domingo , 22 dezembro , 2024

O triste fim de ‘House of Cards’: Última temporada decepciona com roteiro ruim

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House of Cards‘ foi a primeira série original da Netflix. Lançada em 2013, a história protagonizada – até então – por Frank Underwood fez um considerável sucesso em uma época que o serviço de streamming engatinhava em produções próprias, sendo assim um marco importante para que a Netflix futuramente pudesse continuar a fazer suas próprias séries e filmes. De qualidade ímpar, ‘House of Cards‘ cativou seu público pela difícil e inteligente trama em um tema que, na época, não cativava muito: Política.

A história se desenvolvia de modo muito satisfatório e atingiu seu ponto máximo na quarta temporada. Na quinta, uma visível, mas não trágica, queda da qualidade na trama, muito por conta da saída de Beau Willimon, o criador da série. ‘House of Cards‘ saiu do status de excelente para boa. Ainda valia muito a pena assistir.



Porém, aconteceu o que todos já sabem: A (justíssima) saída de Kevin Spacey da série devido a todas acusações de assédio direcionadas ao ator, que sequer negou tudo que estava sendo dito dele. A partir daí, a dúvida: É possível ‘House of Cards‘ sem Francis Underwood?

Sim, era.

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Não há como negar que saída do personagem principal de uma série, principalmente quando ela caminha para o fim, cria um enorme rombo difícil de ser consertado, mas seria possível ao menos concluir a história de modo satisfatório, sendo fiel a si mesmo, com toda a complexidade e inteligência de roteiro visto outrora na produção.

Ao longo das temporadas, Claire Underwood (Robin Wright) cresceu de modo significativo e dividiu com maestria o protagonismo com Frank. Apesar de ter características diferentes do personagem principal, Claire carregava não apenas o sobrenome como todo o desejo de poder de Francis. Sim, o personagem (não o ator, que fique claro) faria falta à série, mas uma temporada carregada por Claire seria totalmente plausível.

E então chegou o dia 2 de novembro de 2018 e a Netflix disponibiliza os episódios finais de ‘House of Cards‘. Chegou o momento da conclusão e a palavra que define é: Decepção.

Muitos elementos não agradaram e fizeram que a sexta temporada da série fosse a mais maçante e novelística possível. Claire, que sempre foi inteligente e sutil em suas atitudes, passava a tomar decisões expostas e absurdas, colocando um alvo no meio de sua testa de modo gratuito. O roteiro caiu de qualidade de modo escandaloso. Houve uma tentativa de introduzir “vilões” bem na reta final da série, deixando confuso quem assiste, sem saber de onde exatamente eles vieram.

Sem falar em soluções óbvias e sem o impacto que devia causar. Muitos personagens passaram a ser mortos à medida que a história se aproximava do momento final sem que isso gerasse nenhuma consequência para o universo da série. Ao invés de tomar atitudes de modo estratégico e inviabilizar possíveis atitudes de antagonistas, “apenas” os mataram. É como diz a frase: “A violência é o último refúgio do incompetente”. Violência essa que, sim, Frank também recorria em último caso, como com Zoe e Peter Russo, mas também fazia uso de planos que eram efetivos sem precisar haver a morte.

Algumas atitudes de Claire e Doug – os dois novos principais pilares – passaram a ser completamente incompreensíveis, até chegar ao ponto da conversa final do episódio de conclusão e a consequente morte de um destes, deixando o final em aberto. Há principalmente duas possibilidades:

– Sem o Doug com as gravações de Frank, Claire deu fim à sua última pedra no sapato e com isso pôde ter um governo tranquilo na medida do possível.

– Deu-se início uma guerra nuclear, como sugerido nos episódios anteriores, e o fato da pessoa que poderia comprometer o cargo da presidente morrer tenha criado uma bola de neve que culminou na queda de Claire (ou do fim do mundo com uma guerra desta magnitude).

De todo modo, os fãs de ‘House of Cards‘ não queriam que a série ficasse sem conclusão após a saída de Spacey. Mas foi exatamente o que aconteceu. Um final mais aberto do que deveria e todo uma temporada de desconstrução de personagens muito importantes.

Poderia haver vida em ‘House of Cards‘. A série poderia ser concluída de modo espetacular tendo como principal figura Claire Underwood. O final de tudo poderia ter sido ótimo. Mas infelizmente, o roteiro não contribuiu nem um pouco. Uma pena, já que Robin Wright teria toda capacidade para carregar tudo. Bola fora dos roteiristas.

Analisando a série como um todo, ‘House of Cards‘ merece palmas, mas esse triste fim mancha a história desta excelente produção da Netflix.

Kevin Spacey é demitido da Netflix e não fará mais parte de ‘House of Cards’

Kevin Spacey estaria obcecado por ator de ‘House of Cards’; Saiba detalhes!

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A história se desenvolvia de modo muito satisfatório e atingiu seu ponto máximo na quarta temporada. Na quinta, uma visível, mas não trágica, queda da qualidade na trama, muito por conta da saída de Beau Willimon, o criador da série. ‘House of Cards‘ saiu do status de excelente para boa. Ainda valia muito a pena assistir.

Porém, aconteceu o que todos já sabem: A (justíssima) saída de Kevin Spacey da série devido a todas acusações de assédio direcionadas ao ator, que sequer negou tudo que estava sendo dito dele. A partir daí, a dúvida: É possível ‘House of Cards‘ sem Francis Underwood?

Sim, era.

Não há como negar que saída do personagem principal de uma série, principalmente quando ela caminha para o fim, cria um enorme rombo difícil de ser consertado, mas seria possível ao menos concluir a história de modo satisfatório, sendo fiel a si mesmo, com toda a complexidade e inteligência de roteiro visto outrora na produção.

Ao longo das temporadas, Claire Underwood (Robin Wright) cresceu de modo significativo e dividiu com maestria o protagonismo com Frank. Apesar de ter características diferentes do personagem principal, Claire carregava não apenas o sobrenome como todo o desejo de poder de Francis. Sim, o personagem (não o ator, que fique claro) faria falta à série, mas uma temporada carregada por Claire seria totalmente plausível.

E então chegou o dia 2 de novembro de 2018 e a Netflix disponibiliza os episódios finais de ‘House of Cards‘. Chegou o momento da conclusão e a palavra que define é: Decepção.

Muitos elementos não agradaram e fizeram que a sexta temporada da série fosse a mais maçante e novelística possível. Claire, que sempre foi inteligente e sutil em suas atitudes, passava a tomar decisões expostas e absurdas, colocando um alvo no meio de sua testa de modo gratuito. O roteiro caiu de qualidade de modo escandaloso. Houve uma tentativa de introduzir “vilões” bem na reta final da série, deixando confuso quem assiste, sem saber de onde exatamente eles vieram.

Sem falar em soluções óbvias e sem o impacto que devia causar. Muitos personagens passaram a ser mortos à medida que a história se aproximava do momento final sem que isso gerasse nenhuma consequência para o universo da série. Ao invés de tomar atitudes de modo estratégico e inviabilizar possíveis atitudes de antagonistas, “apenas” os mataram. É como diz a frase: “A violência é o último refúgio do incompetente”. Violência essa que, sim, Frank também recorria em último caso, como com Zoe e Peter Russo, mas também fazia uso de planos que eram efetivos sem precisar haver a morte.

Algumas atitudes de Claire e Doug – os dois novos principais pilares – passaram a ser completamente incompreensíveis, até chegar ao ponto da conversa final do episódio de conclusão e a consequente morte de um destes, deixando o final em aberto. Há principalmente duas possibilidades:

– Sem o Doug com as gravações de Frank, Claire deu fim à sua última pedra no sapato e com isso pôde ter um governo tranquilo na medida do possível.

– Deu-se início uma guerra nuclear, como sugerido nos episódios anteriores, e o fato da pessoa que poderia comprometer o cargo da presidente morrer tenha criado uma bola de neve que culminou na queda de Claire (ou do fim do mundo com uma guerra desta magnitude).

De todo modo, os fãs de ‘House of Cards‘ não queriam que a série ficasse sem conclusão após a saída de Spacey. Mas foi exatamente o que aconteceu. Um final mais aberto do que deveria e todo uma temporada de desconstrução de personagens muito importantes.

Poderia haver vida em ‘House of Cards‘. A série poderia ser concluída de modo espetacular tendo como principal figura Claire Underwood. O final de tudo poderia ter sido ótimo. Mas infelizmente, o roteiro não contribuiu nem um pouco. Uma pena, já que Robin Wright teria toda capacidade para carregar tudo. Bola fora dos roteiristas.

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