domingo , 22 dezembro , 2024

Opinião | Medalhões travam batalha justa, mas contra o “inimigo” errado

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As últimas semanas vêm sendo meio agitadas no meio das grandes produções inspiradas em histórias em quadrinhos, não apenas pelo desempenho fenomenal de Coringa nas críticas e bilheterias, mas por uma série de críticas gratuitas feitas por diretores consagrados ao “gênero” de super-heróis. Sobrou até pra Jennifer Aniston, que não tem um currículo tão pesado quanto os diretores, porém ganhou bastante holofote por conta da semana de aniversário de Friends.

 Esse texto é um misto de análise com opinião, então esteja apto a discordar nos comentários – com educação, claro.



Pois bem, vamos relembrar as declarações que polemizaram o mundo do cinema nas últimas semanas:

Durante as entrevistas de divulgação de seu novo filme, “O Irlandês”, Martin Scorsese disse que: “Eu não vejo [os filmes de heróis]. Eu tentei, sabe? Mas aquilo não é cinema. Honestamente, o mais próximo que consigo pensar deles, por mais bem-feitos que sejam, com os atores fazendo o melhor que podem sob as circunstâncias, são os parques temáticos. Não é o cinema de seres humanos tentando transmitir experiências emocionais e psicológicas a outro ser humano”.

Assista também:
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Poucos dias depois, ele voltou a comentar sobre o assunto: “Os filmes da Marvel transformam cinemas em parques de diversão, são experiências diferentes. Como eu disse antes, isso não é cinema, é diferente. Se você gosta ou não é outro ponto e nós não deveríamos ser invadidos por isso. Isso é bom e está tudo bem para quem gosta desse tipo de filme. A propósito, sabendo o que acontece com eles agora, admiro o que eles fazem. Não é o meu tipo de entretenimento, simplesmente não é. Está criando outro tipo de público, que pensa que cinema é isso. E por isso é uma grande questão. Precisamos que as salas de cinema se imponham para permitir a exibição de filmes narrativos“.

Em Lyon, após receber o Prix Lumière, o diretor Francis Ford Coppola foi ainda mais incisivo: “Quando Martin Scorsese diz que os filmes da Marvel não são cinema, ele está certo porque nós esperamos aprender algo do cinema, ganhar algo, [obter] algum esclarecimento, conhecimento, inspiração. Eu não sei o que alguém ganha assistindo o mesmo filme repetidas vezes. Martin foi bondoso quando ele disse que não é cinema. Ele não disse que é desprezível, que é o que eu acho que é”.

Ele aproveitou para falar sobre Megalopolis, um filme utópico que está na fila de espera há mais de vinte anos: “Eu queria fazer um filme sobre uma expressão humana do que realmente é o paraíso na Terra. Eu diria que é o filme mais ambicioso [em que já trabalhei]. Mais do que ‘Apocalypse Now‘. Esse é o problema“.

Por fim, a eterna Rachel Green, Jennifer Aniston, comentou, em entrevista à Variety, que: “Você vê [os papéis] que estão disponíveis por aí e percebe que [as opções] estão cada vez menores. Só temos filmes grandes da Marvel ou coisas para qual não sou convidada. Para falar a verdade, eu realmente não tenho interesse em viver em uma tela verde”.

Jennifer Aniston afirma não ter interesse em atuar nos filmes sobre super-heróis

Pois bem, vendo a situação de uma forma bem simples, nota-se que nenhum deles, com exceção do Coppola, tem uma birra mesmo com a Marvel. Junto a uma visão elitista de que entretenimento não é arte e com a ideia de que a ousadia não é valorizada em Hollywood, eles estão se vendo cada vez mais longe de conseguirem fazer o que gostam.

Vale lembrar que o próprio Scorsese já deu declarações fortes contra os serviços de Streaming. Em 2017, logo após assinar o acordo com a Netflix que o permitiu fazer “O Irlandês”, o diretor participou de uma sessão de perguntas em Londres e se mostrou bastante crítico ao streaming: “O problema agora é que tudo ao redor do frame é distrativo. Você pode ver um filme em um iPad. Você pode colocar ele bem perto do seu rosto, no quarto, trancar a porta e assistir, mas ainda assim algo permanece brilhando aqui e ali. Mesmo quando você está vendo numa grande TV, existem outras coisas no recinto. O telefone toca. Pessoas entram e saem. Não é a melhor maneira”.

Apesar de ter seu projeto financiado pela Netflix, o diretor manteve a postura de velha guarda de criticar o formato. Na época, quem se juntou a ele foi o também veterano Steven Spielberg, que fechou um contrato de exclusividade com o streaming da Apple em 2019. Ou seja, os princípios dos diretores estão diretamente ligados ao funcionamento do mercado. E é aqui que entra a confusão toda.

Steven Spielberg durante as gravações de ‘Jogador Número 1’

As críticas recentes se mostram para um grito de socorro que clama desesperado: “queremos trabalhar!”. Mesmo direcionando os palavreados ofensivos para os filmes de heróis, a grande necessidade comum a esses diretores e atores é o financiamento de seus projetos. A compra da FOX pela Disney criou uma bolha econômica nunca antes vista na história do cinema. É um monopólio de entretenimento assustador. E como eles estão no topo, acabam sendo a meta a ser batida pelos estúdios rivais, financeiramente falando, claro.

Então, por mais que seja completamente insensível e desrespeitoso com a contribuição dessas lendas para o cinema, o problema é puramente mercadológico. Por que um estúdio vai financiar um filme “de arte” que rende no máximo 300 milhões de dólares, se pode produzir longas que vão lucrar 1 bilhão? É cruel, mas é como funciona o mercado.

A reclamação deles é completamente coerente no sentido da crítica mercadológica, mas esbarrar no elitismo pode não ser a maneira mais eficaz de atrair investidores para seus projetos. Esses discursos aparentemente cheios de ódio clamam por ajuda, mas atingem no “inimigo” errado: jovens diretores. Ao atacar filmes de heróis, os medalhões tentam fechar a maior porta para as promessas da direção internacional.

O diretor da franquia Guardiões da Galáxia, James Gunn, fez um comentário cirúrgico em seu Instagram sobre o caso: “Muitos dos nossos avós pensavam que todos os filmes de gângsters eram a mesma coisa, frequentemente chamando eles de ‘desprezíveis’. Alguns de nossos bizavós pensavam o mesmo de Faroestes, e acreditavam que filmes de John Ford, Sam Peckinpah e Sergio Leone eram exatamente iguais. Eu lembro de um tio-bisavô com quem eu estava divagando sobre Star Wars. Ele respondeu dizendo: ‘Eu vi isso quando se chamava 2001[Uma Odisséia no Espaço] e, rapaz, foi chato!’. Super Heróis são simplesmente os gângsters/ cowboys/ aventureiros do espaço dos dias de hoje. Alguns filmes de heróis são horríveis, outros são lindos. Assim como filmes de gângsters ou faroestes (que são, antes de qualquer coisa, apenas FILMES) nem todo mundo vai conseguir apreciar eles, inclusive alguns gênios. E tá tudo bem. ❤️”

James Gunn tem sido voz ativa nas redes sociais na defesa dos filmes sobre super-heróis

James sabe que a fase dos heróis de Hollywood é passageira, assim como diversos outros gêneros já vivenciaram situação semelhante. Para ele, um dos grandes expoentes da Era Heróica Cinematográfica, é uma situação extremamente desconfortável. Deve ser dureza ver seus ídolos sofrendo para conseguirem financiamento para seus projetos e achando que é batendo no trabalho dos outros que vão conseguir alguma coisa. Mas ainda assim, ele se mostra bastante lúcido quanto ao caso.

Olhando pelo lado positivo, os filmes de heróis e as grandes franquias têm aberto cada vez mais espaço para diretores menos conhecidos poderem mostrar seu trabalho. Foi assim com o espetacular Ryan Coogler, que ganhou os holofotes com Creed e fez um dos filmes mais etnicamente inclusivos dos últimos tempos: Pantera Negra. O mesmo caso de Taika Waititi, que já tinha comédias independentes espetaculares no currículo, mas só foi ganhar atenção do grande público após dirigir Thor: Ragnarok. Hoje, Taika emplaca críticas positivíssimas com um filme cômico sobre uma criança aconselhada por Adolf Hitler, Jojo Rabbit. E adivinhem só: provável candidato na próxima temporada de premiações.

Taika Waititi promete ser um grande nome das comédias provocativas

O certo é que vivemos uma época de incertezas financeiras. Isso é nítido em qualquer setor de trabalho. Os empregos estão cada vez mais escassos e as empresas prezam cada vez mais exclusivamente pelo lucro. Quem souber fazer mais dinheiro, indubitavelmente terá mais projetos aprovados. Além disso, a juventude parece possuir uma pequena vantagem sobre os mais velhos, por conta da necessidade de renovação.

Essa questão do monopólio Disney/ FOX é realmente preocupante e ainda vai render muito pano pra manga. É uma competição desleal que dita os rumos do mercado e fecha as portas para os medalhões e os chamados “filmes de arte”. Por fim, a reclamação dos diretores é sinal de que a água do mercado está batendo no pescoço dos grandes nomes, que se vêem sufocados à procura de verbas para externarem sua criatividade pulsante. Mas não é adotando um discurso elitista que eles vão conseguir fôlego para sobreviver. Há de se buscar alternativas enquanto a solução não vem e cobrar dos grandes estúdios oportunidades para todos.

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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As últimas semanas vêm sendo meio agitadas no meio das grandes produções inspiradas em histórias em quadrinhos, não apenas pelo desempenho fenomenal de Coringa nas críticas e bilheterias, mas por uma série de críticas gratuitas feitas por diretores consagrados ao “gênero” de super-heróis. Sobrou até pra Jennifer Aniston, que não tem um currículo tão pesado quanto os diretores, porém ganhou bastante holofote por conta da semana de aniversário de Friends.

 Esse texto é um misto de análise com opinião, então esteja apto a discordar nos comentários – com educação, claro.

Pois bem, vamos relembrar as declarações que polemizaram o mundo do cinema nas últimas semanas:

Durante as entrevistas de divulgação de seu novo filme, “O Irlandês”, Martin Scorsese disse que: “Eu não vejo [os filmes de heróis]. Eu tentei, sabe? Mas aquilo não é cinema. Honestamente, o mais próximo que consigo pensar deles, por mais bem-feitos que sejam, com os atores fazendo o melhor que podem sob as circunstâncias, são os parques temáticos. Não é o cinema de seres humanos tentando transmitir experiências emocionais e psicológicas a outro ser humano”.

Poucos dias depois, ele voltou a comentar sobre o assunto: “Os filmes da Marvel transformam cinemas em parques de diversão, são experiências diferentes. Como eu disse antes, isso não é cinema, é diferente. Se você gosta ou não é outro ponto e nós não deveríamos ser invadidos por isso. Isso é bom e está tudo bem para quem gosta desse tipo de filme. A propósito, sabendo o que acontece com eles agora, admiro o que eles fazem. Não é o meu tipo de entretenimento, simplesmente não é. Está criando outro tipo de público, que pensa que cinema é isso. E por isso é uma grande questão. Precisamos que as salas de cinema se imponham para permitir a exibição de filmes narrativos“.

Em Lyon, após receber o Prix Lumière, o diretor Francis Ford Coppola foi ainda mais incisivo: “Quando Martin Scorsese diz que os filmes da Marvel não são cinema, ele está certo porque nós esperamos aprender algo do cinema, ganhar algo, [obter] algum esclarecimento, conhecimento, inspiração. Eu não sei o que alguém ganha assistindo o mesmo filme repetidas vezes. Martin foi bondoso quando ele disse que não é cinema. Ele não disse que é desprezível, que é o que eu acho que é”.

Ele aproveitou para falar sobre Megalopolis, um filme utópico que está na fila de espera há mais de vinte anos: “Eu queria fazer um filme sobre uma expressão humana do que realmente é o paraíso na Terra. Eu diria que é o filme mais ambicioso [em que já trabalhei]. Mais do que ‘Apocalypse Now‘. Esse é o problema“.

Por fim, a eterna Rachel Green, Jennifer Aniston, comentou, em entrevista à Variety, que: “Você vê [os papéis] que estão disponíveis por aí e percebe que [as opções] estão cada vez menores. Só temos filmes grandes da Marvel ou coisas para qual não sou convidada. Para falar a verdade, eu realmente não tenho interesse em viver em uma tela verde”.

Jennifer Aniston afirma não ter interesse em atuar nos filmes sobre super-heróis

Pois bem, vendo a situação de uma forma bem simples, nota-se que nenhum deles, com exceção do Coppola, tem uma birra mesmo com a Marvel. Junto a uma visão elitista de que entretenimento não é arte e com a ideia de que a ousadia não é valorizada em Hollywood, eles estão se vendo cada vez mais longe de conseguirem fazer o que gostam.

Vale lembrar que o próprio Scorsese já deu declarações fortes contra os serviços de Streaming. Em 2017, logo após assinar o acordo com a Netflix que o permitiu fazer “O Irlandês”, o diretor participou de uma sessão de perguntas em Londres e se mostrou bastante crítico ao streaming: “O problema agora é que tudo ao redor do frame é distrativo. Você pode ver um filme em um iPad. Você pode colocar ele bem perto do seu rosto, no quarto, trancar a porta e assistir, mas ainda assim algo permanece brilhando aqui e ali. Mesmo quando você está vendo numa grande TV, existem outras coisas no recinto. O telefone toca. Pessoas entram e saem. Não é a melhor maneira”.

Apesar de ter seu projeto financiado pela Netflix, o diretor manteve a postura de velha guarda de criticar o formato. Na época, quem se juntou a ele foi o também veterano Steven Spielberg, que fechou um contrato de exclusividade com o streaming da Apple em 2019. Ou seja, os princípios dos diretores estão diretamente ligados ao funcionamento do mercado. E é aqui que entra a confusão toda.

Steven Spielberg durante as gravações de ‘Jogador Número 1’

As críticas recentes se mostram para um grito de socorro que clama desesperado: “queremos trabalhar!”. Mesmo direcionando os palavreados ofensivos para os filmes de heróis, a grande necessidade comum a esses diretores e atores é o financiamento de seus projetos. A compra da FOX pela Disney criou uma bolha econômica nunca antes vista na história do cinema. É um monopólio de entretenimento assustador. E como eles estão no topo, acabam sendo a meta a ser batida pelos estúdios rivais, financeiramente falando, claro.

Então, por mais que seja completamente insensível e desrespeitoso com a contribuição dessas lendas para o cinema, o problema é puramente mercadológico. Por que um estúdio vai financiar um filme “de arte” que rende no máximo 300 milhões de dólares, se pode produzir longas que vão lucrar 1 bilhão? É cruel, mas é como funciona o mercado.

A reclamação deles é completamente coerente no sentido da crítica mercadológica, mas esbarrar no elitismo pode não ser a maneira mais eficaz de atrair investidores para seus projetos. Esses discursos aparentemente cheios de ódio clamam por ajuda, mas atingem no “inimigo” errado: jovens diretores. Ao atacar filmes de heróis, os medalhões tentam fechar a maior porta para as promessas da direção internacional.

O diretor da franquia Guardiões da Galáxia, James Gunn, fez um comentário cirúrgico em seu Instagram sobre o caso: “Muitos dos nossos avós pensavam que todos os filmes de gângsters eram a mesma coisa, frequentemente chamando eles de ‘desprezíveis’. Alguns de nossos bizavós pensavam o mesmo de Faroestes, e acreditavam que filmes de John Ford, Sam Peckinpah e Sergio Leone eram exatamente iguais. Eu lembro de um tio-bisavô com quem eu estava divagando sobre Star Wars. Ele respondeu dizendo: ‘Eu vi isso quando se chamava 2001[Uma Odisséia no Espaço] e, rapaz, foi chato!’. Super Heróis são simplesmente os gângsters/ cowboys/ aventureiros do espaço dos dias de hoje. Alguns filmes de heróis são horríveis, outros são lindos. Assim como filmes de gângsters ou faroestes (que são, antes de qualquer coisa, apenas FILMES) nem todo mundo vai conseguir apreciar eles, inclusive alguns gênios. E tá tudo bem. ❤️”

James Gunn tem sido voz ativa nas redes sociais na defesa dos filmes sobre super-heróis

James sabe que a fase dos heróis de Hollywood é passageira, assim como diversos outros gêneros já vivenciaram situação semelhante. Para ele, um dos grandes expoentes da Era Heróica Cinematográfica, é uma situação extremamente desconfortável. Deve ser dureza ver seus ídolos sofrendo para conseguirem financiamento para seus projetos e achando que é batendo no trabalho dos outros que vão conseguir alguma coisa. Mas ainda assim, ele se mostra bastante lúcido quanto ao caso.

Olhando pelo lado positivo, os filmes de heróis e as grandes franquias têm aberto cada vez mais espaço para diretores menos conhecidos poderem mostrar seu trabalho. Foi assim com o espetacular Ryan Coogler, que ganhou os holofotes com Creed e fez um dos filmes mais etnicamente inclusivos dos últimos tempos: Pantera Negra. O mesmo caso de Taika Waititi, que já tinha comédias independentes espetaculares no currículo, mas só foi ganhar atenção do grande público após dirigir Thor: Ragnarok. Hoje, Taika emplaca críticas positivíssimas com um filme cômico sobre uma criança aconselhada por Adolf Hitler, Jojo Rabbit. E adivinhem só: provável candidato na próxima temporada de premiações.

Taika Waititi promete ser um grande nome das comédias provocativas

O certo é que vivemos uma época de incertezas financeiras. Isso é nítido em qualquer setor de trabalho. Os empregos estão cada vez mais escassos e as empresas prezam cada vez mais exclusivamente pelo lucro. Quem souber fazer mais dinheiro, indubitavelmente terá mais projetos aprovados. Além disso, a juventude parece possuir uma pequena vantagem sobre os mais velhos, por conta da necessidade de renovação.

Essa questão do monopólio Disney/ FOX é realmente preocupante e ainda vai render muito pano pra manga. É uma competição desleal que dita os rumos do mercado e fecha as portas para os medalhões e os chamados “filmes de arte”. Por fim, a reclamação dos diretores é sinal de que a água do mercado está batendo no pescoço dos grandes nomes, que se vêem sufocados à procura de verbas para externarem sua criatividade pulsante. Mas não é adotando um discurso elitista que eles vão conseguir fôlego para sobreviver. Há de se buscar alternativas enquanto a solução não vem e cobrar dos grandes estúdios oportunidades para todos.

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
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