domingo , 22 dezembro , 2024

‘Mulan’: Ming-Na Wen recusou papel de maior destaque no live-action por causa de ‘Agents of S.H.I.E.L.D.’

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Ming-Na Wen conquistou o mundo em 1998 ao dublar a icônica personagem Mulan na animação homônima da Disney, ascendendo a uma carreira de enorme sucesso. Em 2020, a atriz fez uma breve aparição no remake em live-action da Casa Mouse, como uma serva que primeiro introduz a guerreira ao imperador da China (vivido por Jet Li) – o que levou os fãs a se perguntarem o porquê de Wen não ter recebido mais destaque.

A verdade é que, segundo o The Hollywood Reporter, o produtor Jason Reed tinha em mente o papel da futura sogra de Mulan na nova versão, o que a requisitaria por um mês na Nova Zelândia (algo que não funcionaria em virtude de seu papel na série ‘Agents of S.H.I.E.L.D.’).



“Os produtores [da série] simplesmente falaram: ‘não podemos perdê-la por um mês!’. Eu entendi totalmente e sempre fui bem calma sobre essas coisas. Então eu falei: ‘olhe, se fosse para ser, seria. Todos nós tentamos e é triste que não deu certo'”.

Antes do lançamento do live-action, diversos fãs fizeram campanha pelo boicote depois que a protagonista Liu Yifei elogiou a polícia de Hong Kong durante ações agressivas contra manifestantes a favor da democracia.

Assista também:
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Após a estreia na Disney+, a adaptação voltou a sofrer ameaças de boicotes por parte de alguns fãs e críticos porque os créditos finais mostram agradecimentos ao Partido Comunista Chinês.

Para quem não sabe, muitas das cenas de ‘Mulan‘ foram gravadas em Xinjiang, o epicentro da violação dos direitos humanos pelo regime chinês.

A região abriga diversos grupos de minorias étnicas, como os uigures-turcos, que sofrem ataques de Xenofobia e são levados à força para campos de detenção em condições severas.

Para piorar, as autoridades de Xinjiang são alvo de diversas denúncias internacionais por tratar seus habitantes de forma desumana, incluindo o trabalho escravo e fortes restrições religiosas e ideológicas.

Mesmo assim, a Disney insistiu em favorecer a economia local com as gravações do filme. Por conta disso, os agradecimentos ao governo chinês e às empresas de Xinjiang estão gerando revoltas na comunidade internacional.

Em uma extensa crítica feita ao estúdio, o jornalista Isaac Stone Fish, do Washington Post, disse que:

“Há um lado negro nessas paisagens [de Xinjiang]. A Disney aproveitou o cenário montanhoso e faz um agradecimento especial às instituições chinesas que ajudaram com o filme. Isso inclui quatro departamentos de propaganda do Partido Comunista Chinês e o Departamento de Segurança Pública da cidade de Turpan… Organizações que estão contribuindo com os crimes contra a humanidade.”

Ele continuou:

“A Disney precisava trabalhar em Xinjiang? Não, não era necessário. Existem muitas outras regiões da China e países ao redor do mundo que oferecem as belas paisagens apresentadas no filme. Mas, ao fazer isso, a Disney ajuda a normalizar um crime contra a humanidade.”

Joshua Wong, líder pró-democracia de Hong Kong, concedeu uma entrevista à Reuters e também criticou o estúdio, além de apoiar o boicote ao longa, dizendo:

“Por que a Disney simpatiza com Pequim e porque Liu Yifei apoia aberta e orgulhosamente a brutalidade policial em Hong Kong? Convido todos os que acreditam nos direitos humanos a boicotar ‘Mulan‘.”

Lembrando que ‘Mulan‘ chegou à Disney+ nos Estados Unidos e em outros países que já contam com a plataforma, além da exibição nos cinemas de nove mercados internacionais, garantindo um total de apenas US$5,9 milhões de bilheteria.

No entanto, a Disney não divulgou números de vendas do filme no streaming.

Na China, o longa será lançado em 11 de setembro.

No Brasil, ainda não há previsão de estreia.

Com 80% de aprovação no Rotten Tomatoes, o filme foi eleito um dos melhores live-action baseado em uma animação do estúdio.

Devido ao sucesso, a Disney já está discutindo ideias para desenvolver uma sequência de ‘Mulan‘. As informações são do Full Circle Cinema.

O projeto ainda está nos estágios preliminares, mas o estúdio está confiante no sucesso da produção.

Até o momento, a única informação é que os produtores Chris Bender, Jason Reed e Jake Weiner retornarão para a possível sequência.

Mas novidades não foram reveladas.

Confira as reações dos críticos ao Live-Action:

Rotten Tomatoes

Elogiado pela direção e pelos incríveis cenários, a adaptação “poderia ter contado a clássica história com maior profundidade”, mas eventualmente é um “espetáculo visual que serve como uma atualização envolvente de seu predecessor”.

James Berardinelli | ReelViews:

“Uma aventura envolvente e envolvente que representa não apenas uma recontagem eficaz do filme de 1998, mas indiscutivelmente a melhor das reconstruções de animação live-action do estúdio.” 

Johnny Oleksinski | New York Post

“Sim, o filme perdeu a música cativante da animação de 1998 e os animais falantes – Eddie Murphy como um dragão brincalhão chamado Mushu pode ser difícil de agradar em 2020 – mas fiquei encantado pelos cenários chineses de tirar o fôlego e pelas batalhas de alto risco.” 

Kate Erbland | indieWire

“Em ‘Mulan’, de Niki Caro, a história avança com elegância e energia, uma mensagem atemporal feita para agora.” 

Travis Hopson | Punch Drunk Critics

“Um conto de fadas transformador com toda a esgrima de um épico chinês.” 

Joanna Langfield | Movie Minute

“Agora, este é meu tipo de filme de super-herói. O remake live-action da Disney é mais do que um filme da Marvel, é arrebatador, inspirador e lindamente feito, que qualquer família pode e deve desfrutar.”

Diferente do que se esperava, Mulan não será lançado no Brasil através do Disney+ em novembro. A expectativa é que o estúdio lance o filme nos cinemas por aqui, e só o adicione ao catálogo em 2021.

A versão live-action é dirigida por Niki Caro e é estrelada pela chinesa Liu Yifei,também conhecida como Crystal Liu, uma das atrizes mais populares desta geração no país.

Donnie YenJet LiGong LiJason Scott LeeYoson AnSusana Tang e outros completam o elenco.

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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‘Mulan’: Ming-Na Wen recusou papel de maior destaque no live-action por causa de ‘Agents of S.H.I.E.L.D.’

Ming-Na Wen conquistou o mundo em 1998 ao dublar a icônica personagem Mulan na animação homônima da Disney, ascendendo a uma carreira de enorme sucesso. Em 2020, a atriz fez uma breve aparição no remake em live-action da Casa Mouse, como uma serva que primeiro introduz a guerreira ao imperador da China (vivido por Jet Li) – o que levou os fãs a se perguntarem o porquê de Wen não ter recebido mais destaque.

A verdade é que, segundo o The Hollywood Reporter, o produtor Jason Reed tinha em mente o papel da futura sogra de Mulan na nova versão, o que a requisitaria por um mês na Nova Zelândia (algo que não funcionaria em virtude de seu papel na série ‘Agents of S.H.I.E.L.D.’).

“Os produtores [da série] simplesmente falaram: ‘não podemos perdê-la por um mês!’. Eu entendi totalmente e sempre fui bem calma sobre essas coisas. Então eu falei: ‘olhe, se fosse para ser, seria. Todos nós tentamos e é triste que não deu certo'”.

Antes do lançamento do live-action, diversos fãs fizeram campanha pelo boicote depois que a protagonista Liu Yifei elogiou a polícia de Hong Kong durante ações agressivas contra manifestantes a favor da democracia.

Após a estreia na Disney+, a adaptação voltou a sofrer ameaças de boicotes por parte de alguns fãs e críticos porque os créditos finais mostram agradecimentos ao Partido Comunista Chinês.

Para quem não sabe, muitas das cenas de ‘Mulan‘ foram gravadas em Xinjiang, o epicentro da violação dos direitos humanos pelo regime chinês.

A região abriga diversos grupos de minorias étnicas, como os uigures-turcos, que sofrem ataques de Xenofobia e são levados à força para campos de detenção em condições severas.

Para piorar, as autoridades de Xinjiang são alvo de diversas denúncias internacionais por tratar seus habitantes de forma desumana, incluindo o trabalho escravo e fortes restrições religiosas e ideológicas.

Mesmo assim, a Disney insistiu em favorecer a economia local com as gravações do filme. Por conta disso, os agradecimentos ao governo chinês e às empresas de Xinjiang estão gerando revoltas na comunidade internacional.

Em uma extensa crítica feita ao estúdio, o jornalista Isaac Stone Fish, do Washington Post, disse que:

“Há um lado negro nessas paisagens [de Xinjiang]. A Disney aproveitou o cenário montanhoso e faz um agradecimento especial às instituições chinesas que ajudaram com o filme. Isso inclui quatro departamentos de propaganda do Partido Comunista Chinês e o Departamento de Segurança Pública da cidade de Turpan… Organizações que estão contribuindo com os crimes contra a humanidade.”

Ele continuou:

“A Disney precisava trabalhar em Xinjiang? Não, não era necessário. Existem muitas outras regiões da China e países ao redor do mundo que oferecem as belas paisagens apresentadas no filme. Mas, ao fazer isso, a Disney ajuda a normalizar um crime contra a humanidade.”

Joshua Wong, líder pró-democracia de Hong Kong, concedeu uma entrevista à Reuters e também criticou o estúdio, além de apoiar o boicote ao longa, dizendo:

“Por que a Disney simpatiza com Pequim e porque Liu Yifei apoia aberta e orgulhosamente a brutalidade policial em Hong Kong? Convido todos os que acreditam nos direitos humanos a boicotar ‘Mulan‘.”

Lembrando que ‘Mulan‘ chegou à Disney+ nos Estados Unidos e em outros países que já contam com a plataforma, além da exibição nos cinemas de nove mercados internacionais, garantindo um total de apenas US$5,9 milhões de bilheteria.

No entanto, a Disney não divulgou números de vendas do filme no streaming.

Na China, o longa será lançado em 11 de setembro.

No Brasil, ainda não há previsão de estreia.

Com 80% de aprovação no Rotten Tomatoes, o filme foi eleito um dos melhores live-action baseado em uma animação do estúdio.

Devido ao sucesso, a Disney já está discutindo ideias para desenvolver uma sequência de ‘Mulan‘. As informações são do Full Circle Cinema.

O projeto ainda está nos estágios preliminares, mas o estúdio está confiante no sucesso da produção.

Até o momento, a única informação é que os produtores Chris Bender, Jason Reed e Jake Weiner retornarão para a possível sequência.

Mas novidades não foram reveladas.

Confira as reações dos críticos ao Live-Action:

Rotten Tomatoes

Elogiado pela direção e pelos incríveis cenários, a adaptação “poderia ter contado a clássica história com maior profundidade”, mas eventualmente é um “espetáculo visual que serve como uma atualização envolvente de seu predecessor”.

James Berardinelli | ReelViews:

“Uma aventura envolvente e envolvente que representa não apenas uma recontagem eficaz do filme de 1998, mas indiscutivelmente a melhor das reconstruções de animação live-action do estúdio.” 

Johnny Oleksinski | New York Post

“Sim, o filme perdeu a música cativante da animação de 1998 e os animais falantes – Eddie Murphy como um dragão brincalhão chamado Mushu pode ser difícil de agradar em 2020 – mas fiquei encantado pelos cenários chineses de tirar o fôlego e pelas batalhas de alto risco.” 

Kate Erbland | indieWire

“Em ‘Mulan’, de Niki Caro, a história avança com elegância e energia, uma mensagem atemporal feita para agora.” 

Travis Hopson | Punch Drunk Critics

“Um conto de fadas transformador com toda a esgrima de um épico chinês.” 

Joanna Langfield | Movie Minute

“Agora, este é meu tipo de filme de super-herói. O remake live-action da Disney é mais do que um filme da Marvel, é arrebatador, inspirador e lindamente feito, que qualquer família pode e deve desfrutar.”

Diferente do que se esperava, Mulan não será lançado no Brasil através do Disney+ em novembro. A expectativa é que o estúdio lance o filme nos cinemas por aqui, e só o adicione ao catálogo em 2021.

A versão live-action é dirigida por Niki Caro e é estrelada pela chinesa Liu Yifei,também conhecida como Crystal Liu, uma das atrizes mais populares desta geração no país.

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Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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