Além de ser uma conhecida atriz, Lindsay Lohan também fez suas investidas no circuito musical.
Em meados dos anos 2000, Lohan faria seu début oficial na indústria fonográfica com o lançamento de ‘Speak’, seu primeiro álbum de estúdio; em 2005, lançaria seu último compilado de originais, ‘A Little More Personal (Raw)’, ainda que tivesse feito um breve retorno em 2020 com o lançamento do single solto “Back To Me”, indicando que poderia voltar para a música – mas, desde então, sem muitas atualizações.
No dia de hoje, 02 de julho de 2023, Lohan completa 37 anos de vida, e para dar continuidade às nossas matérias especiais sobre a artista, elencamos cinco canções para conhecer a carreira musical de Lohan.
Confira abaixo e conte para nós qual a sua faixa favorita:
“RUMORS” (2004)
Assim como inúmeras outras artistas femininas, Lohan também foi alvo de assédios por parte de paparazzi, tabloides de imprensa e invasões de privacidade que, pouco ao pouco, começaram a afetar sua saúde mental. E foi a partir daí que surgiu “Rumors”, lead single de seu álbum de estreia.
A exuberante e apaixonada track dance-pop é uma das grandes representantes de sua carreira e considerado por vários especialistas musicais (incluindo este que vos escreve) como a melhor música de Lohan. Aqui, ela se dirige especificamente aos paparazzi que a impedem de fazer o que quer sem ser julgada – e como o trabalho depreciativo desses fotógrafos é recebido pelos outros. E, quase vinte anos depois de seu lançamento oficial, a canção finalmente tem o reconhecimento que merecia.
“OVER” (2004)
Quando adolescentes, as angústias que enfrentamos são inúmeras – incluindo um amor que, por alguma razão, não consegue se concretizar. E essa é a premissa de que Lohan se vale para a ótima “Over”, segundo single oficial de ‘Speak’.
Em uma clássica histórias shakespeariana, a faixa discorre sobre a frustração que Lohan sente ao perceber que o namorado não se compromete com o próprio relacionamento – levando-a a duvidar do que, de fato, a espera no futuro. E, seguindo os passos de artistas como Avril Lavigne e Gwen Stefani, Lohan mergulha de cabeça em uma semi-balada pop-rock muito bem escrita e arquitetada.
“CONFESSIONS OF A BROKEN HEART (DAUGHTER TO FATHER)” (2005)
“Confessions of a Broken Heart (Daughter to Father)” é uma das músicas mais pessoais da breve carreira de Lohan e foi escrita como um desabafo declamatório ao próprio pai, que quase morreu em um acidente causado em que estava sob o efeito de álcool.
A semi-balada pop-rock traz lembranças nostálgicas dos anos 2000, em que artistas teen apostavam fichas em construções menos mercadológicas e mais íntimas, como forma de demonstrarem um lado mais humanizado, acessível e dialógico com os fãs. Nesse tocante, a faixa acerta em cheio – principalmente com a angustiante narrativa de abandono e falta de afeto assinada pela própria Lohan.
“BOSSY” (2008)
Em 2008, a música pop passava por um retorno ao dance, dando início a uma redescoberta vibrante do gênero – e tivemos como algumas representantes desse movimento espetacular nomes como Madonna, Lady Gaga e Beyoncé – e é claro que Lohan também não ficaria de fora dessa estética.
Três anos depois do último single do álbum ‘A Little More Personal (Raw)’, a artista deu a entender que faria seu aguardado retorno ao mundo da música e nos presenteou com a subestimada canção “Bossy” – uma explosiva e impactante mistura de pop, EDM e dance-pop contagiante que entregou exatamente o que prometia. Ainda que sem o brilho de suas músicas anteriores, o resultado é bem positivo e, anos depois, envelheceu como vinho.
“BACK TO ME” (2020)
Doze anos desde sua última incursão musical, Lohan fez seu comeback com o lançamento surpresa de “Back To Me”, uma canção coming-of-age que segue de perto a divulgação de músicas nostálgicas e que nos levam direto para as últimas décadas do século passado.
Logo de cara, a artista nos apresenta a um escopo bem demarcado, ganhando força através de um minimalista electro-pop que vai ganhando força a cada estrofe. Lohan abandona o moralista e formulaico crescendo das faixas de que pega referências, querendo mostrar que voltou com força e que veio para ficar (mais uma vez): de um lado, o respaldo nos anos 1990 tem expressiva presença na composição instrumental; de outro, temos uma identidade interessante com terreno explorável que já pode nos dar algumas dicas de um possível álbum (ou ao menos um EP).