Há exatos 22 anos, em 15 de junho de 1994, a Disney estreou nos cinemas norte-americanos seu maior sucesso (até ‘Frozen – Uma Aventura Congelante‘ bater o recorde em 2013): ‘O Rei Leão‘.
O 32º filme animado de longa-metragem da Walt Disney Pictures conquistou plateias no mundo todo, e até hoje encanta crianças e adultos. Sucesso de pública e crítica, arrecadou incríveis US$ 987 milhões.
A clássica animação deve ganhar uma nova roupagem em breve, com um live-action seguindo o mesmo estilo visual de ‘Cinderela‘ e ‘Malévola‘ – saiba mais!
A Disney se empolgou com o sucesso de ‘Mogli – O Menino Lobo‘, e já prepara versões atualizadas de seus clássicos ‘A Bela e a Fera‘, ‘Cruella‘, ‘Dumbo‘, ‘Mulan‘ e ‘Pinocchio‘.
Em ‘O Rei Leão‘, Mufasa (James Earl Jones), o Rei Leão, e a rainha Sarabi (Madge Sinclair) apresentam ao reino o herdeiro do trono, Simba (Matthew Broderick). O recém-nascido recebe a bênção do sábio babuíno Rafiki (Robert Guillaume), mas ao crescer é envolvido nas artimanhas de seu tio Scar (Jeremy Irons), o invejoso e maquiavélico irmão de Mufasa, que planeja livrar-se do sobrinho e herdar o trono.
Para comemorar o aniversário, o CinePOP selecionou os 10 Melhores animações da Era Pré-Digital!
Confira:
10. Fantasia
‘Fantasia’ ganha em beleza e originalidade, mas perde em empolgação. Foi um grande fiasco para os estúdios. O filme é a reunião de várias sequências animada acompanhadas por músicas clássicas; a mais famosa – e divertida – é a do Mickey Feiticeiro. O desejo de Walt Disney era relançar todo o ano o filme com cenas novas. Mas o fracasso de bilheterias impediu o projeto. Anos depois, em 1999, uma continuação chamada Fantasia 2000 foi lançado, mantendo o mesmo nível técnico.
9. Pinóquio
Muita criança deixou de mentir depois do nariz grande de Pinóquio. A história do boneco de madeira que ganha vida e depois se perde na cidade deixando seu pai-criador preocupado foi um dos mais tocantes e delicados filmes da Disney. O amor entre criador e criatura era puro e a delicadeza dos traços dos desenhistas do estúdio coincidia com a fragilidade do protagonista. O filme também sabia gerar pavor: quanta angustia a sequência onde o protagonista vira um burro.
8. Cinderela
A mocinha reprimida pelas irmãs, uma fada madrinha que lhe concede uma noite de princesa, um sapato deixado ao correr e um príncipe em busca do seu amor. Disney soube transpor para os desenhos a essência do conto de fadas clássico: a sensação de que uma gata borralheira só não é rainha porque lhe roubaram esse direito, mas um dia o príncipe virá resgatá-la. Sucesso nos cinemas e nas festas infantis.
7. A Dama e o Vagabundo
Apenas duas palavras: romântico e fofo. O romance clássico entre uma dama e um vagabundo onde o amor supera barreiras. E fofo… ora, porque os cães eram lindo e o beijo com o macarrão é o auge da pureza explicita encobrindo o erotismo subliminar.
6. Peter Pan
A Terra do Nunca é muito mais que o rancho de Michael Jackson. Lá, mora Peter Pan, o menino que não queria crescer. E é nessa terra de magia quer Wendy e seus irmãos são levados para viver aventuras com piratas e fadas miúdas. O filme foi baseado na peça de teatro homônima de J. M. Barrie, que inspirou muitas adaptações para teatro, livros e filmes. A versão da Disney, de 1953, continua a mais conhecida. Em 2004, a história do criador de Peter Pan foi levada às telas no longa “Em Busca da Terra do Nunca”.
Entre os filmes onde a protagonista é uma princesa, este foi o mais equilibrado: há o romance clássico, que agradam às meninas, e ótimas cenas de ação para os garotos. E tem suspense, belas cenas, como a do castelo da Bela, e um das mais medonhas vilãs dos desenhos. O humor é garantido pelas fadas madrinhas!
4. Aladdin
“Aí, vem, o Príncipe Ali! Salve, o Príncipe Ali!” Anuncia a música enquanto Aladdin entra no reino de Agrabah como se fosse um grande príncipe! O filme pode parecer um pouco monótono para padrões atuais, mas foi febre a história do “pivete” que encontra uma lâmpada mágica. Pontos altos: as piadas, as músicas, as piadas do Gênio da Lâmpada, o próprio Gênio! Aliais, o filme inteiro é um ponto alto!
3. A Branca de Neve e os Sete Anões
Não foi apenas uma obra-prima. Inaugurou da era dos desenhos. Foi com a história da menina que foge da madrasta e se refugia com sete anões que Walt Disney mostrou ser possível fazer desenhos animados em formato de longa-metragem. Mas o filme não é só isso: tem um belo acabamento, uma história bem contada, personagens antológicos e uma bela abertura. Recebeu um prêmio especial: um Oscar e sete Mini-Oscars.
Este só não é primeiro porque tinha que ter um segundo. Ótimos traços, algumas das mais belas músicas dos desenhos, bela história. O filme consegue evoluir do suspense para o romance e depois para a ação sem tropeços. O prólogo foi muito bem bolado: explica-se a maldição da Fera através de vitrais, como se a história estivesse encravada no castelo.
1. O Rei Leão
Este só não é segundo porque tinha que ter um primeiro. Ação, aventura, romance, intrigas, traições, músicas, piadas. Se não fosse desenho e tivesse um pouco mais de pimenta poderia ser um seriado americano. A direção do desenho consegue mexer com os sentimentos da plateia: levam-nos da adrenalina ao nó na garganta rapidamente, como na morte do pai de Simba pela manada de gnus. Primeiro ficamos tensões com aquele estouro de manada, depois, choramos pela morte de Mufasa. O Rei Leão é o 32° longa da Disney e o primeiro com argumento original. Antes, os estúdios se inspiravam em fábulas e clássicos literários. Depois dele, a Disney só alcançaram o mesmo sucesso com longas digitais.