No próximo dia 17 de agosto, a Netflix lançará mais um documentário original – dessa vez, focando no trágico assassinato da jovem Isabella Nardoni, de apenas cinco anos, pelas mãos do pai e da madrasta.
Entretanto, boa parte das pessoas vem demonstrando oposição quanto ao novo projeto da plataforma de streaming (intitulado ‘Isabella: O Caso Nardoni’) incluindo a mãe biológica da vítima, Ana Carolina Oliveira.
Em entrevista ao UOL, Ana revelou que, a princípio, encarou a produção como uma boa ideia, mas logo se recusou a participar das entrevistas em virtude de seus filhos Miguel e Maria Fernanda.
“Quando o [codiretor] Claudio Manoel me procurou para conversar, achei uma boa ideia inicialmente, no sentido de que é a história da minha vida, uma história que marcou e ajudou muitas pessoas”, ela contou. “Apesar de 15 anos terem se passado, casos de violência contra crianças ainda acontecem. Então, vi uma oportunidade de contar essa história para que a minha filha não fosse nunca esquecida”.
Ana continua: “mas depois liguei para o Claudio e disse que achava [o projeto] muito delicado, que ia mexer com feridas, porque envolve meus filhos. Tenho um filho de 7 anos que sabe que tem uma irmã mais velha, mas não sabe a realidade dos fatos. Aí, eu desisti, mas depois voltei atrás. O meu propósito em aceitar fazer parte desse projeto foi que essa história e tantas outras que não foram contadas não sejam esquecidas”.
Micael Langer também comanda o documentário.
Em 2008, o assassinato de Isabella Nardoni parou o Brasil. A menina de 5 anos de idade foi atirada pela janela do apartamento de seu pai e da madrasta, em São Paulo. Entre o crime e a condenação há detalhes pouco conhecidos. Conheça a história, pela primeira vez, através do olhar da mãe de Isabella, Ana Carolina Oliveira, e de seus avós, além das versões divergentes entre advogados de defesa, jornalistas e perícia sobre o crime que comoveu o país.