é só uma parte da mitologia em torno de Malick. O que chama atenção de verdade e deixa muita gente furiosa, é a forma como o cineasta monta seus filmes, modificando totalmente sua história e linha narrativa. Malick é a mais pura representação do ditado que diz que “uma obra cinematográfica ganha vida de verdade é na edição”. É de lá que o diretor consegue muitas vezes tirar um novo filme do zero, diferente daquele que gravou. Foi o que fez o vencedor do Oscar Adrien Brody perceber que não era mais o protagonista do drama de guerra Além da Linha Vermelha (1998), apenas na pré-estreia do filme, e que agora a história girava em torno de Jim Caviezel. E foi também o que fez o saudoso veterano Christopher Plummer (falecido em 5 de fevereiro deste ano) pegar o telefone e soltar os bichos com Malick, com quem gravou a versão “séria” de Pocahontas, O Novo Mundo (2005), garantindo nunca mais trabalhar com o cineasta.

The Death and Life of John F. Donovan

Enaltecido por ser uma voz representativa para a comunidade LGBTQ+, o jovem diretor Xavier Dolan ganhou status neste nicho. Alguns o consideram pretensioso para além do talento. Seja como for, sua maior audácia até o momento ocorreu neste drama que passou muito em branco em seu lançamento em 2018. O maior falatório a respeito do longa ocorreu justamente devido a seus bastidores e talvez esta tenha sido toda a jogada do cineasta. Com um elenco de peso que inclui Natalie Portman, Kit Harrington, o pequeno Jacob Tremblay e as veteranas Susan Sarandon e Kathy Bates, definitivamente um dos maiores atrativos era a presença da musa ruiva Jessica Chastain, então na crista da onda em sua popularidade. A atriz indicada ao Oscar era inclusive a mais marketeira do projeto, divulgando em suas redes sociais cada passo da produção e muitas fotos que refletiam a amizade e proximidade com Dolan. Mas aí veio o fatídico anúncio. Para “melhorar” seu filme, Dolan achou necessário cortar por completo a participação de Chastain da obra. A ruiva disse que tudo foi feito na boa e sem rancor. Mas será mesmo… ?

Rocky IV

Se essa onda de novas edições pega… bem, acho que já pegou. E o próximo a surfar nela é o astro septuagenário Sylvester Stallone que está neste momento, enquanto escrevo esta matéria, editando uma nova versão para seu clássico oitentista absoluto Rocky 4 (1985). O quarto Rocky pode não ser o melhor da franquia, mas definitivamente é o mais empolgante e o que fez mais companhia na infância a este colega que vos escreve. Hoje, algumas coisas não são vistas com bons olhos, em especial toda a parte rocambolesca com o robô falante (sim, isso mesmo) que é servente / esposa do fanfarrão Paulie (Burt Young). Se vai tirar este trecho (o que queremos muito), só o tempo dirá. Como o filme ainda não foi lançado (e estamos mais que ansiosos para a estreia), só nos resta aguardar para ver o que o garanhão italiano aprontou no filme.

Batman Eternamente

Após o sinal verde para o corte de Zack Snyder para a Liga da Justiça, imediatamente os fãs começaram um novo movimento, desta vez para ver o corte original planejado pelo diretor Joel Schumacher para Batman Eternamente (1995). Em partes uma lenda urbana, muitos afirmam que existe muito material extra que não entrou no corte final, aguardando apenas uma edição especial. Porém, aqui temos outro agravante. Schumacher nos deixou ano passado, então caso a nova versão saia realmente do papel a pedido dos fãs pela Warner, um novo artista ficará responsável pela edição, sem o comando de Schumacher acompanhando tudo.

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Depois disso, a tragédia atingiu, e Snyder deixou a produção para se concentrar em dar apoio à sua família após o suicídio de sua filha adolescente. Substituindo o diretor na missão de finalizar a obra então entrava Joss Whedon, justamente o cineasta responsável por levar aos cinemas os dois primeiros Vingadores. O resultado de Liga da Justiça foi uma obra de tom conflitante, que terminou agradando apenas momentaneamente – ou melhor dizendo, não desagradando. Logo, os fãs (sempre eles), levaram às redes sociais seu desejo em ver realizado o corte original planejado por Zack Snyder, alimentados pela lenha na fogueira colocada pelo próprio diretor, que instigava seus seguidores com imagens de bastidores.

O movimento foi ganhando cada vez mais proporção e os artistas envolvidos na produção também aderiram ao pedido, até se tornar a # mais compartilhada nas redes sociais para um filme não lançado. Assim, numa manobra sem precedentes, a Warner desembolsou mais US$70 milhões (além dos US$300 milhões já gastos na produção) para Snyder concluir sua visão, finalizando ou modificando efeitos, e refilmando algumas cenas. O resultado foi um filme de 4 horas de duração que tem feito os fãs morrerem de amores, arrancado elogio da imprensa, e mesmo os mais turrões reconhecerem que é uma obra superior à vista em 2017. Ou seja, um filme totalmente novo.

Nunca na história do cinema algo assim foi visto. Mas algo semelhante sempre ocorreu neste mais de um século da sétima arte. Pensando nisso, e nesta justiça que foi feita para um diretor, digamos, subestimado, resolvemos lembrar com você alguns casos de filmes que receberam edições especiais depois de seus lançamentos, adicionando e modificando o que havíamos visto e conhecíamos até então. Vamos conferir.

O Poderoso Chefão III / O Desfecho

Uma das trilogias mais famosas do cinema, senão a mais famosa (ou quem sabe a mais prestigiada), a conclusão da saga da família mafiosa Corleone demorou um tempo a sair do papel. O primeiro filme (1972) e o segundo (1974), ambos foram baseados no livro de Mario Puzo, e lançados num curto intervalo de tempo. O sucesso foi tanto que a Paramount resolveu fazer mais um, porém, não existia mais livro para basear. Assim, Puzo, ao lado do diretor Francis Ford Coppola, escreveram o roteiro da parte III, lançada em 1990. A recepção da época o elegeu como o mais irregular da trilogia. Assim, nada menos que trinta anos depois, no fim de 2020, Coppola decidiu, a pedido do estúdio, remontar o filme da maneira inicialmente planejada por ele. Esta edição foi chamada de ‘Desfecho’ (Coda).

Blade Runner – O Caçador de Androides

Um dos casos mais notórios do cinema quando falamos em edições especiais é esta ficção científica ainda muito influente, dirigida por Ridley Scott, lançada originalmente em 1982. Além desta, Blade Runner possui outra peculiaridade. O filme foi um fracasso de crítica e público em seu lançamento, vindo a ressurgir no gosto coletivo graças às vídeolocadoras, se tornando assim um dos casos mais conhecidos de filmes cult que ganharam uma legião de fãs após seu lançamento. Devido ao fracasso, o estúdio remontou o filme com uma narração em off do protagonista Harrison Ford, a fim de explicar um pouco mais ao público, e aproximar a trama ainda mais ao gênero noir detetivesco, mas um situado no futuro. Ao todo foram nada menos que 7 versões lançadas do filme: as mais famosas sendo a original, a edição norte-americana, a edição internacional, a edição do diretor e a edição final. Foi justamente o status de cult do filme ao longo de todos esses anos que gerou uma continuação tardia intitulada Blade Runner 2049 (2017).

Trilogia original Star Wars

Nem toda nova edição chega para agradar. E esse foi justamente o caso com uma das trilogias mais queridas do cinema – que fez os fãs olharem diferente para o criador de tudo, o cineasta George Lucas. Para ir aquecendo os motores e despertar falatório com a base de fãs para o lançamento de Ameaça Fantasma (1999), dois anos antes o diretor resolveu trazer o nome da marca de volta à boca do povo e dar a chance para quem não tinha idade na época, conferir as produções na telona. Essa foi a primeira oportunidade de muitos (como este que vos fala) assistirem aos primeiros blockbusters do cinema… bem, numa sala de cinema. Mas nem tudo estava como antes. Lucas não tinha a tecnologia na época, assim, numa era de efeitos plenamente digitais, o cineasta resolveu “polir” sua trilogia com efeitos modernos (para meados da década de 90). Adicionando novas cenas inclusive, tudo de “presente” para a nova geração. O problema é que ele simplesmente sumiu com as versões originais, as quais a maioria eventualmente preferiu.

E.T. – O Extraterrestre

Aprendendo com o colega acima, Steven Spielberg também resolveu relançar nos cinemas um de seus filmes mais queridos, sobre a amizade entre um menino e uma criatura boazinha vinda do espaço. Novos efeitos foram adicionados, substituindo o boneco por uma criação virtual de computador. Mas o cineasta não parou por aí, e no embalo, resolveu ouvir sua veia politicamente correta e remover digitalmente as armas dos policiais que perseguiam as crianças, substituindo-as por Walk talkies. A reação dos fãs foi: “tinha mesmo necessidade?”. Ah sim, nesta mesma pegada, esqueci de comentar acima que Lucas fez Han Solo atirar depois de seu inimigo Greedo (deixando o personagem mais coretinho), o que agradou exatamente a zero pessoas.

X-Men: Dias de um Futuro Esquecido

Quando foi anunciado, este filme do universo mutante da FOX parecia um projeto dos sonhos para os fãs. Iria juntar os novos atores de Primeira Classe (2011), com os veteranos da franquia original lá de 2000, se tornando assim um crossover dentro da própria linha narrativa. A adaptação de um dos arcos mais queridos das HQs dos personagens pedia tal grandiosidade. No entanto, o que vimos em tela ficou parecendo muito um filme picotado, com atores de peso entrando mudos e saindo calados, e outros sequer aparecendo no filme, terminando cortados na sala de edição – como foi o caso da vencedora do Oscar Anna Paquin, eliminada da versão que foi aos cinemas, puro desrespeito. Tratando de remediar um pouco o ocorrido, o estúdio lançou em home vídeo, uma edição especial do filme chamada Rogue’s Cut – Edição da Vampira (a personagem de Paquin), frisando um pouco a importância dela na história. Algo me diz que esse filme tem mais coisa a ser remontada, pena que o diretor Bryan Singer entrou numa roubada e deverá ficar um tempo sumido.

Todos os filmes de Terrence Malick

Um dos diretores mais metódicos e peculiares dos últimos, digamos, 40 anos no cinema atende pelo nome Terrence Malick. Em 2011, com quase 40 anos de carreira, o diretor tinha apenas 5 filmes dirigidos por ele no currículo, para termos uma ideia. Mas isso é só uma parte da mitologia em torno de Malick. O que chama atenção de verdade e deixa muita gente furiosa, é a forma como o cineasta monta seus filmes, modificando totalmente sua história e linha narrativa. Malick é a mais pura representação do ditado que diz que “uma obra cinematográfica ganha vida de verdade é na edição”. É de lá que o diretor consegue muitas vezes tirar um novo filme do zero, diferente daquele que gravou. Foi o que fez o vencedor do Oscar Adrien Brody perceber que não era mais o protagonista do drama de guerra Além da Linha Vermelha (1998), apenas na pré-estreia do filme, e que agora a história girava em torno de Jim Caviezel. E foi também o que fez o saudoso veterano Christopher Plummer (falecido em 5 de fevereiro deste ano) pegar o telefone e soltar os bichos com Malick, com quem gravou a versão “séria” de Pocahontas, O Novo Mundo (2005), garantindo nunca mais trabalhar com o cineasta.

The Death and Life of John F. Donovan

Enaltecido por ser uma voz representativa para a comunidade LGBTQ+, o jovem diretor Xavier Dolan ganhou status neste nicho. Alguns o consideram pretensioso para além do talento. Seja como for, sua maior audácia até o momento ocorreu neste drama que passou muito em branco em seu lançamento em 2018. O maior falatório a respeito do longa ocorreu justamente devido a seus bastidores e talvez esta tenha sido toda a jogada do cineasta. Com um elenco de peso que inclui Natalie Portman, Kit Harrington, o pequeno Jacob Tremblay e as veteranas Susan Sarandon e Kathy Bates, definitivamente um dos maiores atrativos era a presença da musa ruiva Jessica Chastain, então na crista da onda em sua popularidade. A atriz indicada ao Oscar era inclusive a mais marketeira do projeto, divulgando em suas redes sociais cada passo da produção e muitas fotos que refletiam a amizade e proximidade com Dolan. Mas aí veio o fatídico anúncio. Para “melhorar” seu filme, Dolan achou necessário cortar por completo a participação de Chastain da obra. A ruiva disse que tudo foi feito na boa e sem rancor. Mas será mesmo… ?

Rocky IV

Se essa onda de novas edições pega… bem, acho que já pegou. E o próximo a surfar nela é o astro septuagenário Sylvester Stallone que está neste momento, enquanto escrevo esta matéria, editando uma nova versão para seu clássico oitentista absoluto Rocky 4 (1985). O quarto Rocky pode não ser o melhor da franquia, mas definitivamente é o mais empolgante e o que fez mais companhia na infância a este colega que vos escreve. Hoje, algumas coisas não são vistas com bons olhos, em especial toda a parte rocambolesca com o robô falante (sim, isso mesmo) que é servente / esposa do fanfarrão Paulie (Burt Young). Se vai tirar este trecho (o que queremos muito), só o tempo dirá. Como o filme ainda não foi lançado (e estamos mais que ansiosos para a estreia), só nos resta aguardar para ver o que o garanhão italiano aprontou no filme.

Batman Eternamente

Após o sinal verde para o corte de Zack Snyder para a Liga da Justiça, imediatamente os fãs começaram um novo movimento, desta vez para ver o corte original planejado pelo diretor Joel Schumacher para Batman Eternamente (1995). Em partes uma lenda urbana, muitos afirmam que existe muito material extra que não entrou no corte final, aguardando apenas uma edição especial. Porém, aqui temos outro agravante. Schumacher nos deixou ano passado, então caso a nova versão saia realmente do papel a pedido dos fãs pela Warner, um novo artista ficará responsável pela edição, sem o comando de Schumacher acompanhando tudo.

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