sábado , 21 dezembro , 2024

Os 10 Melhores Álbuns Internacionais da Década de 2010

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Os anos 2010 foram marcados por uma efervescência gigantesca no cenário musical – com a repopularização do EDM e da chegada do trap ao mainstream.

Dentre os inúmeros artistas que dominaram as paradas e causaram grande impacto no mundo fonográfico, podemos citar a consumação de Lady Gaga como uma das portas-vozes da comunidade LGBTQIA+ com o lançamento de Born This Way; a revolução social promovida por Beyoncé com o aclamado Lemonade; a inesperada incursão de Lorde com o impecável Melodrama; e muitos outros.



Pensando nisso, preparamos uma breve lista elencando os dez melhores álbuns dos anos 2010, levando em consideração não apenas a recepção crítica, mas também o que trouxeram de original ou de importante para a cultura pop.

Confira nossas escolhas abaixo e conte para nós qual o seu favorito:

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10. BEYONCÉ, Beyoncé (2013)

“Foi a partir de ‘4’ que ela percebeu que, uma vez imortalizada no show business, era possível desvencilhar-se do que os outros falavam e fazer o que bem entendesse: ‘BEYONCÉ’, dessa maneira, é um antro de hinos de independência que exaltam o empoderamento, o feminismo e sua posição dentro de um espaço que lutou para conquistar. Não é surpresa, pois, que encontremos inflexões bastante diferentes, que usam e abusam dos estilos a que estava acostumada, mas enfeitados com construções conceituais que delineiam uma afeição ao art pop, ao synth, ao neo-disco, ao electro-funk (subgêneros que vinham ganhando força através de nomes mais contemporâneos)” – Thiago Nolla

9. OIL OF EVERY PEARL’S UN-INSIDES, SOPHIE (2018)

“[SOPHIE] ascendeu a uma carreira de extremo sucesso que lhe rendeu uma indicação ao Grammy na categoria de Melhor Álbum Dance – a primeira artista trans a conseguir tal feito e a terceira a ser relembrada na premiação ao lado de Teddy Geiger e Jackie Shane. A obra que lhe garantiu aclame universal por parte da crítica e uma legião de fãs que devem revisitá-la após o trágico falecimento é ‘Oil of Every Pearl’s Un-Insides’. Lançada em 2018, as nove faixas não se comportam do jeito esperado, mas erguem-se em uma declaração vanguardista que reflete um mundo em decadência – decadência essa que reflete a inevitabilidade da libertação e da expressão da arte” – T.N.

8. MASSEDUCTION, St. Vincent (2017)

Masseduction’ recebeu aplausos diversos pelos especialistas internacionais e promoveu uma profunda mudança na identidade sonora de St. Vincent – que já havia entregado diversos álbuns incríveis. Focando em temas como sexo, drogas, tristeza e imperialismo predatório, o disco funde electro-popnew wave e glam rock e conta com quatro singles oficiais, incluindo a irretocável faixa “Los Ageless”.

7. BLACKSTAR, David Bowie (2016)

O 25º e último álbum da carreira do icônico David Bowie é considerado como um dos melhores de sua discografia. Intitulado Blackstar, a produção foi feita em segredo em Nova York e conquistou o público por sua construção memorialística e testamentária, ainda mais considerando que Bowie infelizmente faleceu dois dias depois do lançamento da obra. Na cerimônia do Grammy, o álbum levou para casa cinco merecidas estatuetas.

6. BODY TALK, Robyn (2010)

Em seu sétimo álbum de estúdio, a artista sueca Robyn continuou a ser adorada internacionalmente. Body Talk foi aclamado pela crítica internacional, apesar de ter sido esnobado nas principais premiações musicais. Através de quinze faixas originais compostas em menos de seis meses, a compositora se transformou em uma das vozes da atualidade, entregando para o mundo impecáveis tracks como “Call Your Girlfriend” e “Dancing On My Own”.

5. BORN THIS WAY, Lady Gaga (2011)

“Nos primeiros anos de carreira de Lady Gaga, muitos a encaravam como uma ‘modinha passageira’; todavia, com a chegada de Born This Way, os incrédulos perceberam que ela estava para ficar. Em seu terceiro álbum de estúdio, a performer deixou bem claro que continuaria a se postar a favor dos que sofriam, utilizando o domínio do panorama mainstream para colocar em voga temas de necessária discussão, ainda mais em pleno século XXI. Mais do que isso, ela também transformaria a plataforma em um palco para demonstrar uma invejável versatilidade artística que não era vista com muita facilidade por suas conterrâneas, afastando-se do costumeiro EDM e synth-pop que ajudou a realavancar e apostando fichas desde o electro-rock até o house” – T.N.

4. MELODRAMA, Lorde (2017)

Melodrama mostrou que a cantora e compositora neozelandesa Lorde ainda tinha muito a contar para seus fãs – principalmente depois de sua ótima estreia com ‘Pure Heroin’. Ovacionado pela crítica especializada pelo afastamento da obra anterior e pelas breves incursões ao conceitualismo musical, a produção foi indicada Álbum do Ano no Grammy (sendo injustamente esnobada e causando um furor generalizado entre os apreciadores da música), ela narrou sobre sua desilusão com a fama e aproveitou para capturar os sentimentos do coração partido e da solidão após seu primeiro término.

3. LEMONADE, Beyoncé (2016)

“A priori, é ímpar tem em mente que o disco é inteiramente visual; ainda que as poderosas letras, delineadas com maestria pela cantora em colaboração com nomes importantes da esfera fonográfica (incluindo The WeekndKendrick Lamar e James Blake), perpassem por dias de luta e dias de glória e resgatem sua belíssima e aplaudível herança, os videoclipes não funcionam como produções à parte, e sim com extensão de algo inovador e renovador ao mesmo tempo. Afinal, é justamente aqui que Beyoncé abre portas para canções declarativas ao R&B, ao soul, ao jazz e ao folk, gêneros historicamente datados da cultura afrodescendente que encontrou uma expressão única ao serem marginalizados na sociedade estadunidense, bom, desde sempre– T.N.

2. MY BEAUTIFUL DARK TWISTED FANTASY, Ye (2010)

Polêmicas – e um caráter muito duvidoso – à parte, Kanye West (ou, como é conhecido atualmente, Ye), tem um grande impacto no mundo da música ao longo de sua extensa carreira. Logo no começo da década passada, o rapper deu origem à obra-prima de sua discografia com My Beautiful Dark Twisted Fantasy: contando com treze faixas em sua versão padrão, o compilado é uma celebração da opulência e da maximização estética, misturando gêneros como soulpopbaroqueelectro e vários outros em uma explosão sonora que ficou marcada na história.

1. TO PIMP A BUTTERFLY, Kendrick Lamar (2015)

Kendrick Lamar começou sua carreira musical oficialmente em 2011 e, quatro anos depois de seu début oficial, parou o mundo com o lançamento de seu terceiro álbum de estúdio, To Pimp a Butterfly. Considerado uma das melhores incursões fonográficas da história da música, o compilado de originais se configura como um arauto do empoderamento racial, movido por versos que falam sobre a discriminação sofrida pela população negra e pela importância da cultura como arma de luta contra a opressão. Aqui, Lamar mergulha no experimentalismo do hip hop e no jazz rap, arquitetando uma magnum opus que viria a influenciar gerações de artistas e que reafirmaria sua importância no cenário fonográfico.

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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Os anos 2010 foram marcados por uma efervescência gigantesca no cenário musical – com a repopularização do EDM e da chegada do trap ao mainstream.

Dentre os inúmeros artistas que dominaram as paradas e causaram grande impacto no mundo fonográfico, podemos citar a consumação de Lady Gaga como uma das portas-vozes da comunidade LGBTQIA+ com o lançamento de Born This Way; a revolução social promovida por Beyoncé com o aclamado Lemonade; a inesperada incursão de Lorde com o impecável Melodrama; e muitos outros.

Pensando nisso, preparamos uma breve lista elencando os dez melhores álbuns dos anos 2010, levando em consideração não apenas a recepção crítica, mas também o que trouxeram de original ou de importante para a cultura pop.

Confira nossas escolhas abaixo e conte para nós qual o seu favorito:

10. BEYONCÉ, Beyoncé (2013)

“Foi a partir de ‘4’ que ela percebeu que, uma vez imortalizada no show business, era possível desvencilhar-se do que os outros falavam e fazer o que bem entendesse: ‘BEYONCÉ’, dessa maneira, é um antro de hinos de independência que exaltam o empoderamento, o feminismo e sua posição dentro de um espaço que lutou para conquistar. Não é surpresa, pois, que encontremos inflexões bastante diferentes, que usam e abusam dos estilos a que estava acostumada, mas enfeitados com construções conceituais que delineiam uma afeição ao art pop, ao synth, ao neo-disco, ao electro-funk (subgêneros que vinham ganhando força através de nomes mais contemporâneos)” – Thiago Nolla

9. OIL OF EVERY PEARL’S UN-INSIDES, SOPHIE (2018)

“[SOPHIE] ascendeu a uma carreira de extremo sucesso que lhe rendeu uma indicação ao Grammy na categoria de Melhor Álbum Dance – a primeira artista trans a conseguir tal feito e a terceira a ser relembrada na premiação ao lado de Teddy Geiger e Jackie Shane. A obra que lhe garantiu aclame universal por parte da crítica e uma legião de fãs que devem revisitá-la após o trágico falecimento é ‘Oil of Every Pearl’s Un-Insides’. Lançada em 2018, as nove faixas não se comportam do jeito esperado, mas erguem-se em uma declaração vanguardista que reflete um mundo em decadência – decadência essa que reflete a inevitabilidade da libertação e da expressão da arte” – T.N.

8. MASSEDUCTION, St. Vincent (2017)

Masseduction’ recebeu aplausos diversos pelos especialistas internacionais e promoveu uma profunda mudança na identidade sonora de St. Vincent – que já havia entregado diversos álbuns incríveis. Focando em temas como sexo, drogas, tristeza e imperialismo predatório, o disco funde electro-popnew wave e glam rock e conta com quatro singles oficiais, incluindo a irretocável faixa “Los Ageless”.

7. BLACKSTAR, David Bowie (2016)

O 25º e último álbum da carreira do icônico David Bowie é considerado como um dos melhores de sua discografia. Intitulado Blackstar, a produção foi feita em segredo em Nova York e conquistou o público por sua construção memorialística e testamentária, ainda mais considerando que Bowie infelizmente faleceu dois dias depois do lançamento da obra. Na cerimônia do Grammy, o álbum levou para casa cinco merecidas estatuetas.

6. BODY TALK, Robyn (2010)

Em seu sétimo álbum de estúdio, a artista sueca Robyn continuou a ser adorada internacionalmente. Body Talk foi aclamado pela crítica internacional, apesar de ter sido esnobado nas principais premiações musicais. Através de quinze faixas originais compostas em menos de seis meses, a compositora se transformou em uma das vozes da atualidade, entregando para o mundo impecáveis tracks como “Call Your Girlfriend” e “Dancing On My Own”.

5. BORN THIS WAY, Lady Gaga (2011)

“Nos primeiros anos de carreira de Lady Gaga, muitos a encaravam como uma ‘modinha passageira’; todavia, com a chegada de Born This Way, os incrédulos perceberam que ela estava para ficar. Em seu terceiro álbum de estúdio, a performer deixou bem claro que continuaria a se postar a favor dos que sofriam, utilizando o domínio do panorama mainstream para colocar em voga temas de necessária discussão, ainda mais em pleno século XXI. Mais do que isso, ela também transformaria a plataforma em um palco para demonstrar uma invejável versatilidade artística que não era vista com muita facilidade por suas conterrâneas, afastando-se do costumeiro EDM e synth-pop que ajudou a realavancar e apostando fichas desde o electro-rock até o house” – T.N.

4. MELODRAMA, Lorde (2017)

Melodrama mostrou que a cantora e compositora neozelandesa Lorde ainda tinha muito a contar para seus fãs – principalmente depois de sua ótima estreia com ‘Pure Heroin’. Ovacionado pela crítica especializada pelo afastamento da obra anterior e pelas breves incursões ao conceitualismo musical, a produção foi indicada Álbum do Ano no Grammy (sendo injustamente esnobada e causando um furor generalizado entre os apreciadores da música), ela narrou sobre sua desilusão com a fama e aproveitou para capturar os sentimentos do coração partido e da solidão após seu primeiro término.

3. LEMONADE, Beyoncé (2016)

“A priori, é ímpar tem em mente que o disco é inteiramente visual; ainda que as poderosas letras, delineadas com maestria pela cantora em colaboração com nomes importantes da esfera fonográfica (incluindo The WeekndKendrick Lamar e James Blake), perpassem por dias de luta e dias de glória e resgatem sua belíssima e aplaudível herança, os videoclipes não funcionam como produções à parte, e sim com extensão de algo inovador e renovador ao mesmo tempo. Afinal, é justamente aqui que Beyoncé abre portas para canções declarativas ao R&B, ao soul, ao jazz e ao folk, gêneros historicamente datados da cultura afrodescendente que encontrou uma expressão única ao serem marginalizados na sociedade estadunidense, bom, desde sempre– T.N.

2. MY BEAUTIFUL DARK TWISTED FANTASY, Ye (2010)

Polêmicas – e um caráter muito duvidoso – à parte, Kanye West (ou, como é conhecido atualmente, Ye), tem um grande impacto no mundo da música ao longo de sua extensa carreira. Logo no começo da década passada, o rapper deu origem à obra-prima de sua discografia com My Beautiful Dark Twisted Fantasy: contando com treze faixas em sua versão padrão, o compilado é uma celebração da opulência e da maximização estética, misturando gêneros como soulpopbaroqueelectro e vários outros em uma explosão sonora que ficou marcada na história.

1. TO PIMP A BUTTERFLY, Kendrick Lamar (2015)

Kendrick Lamar começou sua carreira musical oficialmente em 2011 e, quatro anos depois de seu début oficial, parou o mundo com o lançamento de seu terceiro álbum de estúdio, To Pimp a Butterfly. Considerado uma das melhores incursões fonográficas da história da música, o compilado de originais se configura como um arauto do empoderamento racial, movido por versos que falam sobre a discriminação sofrida pela população negra e pela importância da cultura como arma de luta contra a opressão. Aqui, Lamar mergulha no experimentalismo do hip hop e no jazz rap, arquitetando uma magnum opus que viria a influenciar gerações de artistas e que reafirmaria sua importância no cenário fonográfico.

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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