Após fazer um acordo com a Marvel, a Sony viu que o público seguia empolgado com filmes com super-heróis, principalmente com o Homem-Aranha, que é sua propriedade nas telonas desde a década de 1990. Porém, o acordo fechado com a Marvel impedia a Sony de utilizar o Cabeça de Teia de Tom Holland em seus filmes.
Ainda assim, o estúdio não desistiu de emplacar seu próprio universo cinematográfico do herói e decidiu apostar nos vilões. Sim, a ideia era reunir os vilões em filmes nos quais eles seriam tratados como anti-heróis até que pudessem eventualmente utilizá-los em um filme contra o Homem-Aranha. O problema é que a maioria dos filmes é completamente intragável. A franquia Venom ainda rendeu muito dinheiro, mas ficou insustentável. Com os filmes arrecadando cada vez menos, eles optaram por dar fim a essa empreitada. Para o alívio de muitos fãs. Agora, no entanto, todos os filmes já estão disponíveis nos streamings.
Pensando nisso, o CinePOP listou onde você pode encontrá-los para assisti-los ou evitá-los. Confira!
Venom
O filme que deu início a tudo, Venom conta a história de Eddie Brock (Tom Hardy), um jornalista sensacionalista que grava investiga de forma pouco convencional suas matérias. Em uma de suas reportagens, ele acaba mexendo com um magnata do ramo da biotecnologia, que compra seu jornal e manda demiti-lo. Sem conseguir um novo emprego, ele começa a investigar por conta própria e acaba sendo infectado por Venom, um parasita alienígena que se alimenta do hospedeiro, enquanto o utiliza para buscar vítimas. Porém, Eddie consegue convencer o alien a só comer bandidos, transformando a dupla em um tipo de anti-herói. O problema é que há um outro parasita extremamente poderoso na Terra, cujo senso moral está longe do ‘só mate gente má’ do protagonista.
Onde assistir: Amazon Prime Video e Netflix
Venom: Tempo de Carnificina
Esse filme é uma aberração. Lançado no auge da pandemia, ele traz Woody Harrelson para dar vida a um dos vilões mais sanguinários e violentos do universo do Homem-Aranha: o Carnificina. Entretanto, a abordagem do filme é completamente focada na relação entre Eddie e Venom, que é retratada praticamente como um relacionamento amoroso. Então, enquanto existe um psicopata louco por sangue e homicídio solto pelas ruas, o longa passa boa parte de sua duração brincando com esse namoro não assumido entre eles, criando crises no relacionamento e guardando um bom tempo para mostrar como o ‘Venom superou esse namoro’. Sério mesmo, tem até um momento em que o ETzão vai pra balada. Foi neste momento que a Sony parece ter abraçado a galhofa de vez.
Onde assistir: Netflix
Venom 3: A Última Rodada
A imagem do filme já diz tudo, né? Pense no maior número possível de comédias românticas e filmes de super-herói. Agora multiplique por três. Nem assim chegou perto de descrever o que é Venom 3. Após aceitar o fracasso do Sonyverso, esse filme chutou o balde e galhofou ainda mais o pobre do Venom. A trama é uma bagunça. Ela acompanha Eddie e Venom vivendo seu ‘auge’, mas tudo muda quando eles começam a ser perseguidos pelo governo. A situação piora quando o planeta natal do Venom descobre sua localização e começa a enviar criaturas para caçá-lo na Terra. Sem poder se transformar, o simbionte precisa confiar nas habilidades de espião de Eddie, que é um grande bobão. Junto a isso, eles seguem discutindo a relação conturbada que vivem. É uma bobeirada impressionante.
Onde assistir: Max
Morbius
Jared Leto e filme de super-herói é uma combinação mais perigosa que água e eletricidade. Se ele está escalado para o filme, pode ter seu pé atrás, porque as chances de ser uma bomba atômica em forma de longa-metragem são altíssimas. E aqui não foi diferente. Em Morbius, Leto dá vida a um cientista brilhante que é atormentado por uma doença degenerativa que irá matá-lo em breve. Entretanto, ele se recusa a desistir da vida e busca os mais diferentes tratamentos. Quando suas alternativas na ciência terminam, ele busca a magia. O doutor viaja até a América do Sul, onde encontra uma caverna xamânica, mas acaba sendo atacado por morcegos que alteram sua genética, dando a ele habilidades e uma vitalidade que jamais teve. Só que eles também o transformam em um vampiro vivo. Ou seja, se quiser sobreviver e manter essa vitalidade sobre-humana, ele terá de se alimentar de sangue humano. Em meio ao seu debate ético e moral sobre sua tentativa de viver, Morbius acaba enfrentando um antigo amigo/ rival, que replica sua experiência, se transformando em um vampiro completamente macabro. Esse aqui é simplesmente terrível. Conseguir terminar de assistir esse filme é uma verdadeira luta.
Onde assistir: Netflix
Madame Teia
Tudo que envolve esse filme é extremamente caótico e hilário. A começar pela mentira contada ao elenco para convencê-lo a entrar para essa bomba. Durante as entrevistas de lançamento, nomes como Sydney Sweeney e Isabela Merced contaram que garantiram a elas que esse filme integraria o Universo Cinematográfico Marvel, mais ou menos como o Homem-Aranha de Tom Holland, que é um dos rostos do MCU atualmente. O time da Sony só esqueceu de combinar isso com Kevin Feige. Além disso, a pobre da Dakota Johnson, que também se sentiu enganada pelas mudanças no filme, foi levada para promover essa bomba ao redor do mundo, dando entrevistas claramente de saco cheio e cheia de ironia. A passagem dela pelo Rio de Janeiro, inclusive, foi marcada por muita antipatia. Pois bem, não pense que só as atrizes se sentiram enganadas, tá? Essa imagem que usei para ilustrar o filme foi amplamente divulgada na campanha, mas representa uma sequência de cerca de cinco minutos no filme. Sim, elas aparecem como super-heroínas por pouquíssimo tempo. A trama acompanha uma paramédica que tem poderes de clarividência. Após quase morrer, ela percebe que consegue enxergar o futuro e tenta salvar a vida de três meninas, que acabam formando um pequeno ‘Aranhaverso’ com ela. E olha que esse filme tem direito a um Homem-Aranha fake bizarro.
Onde assistir: Max
Kraven – O Caçador
Por fim, Kraven chegou para enterrar de vez o Sonyverso. Dono de uma das campanhas de divulgação mais apelativas da história dos filmes de super-heróis, o longa foi promovido praticamente como “o filme que o Aaron Taylor-Johnson fica o tempo todo sem camisa”. Eles conseguiram fazer uma campanha mais apelativa que a de Madame Teia, que trazia as personagens nos trailers em figurinos completamente fetichistas. Uma loucura. De qualquer forma, a trama transforma um dos mais brutais vilões do Aranha em um tipo de anti-herói. Criado por um pai abusivo, Kraven sofreu um ataque de leão e ganhou a habilidade de compreender os animais. Com suas técnicas avançadas de caça, ele busca vingança contra o pai, além de caçar bandidos e super criaturas. O desempenho do filme foi tão ruim que fez os executivos desistirem de vez desse Sonyverso de vilões. No entanto, teve quem defendesse esse filme apenas como um longe de heróis com jeitão de aventura dos anos 2000.
