As bruxas sempre povoaram o imaginário popular e raramente estarão fora da nossa seleção de filmes. Caso não esteja no topo do nosso ranking, é provável que tenha feito parte da nossa infância, adolescência e vida adulta.
Seja com as animações clássicas dos estúdios Walt Disney, seja com terrores psicológicos que nos deixam à beira de um ataque de nervos, longas-metragens com essas criaturas místicas têm uma capacidade quase única de se encaixar em qualquer gênero. Não é à toa que temos comédias românticas como ‘Da Magia À Sedução’, sátiras hilárias como ‘A Feiticeira’ e documentários falsos que causaram bastante pânico à época de seu lançamento (vide ‘A Bruxa de Blair’).
Por isso, resolvemos trazer treze dos melhores filmes com bruxas que são conhecidos por grande parte do público cinéfilo. Confira nossas escolhas abaixo e conte para nós qual é o seu favorito:
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As Bruxas de Eastwick (1987)
Susan Sarandon, Michelle Pfeiffer e Cher são a principal força de um divertido e sagaz conto bruxesco que, apesar de já ter sido contado inúmeras vezes por romancistas e cineastas, não deixa de nos envolver do começo ao fim.
Em ‘As Bruxas de Eastwick’, o trio protagonista enfrenta o literalmente diabólico antagonista encarnado por Jack Nicholson, seduzindo-o através dos feitiços mais inesperados para se vingarem de uma vida de submissão.
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A Espada Era a Lei (1963)
Assim como inúmeras releituras das aventuras do Rei Arthur e do Mago Merlin, ‘A Espada Era a Lei’ procura nos divertir à medida que constrói uma interessante história de origem que nos emociona mais pelos seus coadjuvantes que pelo herói protagonista.
Além do cômico e atrapalhado Merlin, Madame Mim também ganha palanque ao insurgir como uma hilária e ácida vilã. Versada nas artes das trevas, ela faz de tudo para destruir seu concorrente – até mesmo se transformar em um dragão. Parece que Malévola não é a única com esse poder, não é mesmo?
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As Crônicas de Nárnia: O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa (2005)
O épico de C.S. Lewis ganhou em 2005 sua primeira entrada nos cinemas com ‘As Crônicas de Nárnia: O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa’, logo atraindo a atenção dos fãs do romance original e também os cinéfilos de plantão. E não foi por menos: além de uma competente narrativa ambientada num mundo mágico e repleto de criaturas míticas, o longa também nos apresentou a uma versão ainda mais macabra de sua vilã principal.
Encarnada por Tilda Swinton, Jadis, também conhecida como Feiticeira Branca, é uma das personagens mais memoráveis dos filmes de fantasia, seja por sua desmedida ambição, seja por seus incríveis e perigosos poderes de gelo.
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Caminhos da Floresta (2014)
Baseado no musical homônimo da Broadway, ‘Caminhos da Floresta’ nos apresenta a uma nova versão dos clássicos contos de fada ao unir em um mesmo lugar os mais variados e conhecidos personagens. E é claro que o diretor Rob Marshall não se esqueceria de colocar a icônica Bruxa Má – aqui interpretada por Meryl Streep.
Levando em conta que Streep é uma das maiores atrizes de sua geração, o papel foi abraçado com vontade e determinação, criando uma antagonista sarcástica, complexa e que eventualmente rendeu à atriz mais uma indicação ao Oscar.
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Abracadabra (1993)
Kenny Ortega é mais conhecido por seu trabalho na franquia ‘High School Musical’, mas já havia trabalhado com os estúdios Disney vários anos antes ao trazer de volta à vida as hilárias Irmãs Sanderson com ‘Abracadabra’.
Mesmo não tendo feito o sucesso prometido à época do lançamento, o longa protagonizado por Bette Midler, Sarah Jessica Parker e Kathy Najimi tornou-se um dos favoritos dos aficionados por histórias sobrenaturais, principalmente por modernizar os arrepiantes contos da cidade de Salem de forma aprazível e aventuresca.
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Jovens Bruxas (1996)
A década de 1990 foi marcada pela expansão imensurável das rom-coms, além de ter colocado em voga várias atrizes bastante conhecidas na atualidade. E foi pensando nisso que Andrew Fleming resolveu dirigir o thriller sobrenatural ‘Jovens Bruxas’.
A história gira em torno de um grupo de quatro garotas unidas por tragédias que fazem um pacto de sangue e começam a desenvolver poderes incríveis, desde mudar o tom de cabelo até transformar-se em outra pessoa. Entretanto, as coisas saem do controle quando uma delas fica cega com essas habilidades, dando início a eventos horripilantes.
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Stardust – O Mistério da Estrela (2007)
‘Stardust’ é e sempre vai ser uma das melhores adaptações cinematográficas da extensa criatividade literária de Neil Gaiman. Comandado por Matthew Vaughn, o longa é ambientado no fictício reino de Stormhold e conta as aventuras do jovem Tristan (Charlie Cox) em busca de uma estrela-cadente (que, na verdade, é uma mulher) chamada Yvainne (Claire Danes).
Como se não bastasse a incrível química dos protagonista, Pfeiffer retorna ao gênero sobrenatural para encarnar a cruel e inescrupulosa Lamia, cujo principal objetivo é também encontrar a estrela para consumir seu coração e permanecer bela para sempre.
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A Bruxa de Blair (1999)
‘A Bruxa de Blair’ é um dos filmes mais importantes do cinema – e um que ousou novamente renovar as saturadas histórias de bruxas. Além de ter popularizado o nascente found footage e caído em controvérsias que hoje encaramos com certo teor cômico, o longa dirigido por Daniel Myrick e Eduardo Sánchez chocou o público por sua veracidade cênica e arrecadou quase 250 milhões de dólares nas bilheterias.
Ainda que, por convenção, a obra tenha envelhecido “mal” e não cause o mesmo espanto que causou na época, o que realmente nos envolve é o fato da antagonista-título aterrorizar os jovens cinegrafistas e nunca aparecer em cena, mas sim deixando para trás seus medonhos e caóticos rastros.
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Franquia Harry Potter (2001-2011)
Bom, é quase óbvio imaginar que a aplaudível franquia ‘Harry Potter’ estaria aqui nesta lista – ainda mais porque o panteão arquitetado por J.K. Rowling é lar de centenas de milhares de bruxos.
Ambientado principalmente na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, os aclamados longas-metragens contam a história de Harry, Rony e Hermione, um trio de feiticeiros que se unem para combater o Lorde das Trevas Voldemort e seus aliados – e, à medida que crescem, vão descobrindo que os segredos acerca dessa interminável batalha são bem mais obscuros do que aparentam.
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Convenção das Bruxas (1990)
‘Convenção das Bruxas’ aterrorizou e até hoje aterroriza qualquer criança que ouse assistir ao filme, principalmente pelo proposital e grotesco design das vilãs. Entretanto, nossa paixão pelo longa vai além disso: a narrativa de Nicolas Roeg baseada no livro homônimo serve tanto como nostalgia para os adultos quanto como um manual com lições de moral para os mais jovens.
A história gira em torno de um menino e sua avó que devem enganar e destruir uma legião de bruxas que se mascaram de humanas para matar crianças – ou transformá-las em ratos. E, ainda que torçamos para que tudo dê certo, é quase impossível tirar os olhos de Anjelica Huston como a Srta. Eva Ernst.
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Suspiria (1977)
O oculto e transgressor ‘Suspiria’ é um dos trabalhos mais adorados do diretor Dario Argento, e também um de seus mais atípicos e controversos. Desde a hipnótica sequência de abertura até a atmosfera fantasmagórica, a audiência se vê num beco sem saída cuja única alternativa é se deixar levar pela inebriante construção do longa-metragem.
Estrelada por Jessica Harper, a obra conta a história de Suzy, uma jovem americana que se muda para Fribourg para participar de uma prestigiada academia de dança. Porém, após perturbadores eventos deixarem-na em estado de choque, ela descobre que o lugar outrora era lar de uma poderosa bruxa.
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A Bruxa (2015)
O terror de arte comandado por Robert Eggers pode até traçar certos paralelos com ‘A Bruxa de Blair’, mas ganha uma identidade única ao se basear em contos populares da Nova Inglaterra do século XVI.
Resgatando a atmosfera angustiante dos thrillers psicológicos ao mesmo tempo que arquiteta um tenso tour-de-force sobrenatural, ‘A Bruxa’ gira em torno de uma família exilada de seu vilarejo que presencia fenômenos inexplicáveis e condenáveis, levando-os a cometer as maiores atrocidades em prol de sua fé.
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O Mágico de Oz (1939)
“Não há lugar como o nosso lar”.
É essa a premissa que move o vencedor do Oscar ‘O Mágico de Oz’. Baseado no livro homônimo de L. Frank Baum, a história de Dorothy dispensa apresentações, construindo um gigantesco legado de análise político-social que inspirou remakes, continuações, prequelas, musicais da Broadway e diversas outras releituras.
Porém, além de seu cunho artístico e revolucionário, a obra deu vida a icônicos personagens muito mais complexos do que imaginamos – inclusive a assustadora e vingativa Bruxa Má do Oeste.
Interpretada por Margaret Hamilton, a vilã de pele esverdeada aparentava não ter fraquezas e fez da vida de Dorothy o puro caos, mandando macacos voadores capturarem-na, enfeitiçando-a com papoulas entorpecentes e ameaçando matá-la até ser destruída por um simples balde d’água.