Depois de doze longos meses, 2025 está terminando – o que significa que está na hora de revisitar as melhores produções do ano.
E, para esta mais nova matéria, resolvemos viajar pelo mundo para selecionar os dez melhores álbuns do ano. Afinal, tivemos Lady Gaga fazendo um glorioso e merecido retorno ao cenário fonográfico com o aclamado ‘MAYHEM’, que reiterou seu inegável e importante status no cenário do entretenimento, ou Bad Bunny com o expressivo, envolvente e pungente ‘Debí Tirar Más Fotos’ – além de estreias marcantes como Oklou e Los Thuthanacka.
Confira abaixo as nossas escolhas e conte para nós qual o seu favorito (ou qual deixamos de fora):
10. WEST END GIRL, Lily Allen
Mais de meia década depois de seu último álbum, a artista britânica Lily Allen retornou com seu quinto compilado de originais. ‘West End Girl’ é uma gema do pop atual que traz os elementos da discografia de Allen pelos quais nos apaixonamos em uma íntima e pessoal jornada pela própria vida – com inspiração em seu divórcio do ator David Harbour. Apostando fichas em uma emocionante, singela e pungente história, Allen reencontrou-se consigo mesma e lançou uma das melhores obras do ano.
9. FANCY THAT, PinkPantheress
PinkPantheress vem trilhando um caminho de puro sucesso nesta década – e não ficaria de fora da lista dos nossos melhores álbuns do ano. Em maio, a produtora e musicista lançou sua segunda mixtape oficial, ‘Fancy That’, explorando temas como empoderamento sexual e desejos e chamando a atenção do público e de seus inveterados fãs para um amadurecimento estético e lírico de tirar o fôlego. Ao longo de nove breves faixas, a artista constrói uma hipnótica aventura musical que não nos decepciona em momento algum.
8. BABY, Dijon
2025 foi um ano um tanto quanto expressivo para Dijon. Além de ter trabalhado ao lado de Justin Bieber (‘SWAG’) e Bon Iver (‘Sable, Fable’), o musicista aproveitou sua frutífera carreira para lançar seu primeiro compilado de originais em quatro anos, ‘Baby’. Unindo os conhecidos arranjos do R&B e do soul a explorações conceituais e experimentais, Dijon expandiu o cosmos que já vinha esquadrinhado com o álbum predecessor, ‘Absolutely’, sem deixar de incrementar os breves 37 minutos com inovações muito bem-vindas.
7. CHOKE ENOUGH, Oklou
Depois de ter feito sua estreia oficial com a mixtape ‘Galore’ em 2020, Marylou Vanina Mayniel, mais conhecida por seu nome artístico Oklou retornou em fevereiro deste ano com o inédito ‘Choke Enough’. Trazendo colaborações com Bladee e com Underscores, a cantora e compositora explorou aspectos diferenciados do synth-pop e do hyp-pop para construir um irruptivo encontro entre passado e presente, delineando uma atmosfera sinestésica que contou com nada menos que seis singles promocionais.
6. DEBÍ TIRAR MÁS FOTOS, Bad Bunny

É muito interessante ver artistas latinos ganhando espaço mais que merecido no cenário mainstream – e, sem sombra de dúvidas, Bad Bunny é um dos que melhor representa esse grupo. Alcançando sucesso crítico e comercial com inúmeros álbuns, ele retornou em 2025 com o explosivo, vibrante e pungente ‘Debí Tirar Más Fotos’ é um resgate da cultura porto-riquenha em uma formidável e bem estruturada mixórdia de gêneros como salsa, bomba, reggaeton, house latino e plena.
5. EUSEXUA, FKA Twigs
Se FKA Twigs já havia nos capturado com uma qualidade artística inegável em suas produções anteriores, como o impecável ‘CAPRISONGS’, nada poderia nos preparar para a arrebatadora jornada musical de ‘EUSEXUA’. Promovendo mais um bem-vindo amadurecimento à sua identidade, a musicista valeu-se de cinco singles promocionais, incluindo a faixa título, para reafirmar a mutabilidade constante de uma prismática cautela fonográfica que a colocou de volta no centro das atenções.
4. ROCK DOIDO, Gaby Amarantos

Gaby Amarantos impressionou a todos ao retornar com força para o mundo da música em 2025, lançando seu projeto mais maduro e coeso até hoje – o impactante e envolvente ‘ROCK DOIDO’. Aliando-se a um time competente de produtores e liricistas, o disco explorou as raízes paraenses de uma das artistas mais expressivas do cenário nacional contemporâneo, além de incorporar os conhecidos technobrega e funk à efervescência do carimbó. E, como se não bastasse, Amarantos homenageia o eterno Michael Jackson com uma capa inspirada em ‘Dangerous’.
3. LOS THUTHANACKA, Los Thuthanacka
Os últimos doze meses foram marcados por retornos aplaudíveis de artistas já imortalizados no cenário fonográfico – mas contou com estreias memoráveis de atos musicais que com certeza deixarão sua marca. Esse foi o caso da dupla Los Thuthanacka. O álbum de estreia homônimo do duo formado por Chuquimamani-Condori e Joshua Chuquimia é uma memorabília que une cultura ancestral às pulsões frenéticas da atualidade, unindo gêneros como caporal, huayño e kullawada à efemeridade industrial do techno e da eletrônica.
2. MAYHEM, Lady Gaga
Cinco anos depois de ter nos convidado para o divertido e vibrante planeta ‘Chromatica’, Lady Gaga lançou um dos álbuns mais antecipados de 2025: ‘MAYHEM’. O glorioso, nostálgico e ousado disco é uma celebração testamentária de sua carreira e coloca a titânica musicista em contato direto com seus ídolos – incluindo David Bowie e Michael Jackson – através de uma jornada dançante, profunda e marcante que singra pelo house, pelo funk, pelo electroclash e pelo dance.
1. LUX, ROSALÍA
ROSALÍA sempre se mostrou como uma artista única e fora dos conceitos bombardeados pelo cenário fonográfico mainstream – e, pouco tempo depois de ter nos encantado com ‘MOTOMAMI’, a cantora e compositora espanhola entregou a maior obra-prima de sua carreira, ao menos até agora, com o místico e hagiográfico ‘LUX’.
O compilado de originais, apoiado pelo fabuloso lead single “Berghain”, é uma exploração conceitual da personalidade feminina da maneira mais incrível e inesperada possível, misturando baroque pop, música clássica e avant art para um cosmos como nunca visto (ou, neste caso, ouvido) antes. Esquadrinhando treze línguas diferentes, ROSALÍA arquiteta um tour-de-force narrativo e artístico que reitera seu inegável status no mundo da música contemporânea.