sexta-feira , 22 novembro , 2024

Crítica | O Ataque

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ROLAND EMMERICH DETONA A CASA BRANCA NOVAMENTE, DESSA VEZ SEM ALIENS

Não é estranho para o cinema de Hollywood apresentar dois filmes muito parecidos em sua trama, no mesmo ano. O que acontece é que apesar das similaridades de assuntos principais, geralmente todo o resto é diferente. Em 1998, por exemplo, a Disney e a Dreamworks apresentaram animações sobre insetos, diferentes em seu conteúdo. E por aí seguem filmes sobre vulcões, meteoros e a Segunda Guerra Mundial. Tudo isso ainda na década de 1990.

Esse ano, os filmes gêmeos resolveram escolher como tema ataques à Casa Branca. O curioso, no entanto, é que esses talvez sejam os filmes mais parecidos a usar o mesmo tema, não diferindo quase em nada. Em abril, recebemos nos cinemas brasileiros Invasão à Casa Branca, filme de ação nos moldes dos feitos na década de 1980, no qual Gerard Butler (Um Bom Partido) protagonizava como um sujeito marcado pela tragédia no trabalho, que desistia de servir como chefe da equipe treinada para proteger o presidente.



6

O filme misturava Duro de Matar com Na Linha de Fogo, e outra dezena de obras do gênero, se tornando um eficiente prazer culposo, daqueles em que deixamos apenas a diversão entrar conosco na sala de cinema, e o bom senso do lado de fora. Num cinema blockbuster atual regido por telas verde, Invasão à Casa Branca foi um bom respiro para os cinéfilos da velha guarda. O Ataque é o novo filme que aborda exatamente o mesmo tema: uma invasão absurda e inesperada num dos lugares mais bem guardados do mundo, onde apenas um sujeito pode salvar o dia.

Sai Gerard Butler e entra Channing Tatum. Não sei até que ponto isso é bom ou ruim, para meninas e rapazes. Entra Jamie Foxx também, como um presidente mais semelhante ao atual norte-americano. Tatum é Cale, um ex-soldado americano procurando emprego como agente do Serviço Secreto. Sua filha, papel de Joey King (quase sósia de Chloe Grace Moretz), é uma aficionada por tudo que diz respeito à Casa Branca, e não poderia estar mais feliz pelo pretenso novo trabalho do pai.

8

Através de um elaborado plano, que não vale revelar aqui para não estragar a surpresa, a Casa Branca é tomada com uma facilidade tremenda. Vale dizer apenas que aqui os vilões não são mais os coreanos, e que a trama consegue ser mais complexa e intrincada, e envolver mais pessoas, com diferentes objetivos. Também sentimos falta de cenas de ação insanas e non-sense, como quando o avião chega azucrinando o território americano, no filme de Gerard Butler. Embora não possua nada tão grandioso, O Ataque não deixa por menos em matéria de contagem de corpos e sangue.

Tatum faz um herói identificável. Ele não é o osso duro de roer de Butler (que sabemos que irá salvar o dia quase sem suar a camisa), e em muitos momentos realmente pensamos que ele não triunfará (precisando ser salvo por terceiros muitas vezes). O fato o aproxima mais do homem comum de Bruce Willis. O presidente americano dessa vez participa de quase toda a ação, o que transforma O Ataque em grande parte num buddie movie, filmes de ação com duplas disfuncionais.

7

O Presidente Sawyer de Foxx dispara gracinhas e frases de efeito, enquanto chuta a cara de bandidos, pula de elevadores e inclusive manuseia e dispara bazucas, enquanto o carro acelera pelos gramados da Casa Branca e mergulha na piscina. Em matéria de insanidade de ação, o filme chega bem perto de seu antecessor. Aqui também temos vilões atraentes para a garotada odiar. E eles vêm na forma de Jason Clarke (A Hora Mais Escura) e um caricato sujeito anabolizado e tatuado.

A criança do filme é mais esperta e não apenas a vítima dessa vez, ela filma os bandidos e publica na internet. O Ataque ainda conta com o peso de atores como James Woods (Jobs), Maggie Gyllenhaal (Histeria) e Richard Jenkins (Jack Reacher – O Último Tiro). Mas não podemos esquecer que seu predecessor fazia uso de gente como Morgan Freeman e Melissa Leo. Tá ok, isso não é uma competição, e muita gente que não assistiu a Invasão à Casa Branca certamente irá se divertir com O Ataque. Para todo o resto o sabor fica um pouco passado.

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Não é estranho para o cinema de Hollywood apresentar dois filmes muito parecidos em sua trama, no mesmo ano. O que acontece é que apesar das similaridades de assuntos principais, geralmente todo o resto é diferente. Em 1998, por exemplo, a Disney e a Dreamworks apresentaram animações sobre insetos, diferentes em seu conteúdo. E por aí seguem filmes sobre vulcões, meteoros e a Segunda Guerra Mundial. Tudo isso ainda na década de 1990.

Esse ano, os filmes gêmeos resolveram escolher como tema ataques à Casa Branca. O curioso, no entanto, é que esses talvez sejam os filmes mais parecidos a usar o mesmo tema, não diferindo quase em nada. Em abril, recebemos nos cinemas brasileiros Invasão à Casa Branca, filme de ação nos moldes dos feitos na década de 1980, no qual Gerard Butler (Um Bom Partido) protagonizava como um sujeito marcado pela tragédia no trabalho, que desistia de servir como chefe da equipe treinada para proteger o presidente.

6

O filme misturava Duro de Matar com Na Linha de Fogo, e outra dezena de obras do gênero, se tornando um eficiente prazer culposo, daqueles em que deixamos apenas a diversão entrar conosco na sala de cinema, e o bom senso do lado de fora. Num cinema blockbuster atual regido por telas verde, Invasão à Casa Branca foi um bom respiro para os cinéfilos da velha guarda. O Ataque é o novo filme que aborda exatamente o mesmo tema: uma invasão absurda e inesperada num dos lugares mais bem guardados do mundo, onde apenas um sujeito pode salvar o dia.

Sai Gerard Butler e entra Channing Tatum. Não sei até que ponto isso é bom ou ruim, para meninas e rapazes. Entra Jamie Foxx também, como um presidente mais semelhante ao atual norte-americano. Tatum é Cale, um ex-soldado americano procurando emprego como agente do Serviço Secreto. Sua filha, papel de Joey King (quase sósia de Chloe Grace Moretz), é uma aficionada por tudo que diz respeito à Casa Branca, e não poderia estar mais feliz pelo pretenso novo trabalho do pai.

8

Através de um elaborado plano, que não vale revelar aqui para não estragar a surpresa, a Casa Branca é tomada com uma facilidade tremenda. Vale dizer apenas que aqui os vilões não são mais os coreanos, e que a trama consegue ser mais complexa e intrincada, e envolver mais pessoas, com diferentes objetivos. Também sentimos falta de cenas de ação insanas e non-sense, como quando o avião chega azucrinando o território americano, no filme de Gerard Butler. Embora não possua nada tão grandioso, O Ataque não deixa por menos em matéria de contagem de corpos e sangue.

Tatum faz um herói identificável. Ele não é o osso duro de roer de Butler (que sabemos que irá salvar o dia quase sem suar a camisa), e em muitos momentos realmente pensamos que ele não triunfará (precisando ser salvo por terceiros muitas vezes). O fato o aproxima mais do homem comum de Bruce Willis. O presidente americano dessa vez participa de quase toda a ação, o que transforma O Ataque em grande parte num buddie movie, filmes de ação com duplas disfuncionais.

7

O Presidente Sawyer de Foxx dispara gracinhas e frases de efeito, enquanto chuta a cara de bandidos, pula de elevadores e inclusive manuseia e dispara bazucas, enquanto o carro acelera pelos gramados da Casa Branca e mergulha na piscina. Em matéria de insanidade de ação, o filme chega bem perto de seu antecessor. Aqui também temos vilões atraentes para a garotada odiar. E eles vêm na forma de Jason Clarke (A Hora Mais Escura) e um caricato sujeito anabolizado e tatuado.

A criança do filme é mais esperta e não apenas a vítima dessa vez, ela filma os bandidos e publica na internet. O Ataque ainda conta com o peso de atores como James Woods (Jobs), Maggie Gyllenhaal (Histeria) e Richard Jenkins (Jack Reacher – O Último Tiro). Mas não podemos esquecer que seu predecessor fazia uso de gente como Morgan Freeman e Melissa Leo. Tá ok, isso não é uma competição, e muita gente que não assistiu a Invasão à Casa Branca certamente irá se divertir com O Ataque. Para todo o resto o sabor fica um pouco passado.

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