sábado , 21 dezembro , 2024

Novo TERROR dos produtores de ‘M3gan’ estreia no Prime Video… Mas vale a pena assistir?

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Blumhouse tornou-se bastante conhecida por trazer narrativas originais a um gênero já saturado: o do terror. Dentre as várias incursões de grande sucesso da produtora, comandada por Jason Blum, podemos citar ‘Freaky – No Corpo de um Assassino’, a franquia Sobrenatural e o vencedor do Oscar Corra!’. Entretanto, nos últimos anos, é notável como os nomes por trás da companhia parecem estar passando por uma fadiga criativa, errando o ponto de obras que poderiam ter causado um impacto significativo. Tivemos a decepcionante continuação direta de ‘O Exorcista’, que foi massacrado pela crítica e se tornou um fracasso de bilheteria; o frustrante ‘Five Nights at Freddy’s; e, agora, caminhamos para mais um deslize da produtora com Mergulho Noturno’ – que já está disponível no catálogo do Prime Video.

Dirigido por Bryce McGuire em sua estreia oficial no circuito de longas-metragens, a inesperada trama acompanha uma família que se muda para uma casa que contém uma belíssima piscina. Lá, o jogador de basebol aposentado Ray Weller (Wyatt Russell) procura construir uma nova vida ao descobrir que sofre de uma doença degenerativa cujas medidas são, àquele momento, apenas paliativas. Entretanto, ele começa a apresentar uma melhora significativa de saúde poucos dias depois, levando-os a desconfiar de uma força maligna que emana da própria piscina e que pode trazer caos e ruína. Apesar do surpreendente escopo narrativo, era notável que o projeto poderia ser um “tiro no pé” – e, infelizmente, foi isso o que aconteceu.



É notável como o primeiro ato do filme é construído com solidez invejável: após uma breve cena introdutória, que já mostra um pouco da atmosfera sobrenatural que ao menos deveria se apoderar do longa, migramos para a complexa estrutura da família Waller, em que Ray parece não conseguir lidar com seu afastamento daquilo que nasceu para fazer; entretanto, ele é amparado pelo amor incondicional da esposa, Eve (Kerry Condon), e dos filhos Izzy (Amèlie Hoeferle) e Elliot (Gavin Warren). Além disso, percebemos a tensão que existe entre os irmãos, bem como a angústia que Eve carrega consigo. Apresentar esse lado mais dramático tem como objetivo aprofundar a personalidade dos protagonistas e de que forma isso se conectará com o antagonista da narrativa – e isso funciona muito bem.

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Porém, à medida que chegamos à metade do filme, as coisas começam a desandar: a princípio, percebemos que tivemos apenas breves momentos em que a entidade dava as caras – e não um sentimento de terror e medo promovido pelo próprio título. Isso só acontece pouco antes do início do terceiro ato, e é aí que McGuire, também responsável pelo roteiro ao lado de Rod Blackhurst, se perde no que quer realmente contar. As cenas clássicas, que partem de uma estrutura convencional, mas prática, são transformadas em jump scares apressados que tentam convergir com a explicação de como combater a criatura da piscina. Os clichês falam tão alto que temos até a cansativa investida de “sacrifício” que, na verdade, envolve tudo com um kitsch muito exagerado.

O elenco, porém, faz um trabalho considerável para tentar ofuscar um roteiro mal escrito. Russell entrega uma boa performance e divide os holofotes com a tour-de-force guiada por Condon (que rouba nossa atenção a todo momento). Os jovens Warren e Hoeferle também têm seu momento de brilho, ajudando a fornecer ritmo dentro de uma corda-bamba. Não obstante esse comprometimento, existe um limite a que eles conseguem carregá-lo – e não há camadas o suficiente para compreendermos certas ações que simplesmente não fazem sentido. Logo, é perceptível que a engrenagem que não se encaixa nesse projeto ambicioso é o enredo.

A parte técnica também não tem muitos pontos altos. Os efeitos especiais são falhos em vários momentos e a estética dos espíritos malignos que assombram a família Waller parecem ter saído de um filme-B dos anos 1990, ignorando um suspense mais cauteloso que funcionaria de maneira melhor. A trilha sonora assinada por Mark Korven, mesmo causando o que deveria causar nos espectadores, nos força a um determinado espectro emocional, ainda mais em um melodrama desnecessário que finaliza a história. E a fotografia de Charlie Sarroff tem seus ápices, prezando por algumas cenas em supersimetria que auxiliam a trazer aflição e inquietação às telonas.

Mergulho Noturno é raso demais para ser levado a sério – e nem mesmo funciona como um bom passatempo. Com exceção do trabalho do elenco, que carrega uma química nítida, os amadores equívocos e um roteiro cru falam mais alto e mostram que a Blumhouse precisa passar por uma reestruturação criativa.

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Blumhouse tornou-se bastante conhecida por trazer narrativas originais a um gênero já saturado: o do terror. Dentre as várias incursões de grande sucesso da produtora, comandada por Jason Blum, podemos citar ‘Freaky – No Corpo de um Assassino’, a franquia Sobrenatural e o vencedor do Oscar Corra!’. Entretanto, nos últimos anos, é notável como os nomes por trás da companhia parecem estar passando por uma fadiga criativa, errando o ponto de obras que poderiam ter causado um impacto significativo. Tivemos a decepcionante continuação direta de ‘O Exorcista’, que foi massacrado pela crítica e se tornou um fracasso de bilheteria; o frustrante ‘Five Nights at Freddy’s; e, agora, caminhamos para mais um deslize da produtora com Mergulho Noturno’ – que já está disponível no catálogo do Prime Video.

Dirigido por Bryce McGuire em sua estreia oficial no circuito de longas-metragens, a inesperada trama acompanha uma família que se muda para uma casa que contém uma belíssima piscina. Lá, o jogador de basebol aposentado Ray Weller (Wyatt Russell) procura construir uma nova vida ao descobrir que sofre de uma doença degenerativa cujas medidas são, àquele momento, apenas paliativas. Entretanto, ele começa a apresentar uma melhora significativa de saúde poucos dias depois, levando-os a desconfiar de uma força maligna que emana da própria piscina e que pode trazer caos e ruína. Apesar do surpreendente escopo narrativo, era notável que o projeto poderia ser um “tiro no pé” – e, infelizmente, foi isso o que aconteceu.

É notável como o primeiro ato do filme é construído com solidez invejável: após uma breve cena introdutória, que já mostra um pouco da atmosfera sobrenatural que ao menos deveria se apoderar do longa, migramos para a complexa estrutura da família Waller, em que Ray parece não conseguir lidar com seu afastamento daquilo que nasceu para fazer; entretanto, ele é amparado pelo amor incondicional da esposa, Eve (Kerry Condon), e dos filhos Izzy (Amèlie Hoeferle) e Elliot (Gavin Warren). Além disso, percebemos a tensão que existe entre os irmãos, bem como a angústia que Eve carrega consigo. Apresentar esse lado mais dramático tem como objetivo aprofundar a personalidade dos protagonistas e de que forma isso se conectará com o antagonista da narrativa – e isso funciona muito bem.

Porém, à medida que chegamos à metade do filme, as coisas começam a desandar: a princípio, percebemos que tivemos apenas breves momentos em que a entidade dava as caras – e não um sentimento de terror e medo promovido pelo próprio título. Isso só acontece pouco antes do início do terceiro ato, e é aí que McGuire, também responsável pelo roteiro ao lado de Rod Blackhurst, se perde no que quer realmente contar. As cenas clássicas, que partem de uma estrutura convencional, mas prática, são transformadas em jump scares apressados que tentam convergir com a explicação de como combater a criatura da piscina. Os clichês falam tão alto que temos até a cansativa investida de “sacrifício” que, na verdade, envolve tudo com um kitsch muito exagerado.

O elenco, porém, faz um trabalho considerável para tentar ofuscar um roteiro mal escrito. Russell entrega uma boa performance e divide os holofotes com a tour-de-force guiada por Condon (que rouba nossa atenção a todo momento). Os jovens Warren e Hoeferle também têm seu momento de brilho, ajudando a fornecer ritmo dentro de uma corda-bamba. Não obstante esse comprometimento, existe um limite a que eles conseguem carregá-lo – e não há camadas o suficiente para compreendermos certas ações que simplesmente não fazem sentido. Logo, é perceptível que a engrenagem que não se encaixa nesse projeto ambicioso é o enredo.

A parte técnica também não tem muitos pontos altos. Os efeitos especiais são falhos em vários momentos e a estética dos espíritos malignos que assombram a família Waller parecem ter saído de um filme-B dos anos 1990, ignorando um suspense mais cauteloso que funcionaria de maneira melhor. A trilha sonora assinada por Mark Korven, mesmo causando o que deveria causar nos espectadores, nos força a um determinado espectro emocional, ainda mais em um melodrama desnecessário que finaliza a história. E a fotografia de Charlie Sarroff tem seus ápices, prezando por algumas cenas em supersimetria que auxiliam a trazer aflição e inquietação às telonas.

Mergulho Noturno é raso demais para ser levado a sério – e nem mesmo funciona como um bom passatempo. Com exceção do trabalho do elenco, que carrega uma química nítida, os amadores equívocos e um roteiro cru falam mais alto e mostram que a Blumhouse precisa passar por uma reestruturação criativa.

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