‘Monstros’: Irmãos Menendez agradecem apoio das redes sociais; “Não estou tão sem esperança”

‘Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais’ já está disponível na Netflix, e o sucesso da produção gerou um movimento nas redes sociais, especialmente no TikTok, exigindo a revisão do caso e a libertação de Erik e Lyle.

Segundo o The Hollywood Reporter, Erik Menendez, um dos irmãos, falou recentemente sobre o apoio que recebeu da plataforma.

“Eu realmente aprecio o apoio das pessoas que me escreveram e estão me apoiando — ao me apoiar, [as pessoas que] acreditam que eu não deveria passar o resto da minha vida na prisão”, disse Erik. “Eu ouvi sobre muitos vídeos, e tenho certeza de que existem produções sérias no TikTok, mas também sei que há outras que não são. Só consigo ver o que passa na TV e as histórias sobre nós. Me preocupo e acho importante que a seriedade do meu crime não seja minimizada”.

Ele continuou: “Essa tragédia foi profunda, e cada membro da minha família foi afetado. Às vezes, sinto que muita dessa dor se perde na tradução em alguns vídeos do TikTok. É importante lembrar que duas pessoas não estão mais vivas e que famílias foram devastadas por isso, e que eu estou no centro dessa situação. Eu sou o responsável. Não quero que isso seja diminuído por aqueles que me apoiam e acreditam em mim”.

Lyle compartilhou que sente sua esperança renovada pelo apoio dos mais jovens.

“Os seguidores mais jovens, que estão nessa era das redes sociais como o TikTok, realmente têm uma esperança enorme. Estou disposto a flutuar na esperança deles e veremos o que acontece”, afirmou. “Não estou tão sem esperança como estava aos 21 anos. Sinto mais esperança agora, pois a sociedade parece entender melhor essas experiências e o abuso sexual. Vejo muitas pessoas com sentenças de prisão perpétua sendo liberadas porque se reabilitaram, e eu sinto que meu irmão e eu também nos reabilitamos.”

No entanto, Erik expressou suas reservas em manter a esperança. “Passei por tantas decepções com apelações e mobilizações para conseguir assinaturas do governador ou advogados que acreditam que as leis estão mudando para reconhecer o impacto do trauma infantil. Mas sou cauteloso em alimentar esperanças, pois o sistema judicial não nos deu evidências de que irão reverter o caso. Enquanto sou esperançoso e rezo, temo me empolgar com qualquer apelação. Cada vez que fico esperançoso, a decepção é ainda mais intensa e pessoal”.

Ele acrescentou: “Há um ditado que diz que a esperança é uma coisa boa, mas pode ser torturante. E tem sido torturante na minha vida.”

Ross Dinerstein, produtor do documentário ‘O Caso dos Irmãos Menendez’, também comentou sobre o impacto da série.

“Isso realmente reacendeu o interesse. Hoje, as pessoas estão olhando para casos como este, de abuso, de maneira diferente. Então, nosso documentário foi uma oportunidade de contar a história deles em um momento em que as pessoas estão pensando de forma diferente”, afirmou.

Sobre o crescente apoio que os irmãos têm recebido no TikTok, Alejandro Hartmann, diretor do documentário, afirmou: “O problema com o TikTok é que muitas vezes você encontra uma visão simplista da história, onde eles são vistos como heróis ou vítimas. A complexidade é difícil de transmitir em 30 segundos”.

No mês passado, que incluiu o lançamento das duas produções da Netflix, duas petições no Change.org pedindo um novo julgamento com base em novas evidências e reformas legais ganharam mais de 150.000 novas assinaturas, elevando o total para quase meio milhão.

“Acho que eles merecem um momento no tribunal, pelo menos com algumas dessas novas evidências”, disse Ryan Murphy, criador da série. “E cabe aos tribunais decidirem. Espero que eles recebam justiça, e é assim que os tribunais deveriam funcionar, certo?”

Dois homens sentados em degraus, anos 90.

Lembrando que de acordo com o Deadline, o Promotor de Justiça do Condado de Los Angeles, George Gascón, que está “revisando” o caso, embora não tenha fornecido detalhes sobre as evidências dos irmãos Menendez ou o pedido de habeas corpus para reavaliação da sentença.

“Não estamos dizendo que houve algo errado com o julgamento original”, afirmou Gascón.

Uma audiência está agendada para 29 de novembro, relacionada ao pedido dos irmãos Erik, 55, e Lyle, 56, que alegam ter sido vítimas de abuso sexual por parte do pai, um executivo da indústria musical.

Dependendo do resultado dessa audiência e de qualquer decisão “final” tomada por Gascón, os irmãos podem ser libertos ou passar por um novo julgamento, 35 anos após o crime.

Após um julgamento inicial transmitido ao vivo, que terminou com júris empatados no início de 1994, ambos os irmãos foram condenados por assassinato em primeiro grau em 1996 e sentenciados à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.

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Vale destacar que a influenciadora digital e empresária Kim Kardashian defendeu os irmãos. Após passar um tempo com eles, Kardashian escreveu uma carta à NBC News apresentando seu argumento a favor deles.

“Todos nós somos produtos das nossas experiências. Elas moldam quem fomos, quem somos e quem seremos. Fisiologicamente e psicologicamente, o tempo nos muda, e duvido que alguém possa afirmar que é a mesma pessoa que era aos 18 anos. Eu sei que não sou!”, escreveu Kardashian.

Ela continuou: “Você acha que conhece a história de Lyle e Erik Menendez. Eu certamente achava que conhecia: em 1989, os irmãos, com 21 e 18 anos, respectivamente, dispararam e mataram brutalmente os pais em sua casa em Beverly Hills. Em 1996, após dois julgamentos, foram condenados à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional. Como muitas vezes acontece, essa história é muito mais complexa do que parece à primeira vista. Ambos os irmãos afirmaram que foram abusados sexual, física e emocionalmente por seus pais durante anos”.

Kardashian ainda explica: “O primeiro julgamento foi televisionado para todos, e o caso de Erik e Lyle se tornou um entretenimento nacional, com seu sofrimento e suas histórias de abuso ridicularizados em esquetes no Saturday Night Live. A mídia transformou os irmãos em monstros e sensationalizou a narrativa — dois jovens arrogantes e ricos de Beverly Hills que mataram os pais por ganância. Não havia espaço para empatia, muito menos simpatia”.

Ela destacou que os irmãos “não tiveram chance de um julgamento justo nesse contexto” e que “havia recursos limitados para vítimas de abuso sexual” na época.

“Praticamente não havia sistemas para apoiar os sobreviventes, e a conscientização pública sobre o trauma do abuso sexual masculino era mínima, frequentemente ofuscada por julgamentos preconcebidos e homofobia”, acrescentou.

Kardashian reforçou: “Passei tempo com Lyle e Erik; eles não são monstros. São homens gentis, inteligentes e honestos. Na prisão, ambos têm históricos disciplinares exemplares”.

Ela também esclareceu que, embora o crime não seja justificado, a punição é desproporcional.

“Os assassinatos não são justificáveis. Quero deixar isso claro. Nem seu comportamento antes, durante ou depois do crime. Mas não devemos negar quem eles são hoje, na casa dos 50 anos. O julgamento e a punição que esses irmãos receberam eram mais adequados a um serial killer do que a duas pessoas que sofreram anos de abuso sexual por parte das pessoas que amavam e confiavam”, destacou.

Kardashian concluiu afirmando: “Com o caso deles de volta aos holofotes — e considerando a revelação de uma carta de 1988 de Erik para seu primo descrevendo o abuso — minha esperança é que as sentenças de prisão perpétua de Erik e Lyle Menendez sejam reavaliadas. Devemos isso àqueles meninos que perderam suas infâncias, que nunca tiveram a chance de serem ouvidos, ajudados ou salvos”.

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‘Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais’, a segunda temporada da aclamada série de Ryan Murphy, já está disponível na Netflix.

Ryan Murphy e Ian Brennan são responsáveis pela série.

O novo ciclo promete explorar um dos casos mais chocantes da história americana: o assassinato brutal dos pais José e Mary Louise “Kitty” Menendez, pelos próprios filhos, Lyle e Eric.

Enquanto a acusação pintou os irmãos como assassinos frios e calculistas, motivados pela ganância, a defesa alegou que os crimes foram motivados por anos de abusos físicos, emocionais e sexuais sofridos pelos jovens.

O elenco de peso conta com Javier Bardem (‘Duna’), Chloë Sevigny (‘Psicopata Americano’), Cooper Koch (‘Engolidos’) e Nicholas Alexander Chavez (‘Grotesquerie’).

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