quarta-feira , 20 novembro , 2024

Luca Guadagnino revela SEGREDOS dos bastidores de ‘Rivais’, seu novo filme [COLETIVA]

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Luca Guadagnino é um dos diretores mais aclamados da atualidade e, depois de ter conquistado inúmeros elogios por seu trabalho em Me Chame Pelo Seu NomeAté Os Ossos, está de volta ao circuito do entretenimento com a aguardada dramédia romântica esportiva Rivais.

A produção, estrelada por ZendayaJosh O’ConnorMike Faist, acompanha Tashi Duncan, atleta prodígio do tênis que se tornou treinadora, uma força da natureza que não pede desculpas por seu jogo dentro e fora da quadra. Casada com um campeão que tem acumulado apenas derrotas nos últimos jogos, a estratégia de Tashi para a redenção de seu marido toma um rumo surpreendente quando ele deve enfrentar o fracassado Patrick nas quadras. Patrick foi o melhor amigo de seu marido, e é ex-namorado de Tashi. Quando o passado e o presente entram em colisão, e as tensões aumentam, ela deve se perguntar qual será o custo dessa vitória.



Já aclamado pelos críticos e com sólidas projeções de abertura nos cinemas mundiais, o longa deve fazer um grande impacto no circuito fílmico nesse segundo semestre de 2024 – e, com certeza, deve angariar algumas indicações na próxima temporada de premiações.

Recentemente, tivemos a oportunidade de participar de uma coletiva de imprensa com o elenco e a equipe criativa do projeto, que nos revelou detalhes sobre a construção da narrativa.

Durante a conversa, o roteirista Justin Kuritzkes contou que não tinha muito conhecimento sobre o esporte retratado na produção, mas que se interessou após assistir a uma partida entre as famosas jogadoras Serena WilliamsNaomi Osaka, utilizando a situação que se desenrolou para construir um dos clímaces do filme.

“Aconteceu de eu ligar o US Open e era a final entre Serena Williams e Naomi Osaka. E houve uma ligação muito polêmica do árbitro, onde ele acusou Serena Williams de receber treinamento nos bastidores. Eu nunca tinha ouvido falar dessa regra, mas Serena estava dizendo: ‘Isso não aconteceu. Eu nunca faria isso'”, ele conta.

Kurtizkes continua: “imediatamente, isso me pareceu uma situação intensamente cinematográfica em que você está sozinho do seu lado da quadra e há outra pessoa neste enorme estádio de tênis que se preocupa tanto com o que acontece quanto você, mas você não pode falar com eles. Por alguma razão, simplesmente me ocorreu: e se você realmente precisasse conversar sobre algo, e se fosse algo além do tênis? E se fosse algo que estivesse acontecendo entre vocês dois e envolvesse a pessoa do outro lado da rede? Como você teria essa conversa e como poderia comunicar a tensão dessa situação usando as ferramentas específicas do filme? Então, sim, foi aí que tudo começou para mim”.

No projeto, Guadagnino e a produtora Amy Pascal uniram forças para para trazer a ideia à vida – e o cineasta revelou que, apesar de sempre ter desejado trabalhar com Pascal, teve de ser convencido a ler o roteiro.

Ele disse:

“Amy e eu estamos ‘nos namorando’ há muitos anos. Existe uma espécie de história de amor tácita entre nós dois! Mas quando Amy me enviou o roteiro, eu estava trabalhando em outra coisa, e ela me ligava a cada meia hora para perguntar se eu estava lendo ou não. Eventualmente, tive que lê-lo enquanto trabalhava. O roteiro era fantástico. Os personagens eram incríveis. A estrutura era tão cinematográfica que, de imediato, senti instintivamente que a companhia de Amy, a companhia de Zendaya e a companhia de Justin, o esforço artístico que todos poderíamos reunir nisso seria fantástico. Então, creio que disse que entraria imediatamente”.

Quanto à questão da intimidade do trio de protagonistas, Pascal revelou que não havia ninguém melhor que Guadagnino para tratar a temática amorosa e sexual de forma saudável e sem puritanismos desnecessários: “é muito raro que os filmes comerciais sejam sobre relacionamentos adultos e sexo. Eu estava farto disso, então pensei que já era hora de as pessoas se beijarem nos filmes e muito mais, e não havia melhor diretor para dar vida a isso do que Luca”.

O diretor também aproveitou para explorar de que forma abordou a narrativa sem se render aos clichês de gênero e de modo a aproveitar o drama e a ação para engendrar um espetáculo angustiante – incluindo a potente cena de encerramento.

“Ensaiamos a parte dramática do filme por muitos, muitos, muitos dias. Aí estávamos na quadra todos os dias, algumas horas observando os pontos, entendendo como aquela ação esportiva deveria refletir a dinâmica entre os personagens”, ele contou. “Entendemos que a sequência final, o momento final, tinha que ser basicamente uma sequência silenciosa ou sem diálogo, que ficaria muito claro para todos na plateia, para entender a escalada emocional que deveria ser construída ali. Demorou muito na concepção, planejamento e filmagem. Acho que aquela sequência, os últimos dez minutos, levamos oito dias para filmar, mais ou menos – o que é incrível”.

Lembrando que o filme será lançado nos cinemas nacionais amanhã, dia 25 de abril.

Confira nossa crítica e siga o CinePOP no Youtube:

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Crítica | Zendaya trilha caminho para o Oscar na IMPECÁVEL dramédia esportiva ‘Rivais’

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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A produção, estrelada por ZendayaJosh O’ConnorMike Faist, acompanha Tashi Duncan, atleta prodígio do tênis que se tornou treinadora, uma força da natureza que não pede desculpas por seu jogo dentro e fora da quadra. Casada com um campeão que tem acumulado apenas derrotas nos últimos jogos, a estratégia de Tashi para a redenção de seu marido toma um rumo surpreendente quando ele deve enfrentar o fracassado Patrick nas quadras. Patrick foi o melhor amigo de seu marido, e é ex-namorado de Tashi. Quando o passado e o presente entram em colisão, e as tensões aumentam, ela deve se perguntar qual será o custo dessa vitória.

Já aclamado pelos críticos e com sólidas projeções de abertura nos cinemas mundiais, o longa deve fazer um grande impacto no circuito fílmico nesse segundo semestre de 2024 – e, com certeza, deve angariar algumas indicações na próxima temporada de premiações.

Recentemente, tivemos a oportunidade de participar de uma coletiva de imprensa com o elenco e a equipe criativa do projeto, que nos revelou detalhes sobre a construção da narrativa.

Durante a conversa, o roteirista Justin Kuritzkes contou que não tinha muito conhecimento sobre o esporte retratado na produção, mas que se interessou após assistir a uma partida entre as famosas jogadoras Serena WilliamsNaomi Osaka, utilizando a situação que se desenrolou para construir um dos clímaces do filme.

“Aconteceu de eu ligar o US Open e era a final entre Serena Williams e Naomi Osaka. E houve uma ligação muito polêmica do árbitro, onde ele acusou Serena Williams de receber treinamento nos bastidores. Eu nunca tinha ouvido falar dessa regra, mas Serena estava dizendo: ‘Isso não aconteceu. Eu nunca faria isso'”, ele conta.

Kurtizkes continua: “imediatamente, isso me pareceu uma situação intensamente cinematográfica em que você está sozinho do seu lado da quadra e há outra pessoa neste enorme estádio de tênis que se preocupa tanto com o que acontece quanto você, mas você não pode falar com eles. Por alguma razão, simplesmente me ocorreu: e se você realmente precisasse conversar sobre algo, e se fosse algo além do tênis? E se fosse algo que estivesse acontecendo entre vocês dois e envolvesse a pessoa do outro lado da rede? Como você teria essa conversa e como poderia comunicar a tensão dessa situação usando as ferramentas específicas do filme? Então, sim, foi aí que tudo começou para mim”.

No projeto, Guadagnino e a produtora Amy Pascal uniram forças para para trazer a ideia à vida – e o cineasta revelou que, apesar de sempre ter desejado trabalhar com Pascal, teve de ser convencido a ler o roteiro.

Ele disse:

“Amy e eu estamos ‘nos namorando’ há muitos anos. Existe uma espécie de história de amor tácita entre nós dois! Mas quando Amy me enviou o roteiro, eu estava trabalhando em outra coisa, e ela me ligava a cada meia hora para perguntar se eu estava lendo ou não. Eventualmente, tive que lê-lo enquanto trabalhava. O roteiro era fantástico. Os personagens eram incríveis. A estrutura era tão cinematográfica que, de imediato, senti instintivamente que a companhia de Amy, a companhia de Zendaya e a companhia de Justin, o esforço artístico que todos poderíamos reunir nisso seria fantástico. Então, creio que disse que entraria imediatamente”.

Quanto à questão da intimidade do trio de protagonistas, Pascal revelou que não havia ninguém melhor que Guadagnino para tratar a temática amorosa e sexual de forma saudável e sem puritanismos desnecessários: “é muito raro que os filmes comerciais sejam sobre relacionamentos adultos e sexo. Eu estava farto disso, então pensei que já era hora de as pessoas se beijarem nos filmes e muito mais, e não havia melhor diretor para dar vida a isso do que Luca”.

O diretor também aproveitou para explorar de que forma abordou a narrativa sem se render aos clichês de gênero e de modo a aproveitar o drama e a ação para engendrar um espetáculo angustiante – incluindo a potente cena de encerramento.

“Ensaiamos a parte dramática do filme por muitos, muitos, muitos dias. Aí estávamos na quadra todos os dias, algumas horas observando os pontos, entendendo como aquela ação esportiva deveria refletir a dinâmica entre os personagens”, ele contou. “Entendemos que a sequência final, o momento final, tinha que ser basicamente uma sequência silenciosa ou sem diálogo, que ficaria muito claro para todos na plateia, para entender a escalada emocional que deveria ser construída ali. Demorou muito na concepção, planejamento e filmagem. Acho que aquela sequência, os últimos dez minutos, levamos oito dias para filmar, mais ou menos – o que é incrível”.

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