quarta-feira , 18 dezembro , 2024

Maior rede de cinemas do mundo não exibirá mais os filmes da Universal Pictures

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A maior rede de cinemas do mundo, a AMC Theaters, não mais exibirá os filmes da Universal Pictures nas telonas.

O anúncio foi feito pelo presidente da AMC Entertainment, Adam Aron, por meio de um comunicado oficial.



Isso significa que as franquias ‘Velozes e Furiosos‘, ‘Jurassic World‘ e ‘Meu Malvado Favorito‘ não ficarão mais em exibição nas unidades da empresa.

A famosa cadeia de cinemas está presente em boa parte do mundo, sendo a maior rede dos Estados Unidos e da Europa, com aproximadamente 1.000 unidades presentes ao redor do globo, além de cerca de 11 mil telonas espalhadas em todas as suas localidades.

E em seu comunicado oficial, o presidente da AMC Theaters refletiu sobre o delicado momento que a indústria cinematográfica está enfrentando, em virtude do coronavírus, responsabilizando a Universal Pictures por quebrar uma extensa parceria econômica.

Segundo o CEO, a decisão da Universal em optar por lançamentos simultâneos de seus filmes, tanto nos cinemas, como em PVOD (premium video on demand – serviço de vídeo premium por demanda), torna a relação entre ambas as partes insustentável e totalmente prejudicial para o sustento das unidades de cinemas.

O presidente da AMC Theaters reitera que a decisão é unilateral e implica no sustento financeiro das redes de cinema, prejudicando sua lucratividade e inviabilizando seu trabalho.

Confira o comunicado:

“Neste momento de emergência nacional e com o coronavírus causando estragos em todo o mundo, espero que você e seus entes queridos estejam saudáveis ​​e seguros. Me preocupo – e desejo o melhor para – a saúde de todos os nossos colegas do setor. Nunca em nossas vidas houve um tempo tão desafiador como este.

Em meio a uma pandemia global como pano de fundo, eu gostaria que fôssemos poupados de também ter que abordar uma questão diferente, que surge das atuais ações da Universal.

Por 100 anos, a AMC Theatres serviu como uma plataforma de distribuição estrategicamente crítica e altamente lucrativa para os cineastas e durante todo esse tempo a exclusividade do lançamento teatral foi fundamental. Quando um filme está “somente nos cinemas”, os consumidores percebem que é um entretenimento de qualidade superior. Inúmeros cineastas e espectadores acreditam que seus trabalhos criativos são mais apreciados pelos consumidores nas telonas. E todos sabemos que esses lançamentos teatrais de fato aumentam a publicidade, propaganda boca-a-boca positiva, elogios da crítica e receitas posteriores.

Nos últimos quatro anos e meio, estive em diálogo direto com Jeff Shell e Peter Levinsohn, da Universal, sobre a importância de uma robusta janela teatral para a viabilidade da indústria de exibição de filmes. Durante esse período, a AMC manifestou vontade de considerar alternativas à atual estratégia de janelas comum em nosso setor, onde o objetivo de tais alternativas é melhorar a lucratividade do estúdio e a rentabilidade do operador dos cinemas.

A Universal afirmou que só buscava um lançamento de entretenimento direto para casa para o “Trolls 2″ porque os cinemas estavam fechados e a Universal estava comprometida com um lucrativo acordo de licenciamento de brinquedos. Tínhamos nossas dúvidas de que essas eram as motivações da Universal, pois havia um antigo desejo da Universal operar no formato de entretenimento domiciliar. No entanto, aceitamos essa ação como uma exceção às nossas práticas comerciais de longa data nesses tempos sem precedentes.

Na edição do Wall Street Journal de hoje, Jeff Shell é citado dizendo que:

‘Os resultados do ‘Trolls 2′ excederam nossas expectativas e demonstraram a viabilidade do PVOD’ (Premium Video On Demand – serviço de vídeo premium sob demanda), disse Shell. ‘Assim que os cinemas reabrirem, esperamos lançar filmes nos dois formatos’.

Essa mudança radical da Universal no modelo de negócios que existe atualmente entre nossas duas empresas representa apenas uma desvantagem para nós e é categoricamente inaceitável para a AMC Entertainment, que possui a maior coleção de unidades de cinemas do mundo.

No futuro, a AMC não licenciará filmes da Universal em nenhum de nossos 1.000 cinemas globalmente, sob esses termos.

Portanto, queremos ser absolutamente claros, para que não haja ambiguidade de qualquer tipo. A AMC acredita que, com essa ação proposta para ir ao lar e aos cinemas simultaneamente, a Universal está quebrando o modelo de negócios e as negociações entre nossas duas empresas. Eles pressupõem que aceitaremos humildemente uma visão reformulada de como os estúdios e expositores devem interagir, sem a preocupação da parte da Universal sobre como suas ações nos afetam. Também presumem que a Universal pode de fato manipular toda a situação, que os filmes da Universal podem ser lançados em casa e nos cinemas ao mesmo tempo, sem a modificação nos acordos econômicos atuais entre nós.

É decepcionante para nós, mas os comentários de Jeff sobre as ações e intenções unilaterais da Universal não nos deixaram escolha. Portanto, efetivamente, imediatamente, a AMC não exibirá mais filmes da Universal em nenhum de nossos cinemas nos Estados Unidos, Europa ou Oriente Médio. Essa política afeta todo e qualquer filme da Universal em si, entra em vigor hoje e quando nossos cinemas reabrirem, e não é uma ameaça oca ou mal considerada. Aliás, essa política não se destina apenas à Universal por motivo de punição, mas também se estende a qualquer produtora de filmes que abandone unilateralmente as atuais práticas de janelas, sem negociações de boa fé entre nós, para que ambos, elas como distribuidoras e nós como expositores, possamos nos beneficiar mutualmente e para que nenhuma das partes venha a sofrer com essas mudanças. Atualmente, com o comentário feito à imprensa hoje, a Universal é o único estúdio contemplando uma mudança geral no status quo. O que justifica essa comunicação imediata em resposta.

A AMC investiu tempo e energia significativos com os executivos da Universal nos últimos anos, tentando descobrir um novo modelo de janelas que seria benéfico tanto para o seu estúdio quanto para nossas operações de cinema. Embora os pronunciamentos unilaterais da Universal sobre esse assunto sejam desagradáveis ​​para nós, como sempre foi o caso, a AMC está disposta a sentar-se com a Universal para discutir diferentes estratégias e diferentes modelos econômicos entre sua empresa e a nossa. No entanto, na ausência de tais discussões e em uma conclusão aceitável, nossas décadas de incrivelmente bem-sucedidas atividades comerciais juntas acabaram tristemente”.

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A maior rede de cinemas do mundo, a AMC Theaters, não mais exibirá os filmes da Universal Pictures nas telonas.

O anúncio foi feito pelo presidente da AMC Entertainment, Adam Aron, por meio de um comunicado oficial.

Isso significa que as franquias ‘Velozes e Furiosos‘, ‘Jurassic World‘ e ‘Meu Malvado Favorito‘ não ficarão mais em exibição nas unidades da empresa.

A famosa cadeia de cinemas está presente em boa parte do mundo, sendo a maior rede dos Estados Unidos e da Europa, com aproximadamente 1.000 unidades presentes ao redor do globo, além de cerca de 11 mil telonas espalhadas em todas as suas localidades.

E em seu comunicado oficial, o presidente da AMC Theaters refletiu sobre o delicado momento que a indústria cinematográfica está enfrentando, em virtude do coronavírus, responsabilizando a Universal Pictures por quebrar uma extensa parceria econômica.

Segundo o CEO, a decisão da Universal em optar por lançamentos simultâneos de seus filmes, tanto nos cinemas, como em PVOD (premium video on demand – serviço de vídeo premium por demanda), torna a relação entre ambas as partes insustentável e totalmente prejudicial para o sustento das unidades de cinemas.

O presidente da AMC Theaters reitera que a decisão é unilateral e implica no sustento financeiro das redes de cinema, prejudicando sua lucratividade e inviabilizando seu trabalho.

Confira o comunicado:

“Neste momento de emergência nacional e com o coronavírus causando estragos em todo o mundo, espero que você e seus entes queridos estejam saudáveis ​​e seguros. Me preocupo – e desejo o melhor para – a saúde de todos os nossos colegas do setor. Nunca em nossas vidas houve um tempo tão desafiador como este.

Em meio a uma pandemia global como pano de fundo, eu gostaria que fôssemos poupados de também ter que abordar uma questão diferente, que surge das atuais ações da Universal.

Por 100 anos, a AMC Theatres serviu como uma plataforma de distribuição estrategicamente crítica e altamente lucrativa para os cineastas e durante todo esse tempo a exclusividade do lançamento teatral foi fundamental. Quando um filme está “somente nos cinemas”, os consumidores percebem que é um entretenimento de qualidade superior. Inúmeros cineastas e espectadores acreditam que seus trabalhos criativos são mais apreciados pelos consumidores nas telonas. E todos sabemos que esses lançamentos teatrais de fato aumentam a publicidade, propaganda boca-a-boca positiva, elogios da crítica e receitas posteriores.

Nos últimos quatro anos e meio, estive em diálogo direto com Jeff Shell e Peter Levinsohn, da Universal, sobre a importância de uma robusta janela teatral para a viabilidade da indústria de exibição de filmes. Durante esse período, a AMC manifestou vontade de considerar alternativas à atual estratégia de janelas comum em nosso setor, onde o objetivo de tais alternativas é melhorar a lucratividade do estúdio e a rentabilidade do operador dos cinemas.

A Universal afirmou que só buscava um lançamento de entretenimento direto para casa para o “Trolls 2″ porque os cinemas estavam fechados e a Universal estava comprometida com um lucrativo acordo de licenciamento de brinquedos. Tínhamos nossas dúvidas de que essas eram as motivações da Universal, pois havia um antigo desejo da Universal operar no formato de entretenimento domiciliar. No entanto, aceitamos essa ação como uma exceção às nossas práticas comerciais de longa data nesses tempos sem precedentes.

Na edição do Wall Street Journal de hoje, Jeff Shell é citado dizendo que:

‘Os resultados do ‘Trolls 2′ excederam nossas expectativas e demonstraram a viabilidade do PVOD’ (Premium Video On Demand – serviço de vídeo premium sob demanda), disse Shell. ‘Assim que os cinemas reabrirem, esperamos lançar filmes nos dois formatos’.

Essa mudança radical da Universal no modelo de negócios que existe atualmente entre nossas duas empresas representa apenas uma desvantagem para nós e é categoricamente inaceitável para a AMC Entertainment, que possui a maior coleção de unidades de cinemas do mundo.

No futuro, a AMC não licenciará filmes da Universal em nenhum de nossos 1.000 cinemas globalmente, sob esses termos.

Portanto, queremos ser absolutamente claros, para que não haja ambiguidade de qualquer tipo. A AMC acredita que, com essa ação proposta para ir ao lar e aos cinemas simultaneamente, a Universal está quebrando o modelo de negócios e as negociações entre nossas duas empresas. Eles pressupõem que aceitaremos humildemente uma visão reformulada de como os estúdios e expositores devem interagir, sem a preocupação da parte da Universal sobre como suas ações nos afetam. Também presumem que a Universal pode de fato manipular toda a situação, que os filmes da Universal podem ser lançados em casa e nos cinemas ao mesmo tempo, sem a modificação nos acordos econômicos atuais entre nós.

É decepcionante para nós, mas os comentários de Jeff sobre as ações e intenções unilaterais da Universal não nos deixaram escolha. Portanto, efetivamente, imediatamente, a AMC não exibirá mais filmes da Universal em nenhum de nossos cinemas nos Estados Unidos, Europa ou Oriente Médio. Essa política afeta todo e qualquer filme da Universal em si, entra em vigor hoje e quando nossos cinemas reabrirem, e não é uma ameaça oca ou mal considerada. Aliás, essa política não se destina apenas à Universal por motivo de punição, mas também se estende a qualquer produtora de filmes que abandone unilateralmente as atuais práticas de janelas, sem negociações de boa fé entre nós, para que ambos, elas como distribuidoras e nós como expositores, possamos nos beneficiar mutualmente e para que nenhuma das partes venha a sofrer com essas mudanças. Atualmente, com o comentário feito à imprensa hoje, a Universal é o único estúdio contemplando uma mudança geral no status quo. O que justifica essa comunicação imediata em resposta.

A AMC investiu tempo e energia significativos com os executivos da Universal nos últimos anos, tentando descobrir um novo modelo de janelas que seria benéfico tanto para o seu estúdio quanto para nossas operações de cinema. Embora os pronunciamentos unilaterais da Universal sobre esse assunto sejam desagradáveis ​​para nós, como sempre foi o caso, a AMC está disposta a sentar-se com a Universal para discutir diferentes estratégias e diferentes modelos econômicos entre sua empresa e a nossa. No entanto, na ausência de tais discussões e em uma conclusão aceitável, nossas décadas de incrivelmente bem-sucedidas atividades comerciais juntas acabaram tristemente”.

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