quinta-feira , 21 novembro , 2024

Mulheres ao Ataque

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SOS – Mulheres furiosas em terra

Menos nocivo para as feministas do que sua contraparte brasileira, SOS – Mulheres ao Mar, esta nova obra protagonizada pela estrela Cameron Diaz (O Conselheiro do Crime) tem um início promissor. No filme Diaz é Carly, uma advogada bem sucedida e mulher independente, que num belo dia acredita ter encontrado seu príncipe encantado. Ele vem nas formas de Nikolaj Coster-Waldau (da série Game of Thrones).

O pior acontece e logo ela descobre que o sujeito é casado, situação passível para qualquer pessoa. Desconfiada, a esposa do sujeito, papel de Leslie Mann (Bling Ring), confronta a protagonista percebendo ser a mais lesada pelas tramoias do sujeito. Solitária e sem amigos em quem confiar, a esposa decide confidenciar na amante suas fraquezas e nela buscar forças para decidir como enfrentar tal momento.



The Other Woman 4

As duas então decidem sabotar o sujeito e terminam por descobrir mais uma presa do conquistador, a jovem Amber, papel de Kate Upton (Os Três Patetas). A amizade de mulherzinha entre as três personagens traídas pelo homem canalha é o mote desta comédia de vingança dos sexos. É justamente aí que a obra norte-americana difere de sua contraparte brasileira citada. Ao descobrir a traição, o desejo aqui é o de vingança (ou a indiferença, como no caso de Diaz inicialmente) ao contrário da submissão em querer reaver um relacionamento podre meramente pelo costume, ideia plantada na obra nacional.

Isso sem ser cínica demais, explorando também o lado do sentimento, em especial no caso de Mann. Casada há anos com o sujeito, a personagem Kate tem recaídas como qualquer ser humano e sentimentos ilusórios de que as coisas poderão finalmente dar certo. No entanto, o filme do diretor Nick Cassavetes, filho dos icônicos John Cassavetes e Gena Rowlands, se trai ao perder a autoridade de discutir (mesmo que de forma cômica) o assunto principal optando pelo pastelão e pelo escatológico.

The Other Woman 5

Diaz e Cassavetes já haviam trabalhado juntos anteriormente no drama Uma Prova de Amor (2009), filme de cunho bem diferente e no qual a atriz possui um bom desempenho. Diaz exibe uma excelente forma física aqui, superior inclusive a da colega de elenco Upton, que tem a favor sua juventude e o fato de ser uma modelo de biquínis. Diaz também foi modelo e talvez Upton esteja seguindo de perto seus passos. A protagonista, que tem uma carreira mais confortável na comédia, já tem experiência o suficiente neste tipo de filme para tirar de letra suas cenas.

The Other Woman 2

Comédia é difícil. E por mais que a maioria dos detratores não dê o valor que este gênero cinematográfico merece, é seguro dizer que Diaz é uma especialista na coisa e uma das melhores e mais carismáticas protagonistas para este tipo de filme. Já Mann fica com o pedaço mais curto da vara. Sua personagem está a um passo de uma crise nervosa e de ser considerada mentalmente instável. Ela se comporta como uma louca infantilizada. Seus momentos rendem cenas verdadeiramente embaraçosas. A ideia talvez fosse transformar Mann, sempre o ponto sério na maioria dos filmes, na desvairada ensandecida. Não funciona.

Outro ponto negativo do roteiro, uma constante dentro do mercadão americano, é simplificar e facilitar a conclusão transformando o sujeito mulherengo em um vilão absoluto, incluindo na trama seus negócios escusos. Afinal, seria muito mais difícil elevar as apostas caso o personagem fosse de exímia astúcia financeira e seu único defeito de fato, o vício carnal. Não posso dizer que Mulheres ao Ataque funcione. É previsível, simples e tem como maior defeito a falta de graça. No entanto, sua vontade é admirável. Ah sim, a cantora sensação Nicki Minaj se sai bem em sua estreia nas telonas.

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O pior acontece e logo ela descobre que o sujeito é casado, situação passível para qualquer pessoa. Desconfiada, a esposa do sujeito, papel de Leslie Mann (Bling Ring), confronta a protagonista percebendo ser a mais lesada pelas tramoias do sujeito. Solitária e sem amigos em quem confiar, a esposa decide confidenciar na amante suas fraquezas e nela buscar forças para decidir como enfrentar tal momento.

The Other Woman 4

As duas então decidem sabotar o sujeito e terminam por descobrir mais uma presa do conquistador, a jovem Amber, papel de Kate Upton (Os Três Patetas). A amizade de mulherzinha entre as três personagens traídas pelo homem canalha é o mote desta comédia de vingança dos sexos. É justamente aí que a obra norte-americana difere de sua contraparte brasileira citada. Ao descobrir a traição, o desejo aqui é o de vingança (ou a indiferença, como no caso de Diaz inicialmente) ao contrário da submissão em querer reaver um relacionamento podre meramente pelo costume, ideia plantada na obra nacional.

Isso sem ser cínica demais, explorando também o lado do sentimento, em especial no caso de Mann. Casada há anos com o sujeito, a personagem Kate tem recaídas como qualquer ser humano e sentimentos ilusórios de que as coisas poderão finalmente dar certo. No entanto, o filme do diretor Nick Cassavetes, filho dos icônicos John Cassavetes e Gena Rowlands, se trai ao perder a autoridade de discutir (mesmo que de forma cômica) o assunto principal optando pelo pastelão e pelo escatológico.

The Other Woman 5

Diaz e Cassavetes já haviam trabalhado juntos anteriormente no drama Uma Prova de Amor (2009), filme de cunho bem diferente e no qual a atriz possui um bom desempenho. Diaz exibe uma excelente forma física aqui, superior inclusive a da colega de elenco Upton, que tem a favor sua juventude e o fato de ser uma modelo de biquínis. Diaz também foi modelo e talvez Upton esteja seguindo de perto seus passos. A protagonista, que tem uma carreira mais confortável na comédia, já tem experiência o suficiente neste tipo de filme para tirar de letra suas cenas.

The Other Woman 2

Comédia é difícil. E por mais que a maioria dos detratores não dê o valor que este gênero cinematográfico merece, é seguro dizer que Diaz é uma especialista na coisa e uma das melhores e mais carismáticas protagonistas para este tipo de filme. Já Mann fica com o pedaço mais curto da vara. Sua personagem está a um passo de uma crise nervosa e de ser considerada mentalmente instável. Ela se comporta como uma louca infantilizada. Seus momentos rendem cenas verdadeiramente embaraçosas. A ideia talvez fosse transformar Mann, sempre o ponto sério na maioria dos filmes, na desvairada ensandecida. Não funciona.

Outro ponto negativo do roteiro, uma constante dentro do mercadão americano, é simplificar e facilitar a conclusão transformando o sujeito mulherengo em um vilão absoluto, incluindo na trama seus negócios escusos. Afinal, seria muito mais difícil elevar as apostas caso o personagem fosse de exímia astúcia financeira e seu único defeito de fato, o vício carnal. Não posso dizer que Mulheres ao Ataque funcione. É previsível, simples e tem como maior defeito a falta de graça. No entanto, sua vontade é admirável. Ah sim, a cantora sensação Nicki Minaj se sai bem em sua estreia nas telonas.

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