To my galaxy of women, muito obrigada!
E eis que chegamos ao fim de Orphan Black. Os dois episódios finais não seriam diferentes de tudo que já se foi vivido e mostrado até aqui, portanto, o telespectador viveu uma verdadeira roda gigante de emoções. A aventura final das sestras (Tatiana Maslany), como previsto, foi salvar Helena das mãos do falso Westmorland (Stephen McHattie) e da Coady (Kyra Harper).
“One Fettered Slave” – 5.09
O início de “One Fettered Slave” é para fazer qualquer fã da série chorar. A morte de Siobhan (Maria Doyle Kennedy) foi um dos momentos mais impactantes da última temporada e não poderíamos esperar menos do enterro. A carta deixada pela mãe de Sarah e Felix (Jordan Gavaris) é para deixar os corações dos personagens e do público emocionados. E Manning mal consegue ter tempo para lamentar a perda, pois a sestra ucraniana está em perigo.
É necessário destacar que no quesito evolução de personagem, Orphan Black não peca. Sarah fazer parceria com Rachel para conseguir encontrar Helena é um dos pontos altos deste episódio. Assim como, os flashbacks com a atriz Habree Larratt, que interpreta a jovem sestra ucraniana, e faz um trabalho incrível. É preciso parabenizar a artista mirim por entregar uma criança Helena tão real.
Uma cena que merece destaque é o momento em que Sarah, ao fingir ser Rachel, encontra com o John e ele conta o que observou através do olho da ex-CEO. É o momento de certeza que Duncan passou a vida inteira sendo um fantoche manipulado pela Neolution. Outra que merece destaque, e até ouso dizer, outras que merecem são todas as que a ucraniana está, nas quais, como sempre, até nas situações mais impossíveis de sobrevivência ou escapatória, ela triunfa. Helena é, sem dúvidas, uma verdadeira sobrevivente.
“To Right the Wrongs of Many” – 5.10
Ou o que eu chamaria de um verdadeiro presente dos criadores para o público que acompanhou esta série por cinco anos.
Depois de finalmente se livrar de Coady e John, #CloneClub respira, enfim. O telespectador se depara com uma das cenas mais bonitas já feitas em Orphan Black: o nascimento dos gêmeos de Helena mesclado com os flashbacks do nascimento de Kira. E mais uma vez, Tatiana, Maria Doyle Kennedy e Kevin Hanchard (Detective Art Bell) entregam atuações que merecem aplausos de pé. É para chorar até não ter mais lágrimas no organismo.
E apesar dos cinco anos de muita tensão, mortes, quase mortes, sequestros, torturas, por aí vai, o fã ganha 30 minutos de alívio e felicidade. Ver Sarah finalmente encarar o luto pela morte da S. foi algo bem encaixado (e necessário) durante a exibição do último episódio. Assim como a conversa entre ela e as sestras (Cosima, Alison e Helena), em que todas confessam os erros que cometem como mães, ou por não querer ser mãe, e a realização de que mesmo com a perda de Sadler, ela possui uma família e pode sim ser feliz.
O chá de bebê dos gêmeos Orange e Purple presenteia com as cenas pelas quais o público estava no aguardo e até mesmo algumas que não sabia que precisava, como, por exemplo, o abraço inesperado entre Delphine (Evelyne Brochu) e Sarah. Um churrasco de família com direito a criançada reunida, briguinhas, lembranças de entes queridos, hambúrguer com geleia e aquele momento em que os irmãos provam que a união é sempre mais forte. Agora só é preciso cuidado para o livro da Helena não vazar na mídia.
Sarah Manning
Sarah está livre, finalmente. Pode ser feliz com a filha, com as sestras e com o brother-sestra, Felix. A última cena da primeira clone que conhecemos alegra e ao mesmo tempo passa a saudade, a lembrança de Siobhan. E é bom saber que ela decidiu por não vender a casa, o que deixa claro o que disse acima sobre a realização de que ela possui pessoas com quem contar, pessoas que cometem erros como ela, pessoas que não estão ali para julgá-la, mas sim apoiá-la. Stronger together, certo?
Cosima Niehaus
Cosima e Delphine permanecem com os planos de curar todas as Ledas. O casal favorito do telespectador – junto com Alison e Donnie( Kristian Bruun), é claro – sobrevive e Orphan Black se classifica como uma série que não só não matou os personagens LGBTQ, mas também entregou um final feliz para as mesmas. Sem contar que são elas que entregam a menção prometida ao Brasil quando Delphine diz que a próxima parada é o nosso país, pois existem algumas Ledas aqui que precisam da cura.
Alison Hendrix
Claro que a última cena do casal suburbano mais descolado que você conhece tinha que ser divertida. Quando vão começar as filmagens do reality “Keeping Up With the Hendrixes” mesmo?!
Rachel Duncan
E não adianta correr, pois ninguém escapa do karma. Rachel faz a última contribuição ao #CloneClub ao entregar a lista com os nomes de todas que existem ao redor do mundo. 274 ledas. Haja vacina para a cura! Mas enfim, o destino dela é a prova de que até na ficção o mundo dá voltas e tudo que você fez um dia retorna. No caso da ex-CEO, é não ter uma identidade e estar sozinha no mundo.
Helena
Que mulher! Que personagem! Que criação! (risos)
Na última aparição, no quintal dos Hendrix, já que o Vegeance Angel deles agora vive na garagem dos mesmos, ela nomeia os filhos com “nomes de verdadeiros homens”, Arthur e Donnie.
Geral
Como crítica e fã da série, sinto a necessidade de admitir que o último episódio, assim como a quinta temporada de modo geral foi um verdadeiro fan service. Mostrou os backgrounds das personagens pelas quais o público se apaixonou, honrou as perdas que o mesmo teve para a DYAD e destruiu a instituição que causou tudo isto em primeiro lugar. Sem contar que as sestras receberam os finais felizes pelos quais todos esperavam.
A série criada por Graeme Manson (Uma Garota de Sorte) e John Fawcett (Lost Girl) pode não ter respondido todas as questões abertas, mas fez um final digno dos cinco anos que os fãs dedicaram a esta história. Como crítica, minha nota final para Orphan Black não poderia ser cinco estrelas, mas como fã, cinco estrelas +1.
Que o #CloneClub viva para sempre no coração de todos!
Ps. (pela última vez?): o nome da Tatiana Maslany vem ao lado de “sestras”, porque nem eu mereço ficar nomeando ela a cada menção de um clone diferente.