quinta-feira , 21 novembro , 2024

Normal People: A arte de levar a banalidade a sério (Entrevista)

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O que em outra realidade seria uma breve confraternização entre jornalistas em uma sala de espera com café, bolos e um brindezinho é, em 2020, uma conferência no Zoom com pessoas de todos os cantos que, assim como você, aguardam desajeitadas e repassam a pauta de dentro de suas casas. Alguém esquece de desligar o microfone e conversa em espanhol com o companheiro para que todo o grupo de desconhecidos ouça, sem querer, uma troca sobre a rotina da casa, enquanto tem um vislumbre de dentro de um guarda-roupas e vê outros checando incessantemente os equipamentos eletrônicos, ajeitando os cabelos e se reposicionando na cadeira. O “novo normal” — que, para todos os efeitos, é mais constrangedor do que qualquer outra coisa, tem apenas um detalhe em comum com o assunto deste texto: o normal está só no nome.

“É tudo muito esquisito e difícil de acreditar, porque está apenas no meu celular, então nada parece real”, conta Daisy Edgar-Jones. A atriz britânica que interpreta a protagonista Marianne no romance ‘Normal People’ revela que jamais esperava a recepção positiva que vem ganhando nas redes sociais desde o lançamento da série na Inglaterra e nos Estados Unidos. “Quando você desliga o celular, ainda é você, no seu quarto, com suas franjas, mantendo a quarentena. Mas eu acho incrível ver a reação que as pessoas vêm tendo à série, e saber que ela está mexendo com o público da mesma forma que o livro mexeu comigo quando o li.”



O dito livro é homônimo, o best-seller ‘Pessoas Normais’, de Sally Rooney. A história acompanha o romance gangorra dos irlandeses Marianne e Connell, do fim do ensino médio até o final da faculdade. Mais do que um confortável jogo de ‘vai e volta’ das comédias românticas, o drama mostra duas almas em busca de conforto, de um respiro no meio do excesso de informações da era das tecnologias que, paralelamente, os faz se desassociarem das próprias emoções. É uma trama geracional, sobre os quase-míticos Millennials.

Como em qualquer bom romance, Marianne e Connell são completamente diferentes. Eles estudam na mesma turma, mas são de classes sociais opostas e, em comportamento, também não se batem. Ela é a nerd introvertida, desaforada e de poucos amigos, ele é o atleta popular, boa-praça e rodeado com sua turma, que esconde o gosto pelos livros e também por Marianne. Mas o que essa dinâmica pode ter de tão transgressora?

“No momento atual, particularmente na televisão, parece radical retornar a um tipo de abordagem clássica”, opina o diretor Lenny Abrahamson (O Quarto de Jack), que comanda os 6 primeiros dos 12 episódios. “O interessante é, no contexto da TV contemporânea, contar uma história sobre adolescentes/jovens mas evitar todo o brilho, toda a sensualidade, evitar os clichês do formato e tratá-la de uma forma muito cuidadosa e naturalista. Isso pareceu algo diferente a ser feito. E queríamos que isso surpreendesse o público, que permitisse às pessoas olharem para estes personagens fora da caixinha de um drama contemporâneo normal. É uma peça séria de cinematografia sobre algo que normalmente não é levado a sério.”

Com estreia marcada para o dia 16 de julho na Starzplay, ‘Normal People’ tem muitos trunfos guardados em sua cartola, e um deles está na direção de elenco que faz da Marianne de Edgar-Jones e do Connell de Paul Mescal a dupla certa. 

Lenny Abrahamson

“O processo de escalação foi longo, porque tudo depende de acertar no elenco”, conta o diretor. “Não importava o roteiro ser bom se não conseguíssemos o elenco. Nós tínhamos um longo prazo, de três meses, mas Paul surgiu bem cedo, e ele foi escalado primeiro. Eu não tinha dúvidas de que era ele.”

“Então começou a parte difícil, encontrar quem pudesse interpretar uma personagem tão complexa quanto a Marianne e que também tivesse química com os outros atores. Procuramos por todos os lugares, Irlanda, Inglaterra, Austrália, Estados Unidos, provavelmente vimos umas 1000 Mariannes. E então veio a Daisy. Não sei como nós a perdemos da primeira vez, ela fez um teste gravado para mim. E ela era lindamente delicada, profunda, natural. Torci para dar certo, trouxemos a Daisy e ela conheceu Paul. Testamos os dois juntos, e ficou óbvio para todos os que estavam na sala. Eles estavam sincronizados, criativamente, e as cenas ganharam vida. Todos que estavam na sala quando eles fizeram o teste tinham lágrimas nos olhos ao final da primeira cena. Então, eu pensei: ‘Ok, isso é um bom sinal’.”

E bota bom sinal nisso. “Só estou dizendo isso porque vocês estão na sala, pessoal”, alerta o diretor aos seus protagonistas. “Senão, a resposta seria completamente diferente.” 

“Ah, eu sei bem disso”, rebate Mescal — a quem Abrahamson se refere como “chefe”— também em tom de brincadeira.

Paul Mescal como Connell
Paul Mescal como Connell

A boa dinâmica entre o grupo é evidente, e essencial para que a intimidade entre Marianne e Connell seja sentida nas telas. O esforço é conjunto: a equipe trabalhou ao lado de Ita O’Brien, responsável por coordenar cada uma das cenas íntimas e coreografar cada beijo e cada toque, sempre se certificando do conforto dos envolvidos.

“Isso é algo que eu jamais poderia compreender”, confessa Edgar-Jones, “e acho poderoso demais olhar para trás e ver que os trabalhos de todos os departamentos estão sendo celebrados. Então, é claro, Lorna, que era a nossa figurinista, e tantos outros, como Sandra e Sharon, que fizeram o cabelo e a maquiagem. É empolgante ver que a celebração vai também para todos eles.”

Segundo livro lançado por Rooney, ‘Pessoas Normais’ tem uma diferença essencial das páginas para as telas, presente sobretudo nos monólogos de Marianne e Connel. Inseri-los nos episódios de variadas formas foi um exercício de criatividade e de confiança.

“Os escritores têm a vantagem de poderem descrever o que um personagem está sentindo, mas nós temos a vantagem de termos rostos humanos para onde olhar”, compara o diretor. “Embora você não possa descrever detalhes específicos do que alguém está pensando, você pode sentir isso de alguma forma, assim como fazemos com as pessoas nas nossas vidas. E é incrível o quanto nós somos bons interpretando outras pessoas a partir de linguagem corporal e expressões faciais — isso tudo junto a uma habilidosa adaptação, o que significa que alguns desses monólogos são utilizados em cenas de diálogo, de forma muito cuidadosa.”

“O audiovisual tem sua própria linguagem, e privacidade e esse tipo de reflexão são feitos de outra forma. Mas são feitos com a câmera, com a passagem do tempo, com a música e com a criação da atmosfera correta”, continua. “Para mim, foi sobre confiar no processo que eu sempre sigo, acreditando no meio e na forma. Com ótimos atores e ótima escrita, você consegue capturar o que está dentro da cabeça de uma pessoa.”

O resultado desta equação é um retrato de intimidade que, de tão íntimo, quase evoca no público a necessidade de olhar para o outro lado — Marianne e Connell dividem sentimentos e sensações que parecem ter sido feitas para ficarem apenas entre eles, mais ninguém, e ainda assim estamos ali, mais perto do que qualquer outra pessoa.

“Eu me sentia extremamente próximo a eles quando estava lendo, fisicamente, porque [Rooney] te coloca dentro dos menores gestos e das pequenas oscilações de sentimento. Então havia um desafio a ser cumprido de forma a como apresentar isso em cena, e nós trabalhamos com uma diretora de fotografia brilhante chamada Suzy Laval. Nós conversamos bastante sobre como filmar, e utilizamos uma câmera que é mais fechada do que o convencional, com um foco mais raso.”

“Isso é desafiador para os atores, porque significa que a câmera está muito perto deles, fisicamente, em boa parte do tempo. É difícil interpretar com essa presença enorme na sua frente, mas isso nos dá a sensação de estarmos dentro dos personagens, de uma certa forma. Você não está assistindo da mesma forma que o restante das pessoas naquela cena, você está ainda mais presente.”

Daisy Edgar-Jones como Marianne
Daisy Edgar-Jones como Marianne

Para Mescal e Edgar-Jones, no entanto, o que fica de lição é o tanto que eles mesmos aprendem com Connell e Marianne.

“O que a série faz de tão brilhante é nos mostrar o que significa ser uma pessoa normal”, aponta a atriz. “De uma certa forma, isso contrapõe o fato de nenhum de nós ser normal. Todos os sentimentos são válidos, passamos por altos e baixos diferentes ao longo de nossas vidas, e tudo bem aproveitar a jornada enquanto for possível. É isso que a série nos ensina. Está tudo bem se você não estiver levando a vida perfeita o tempo todo, a verdade é o que faz sentido para você.”

Mescal finaliza: “O que eles aprenderam, potencialmente, sobre seus sentimentos, é que eles são incrivelmente complexos, e que decisões temperamentais podem causar muita dor ou também muita alegria, quando aproveitadas da maneira correta. Na minha opinião, a série lida com o fato de sentimentos serem complicados, pelo menos na perspectiva de Connell. Eles são fáceis de serem sentidos, mas difíceis de serem expressados, se é que isso faz algum sentido. E isso é válido para a vida”.

https://www.youtube.com/watch?v=xBEB76OGPUw

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Laysa Zanettihttps://cinepop.com.br
Repórter, Crítica de Cinema e TV formada em Twin Peaks, Fringe, The Leftovers e The Americans. Já vi Laranja Mecânica mais vezes que você e defendo o final de Lost.

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O que em outra realidade seria uma breve confraternização entre jornalistas em uma sala de espera com café, bolos e um brindezinho é, em 2020, uma conferência no Zoom com pessoas de todos os cantos que, assim como você, aguardam desajeitadas e repassam a pauta de dentro de suas casas. Alguém esquece de desligar o microfone e conversa em espanhol com o companheiro para que todo o grupo de desconhecidos ouça, sem querer, uma troca sobre a rotina da casa, enquanto tem um vislumbre de dentro de um guarda-roupas e vê outros checando incessantemente os equipamentos eletrônicos, ajeitando os cabelos e se reposicionando na cadeira. O “novo normal” — que, para todos os efeitos, é mais constrangedor do que qualquer outra coisa, tem apenas um detalhe em comum com o assunto deste texto: o normal está só no nome.

“É tudo muito esquisito e difícil de acreditar, porque está apenas no meu celular, então nada parece real”, conta Daisy Edgar-Jones. A atriz britânica que interpreta a protagonista Marianne no romance ‘Normal People’ revela que jamais esperava a recepção positiva que vem ganhando nas redes sociais desde o lançamento da série na Inglaterra e nos Estados Unidos. “Quando você desliga o celular, ainda é você, no seu quarto, com suas franjas, mantendo a quarentena. Mas eu acho incrível ver a reação que as pessoas vêm tendo à série, e saber que ela está mexendo com o público da mesma forma que o livro mexeu comigo quando o li.”

O dito livro é homônimo, o best-seller ‘Pessoas Normais’, de Sally Rooney. A história acompanha o romance gangorra dos irlandeses Marianne e Connell, do fim do ensino médio até o final da faculdade. Mais do que um confortável jogo de ‘vai e volta’ das comédias românticas, o drama mostra duas almas em busca de conforto, de um respiro no meio do excesso de informações da era das tecnologias que, paralelamente, os faz se desassociarem das próprias emoções. É uma trama geracional, sobre os quase-míticos Millennials.

Como em qualquer bom romance, Marianne e Connell são completamente diferentes. Eles estudam na mesma turma, mas são de classes sociais opostas e, em comportamento, também não se batem. Ela é a nerd introvertida, desaforada e de poucos amigos, ele é o atleta popular, boa-praça e rodeado com sua turma, que esconde o gosto pelos livros e também por Marianne. Mas o que essa dinâmica pode ter de tão transgressora?

“No momento atual, particularmente na televisão, parece radical retornar a um tipo de abordagem clássica”, opina o diretor Lenny Abrahamson (O Quarto de Jack), que comanda os 6 primeiros dos 12 episódios. “O interessante é, no contexto da TV contemporânea, contar uma história sobre adolescentes/jovens mas evitar todo o brilho, toda a sensualidade, evitar os clichês do formato e tratá-la de uma forma muito cuidadosa e naturalista. Isso pareceu algo diferente a ser feito. E queríamos que isso surpreendesse o público, que permitisse às pessoas olharem para estes personagens fora da caixinha de um drama contemporâneo normal. É uma peça séria de cinematografia sobre algo que normalmente não é levado a sério.”

Com estreia marcada para o dia 16 de julho na Starzplay, ‘Normal People’ tem muitos trunfos guardados em sua cartola, e um deles está na direção de elenco que faz da Marianne de Edgar-Jones e do Connell de Paul Mescal a dupla certa. 

Lenny Abrahamson

“O processo de escalação foi longo, porque tudo depende de acertar no elenco”, conta o diretor. “Não importava o roteiro ser bom se não conseguíssemos o elenco. Nós tínhamos um longo prazo, de três meses, mas Paul surgiu bem cedo, e ele foi escalado primeiro. Eu não tinha dúvidas de que era ele.”

“Então começou a parte difícil, encontrar quem pudesse interpretar uma personagem tão complexa quanto a Marianne e que também tivesse química com os outros atores. Procuramos por todos os lugares, Irlanda, Inglaterra, Austrália, Estados Unidos, provavelmente vimos umas 1000 Mariannes. E então veio a Daisy. Não sei como nós a perdemos da primeira vez, ela fez um teste gravado para mim. E ela era lindamente delicada, profunda, natural. Torci para dar certo, trouxemos a Daisy e ela conheceu Paul. Testamos os dois juntos, e ficou óbvio para todos os que estavam na sala. Eles estavam sincronizados, criativamente, e as cenas ganharam vida. Todos que estavam na sala quando eles fizeram o teste tinham lágrimas nos olhos ao final da primeira cena. Então, eu pensei: ‘Ok, isso é um bom sinal’.”

E bota bom sinal nisso. “Só estou dizendo isso porque vocês estão na sala, pessoal”, alerta o diretor aos seus protagonistas. “Senão, a resposta seria completamente diferente.” 

“Ah, eu sei bem disso”, rebate Mescal — a quem Abrahamson se refere como “chefe”— também em tom de brincadeira.

Paul Mescal como Connell
Paul Mescal como Connell

A boa dinâmica entre o grupo é evidente, e essencial para que a intimidade entre Marianne e Connell seja sentida nas telas. O esforço é conjunto: a equipe trabalhou ao lado de Ita O’Brien, responsável por coordenar cada uma das cenas íntimas e coreografar cada beijo e cada toque, sempre se certificando do conforto dos envolvidos.

“Isso é algo que eu jamais poderia compreender”, confessa Edgar-Jones, “e acho poderoso demais olhar para trás e ver que os trabalhos de todos os departamentos estão sendo celebrados. Então, é claro, Lorna, que era a nossa figurinista, e tantos outros, como Sandra e Sharon, que fizeram o cabelo e a maquiagem. É empolgante ver que a celebração vai também para todos eles.”

Segundo livro lançado por Rooney, ‘Pessoas Normais’ tem uma diferença essencial das páginas para as telas, presente sobretudo nos monólogos de Marianne e Connel. Inseri-los nos episódios de variadas formas foi um exercício de criatividade e de confiança.

“Os escritores têm a vantagem de poderem descrever o que um personagem está sentindo, mas nós temos a vantagem de termos rostos humanos para onde olhar”, compara o diretor. “Embora você não possa descrever detalhes específicos do que alguém está pensando, você pode sentir isso de alguma forma, assim como fazemos com as pessoas nas nossas vidas. E é incrível o quanto nós somos bons interpretando outras pessoas a partir de linguagem corporal e expressões faciais — isso tudo junto a uma habilidosa adaptação, o que significa que alguns desses monólogos são utilizados em cenas de diálogo, de forma muito cuidadosa.”

“O audiovisual tem sua própria linguagem, e privacidade e esse tipo de reflexão são feitos de outra forma. Mas são feitos com a câmera, com a passagem do tempo, com a música e com a criação da atmosfera correta”, continua. “Para mim, foi sobre confiar no processo que eu sempre sigo, acreditando no meio e na forma. Com ótimos atores e ótima escrita, você consegue capturar o que está dentro da cabeça de uma pessoa.”

O resultado desta equação é um retrato de intimidade que, de tão íntimo, quase evoca no público a necessidade de olhar para o outro lado — Marianne e Connell dividem sentimentos e sensações que parecem ter sido feitas para ficarem apenas entre eles, mais ninguém, e ainda assim estamos ali, mais perto do que qualquer outra pessoa.

“Eu me sentia extremamente próximo a eles quando estava lendo, fisicamente, porque [Rooney] te coloca dentro dos menores gestos e das pequenas oscilações de sentimento. Então havia um desafio a ser cumprido de forma a como apresentar isso em cena, e nós trabalhamos com uma diretora de fotografia brilhante chamada Suzy Laval. Nós conversamos bastante sobre como filmar, e utilizamos uma câmera que é mais fechada do que o convencional, com um foco mais raso.”

“Isso é desafiador para os atores, porque significa que a câmera está muito perto deles, fisicamente, em boa parte do tempo. É difícil interpretar com essa presença enorme na sua frente, mas isso nos dá a sensação de estarmos dentro dos personagens, de uma certa forma. Você não está assistindo da mesma forma que o restante das pessoas naquela cena, você está ainda mais presente.”

Daisy Edgar-Jones como Marianne
Daisy Edgar-Jones como Marianne

Para Mescal e Edgar-Jones, no entanto, o que fica de lição é o tanto que eles mesmos aprendem com Connell e Marianne.

“O que a série faz de tão brilhante é nos mostrar o que significa ser uma pessoa normal”, aponta a atriz. “De uma certa forma, isso contrapõe o fato de nenhum de nós ser normal. Todos os sentimentos são válidos, passamos por altos e baixos diferentes ao longo de nossas vidas, e tudo bem aproveitar a jornada enquanto for possível. É isso que a série nos ensina. Está tudo bem se você não estiver levando a vida perfeita o tempo todo, a verdade é o que faz sentido para você.”

Mescal finaliza: “O que eles aprenderam, potencialmente, sobre seus sentimentos, é que eles são incrivelmente complexos, e que decisões temperamentais podem causar muita dor ou também muita alegria, quando aproveitadas da maneira correta. Na minha opinião, a série lida com o fato de sentimentos serem complicados, pelo menos na perspectiva de Connell. Eles são fáceis de serem sentidos, mas difíceis de serem expressados, se é que isso faz algum sentido. E isso é válido para a vida”.

https://www.youtube.com/watch?v=xBEB76OGPUw

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Repórter, Crítica de Cinema e TV formada em Twin Peaks, Fringe, The Leftovers e The Americans. Já vi Laranja Mecânica mais vezes que você e defendo o final de Lost.

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