A estrela Florence Pugh revelou recentemente, em uma entrevista, que não tem interesse em aceitar papéis semelhantes ao de Dani de ‘Midsommar – O Mal Não Espera a Noite’.
Na trama, ela interpreta uma mulher americana devastada pela dor, que sofre um colapso psicológico ao acompanhar seu namorado tóxico em uma viagem para um festival sueco de verão.
Segundo a Variety, Pugh explicou que, ao longo dos anos, aprendeu a se proteger como atriz e que o papel exigiu demais dela.
“Houve alguns papéis em que eu dei demais e fiquei quebrada por um longo tempo depois. Como quando fiz Midsommar, eu definitivamente senti que abusei de mim mesma nos lugares que me deixei ir”, contou.
Ela continuou: “A natureza de perceber essas coisas é que você precisa chegar à conclusão de que não pode fazer isso de novo, porque foi demais. Mas, ao olhar para aquela performance, fico realmente orgulhosa do que fiz e do que saiu de mim. Não me arrependo. Porém, sim, há definitivamente coisas que você precisa respeitar em relação a si mesma”.
Embora tenha se exposto emocionalmente para a performance de Dani, Pugh ressalta que qualquer abuso que ela tenha sofrido durante as filmagens foi estritamente autoimposto.
Quanto ao diretor Ari Aster, ela tem apenas elogios. Ele é “peculiar de uma maneira de gênio louco” e “um comediante de stand-up no coração”.
“Uma vez que você ria de uma coisa, ele vai tentar fazer você rir de todas as outras coisas. Ele vai continuar, e todos estarão chorando de tanto rir”, afirmou.
Sobre as filmagens, Pugh revelou que o ambiente não era o mais agradável: “Estávamos filmando em um campo muito quente, com três línguas diferentes, então não diria que tudo foi prazeroso. Além disso, não deveria ser. Por que fazer um filme como esse seria prazeroso?”
Em uma entrevista anterior no podcast Off Menu, a atriz contou que nunca havia interpretado alguém passando por tanto sofrimento até o papel de Dani em ‘Midsommar’.
“Eu me colocava em situações realmente ruins, que talvez outros atores não precisem fazer, mas eu ficava imaginando as piores coisas”, relatou.
Ela também compartilhou que, conforme o tempo passava, o conteúdo da história se tornava cada vez mais estranho e desafiador: “Cada dia o conteúdo ficava mais estranho e difícil de fazer. Eu estava colocando coisas na minha cabeça que iam ficando piores e mais sombrias. Eu acho que, no final, provavelmente abusei de mim mesma para conseguir aquela performance”.
Por fim, Pugh relembrou o impacto emocional que o papel teve após as filmagens de ‘Midsommar’:
“Eu lembro de olhar pela janela do avião e sentir uma imensa culpa, porque senti que deixei a [Dani] naquele campo, naquele estado [emocional]. É tão estranho. Eu nunca tinha sentido isso antes. Obviamente, isso é provavelmente uma coisa psicológica, onde senti uma imensa culpa pelo que me sujeitei, mas eu definitivamente senti que a deixei lá naquele campo para ser abusada… quase como se eu tivesse criado essa pessoa e depois a deixei lá para ir fazer outro filme”, concluiu.
‘Midsommar – O Mal Não Espera a Noite’ está disponível no Prime Video.