domingo , 22 dezembro , 2024

Opinião | Por que ‘Batman 2’ PRECISA do Robin?

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Versão do herói feita por Robert Pattinson se beneficiaria da presença do menino prodígio

Um dos detalhes mais chamativos a respeito do novo Batman, interpretado por Robert Pattinson, é a sua indisposição com quaisquer assuntos que necessitem da atenção da persona Bruce Wayne e, enquanto trajado de Homem Morcego, sua fúria quase mortal contra os criminosos que cruzam seu caminho.



Ainda que ao final do arco de personagem haja uma indicação de que essa tendência pode mudar, talvez para uma postura mais branda, é importante como ela irá ocorrer de maneira crível; partindo do pressuposto que não deva ocorrer um longo espaçamento entre o primeiro e segundo filme. Em um curto espaço de tempo, no meio de duas histórias, Bruce já pode se reposicionar individualmente.

Ao passo que seja improvável ele assumir em um futuro próximo a postura de playboy bilionário e displicente como disfarce, se é que essa versão algum dia chegará a tanto, não será surpresa ele interagir com outras pessoas além dos criminosos de Gotham.

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Ainda há espaço para o crescimento de Bruce Wayne

Nesse ponto é indispensável a presença do Robin. Ao ponto que The Batman apresentou seu protagonista e o mundo que o circunda, todos os aspectos negativos (em termos sociais e atmosfera) foram propositalmente elevados ao máximo para, visualmente, expor que aquela cidade e aquele Batman dividiam uma igual situação de decadência.

Com isso em mente, o próximo passo de desenvolvimento para o personagem não pode ser outro senão formar uma ligação emocional com um jovem órfão em situação tão vulnerável quanto Bruce já esteve. A própria noção da presença do Robin para “quebrar” essa tensão data desde sua criação, nos anos 40.

À época, o roteirista das histórias do vigilante, Bill Finger, mantinha uma ideia de que Batman necessitava de um Watson, tal qual Sherlock Holmes. Até então a mecânica de dedução do herói era exposta ao leitor por meio de balão de pensamentos, dessa maneira concentrando a maior parte das linhas de diálogo no próprio protagonista.

O menino prodígio quebrou paradigmas da indústria

No que foi definido pelo autor, ter um parceiro com o qual Batman poderia interagir ao longo da história facilitaria em muito a elaboração de mais diálogos e das deduções do mesmo. Entretanto, o que era para ser um plano para facilitar a vida do autor logo assumiu contornos maiores, principalmente vindos do público.

A ideia de apresentar o novo personagem como um indivíduo jovial, bem mais do que Batman, causou um impacto imediato na então maioria de leitores de quadrinhos, estes sendo crianças. Era uma novidade que um personagem que se parecia com um deles e agia como um deles fosse transposto para as páginas de um meio que, até então, era povoado por super heróis e, antes disso, detetives cínicos.

Dick Grayson, o primeiro Robin, tornou-se não apenas o primeiro sidekick dos quadrinhos, inspirando toda uma leva posterior como Bucky Barnes e Ricardito, como a longo prazo um personagem independente, com traços de personalidade muito bem definidos que o afastaram da mencionada ideia dele ser apenas um artifício de roteiro.

O jovem ajudante tinha timing cômico para manter as crianças interessadas, sua presença quebrava situações tensas que poderiam ser problemáticas para os pais e, a altura dos anos 60, ele já havia se consolidado não só como elemento essencial da mitologia do Batman mas também um ícone cultural graças a série de 1966 e muito pela atuação de Burt Ward.

A interpretação de Burt Ward é a mais icônica do personagem, porém bastante criticada também

Muito se deve a esse pedaço de mídia que o personagem foi gradualmente rejeitado a partir de 1989, com o filme de Tim Burton, e descartado na sequência de 1992. Suas aparições nos dois filmes seguintes, infelizmente, não foram capazes de representá-lo ao imaginário coletivo, tornando Robin como uma peça que eventualmente foi ignorada Christopher Nolan até o último momento de sua trilogia e apresentada só como motivação para um Batman brutal pelas mãos de Zack Snyder.

Ainda que o jovem ajudante não se formalize como Robin em uma sequência, é possível que Reeves já introduza o personagem, assim como a inclinação de Bruce a ajudá-lo no próximo capítulo. 

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Um dos detalhes mais chamativos a respeito do novo Batman, interpretado por Robert Pattinson, é a sua indisposição com quaisquer assuntos que necessitem da atenção da persona Bruce Wayne e, enquanto trajado de Homem Morcego, sua fúria quase mortal contra os criminosos que cruzam seu caminho.

Ainda que ao final do arco de personagem haja uma indicação de que essa tendência pode mudar, talvez para uma postura mais branda, é importante como ela irá ocorrer de maneira crível; partindo do pressuposto que não deva ocorrer um longo espaçamento entre o primeiro e segundo filme. Em um curto espaço de tempo, no meio de duas histórias, Bruce já pode se reposicionar individualmente.

Ao passo que seja improvável ele assumir em um futuro próximo a postura de playboy bilionário e displicente como disfarce, se é que essa versão algum dia chegará a tanto, não será surpresa ele interagir com outras pessoas além dos criminosos de Gotham.

Ainda há espaço para o crescimento de Bruce Wayne

Nesse ponto é indispensável a presença do Robin. Ao ponto que The Batman apresentou seu protagonista e o mundo que o circunda, todos os aspectos negativos (em termos sociais e atmosfera) foram propositalmente elevados ao máximo para, visualmente, expor que aquela cidade e aquele Batman dividiam uma igual situação de decadência.

Com isso em mente, o próximo passo de desenvolvimento para o personagem não pode ser outro senão formar uma ligação emocional com um jovem órfão em situação tão vulnerável quanto Bruce já esteve. A própria noção da presença do Robin para “quebrar” essa tensão data desde sua criação, nos anos 40.

À época, o roteirista das histórias do vigilante, Bill Finger, mantinha uma ideia de que Batman necessitava de um Watson, tal qual Sherlock Holmes. Até então a mecânica de dedução do herói era exposta ao leitor por meio de balão de pensamentos, dessa maneira concentrando a maior parte das linhas de diálogo no próprio protagonista.

O menino prodígio quebrou paradigmas da indústria

No que foi definido pelo autor, ter um parceiro com o qual Batman poderia interagir ao longo da história facilitaria em muito a elaboração de mais diálogos e das deduções do mesmo. Entretanto, o que era para ser um plano para facilitar a vida do autor logo assumiu contornos maiores, principalmente vindos do público.

A ideia de apresentar o novo personagem como um indivíduo jovial, bem mais do que Batman, causou um impacto imediato na então maioria de leitores de quadrinhos, estes sendo crianças. Era uma novidade que um personagem que se parecia com um deles e agia como um deles fosse transposto para as páginas de um meio que, até então, era povoado por super heróis e, antes disso, detetives cínicos.

Dick Grayson, o primeiro Robin, tornou-se não apenas o primeiro sidekick dos quadrinhos, inspirando toda uma leva posterior como Bucky Barnes e Ricardito, como a longo prazo um personagem independente, com traços de personalidade muito bem definidos que o afastaram da mencionada ideia dele ser apenas um artifício de roteiro.

O jovem ajudante tinha timing cômico para manter as crianças interessadas, sua presença quebrava situações tensas que poderiam ser problemáticas para os pais e, a altura dos anos 60, ele já havia se consolidado não só como elemento essencial da mitologia do Batman mas também um ícone cultural graças a série de 1966 e muito pela atuação de Burt Ward.

A interpretação de Burt Ward é a mais icônica do personagem, porém bastante criticada também

Muito se deve a esse pedaço de mídia que o personagem foi gradualmente rejeitado a partir de 1989, com o filme de Tim Burton, e descartado na sequência de 1992. Suas aparições nos dois filmes seguintes, infelizmente, não foram capazes de representá-lo ao imaginário coletivo, tornando Robin como uma peça que eventualmente foi ignorada Christopher Nolan até o último momento de sua trilogia e apresentada só como motivação para um Batman brutal pelas mãos de Zack Snyder.

Ainda que o jovem ajudante não se formalize como Robin em uma sequência, é possível que Reeves já introduza o personagem, assim como a inclinação de Bruce a ajudá-lo no próximo capítulo. 

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