sexta-feira, março 29, 2024

Os 10 Melhores Remakes do Cinema

Geralmente, quando se fala em remake ou reboot, a primeira impressão popular tende a ser negativa: “Como ousam refazer, qual a necessidade, não existe mais novas ideias?”, é o que se ouve por aí. Apesar da maioria dos exemplos não serem favoráveis, dar uma nova roupagem a uma antiga história nem sempre é ruim. Na verdade, quando a revitalização cai nas mãos de gente competente, acredite, o resultado acaba até superando a ideia original.

Como falamos na matéria anterior, dos 10 Piores Remakes do Cinema, num ponto de vista mais aprofundado, deve existir uma razão coerente para que tal fato aconteça. Algumas dessas causas estão ligadas a atualizar o produto para uma nova geração, outras comumente se dão a intenção lucrativa de mercado.

Pensando nisso, separamos aqui algumas refilmagens que se tornaram obras quase incontestáveis, mas que também, antes de serem lançadas, eram tidas como apostas arriscadas. Hoje, talvez, esses filmes mal possam ser associados a reinterpretações – até cairiam na mesma ladainha que não devem ser refeitos. Sem mais delongas, vamos à lista.

10 – Madrugada dos Mortos (2004)

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O Despertar dos Mortos (1978), clássico de George A. Romero, causou grande euforia na época, tanto que foi uma das obras mais emblemáticas do autor, criando até o subgênero zombie movie e virando tendência na cultura pop. Décadas se passaram e assunto foi deixado de lado, era apreciado apenas pelos fãs mais ferrenhos do estilo. Mas eis que surge o novato Zack Snyder, com o seu Madrugada dos Mortos, e pega todo mundo de surpresa. Além de possuir a catarse, característica e crítica social do anterior, pôs novamente o tema em ascensão e indiretamente foi responsável pelo aparecimento de séries, livros e quadrinhos posteriores.

9 – Bravura Indômita (2010)

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Bravura Indômita (1969) foi o longa que deu a lenda John Wayne o seu único Oscar. Henry Hathaway também foi bem elogiado pelo tocante western que fez. Mas cerca de 40 anos depois, os irmãos Coen decidiram contar sua versão do livro que deu origem ao filme. O resultado foi um trabalho recheado de grandes momentos e atuações (tem em seu cast nomes como Jeff Bridges, Matt Damon e Josh Brolin), dono de 10 indicações ao Oscar e por muitos é considerado melhor que a primeira adaptação.

8 – Os Infiltrados (2006)

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Não deixe de assistir:

É inegável que Conflitos Internos (2002) é um ótimo filme de premissa original e possui criticas sutis em relação à força policial e hipocrisia geral da sociedade. Como também é evidente que The Departed transporta todos esses tópicos e supera sua fonte de inspiração, com uma direção frenética do mestre Martin Scorsese e atuações matadores de Jack Nicholson, Leonardo DiCaprio, Matt Damon e companhia. Foi até responsável pelo primeiro Oscar do cineasta e rendeu incríveis US$289 milhões.

7 – Onze Homens e um Segredo (2002)

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Diferente do primeiro Onze Homens e Um Segredo (1960), que reunia astros como Frank Sinatra, Dean Martin, Sammy Davis Jr. e Peter Lawford, colocados numa trama boba, sem muito cuidado, mais atenta em destacar as personas dos sujeitos, onde teriam que roubar cinco cassinos de uma só vez, a refilmagem de Steven Soderbergh, mesmo tendo também um elenco estrelado por George Clooney, Brad Pitt, Julia Roberts e Matt Damon, possuía uma história bem mais charmosa, articulada e envolvente.

6 – A Identidade Bourne (2002)

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Sim, antes de Doug Liman adaptar o grande romance de Robert Ludlum, tivemos anteriormente uma versão feita para TV de A Identidade Bourne (1988). Não é preciso ir longe para então perceber a diferença de qualidade entre esse primeiro filme e aquele vivido por Matt Damon. Supera o anterior em todos os sentidos. Sendo também um trabalho importante por ditar um novo estilo de fazer ação no cinema.

5 – Drácula de Bram Stoker (1992)

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A primeira adaptação de Drácula (1931), estrelada pela lenda Béla Lugosi, é sem dúvida uma peça de arte do terror. Porém, é inegável citar que o filme comandado por Francis Ford Coppola, cerca de 60 anos depois, é um romance muito mais adulto e interessante. Além de possuir uma trama charmosa, contou com atuações magistrais de Gary Oldman, Winona Ryder e Anthony Hopkins. Sem duvidas já é um jovem clássico.

4 – Ben-Hur (1959)

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Engana-se você se pensa que essa coisa de remake começou há pouco tempo. Em 1907 foi feita a primeira versão de Ben-Hur, outra em 1925 e somente em 1959 que aquele protagonizado por Charlton Heston, considerado o maior épico de todos os tempos, saiu do papel. O filme até hoje emana um grande poder não só pelas locações, mas em relação à incrível odisseia vivida pelo personagem central. E envelheceu muito bem, obrigado.

Neste fim de semana, foi lançado um novo remake estrelado por Jack Huston e Rodrigo Santoro, sem a grandiosidade e a importância do anterior.

3 – O Enigma do Outro Mundo (1982)

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O Monstro do Ártico (1951), de Howard Hawks, adaptava a história Who Goes There?, lançada na revista Astounding Stories, em 1938. E chegou até ser considerado o melhor sci-fi difundido na década de 1950. Mas quando John Carpenter fez sua versão, O Enigma de Outro Mundo (1982), com Kurt Russell, o público se rendeu a uma das obras mais engenhosas do mestre do terror, que misturava ficção cientifica, suspense e horror como poucas fizeram. É uma obra-prima que permanece intocável, mesmo com todo gore latente.

2 – A Mosca (1986)

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Apesar de apostar numa abordagem mais visceral – diferente do original, A Mosca da Cabeça Branca (1958), de Kurt Neumann, que era muito mais um horror clássico -, David Cronenberg realiza um trabalho que busca testar o limite físico e emocional do humano e por assim suas relações. O filme equipara níveis de emoção, tensão e inventividade de forma pouco vista na sétima arte. Jeff Goldblum faz aqui o papel de sua vida, com uma atuação calcada em olhares e pequenos trejeitos, Seth Brundle é um personagem tridimensional, que passa bastante credibilidade e aflição. A maquiagem também é soberba, chegando a faturar naquele ano o Oscar, nessa categoria.

1 – Scarface (1983)

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Aqui outro filme da década de 1930 com direção de Howard Hawks, que ganha um remake absolutamente superior. O novo Scarface contou com o fabuloso Al Pacino no papel principal, uma inspiradíssima direção de Brian de Palma e um excêntrico roteiro de Oliver Stone, que situou o enredo nos anos 80 e transferiu o local da trama de Chicago para Miami. A fita ficou também marcada na história com o personagem Tony Montana, um maluco que simbolizava várias faces da época e impressionava pela desenvoltura em determinadas situações. O longa até hoje consegue se comunicar pela força que debate seus temas e pela ambição dos envolvidos.

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Wilker Medeiroshttps://www.youtube.com/imersaocultural
Wilker Medeiros, com passagem pela área de jornalismo, atuou em portais e podcasts como editor e crítico de cinema. Formou-se em cursos de Fotografia e Iluminação, Teoria, Linguagem e Crítica Cinematográfica, Forma e Estilo do Cinema. Sempre foi apaixonado pela sétima arte e é um consumidor voraz de cultura pop.

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