domingo , 22 dezembro , 2024

‘Matches’: entrevista com Juliana Silveira sobre a série de relacionamentos na era dos aplicativos

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As comédias sempre existiram e algumas delas conquistaram grandes públicos que se perpetuam até os dias de hoje. A produtora Migdal, com o roteiro escrito por Carolina Castro (As Brasileiras) e Marcelo Andrade (Meus 15 Anos), direção assinada por Calvito Leal e Eduardo Vaisman (Me Chama de Bruna), criou a série Matches para a Warner Channel.

A produção, que já teve suas gravações encerradas, conta a história de quatro amigos que estão em busca de novas experiências, seja no amor ou no sexo, e contam com o empurrãozinho do aplicativo de pegação Matches. Na ferramenta digital todo mundo tem vez: românticos como Lara (Juliana Silveira), tímidos como Ricardo (João Baldasserini), liberais como Mila (Evelyn Castro) e malandros como Escovão (Renato Livera). De encontros fracassados a situações constrangedoras, eles se abrem para o novo e começam a colecionar histórias para contar.



O CinePOP visitou o set de filmagens, localizado em uma espécie de mansão na Barra da Tijuca, na cidade do Rio de Janeiro, onde todos os cenários foram montados, e entrevistou a atriz Juliana Silveira, que nos recebeu com muita simpatia, dentro do local onde fora montado o apartamento da sua personagem, Lara. Segue abaixo:

Karolen Passos: Como é para você viver a Lara?

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Juliana Silveira: A Lara é uma surpresa. Porque fui descobrindo aos poucos a personagem. E fiquei muito tensa no início, acho que todo começo de trabalho fico um pouco tensa para descobrir esse lugar de conforto, né? E aqui, como sabia que a gente tinha um tempo muito curto, fiquei um pouco tensa em relação a encontrar esse lugar de conforto o mais rápido possível. Ouso dizer que ele não existe ainda e que vai ser o primeiro trabalho da vida que vai terminar sem esse conforto e acredito que é muito por causa da comédia. Sou uma atriz que não estava acostumada a fazer isso. Sempre vou para o drama ou para heroína ou vilã mesmo. Lugares muito bem estabelecidos. E quando fui chamada para fazer essa, pensei “meu Deus, será que eu sei fazer isso?”. Então foi um misto de prazer e não diria tortura, mas um pouquinho. Uma torturinha. Um pouquinho. Mas uma cobrança de querer, sou muito fã da Evelyn Castro, que contracena comigo, e já conheço ela de outros trabalhos. E sei da potência dela. Não que não acredite na minha, mas não sabia que poderia fazer a comédia. Estou descobrindo um lugar, que dá para fazer, que dá para chegar lá. Então a Lara foi esse presente que assim, me apresentou esse universo novo, esse novo jeito de fazer cena, tempo diferente de fazer. Essa forma da comédia, da improvisação, de poder ficar mais livre, mexer no texto e contribuir com o texto e com a história. Lara já chegou me revirando de cabeça pra baixo. E estou terminando o processo bem feliz. De ser virada. (risos).

KP: Quem é a Lara?

JS: A Lara é uma mulher independentemente, que tem a vida bem organizada, já tem um filho de doze anos. Tem um ex-marido que se separou e tem uma empresa super bem sucedida. Só que ela tem uma questão na vida amorosa, ela estava de lado, tinha sido deixada de lado, estava bem acomodada, transando com o ex, botando o trabalho em primeiro lugar. E acho que chega um momento que ela vê que o ex-marido começa a seguir uma nova história e é o gatilho para a ficha dela cair. Aí fica “meu Deus, e minha vida amorosa? Quando é que vou parar para cuidar da minha vida?”, aí tem a melhor amiga dela e sócia que é a Mila, que fala “gente, acabou, segue em frente. Esse relacionamento não dá mais, ele é teu ex. Não adianta ficar namorando com ele. Essa história já finalizou. Você tem que buscar uma nova história”, e aí quando começa, Mila apresenta o Matches, que é o aplicativo de relacionamento, e Lara decide topar com raiva, na verdade, para se vingar do ex-marido, que já está no matches, pegando outras pessoas. Então, de uma vingança quase infantil, ela começa um novo momento da vida emocional. Ela tem experiências, umas são legais, outras são bizarras, outras são engraçadas e a gente tem até tragédias meio tristes. Mas acredito que assim, pelo menos, é um começo, é isso que falo, me revirou do avesso, mas acho que a personagem também está passando por isso. Ela também está revendo todos os conceitos da vida dela. Não ela como mãe, mas ela mulher. Redescobrindo-se como mulher. E nessa redescoberta, ela vai experimentar várias coisas que acredito que ela não faria. Ela vai se permitir ter novas experiências. Acho que o que estava faltando na vida da Lara era emoção. Acho que ela conseguiu ao entrar/encontrar no matches. Isso não falta na vida dela.

KP: Em relação a série em si, o que você diria que ela tem de diferencial e como o público vai se identificar?

JS: É uma grande sacada porque assim, eu tenho 39 anos, sou casada e não estou em um aplicativo de relacionamentos, mas tenho amigos e sei que as pessoas estão – é uma coisa muito atual do momento que a gente está vivendo. Então acho muito legal a história falar sobre isso, acho maneiríssimo ser uma comédia, incrível e atual também. Para mim, memória afetiva minha, a série me lembra um pouco de Friends, em alguns momentos, para as meninas, no caso para Lara, Sex and The City, daquela coisa de você ir para a rua e experimentar e conhecer os caras, acho que tem muito essa pegada para minha personagem. Já para o Escovão, a Mila e o Ricardo, acho que seriam outras referências de série, mas é uma coisa que no Brasil, também me lembra muito Os Normais, mas também não é Os Normais. Porque são quatro amigos, não é sobre um casal e como é a vida amorosa deles. Acho que é uma série muito diferente, acho que a gente nunca viu uma série como essa ainda. E tem a nuvem, que é a materialização desse lugar virtual que todo mundo está hoje em dia, que pode ser o WhatsApp, pode ser um aplicativo, pode ser um Instagram, mas é a materialização desse lugar e desse tipo de comunicação. Agora o episódio que a gente fala dos emojis. Falar emoji, interpretar emoji, o que a pessoa está querendo dizer com o macaquinho, com uma linguinha, com o positivo, enfim. A gente brinca muito e todo mundo vive isso, não tem uma faixa etária específica. Todo mundo está inserido nesse universo.

KP: E se a Juliana estivesse em um aplicativo como o ‘Matches’ qual seria a descrição do perfil dela?

JS: Será que eu colocaria meu nome inteiro? É muito grande. Eu não sei. Atriz. Procuro caras que queiram um relacionamento, uma parceria, não sei o que colocaria (risos). Acho que colocaria um nome fake, colocaria uma coisa bem cafona. Quase um broto dourado, 39 anos, colocaria uma foto do meu olho e botaria um emoji daqueles de guloso, de quem está com fome, meio sexy sem ser vulgar e botaria essa frase (risos).

KP: E até o momento, existe alguma cena que você gostou mais de gravar? Uma mais divertida ou um pouco dramática?

JS: Amo fazer cena com a Evelyn Castro e tem uma que fizemos aqui nessa sala que é do episódio nove. O meu date, meu match, toma viagra, tem uma ereção e fica trancado dentro do banheiro. Ele pede ajuda e eu (Lara) chamo a Mila, ela vem aqui, e ela (Evelyn) improvisou uma música que não estava no texto sobre a formiguinha, porque ele diz que está formigando. Ela começou a cantar um negócio que é inesquecível, precisei fazer cinco vezes a cena porque só na quinta consegui parar de rir. Também gosto muito de fazer cenas com o Bruno Ferrari que é um parceiro de longa data com quem já fiz vários trabalhos juntos. Já fomos casados várias vezes e agora fazemos ex-marido e ex-mulher, porém, temos uma amizade, um relacionamento mal resolvido e a Lara tem uma relação com ele meio de gato e rato, ela faz muito bullying com ele, tem o prazer de encher o saco dele. E aí, eu, Juliana, também tenho o prazer de encher o saco do Bruno.

A atriz também comentou para o público ficar atento a respeito de uma cena que fez com o Júnior Andrade e disse não ter nenhum projeto, por agora, em andamento. A série Matches ainda não possui data de estreia, portanto, fiquem atentos ao CinePOP, pois anunciaremos quando lançarem.

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A produção, que já teve suas gravações encerradas, conta a história de quatro amigos que estão em busca de novas experiências, seja no amor ou no sexo, e contam com o empurrãozinho do aplicativo de pegação Matches. Na ferramenta digital todo mundo tem vez: românticos como Lara (Juliana Silveira), tímidos como Ricardo (João Baldasserini), liberais como Mila (Evelyn Castro) e malandros como Escovão (Renato Livera). De encontros fracassados a situações constrangedoras, eles se abrem para o novo e começam a colecionar histórias para contar.

O CinePOP visitou o set de filmagens, localizado em uma espécie de mansão na Barra da Tijuca, na cidade do Rio de Janeiro, onde todos os cenários foram montados, e entrevistou a atriz Juliana Silveira, que nos recebeu com muita simpatia, dentro do local onde fora montado o apartamento da sua personagem, Lara. Segue abaixo:

Karolen Passos: Como é para você viver a Lara?

Juliana Silveira: A Lara é uma surpresa. Porque fui descobrindo aos poucos a personagem. E fiquei muito tensa no início, acho que todo começo de trabalho fico um pouco tensa para descobrir esse lugar de conforto, né? E aqui, como sabia que a gente tinha um tempo muito curto, fiquei um pouco tensa em relação a encontrar esse lugar de conforto o mais rápido possível. Ouso dizer que ele não existe ainda e que vai ser o primeiro trabalho da vida que vai terminar sem esse conforto e acredito que é muito por causa da comédia. Sou uma atriz que não estava acostumada a fazer isso. Sempre vou para o drama ou para heroína ou vilã mesmo. Lugares muito bem estabelecidos. E quando fui chamada para fazer essa, pensei “meu Deus, será que eu sei fazer isso?”. Então foi um misto de prazer e não diria tortura, mas um pouquinho. Uma torturinha. Um pouquinho. Mas uma cobrança de querer, sou muito fã da Evelyn Castro, que contracena comigo, e já conheço ela de outros trabalhos. E sei da potência dela. Não que não acredite na minha, mas não sabia que poderia fazer a comédia. Estou descobrindo um lugar, que dá para fazer, que dá para chegar lá. Então a Lara foi esse presente que assim, me apresentou esse universo novo, esse novo jeito de fazer cena, tempo diferente de fazer. Essa forma da comédia, da improvisação, de poder ficar mais livre, mexer no texto e contribuir com o texto e com a história. Lara já chegou me revirando de cabeça pra baixo. E estou terminando o processo bem feliz. De ser virada. (risos).

KP: Quem é a Lara?

JS: A Lara é uma mulher independentemente, que tem a vida bem organizada, já tem um filho de doze anos. Tem um ex-marido que se separou e tem uma empresa super bem sucedida. Só que ela tem uma questão na vida amorosa, ela estava de lado, tinha sido deixada de lado, estava bem acomodada, transando com o ex, botando o trabalho em primeiro lugar. E acho que chega um momento que ela vê que o ex-marido começa a seguir uma nova história e é o gatilho para a ficha dela cair. Aí fica “meu Deus, e minha vida amorosa? Quando é que vou parar para cuidar da minha vida?”, aí tem a melhor amiga dela e sócia que é a Mila, que fala “gente, acabou, segue em frente. Esse relacionamento não dá mais, ele é teu ex. Não adianta ficar namorando com ele. Essa história já finalizou. Você tem que buscar uma nova história”, e aí quando começa, Mila apresenta o Matches, que é o aplicativo de relacionamento, e Lara decide topar com raiva, na verdade, para se vingar do ex-marido, que já está no matches, pegando outras pessoas. Então, de uma vingança quase infantil, ela começa um novo momento da vida emocional. Ela tem experiências, umas são legais, outras são bizarras, outras são engraçadas e a gente tem até tragédias meio tristes. Mas acredito que assim, pelo menos, é um começo, é isso que falo, me revirou do avesso, mas acho que a personagem também está passando por isso. Ela também está revendo todos os conceitos da vida dela. Não ela como mãe, mas ela mulher. Redescobrindo-se como mulher. E nessa redescoberta, ela vai experimentar várias coisas que acredito que ela não faria. Ela vai se permitir ter novas experiências. Acho que o que estava faltando na vida da Lara era emoção. Acho que ela conseguiu ao entrar/encontrar no matches. Isso não falta na vida dela.

KP: Em relação a série em si, o que você diria que ela tem de diferencial e como o público vai se identificar?

JS: É uma grande sacada porque assim, eu tenho 39 anos, sou casada e não estou em um aplicativo de relacionamentos, mas tenho amigos e sei que as pessoas estão – é uma coisa muito atual do momento que a gente está vivendo. Então acho muito legal a história falar sobre isso, acho maneiríssimo ser uma comédia, incrível e atual também. Para mim, memória afetiva minha, a série me lembra um pouco de Friends, em alguns momentos, para as meninas, no caso para Lara, Sex and The City, daquela coisa de você ir para a rua e experimentar e conhecer os caras, acho que tem muito essa pegada para minha personagem. Já para o Escovão, a Mila e o Ricardo, acho que seriam outras referências de série, mas é uma coisa que no Brasil, também me lembra muito Os Normais, mas também não é Os Normais. Porque são quatro amigos, não é sobre um casal e como é a vida amorosa deles. Acho que é uma série muito diferente, acho que a gente nunca viu uma série como essa ainda. E tem a nuvem, que é a materialização desse lugar virtual que todo mundo está hoje em dia, que pode ser o WhatsApp, pode ser um aplicativo, pode ser um Instagram, mas é a materialização desse lugar e desse tipo de comunicação. Agora o episódio que a gente fala dos emojis. Falar emoji, interpretar emoji, o que a pessoa está querendo dizer com o macaquinho, com uma linguinha, com o positivo, enfim. A gente brinca muito e todo mundo vive isso, não tem uma faixa etária específica. Todo mundo está inserido nesse universo.

KP: E se a Juliana estivesse em um aplicativo como o ‘Matches’ qual seria a descrição do perfil dela?

JS: Será que eu colocaria meu nome inteiro? É muito grande. Eu não sei. Atriz. Procuro caras que queiram um relacionamento, uma parceria, não sei o que colocaria (risos). Acho que colocaria um nome fake, colocaria uma coisa bem cafona. Quase um broto dourado, 39 anos, colocaria uma foto do meu olho e botaria um emoji daqueles de guloso, de quem está com fome, meio sexy sem ser vulgar e botaria essa frase (risos).

KP: E até o momento, existe alguma cena que você gostou mais de gravar? Uma mais divertida ou um pouco dramática?

JS: Amo fazer cena com a Evelyn Castro e tem uma que fizemos aqui nessa sala que é do episódio nove. O meu date, meu match, toma viagra, tem uma ereção e fica trancado dentro do banheiro. Ele pede ajuda e eu (Lara) chamo a Mila, ela vem aqui, e ela (Evelyn) improvisou uma música que não estava no texto sobre a formiguinha, porque ele diz que está formigando. Ela começou a cantar um negócio que é inesquecível, precisei fazer cinco vezes a cena porque só na quinta consegui parar de rir. Também gosto muito de fazer cenas com o Bruno Ferrari que é um parceiro de longa data com quem já fiz vários trabalhos juntos. Já fomos casados várias vezes e agora fazemos ex-marido e ex-mulher, porém, temos uma amizade, um relacionamento mal resolvido e a Lara tem uma relação com ele meio de gato e rato, ela faz muito bullying com ele, tem o prazer de encher o saco dele. E aí, eu, Juliana, também tenho o prazer de encher o saco do Bruno.

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