O carnaval está chegando. Na próxima sexta-feira, dia 28 de fevereiro, começa a maior festa do Brasil. Com o calor que já passou faz tempo dos 40 graus, muitos foliões irão optar pelo “bloco dos streamings”. Afinal, nada melhor do que sombra e água fresca. Até mesmo se você for um festeiro inveterado, em algum momento você deve parar em casa para respirar. E é justamente para este momento, ou para os que não irão “colocar o bloco na rua” nem por um decreto, esta nova matéria.
Aqui, o objetivo é fazer você, querido leitor, se apaixonar. E para isso não precisará nem mesmo passar calor na rua fantasiado. Basta acessar o streaming da Max, que conta com as maiores produções de um dos maiores estúdios de Hollywood, a Warner Bros. A Max conta ainda com grande parte do acervo da Columbia Pictures (Sony) também. Aqui vão 10 dicas de filmes nostálgicos da década de 1990, para você relembrar, ou se for mais jovem, conhecer. Em todos os casos, certamente irá se apaixonar. Confira.
Como Água para Chocolate (1992)
Se você é assinante da Max, certamente conhece esse título. Isso porque o streaming lançou ano passado uma série, baseada no livro de Laura Esquivel. A história, passada no México, tem elementos de Gabriel García Márquez, ou seja, é uma narrativa romântica, com toques de surrealismo. Aqui, uma jovem impedida de casar para que tome conta da mãe quando ela ficar velha, sonha de amores com um homem, que se casa com sua irmã apenas para ficar perto dela. A culinária faz grande parte desta narrativa. Mas os cinéfilos mais escolados sabem muito bem que essa história ganhou um filme para os cinemas em 1992, que fez bastante sucesso. E sem perder tempo, a Max também disponibiliza essa primeira versão.
Sintonia de Amor (1993)
O amor nunca sai de moda. Mas tudo que o cerca sim. Como a sociedade em que o romance se desenvolve e a tecnologia usada para sua concretização. É o caso com esse romance ainda muito querido, que foi a primeira parceria de sucesso entre Tom Hanks e Meg Ryan, um dos casais mais queridos das telas. Na era totalmente informatizada de hoje, de internet, redes sociais e aplicativos de encontros, pode soar estranho para os mais jovens um programa de rádio para o qual as pessoas ligavam de seu telefone fixo em casa para encontrar o amor verdadeiro.
Bem, ou quase. Na trama, Hanks vive um viúvo. Seu filho pequeno, deseja que ele volte ao jogo do namoro, e termina ligando para um programa e contando tudo sobre o pai. Uma mulher (Ryan) ouve no rádio, e se apaixona pelo sujeito, fazendo de sua missão encontra-lo.
Mens@gem para Você (1998)
Quando a parceria é boa, é preciso repeti-la. Meg Ryan e Tom Hanks haviam aparecido juntos pela primeira vez em ‘Joe Contra o Vulcão’ (1990), longa que não fez muito sucesso. Mas foi em ‘Sintonia de Amor’ que os produtores viram que a dupla dava muito certo junto, e o resultado foi que conseguiram apaixonar o mundo todo com esta história de amor.
Assim, cinco anos depois, os mesmos realizadores, o que inclui a mesma diretora Nora Ephron, apostava de novo no time que estava ganhando para um novo sucesso. Em ‘Mens@gem para você’ (viu o título espertinho aqui no Brasil, já brincando com a era da internet e dos e-mails), Ryan vive a dona de uma livraria pequena, mas muito charmosa, de bairro. E Hanks é o dono de uma rede de livrarias que deseja comprar a dela. Na vida real, eles se odeiam. Mas terminam engatando um romance virtual, é claro, sem saber que eles são eles.
O Casamento do Meu Melhor Amigo (1997)
A estrela Julia Roberts já foi conhecida como “a Namoradinha da América”, ou a rainha das comédias românticas. E esse título começou com ‘Uma Linda Mulher’ (1990), romance atemporal que subverte a história da Cinderela para os tempos atuais. Além de transformar Roberts em uma estrela internacional, o filme ainda a indicou ao Oscar na categoria de atriz principal.
Mas sua carreira começou a bambear depois disso, graças a uma série de produções, digamos, não muito apreciadas. Mas tudo isso mudaria com este filme. ‘O Casamento do Meu Melhor Amigo’ iniciaria uma nova boa fase na carreira da atriz. No longa, ela vive a melhor amiga de um sujeito por quem é secretamente apaixonada. Quando ele liga para a convidar para o seu casamento, ela percebe que precisa impedir o casório e se declarar para ele. Politicamente incorreto? Com certeza, mas esses eram os anos 90.
Meu Primeiro Amor (1991)
Aqui temos filmes românticos de todos os tipos, para todos os gostos e todas as ideias. Bem mais um filme para toda a família, o inocente ‘Meu Primeiro Amor’ marcou época. Mas não pense você que o longa é apenas uma “aguinha com açúcar”, pois o seu final ainda deixa muito marmanjo com os olhos marejados devido ao soco no estômago que se recebe – muitos anos antes de ‘Ponte para Terabítia’ fazer o mesmo.
Na trama, a graciosa Vada (Anna Chlumsky) cresceu sem a mãe e foi criada apenas pelo pai viúvo (Dan Aykroyd). A menina é independente e muito esperta. Sua história de amadurecimento envolve uma nova namorada para o pai (Jamie Lee Curtis), um melhor amigo apaixonado por ela (Macaulay Culkin) e a paixão dela pelo professor da escola. No final, ela terá outra lição sobre a vida e a morte.
Meu Primeiro Amor 2 (1994)
Muitos continuam achando esse título em português estranho até hoje. Não seria melhor “Meu Segundo Amor”? Tudo bem, se fosse, talvez grande parte do público não faria a associação com o primeiro. Seja como for, é estranho ter dois primeiro amor. Aqui, Vada já está crescidinha e se tornou uma adolescente. Na nova trama, ela agora passa por todas as questões da puberdade e, é claro, irá arrumar um primeiro namorado (Austin O’Brien – de ‘O Último Grande Herói’); além de lidar com os traumas do primeiro filme, de ter perdido seu melhor amigo e primeira paixão de infância.
Don Juan DeMarco (1994)
Poucas histórias são tão românticas quanto a de Don Juan DeMarco, o sedutor de Sevilha. Mas ao contrário do que muitos possam pensar, Don Juan não é uma figura real, mas sim um personagem fictício, que apareceu na literatura espanhola pela primeira vez em 1630. A figura logo ficaria marcada como o maior sedutor de todos os tempos. Justamente por isso, ainda hoje o termo “Don Juan” é usado para se referir a homens galanteadores ou conquistadores.
O filme, no entanto, não é a adaptação de algum conto do personagem, e sim uma brincadeira com tal mitologia. O lendário Marlon Brando é quem protagoniza como um psiquiatra trabalhando em um hospital. Um de seus pacientes jura que é Don Juan (papel de Johnny Depp). O que poderia ser facilmente descartado como ilusão, começa a cativar todos ao redor, com suas histórias muito reais. Assim, o paciente irá ajudar o médico com seus problemas pessoais em casa, em relação à esposa (papel de Faye Dunaway).
Corações Roubados (1996)
E se Julia Roberts foi considerada a namoradinha da América no começo dos anos 90, Sandra Bullock pegava esse posto em meados da mesma década, após estrelar o romântico ‘Enquanto Você Dormia’. Depois disso, a atriz encabeçou uma série de comédias românticas em sequência. Uma das mais obscuras é esta ‘Corações Roubados’, estrelada e escrita por Denis Leary. No filme a dupla vive um casal fora do comum: ele é um ladrão de obras de arte sem perspectiva na vida. Ela é a namorada dele, que tenta desesperadamente coloca-lo em um rumo melhor.
O Guarda-Costas (1992)
Como dito, os filmes românticos ficam bem se casados com qualquer outro gênero, como, por exemplo, o suspense e a ação. Pois é, o clássico atemporal ‘O Guarda-Costas’ é três em um ao mesmo tempo. O longa é um thriller de ação sobre um guarda-costas que é o melhor no que faz (papel de Kevin Costner), contratado pela maior celebridade dos EUA, uma cantora de enorme sucesso, interpretada por uma cantora de enorme sucesso da vida real: Whitney Houston. ‘O Guarda-Costas’, é claro, no meio de tanta tensão e das ameaças de morte que a estrela vem recebendo, se destaca pela história de amor, que nasce entre o protetor e a protegida. E claro, tudo embalado pelas canções emblemáticas da própria Whitney Houston.
Vestígios do Dia (1993)
Finalizando a matéria, temos o romance mais maduro da lista. Tipicamente britânico, ‘Vestígios do Dia’ é um filme refinado e ao mesmo tempo frio e seco. Baseado em um famoso livro, o longa traz o vencedor do Oscar Anthony Hopkins como um dedicado mordomo de uma rica família em uma mansão, nos anos que antecederam à Segunda Guerra Mundial. Sua maior motivação é servir aos patrões, com imensa dedicação e honra.
Seu trabalho é a coisa mais importante de sua vida. Ele não deixa nem sequer a inaptidão de seu pai (que também trabalha no local) atrapalha-lo. Porém, quando uma nova empregada, dona de um espírito livre e cheia de energia, chega ao local (papel de Emma Thompson), a vida do sujeito reservado irá mudar para sempre. O afeto que sente por ela é uma coisa totalmente nova em sua vida. E ele nem sabe se existe espaço para isso.
Assista:
