sábado , 21 dezembro , 2024

Oldboy – Dias de Vingança

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Quando se encontra a liberdade, o resto é silêncio. Com a difícil missão de criar um remake de um dos filmes orientais mais aclamados por crítica e público em toda a história do cinema, o diretor norte-americano Spike Lee tenta mas não consegue muito êxito na sua versão de Oldboy. Com a mesma chuva, o mesmo porre e uma introdução mais comprida e detalhada o filme até que começa muito bem só que acaba caindo na armadilha de tentar ser melhor que o original, e aí caros amigos, vai tudo por água abaixo. Um rápido exemplo: a aguardada cena do martelinho contra milhões frustra os cinéfilos. Do modo norte-americano de reproduzir tal sequência, vira uma espécie de jogo Arcade: Cadilac Dinossauro ou Street of Rage para citar dois apenas. Somente Tarantino saberia igualar ou melhorar tal cena, histórica para o cinema.

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Na trama, conhecemos o alcoólatra e cafajeste Joe Doucett (Josh Brolin). Um homem odiado por muitos que após uma reunião imperfeita em um chique restaurante, resolve afogar sua mágoas e beber além da conta, acabando acordando em um misterioso quarto de hotel. Aos poucos, Joe vai descobrindo que está sendo na verdade mantido como refém e isso continua por intermináveis 20 anos. Até que um dia, após uma tentativa frustrada de fuga, é largado dentro de uma mala no meio de um vasto campo verde e assim inicia sua busca pela filha abandonada e por vingança.

A virada do século, o escândalo de Clinton, o atentado as Torres Gêmeas e outras tragédias norte-americanos são vistas sob a mesma ótica pelo seqüestrado. Se Tom Hanks tinha Wilson, Josh Brolin ganha um amigo hamster para dividir um pouco da dor de seu sofrido personagem. Esse momento, o dos 20 anos em cárcere privado, é mal explorado e acaba ficando muito corrido o que provoca uma falsa empatia do público com o protagonista da história. Assistindo Xena, Telequete e algumas outras bobagens na Tv, o personagem vê sua barba crescer, malha todo dia e incrivelmente não envelhece.

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O Oh Dae-su norte-americano ganha um Iphone e utiliza o Google para buscar os possíveis responsáveis pelo seu seqüestro. Esse uso da tecnologia, na verdade uma nova ferramenta de ambientação da história, até certo ponto descaracteriza um pouco a trama original. Não adianta colocar caixinhas de comida chinesas, guarda costas orientais que isso nem um pouco transfere toda aquela atmosfera conseguida por Chan-wook Park e Cia no filme sul-coreano. E pra piorar, as refeições do sequestrado tornam-se oportunidades para diversas marcas de comida famosas terem na vitrine da telona o seu produto escancarado. Nem ao menos delicado foi feito isso, lamentável.

Josh Brolin se esforça e tanta dar sua cara ao protagonista deste remake. Gritando muito, com cara de carrancudo em todas as sequências as vezes parece não dominar seu personagem por completo. Já, a mais competente artista da família Olsen, Elisabeth, consegue suavizar a sua personagem-chave adicionando muito à trama. A atriz de 24 anos tem uma cena com Brolin bem caliente, o que deve elevar mais ainda a faixa etária do filme. Mas o destaque mesmo nas atuações vai para o sul-africano Sharlto Copley (Distrito 9 / Elysium) que interpreta com eficácia o grande vilão da história.

Resumindo, o que todo cinéfilo temia acontece, mais um remake que não dá certo. Salvo Fincher e seu Millenium primoroso, recentemente falando, é muito difícil reproduzir um clássico do cinema, em outros moldes, em outros tempos, com outra leitura da mesma história. E não adianta vir com o papo de que cada filme é único e que não deve-se  comparação. No caso de Oldboy – Dias de Vingança (que subtítulo mais horroroso), por tentar ser um filme para americano ver, acaba perdendo toda a essência de uma incrível aventura em busca de vingança.

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Quando se encontra a liberdade, o resto é silêncio. Com a difícil missão de criar um remake de um dos filmes orientais mais aclamados por crítica e público em toda a história do cinema, o diretor norte-americano Spike Lee tenta mas não consegue muito êxito na sua versão de Oldboy. Com a mesma chuva, o mesmo porre e uma introdução mais comprida e detalhada o filme até que começa muito bem só que acaba caindo na armadilha de tentar ser melhor que o original, e aí caros amigos, vai tudo por água abaixo. Um rápido exemplo: a aguardada cena do martelinho contra milhões frustra os cinéfilos. Do modo norte-americano de reproduzir tal sequência, vira uma espécie de jogo Arcade: Cadilac Dinossauro ou Street of Rage para citar dois apenas. Somente Tarantino saberia igualar ou melhorar tal cena, histórica para o cinema.

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Na trama, conhecemos o alcoólatra e cafajeste Joe Doucett (Josh Brolin). Um homem odiado por muitos que após uma reunião imperfeita em um chique restaurante, resolve afogar sua mágoas e beber além da conta, acabando acordando em um misterioso quarto de hotel. Aos poucos, Joe vai descobrindo que está sendo na verdade mantido como refém e isso continua por intermináveis 20 anos. Até que um dia, após uma tentativa frustrada de fuga, é largado dentro de uma mala no meio de um vasto campo verde e assim inicia sua busca pela filha abandonada e por vingança.

A virada do século, o escândalo de Clinton, o atentado as Torres Gêmeas e outras tragédias norte-americanos são vistas sob a mesma ótica pelo seqüestrado. Se Tom Hanks tinha Wilson, Josh Brolin ganha um amigo hamster para dividir um pouco da dor de seu sofrido personagem. Esse momento, o dos 20 anos em cárcere privado, é mal explorado e acaba ficando muito corrido o que provoca uma falsa empatia do público com o protagonista da história. Assistindo Xena, Telequete e algumas outras bobagens na Tv, o personagem vê sua barba crescer, malha todo dia e incrivelmente não envelhece.

3307

O Oh Dae-su norte-americano ganha um Iphone e utiliza o Google para buscar os possíveis responsáveis pelo seu seqüestro. Esse uso da tecnologia, na verdade uma nova ferramenta de ambientação da história, até certo ponto descaracteriza um pouco a trama original. Não adianta colocar caixinhas de comida chinesas, guarda costas orientais que isso nem um pouco transfere toda aquela atmosfera conseguida por Chan-wook Park e Cia no filme sul-coreano. E pra piorar, as refeições do sequestrado tornam-se oportunidades para diversas marcas de comida famosas terem na vitrine da telona o seu produto escancarado. Nem ao menos delicado foi feito isso, lamentável.

Josh Brolin se esforça e tanta dar sua cara ao protagonista deste remake. Gritando muito, com cara de carrancudo em todas as sequências as vezes parece não dominar seu personagem por completo. Já, a mais competente artista da família Olsen, Elisabeth, consegue suavizar a sua personagem-chave adicionando muito à trama. A atriz de 24 anos tem uma cena com Brolin bem caliente, o que deve elevar mais ainda a faixa etária do filme. Mas o destaque mesmo nas atuações vai para o sul-africano Sharlto Copley (Distrito 9 / Elysium) que interpreta com eficácia o grande vilão da história.

Resumindo, o que todo cinéfilo temia acontece, mais um remake que não dá certo. Salvo Fincher e seu Millenium primoroso, recentemente falando, é muito difícil reproduzir um clássico do cinema, em outros moldes, em outros tempos, com outra leitura da mesma história. E não adianta vir com o papo de que cada filme é único e que não deve-se  comparação. No caso de Oldboy – Dias de Vingança (que subtítulo mais horroroso), por tentar ser um filme para americano ver, acaba perdendo toda a essência de uma incrível aventura em busca de vingança.

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