‘Máquinas Mortais‘ (Mortal Engines), fantasia produzida por Peter Jackson, foi detonado pelos críticos norte-americanos e já pode ser considerado um dos maiores fracassos comerciais de 2018.
Com apenas 27% de aprovação no Rotten Tomatoes, o consenso geral é que os efeitos visuais são incríveis, mas a narrativa rasa falha em capturar a atenção do espectador.
O filme que custou por volta de US$ 100 milhões conquistou apenas US$ 14 milhões nas bilheterias norte-americanas. Com expectativas ainda menores para o mercado exterior, a Universal pode amargar um prejuízo de até US$ 150 milhões em projeções de analistas.
Confira algumas críticas:
TheWrap:
“O filme apresenta um mundo steampunk maravilhoso. É até difícil reclamar sobre os caminhos de sua narrativa quando sua visão é contemplada por visuais extraordinários.”
USA Today:
“Infelizmente, não há muito espaço para personagens marcantes ou narrativa profunda, tornando toda a experiência vazia.”
Entertainment Weekly:
“Apesar de todo o incrível visual futurista, o filme nunca consegue te atingir e te levar para um lugar novo. É um trabalho de resgate estridente que poderia ter usado uma nova dose de óleo para fazê-lo funcionar melhor.”
IndieWire:
“Mesmo no seu pior (que geralmente é onde o filme reside), ‘Máquinas Mortais’ ainda traz uma experiência competente para os cinemas.”
The Guardian:
“Há algumas coisas interessantes em ‘Máquinas Mortais’, e as performances são boas o suficiente. Mas, apesar de todo o seu esforço, o filme não consegue ser particularmente emocionante ou engraçado, e a ideia de “cidades móveis” é algo que você precisa aceitar ou desistir.”
The Telegraph:
“O visual do filme é incrível, não há dúvidas. Mas a direção não está lá. Todas as peças se encaixam mecanicamente no lugar, mas aguarda por uma faísca de alma para fazê-las ganhar vida.”
Variety:
“O filme nunca parte para o vale-tudo, aquela energia de insanidade descontraída que fez filmes como ‘Valerian e a Cidade dos Mil Planetas’ e ‘A Viagem’ se tornarem fracassos divertidos. Esse filme está muito preso tentando ser um blockbuster para abraçar sua esquisitice, que poderia ter sido melhor desenvolvida.”
A série de romances infantis de Philip Reeve ocorre em um futuro pós-apocalíptico onde as cidades são móveis e perambulam o planeta devorando uns aos outros para obter combustível: um sistema chamado Darwinismo Municipal. A catedral de São Paulo, em Londres, é a mais forte dessas Cidades Tração, num mundo onde a “velha tecnologia” é extremamente procurada. Em uma dessas estruturas maciças móveis, Tom Natsworthy tem um encontro inesperado com uma jovem misteriosa, que vai mudar o curso de sua vida para sempre.
As filmagens foram iniciadas em março, com Jackson produzindo e também co-escrevendo o roteiro juntamente com Fran Walsh e Philippa Boyens. Christian Rivers vai dirigir a produção para a Universal Pictures.
A adaptação chega aos cinemas nacionais em 10 de Janeiro de 2019.