segunda-feira , 23 dezembro , 2024

O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder | Mithril, Balrog e um grande problema para Khazad-dûm

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Cuidado: muitos spoilers à frente.

No último episódio de O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder’, o público foi levado de volta a Khazad-dûm, o reino dos anões (também conhecida como Moria), e foi apresentado a uma das cenas mais proféticas da série até agora.



Para aqueles que não se recordam, o elfo Elrond (Robert Aramayo) permanece em uma conturbada visita a seu amigo, o príncipe Durin IV (Owain Arthur). Depois de discutirem sobre um relacionamento que passou por altos e baixos e que se mostra relativamente desgastado, Elrond começa a perceber que os anões parecem ter encontrado algo bastante interessante e que, ainda que não dê a entender, deu início a um dos momentos mais impactantes da história da Terra-Média. Afinal, depois que Elrond descobre um dos veios escondidos na mina, Durin acaba revelando a ele que foi encontrado um metal diferente de tudo que já conheciam: o mithril.

Segundo o cânone do romancista J.R.R. Tolkien, o mithril (cuja etimologia, provinda da língua fictícia Sindarin, significa “cinza brilhante”) é descrito como um material extremamente leve e, ao mesmo tempo, forte, impenetrável e destinado à fabricação de diversos equipamentos bélicos. Enquanto suas propriedades não foram exploradas ainda em ‘Anéis de Poder’, é muito provável que a pedra se torne elemento essencial na vindoura batalha contra as forças das trevas e contra a ressurgência de Sauron e seus asseclas. Mas isso não é tudo: a descoberta do veio de mithril não apenas premedita uma nova era para os anões, mas anuncia em um agouro temível a aparição de uma criatura demoníaca conhecida como Balrog.

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Tal monstro teve suas características alteradas com o passar do tempo, com o próprio Tolkien mudando sua concepção. Na coleção de contos do ‘Silmarillion’, eles são delineados como tendo quase o dobro do tamanho dos humanos, associados com o fogo e armados com chicotes em chama, além de terem garras de aço. Entretanto, quando chegamos na trilogia O Senhor dos Anéis, os Balrogs são construídos em um respaldo mais sinistro e mais poderoso – como podemos ver em ‘A Sociedade do Anel’, em que Gandalf avisa os outros que “este é um inimigo para além de qualquer de vocês” antes de enfrentá-lo na Ponte de Khazad-dûm e quase encontrar sua ruína.

Considerando que ‘Anéis de Poder’ se passa séculos antes da história que vimos nas telonas, é possível que um desses Balrogs, o Ruína de Durin (ou Durin’s Bane), dê as caras, mesmo envolto em uma narrativa diferente para acompanhar a narrativa da série. Afinal, se pegarmos os escritos de Tolkien, essa criatura em questão está associada à derrota de Morgoth na Guerra da Ira, escapando para as Montanhas da Névoa e escondendo-se por muito tempo dentro do complexo Moria. Entretanto, na Terceira Era, os anões mineiros que habitavam Khazad-dûm e procuravam pelo mithril acabaram perturbando seu sono profundo, libertando das profundezas e dando início a um reino de caos que terminaria em tragédia e desespero.

Eventualmente, o Balrog desperto assassinou o Rei-Anão Durin VI (dentro do contexto literário), motivo pelo qual recebeu o nome supracitado. Os anões tentaram lutar contra o demônio, mas não obtiveram sucesso e, pouco tempo depois, os sobreviventes foram forçados a deixar seu lar. O desastre inclusive chegou aos ouvidos dos elfos silvestres de Lothlórien, com vários fugindo também do terror incontrolável que os anões haviam despertado. A partir de então, Khazad-dûm ficaria conhecido como Moria (cuja tradução do Sindarin é “abismo negro”).

Mas isso não é tudo: o potencial infinito de construção de objetos a partir de mithril tornava o metal extremamente valioso, valendo quase dez vezes seu peso em ouro. As coisas ficam ainda mais complexas quando os anões abandonam Moria depois do ataque do Balrog, visto que a mineração e a coleta de mithril cessou e o metal conquistou um preço incalculável e muito cobiçado por boa parte da Terra-Média – o que serve de mote para futuras subtramas.

Lembrando que o próximo episódio será exibido no dia 23 de setembro.

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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Para aqueles que não se recordam, o elfo Elrond (Robert Aramayo) permanece em uma conturbada visita a seu amigo, o príncipe Durin IV (Owain Arthur). Depois de discutirem sobre um relacionamento que passou por altos e baixos e que se mostra relativamente desgastado, Elrond começa a perceber que os anões parecem ter encontrado algo bastante interessante e que, ainda que não dê a entender, deu início a um dos momentos mais impactantes da história da Terra-Média. Afinal, depois que Elrond descobre um dos veios escondidos na mina, Durin acaba revelando a ele que foi encontrado um metal diferente de tudo que já conheciam: o mithril.

Segundo o cânone do romancista J.R.R. Tolkien, o mithril (cuja etimologia, provinda da língua fictícia Sindarin, significa “cinza brilhante”) é descrito como um material extremamente leve e, ao mesmo tempo, forte, impenetrável e destinado à fabricação de diversos equipamentos bélicos. Enquanto suas propriedades não foram exploradas ainda em ‘Anéis de Poder’, é muito provável que a pedra se torne elemento essencial na vindoura batalha contra as forças das trevas e contra a ressurgência de Sauron e seus asseclas. Mas isso não é tudo: a descoberta do veio de mithril não apenas premedita uma nova era para os anões, mas anuncia em um agouro temível a aparição de uma criatura demoníaca conhecida como Balrog.

Tal monstro teve suas características alteradas com o passar do tempo, com o próprio Tolkien mudando sua concepção. Na coleção de contos do ‘Silmarillion’, eles são delineados como tendo quase o dobro do tamanho dos humanos, associados com o fogo e armados com chicotes em chama, além de terem garras de aço. Entretanto, quando chegamos na trilogia O Senhor dos Anéis, os Balrogs são construídos em um respaldo mais sinistro e mais poderoso – como podemos ver em ‘A Sociedade do Anel’, em que Gandalf avisa os outros que “este é um inimigo para além de qualquer de vocês” antes de enfrentá-lo na Ponte de Khazad-dûm e quase encontrar sua ruína.

Considerando que ‘Anéis de Poder’ se passa séculos antes da história que vimos nas telonas, é possível que um desses Balrogs, o Ruína de Durin (ou Durin’s Bane), dê as caras, mesmo envolto em uma narrativa diferente para acompanhar a narrativa da série. Afinal, se pegarmos os escritos de Tolkien, essa criatura em questão está associada à derrota de Morgoth na Guerra da Ira, escapando para as Montanhas da Névoa e escondendo-se por muito tempo dentro do complexo Moria. Entretanto, na Terceira Era, os anões mineiros que habitavam Khazad-dûm e procuravam pelo mithril acabaram perturbando seu sono profundo, libertando das profundezas e dando início a um reino de caos que terminaria em tragédia e desespero.

Eventualmente, o Balrog desperto assassinou o Rei-Anão Durin VI (dentro do contexto literário), motivo pelo qual recebeu o nome supracitado. Os anões tentaram lutar contra o demônio, mas não obtiveram sucesso e, pouco tempo depois, os sobreviventes foram forçados a deixar seu lar. O desastre inclusive chegou aos ouvidos dos elfos silvestres de Lothlórien, com vários fugindo também do terror incontrolável que os anões haviam despertado. A partir de então, Khazad-dûm ficaria conhecido como Moria (cuja tradução do Sindarin é “abismo negro”).

Mas isso não é tudo: o potencial infinito de construção de objetos a partir de mithril tornava o metal extremamente valioso, valendo quase dez vezes seu peso em ouro. As coisas ficam ainda mais complexas quando os anões abandonam Moria depois do ataque do Balrog, visto que a mineração e a coleta de mithril cessou e o metal conquistou um preço incalculável e muito cobiçado por boa parte da Terra-Média – o que serve de mote para futuras subtramas.

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