O gênero fantástico sempre esteve em nossas vidas – seja na literatura, no cinema ou na televisão. Desde os primórdios da contação de histórias, artistas incríveis tiveram a capacidade de nos transportar para mundos distantes, recheados de criaturas sobrenaturais e mitológicas, que nos apresentavam uma nova perspectiva aventuresca movida por acontecimentos soberbos e épicos.
Pensando nisso, preparamos uma breve lista elencando os dez melhores filmes de fantasia dos anos 1990 – através de escolhas que incluem os clássicos ‘Abracadabra’ e ‘Convenção das Bruxas’, bem como o icônico terror found-footage ‘A Bruxa de Blair’.
Confira:
10. A MÚMIA (1999)
Em 1999, Brendan Fraser estava no auge de sua fama e de sua carreira – e foi escalado para estrelar a divertida aventura fantástica ‘A Múmia’, uma investida mais cômica do clássico da Universal Pictures que também contou com a presença de Rachel Weisz, Arnold Vosloo e outros. Ainda que tenha tido uma recepção mista à época de seu lançamento, o longa transformou-se em um clássico da “sessão da tarde” e, revisitando-o, é possível ver que seu comprometimento com uma história despojada e sem ambições desnecessárias garantem seu merecido lugar na nossa lista.
9. CONVENÇÃO DAS BRUXAS (1990)
‘Convenção das Bruxas’ aterrorizou e aterroriza qualquer criança que ouse assistir ao filme, principalmente pelo proposital e grotesco design das vilãs. Entretanto, nossa paixão pelo longa vai além disso: a narrativa de Nicolas Roeg baseada no livro homônimo serve tanto como nostalgia para os adultos quanto como um manual com lições de moral para os mais jovens. A história gira em torno de um menino e sua avó que devem enganar e destruir uma legião de bruxas que se mascaram de humanas para matar crianças – ou transformá-las em ratos. E, ainda que torçamos para que tudo dê certo, é quase impossível tirar os olhos de Anjelica Huston como a Srta. Eva Ernst.
8. ABRACADABRA (1993)

Retornando às fábulas e às histórias envolvendo temidas e horrendas bruxas de séculos passados, Kenny Ortega foi responsável por dar vida a ‘Abracadabra’, uma deliciosa e inocente história de aventura que inclusive deu origem a inúmeras outras narrativas infanto-juvenis do cinema contemporânea. É claro que o desapego com questões mais dramáticas, a irreverência excessiva e a falta de “ponderação comercial”, por assim dizer, não trouxeram bons resultados críticos ao filme à época – mas definitivamente não tiraram o apreço que mantemos por ele até hoje, garantindo que ele fosse revisitado com olhares que o sagraram como clássico cult.
7. PLEASANTVILLE: A VIDA EM PRETO E BRANCO (1998)
Sem dúvida alguma, Gary Ross pode ser compreendido como uma das mentes mais criativas do cinema – e tal afirmação é respaldada pela sinopse apresentada no parágrafo acima. Talvez essa investida do final do século passado tenha lhe dado base para produzir e dirigir franquias como ‘Jogos Vorazes’ e até mesmo o spin-off ‘Oito Mulheres e um Segredo’. Entretanto, é quase óbvio compreender que o cineasta não tinha ideia de que seus esforços para trazer a pacata comunidade de Pleasantville à vida renderiam muito mais que uma simples comédia romântica adolescente: em ‘A Vida em Preto e Branco’, nos deparamos com brechas e lacunas preenchidas com ácidas críticas sociais revestidas de uma branda sutileza que é a principal marca do filme.
6. DRÁCULA DE BRAM STOKER (1992)
Em 1992, Francis Ford Coppola tomou as rédeas de um ambicioso projeto que, ainda que divisivo quando chegou aos cinemas, se tornaria um de seus filmes mais importantes e memoráveis: ‘Drácula de Bram Stoker’. Inspirado no romance gótico homônimo, o longa foi comandado pela performance irretocável de Gary Oldman como o personagem titular e um trabalho estético de tirar o fôlego. Na trama, o jovem advogado inglês Jonathan Harker aceita um trabalho em uma vila sombria nas brumas da Transilvânia, na Romênia. Ele é capturado e aprisionado pelo vampiro Drácula, que viaja para Londres e dá início a um reinado de sedução e horror.
5. A BRUXA DE BLAIR (1999)
Mais de duas décadas e meia depois de seu lançamento oficial nos cinemas, ‘A Bruxa de Blair’ permanece como uma das produções mais revolucionárias do cinema contemporâneo – mesmo com válidas críticas acerca de seu envelhecimento, como já mencionado. Não é nenhum exagero dizer que, sem o impacto do filme, projetos como ‘Atividade Paranormal’, ‘REC’ e ‘Buscando…’ sequer existiriam – e é por isso que é sempre uma boa ideia revisitar aquele que popularizou o gênero.
4. O ESTRANHO MUNDO DE JACK (1993)
Antes de dar vida a filmes bastante conhecidos, Tim Burton assinou o enredo do arrepiante musical ‘O Estranho Mundo de Jack’. Com direção de Henry Selick em um marcante e irretocável stop-motion, o filme nos leva para a Cidade do Halloween e discorre sobre Jack Skellington, uma caveira e rei das abóboras que decide deixar o Dia das Bruxas de lado e construir, ao lado de seus amigos locais, um feriado novo que emule o Natal. Mas é claro que as coisas não saem exatamente como o planejado e, entre altos e baixos, eles percebem que querer se apoderar de algo com que não estão familiarizados pode ser um tiro no pé.
3. FEITIÇO DO TEMPO (1993)
‘Feitiço do Tempo’ é um daqueles clássicos que envelhece como uma boa garrafa de vinho – e, mais de trinta anos depois de seu lançamento nos cinemas, permanece como uma das grandes histórias do cinema. Com um roteiro impecável e atuações esplendorosas de Bill Murray e Andie McDowell numa química invejável e envolvente, a trama Phil, um repórter de televisão que faz previsões de meteorologia que vai a uma pequena cidade encabeçar uma matéria especial sobre o celebrado Dia da Marmota. Pretendendo ir embora o mais rapidamente possível, ele inexplicavelmente fica preso no tempo, condenado a vivenciar para sempre os eventos daquele dia.
2. A BELA E A FERA (1991)
A aclamada animação ‘A Bela e a Fera’ gira em torno de a história de Bela, uma jovem campesina cujo maior sonho é conhecer o mundo e se livrar das amarras sociais que a prendem naquele lugar. Entretanto, seus planos sofrem um leva mudança quando ela se torna prisioneira de uma poderosa criatura num “assombrado” castelo. O longa ganhou reconhecimento universal e tornou-se a primeira animação a ser indicada ao Oscar de Melhor Filme, além de ter levado para casa outras duas estatuetas pela ovacionada trilha sonora. E não é surpresa que seja um dos mais populares entre os fãs da Disney – afinal, são poucas as obras fílmicas que tiveram o poder de nos comover tanto quanto esta.
1. EDWARD MÃOS DE TESOURA (1990)
Com ‘Edward Mãos-de-Tesoura’, Tim Burton conseguiu encontrar uma forma de poetizar aquilo que é considerado “fora do normal”. A beleza do personagem principal está justamente em sua excentricidade, em sua construção nem um pouco dentro das saídas convencionais e como sua personalidade altruísta e ingênua é capaz de cativar todos à sua volta – não é surpresa que a jovem Kim acabe se apaixonando por sua transcendência, visto que não é como nenhum dos outros garotos que passaram por sua vida. Uma aventura romântica que segue uma linha tragicômica é a frase que mais define essa linda obra de Burton, mas não se pode deixar de dizer que ela falha quando não se aprofunda em algumas outras questões, principalmente a não aceitação que, eventualmente, permanece em um escopo mais superficial.
Assista:
