O cineasta James Foley, conhecido por seu trabalho marcante tanto no cinema quanto na televisão, faleceu aos 71 anos após uma batalha de um ano contra um câncer no cérebro. A informação foi confirmada por sua família por meio de um representante ao site Deadline.
Nascido no Brooklyn, em 28 de dezembro de 1953, Foley teve uma carreira que atravessou quatro décadas, iniciando com sua estreia na direção em ‘Reckless’ (1984), um drama romântico protagonizado por Aidan Quinn e Daryl Hannah, com roteiro de estreia de Chris Columbus. Em seguida, dirigiu ‘Caminhos Violentos‘ (1986), estrelado por Sean Penn e Christopher Walken — filme que estreou no Festival de Berlim e foi indicado ao prêmio Urso de Ouro.
Sua parceria com Madonna se destacou nos anos 1980, quando dirigiu clipes icônicos como Papa Don’t Preach, True Blue e Live to Tell, além do filme Who’s That Girl?. Foley também comandou o documentário-concerto ‘Madonna Live: The Virgin Tour’ e se tornou uma figura importante no universo da artista.
Em 1992, dirigiu uma de suas obras mais aclamadas, ‘O Sucesso a Qualquer Preço’, adaptação da peça de David Mamet sobre corretores imobiliários em crise. O longa contou com um elenco estrelado por Al Pacino, Jack Lemmon, Alec Baldwin, Ed Harris, Alan Arkin, Kevin Spacey e Jonathan Pryce, consolidando Foley como um diretor respeitado em dramas de alto calibre.
Entre seus outros trabalhos no cinema estão ‘Medo‘ (1996), com Reese Witherspoon e Mark Wahlberg, ‘Confidence – O Golpe Perfeito‘ (2003), ‘A Estranha Perfeita‘ (2007) e os dois últimos filmes da trilogia ‘Cinquenta Tons de Cinza‘ — ‘Cinquenta Tons Mais Escuros‘ (2017) e ‘Cinquenta Tons de Liberdade’ (2018), ambos sucessos de bilheteria mundial.
Na TV, Foley também deixou sua marca dirigindo episódios da premiada série ‘House of Cards’, da Netflix, e um capítulo da cultuada ‘Twin Peaks‘, de David Lynch, em 1991.
James Foley deixa um legado de versatilidade, indo do thriller psicológico ao drama político, da cultura pop à literatura adaptada, sempre com um olhar autoral. Seu impacto permanece tanto nas bilheterias quanto na memória cinéfila de diferentes gerações.