A década de 2020 vem se provando ótima para a música – sendo dominada por nomes como Taylor Swift, Beyoncé, Lady Gaga tantos outros nomes.
E, enquanto as canções nutrem de um apreço gigantesco pelos fãs, é inegável que uma parte importante desse escopo são os videoclipes.
Pensando nisso, preparamos uma breve lista elencando os 10 melhores videoclipes da década (até agora).
Confira abaixo as nossas escolhas:
10. “MONTERO (CALL ME BY YOUR NAME)”, Lil Nas X
Causando choque e inúmeras controvérsias por parte dos mais conservadores, “MONTERO (Call Me By Your Name)” é uma música indesculpavelmente LGBTQIA+ – e é claro que o videoclipe, dirigido por Lil Nas X e pelo realizador ucraniano Tanu Muino, não seria diferente. Fazendo diversas referências a histórias da mitologia grega, católica e romana, cada sequência emerge como um espetáculo imagético diferente, regado a uma paleta de cores exuberante e a figurinos incríveis.
9. “KISS ME MORE”, Doja Cat feat. SZA
“Kiss Me More”, parceria de Doja Cat e SZA, trouxe Warren Fu na cadeira de direção, pegando páginas emprestadas de produções como “Oops!… I Did It Again”, de Britney Spears, e ‘Perdido em Marte’ para discorrer sobre um astronauta que cai em um planeta desconhecido. Doja Cat e SZA, posando como deusas desse mundo, o guiam através de sua jornada pelo território inóspito – mas, como outros antes dele, o astronauta é atraído para uma armadilha. A belíssima construção se vale de reluzentes tons pastéis, figurinos sci-fi futuristas e um apreço encantador pela fantasia.
8. “FILS DE JOIE”, Stromae
Stromae retornou com força para o mundo da música com o lançamento de ‘Multitude’ e, obviamente, um álbum tão importante para sua carreira quanto este viria acompanhado de ótimos videoclipes. Um deles é “Fils de Joie”, uma investida narrativa simples e grandiosa ao mesmo tempo, que aposta na melancolia de uma sociedade hipócrita e em no belíssimo cenário superssimétrico de Bruxelas.
7. “KING”, Florence + The Machine
Autumn de Wilde comandou todos os videoclipes promocionais do último álbum de Florence Welch, ‘Dance Fever’ – e escolher entre obras tão impecáveis não foi um trabalho fácil. Porém, “King” merece um lugar na nossa lista: a produção é um embate engendrado entre presente, passado e futuro, ambientada em um cosmos fantasioso, um corpo de baile incrível e uma fotografia evocativa que dialoga com um proposital anacronismo narrativo.
6. “PHYSICAL (LET’S GET PHYSICAL WORK OUT)”, Dua Lipa
Sim, sim, “Physical” é um videoclipe incrível, mas você já assistiu à outra versão estrelada por Dua Lipa? O vídeo de treinamento dirigido por Daniel Carberry é uma joia rara da plataforma do YouTube e, dessa vez, encarna Jane Fonda através de uma carta de amor com figurinos impactantes e movimentos dinâmicos.
5. “ALREADY”, Beyoncé
“ALREADY” faz parte do filme ‘BLACK IS KING’ – e resume toda a importância que Beyoncé representa para a celebração e a exploração da cultura africana, trazendo-a para o cenário mainstream e revisitando suas raízes antepassadas. Inspirada pelas tribos Zulu e Xhosa, a narrativa é uma alegoria para a libertação da comunidade negra de todos os dilemas que enfrentou ao longo dos séculos.
4. “JOAN OF ARC ON THE DANCE FLOOR”, Aly & AJ
Enquanto grande parte dos artistas se limitaram às décadas finais do século passado, Aly & AJ foram ainda mais longe e voltaram para o início da arte cinematográfica com o videoclipe de “Joan of Arc on the Dance Floor”. Rodando através de uma lente 16mm e outra 35mm, o estilo do clipe é inspirado no expressionismo alemão e nos longas-metragens da Era Muda do cinema.
3. “NOT LIKE US”, Kendrick Lamar
Kendrick Lamar não é um dos melhores artistas de todos os tempos por qualquer motivo – e, neste ano, reiterou sua genial mentalidade com o lançamento da diss track “Not Like Us”, continuando sua rixa com o rapper Drake e colocando uma pá de cal sobre o assunto ao, finalmente, vencer o embate com uma produção que amalgama hip hop e rap de maneira sublime. O videoclipe que acompanhou o single, por sua vez, é uma jornada absurdista, melodramática e ácida recheada de referências às conturbações entre os dois artistas, contando com um corpo de baile impecável e uma sólida direção que co-assinou ao lado de Dave Free.
2. “GENESIS.”, RAYE
Se RAYE já havia feito uma grande estreia com ‘My 21st Century Blues’ no ano passado, ela apenas estava começando. Com o lançamento de “Genesis.”, single inédito que fará parte de seu próximo compilado musical, a artista britânica nos convida a uma experiência sensorial que se estende por nada menos que sete minutos – e é claro que o videoclipe oficial partiria de uma estética similar. Navegando por uma quantidade exorbitante de estéticas, desde o teor vintage dos filmes-B dos anos 1980 até a sinestesia constante dos dramas melancólicos da contemporaneidade, ela une forças com Otis Dominique para um arauto de explorações imagéticas de tirar o fôlego.
1. “911”, Lady Gaga
Nada poderia nos preparar para o que Lady Gaga havia em estoque no mundo de ‘Chromatica’.
Para o 3º single do álbum, “911”, Gaga abraça a arte surrealista ao lado de Tarsem Singh, valendo-se de elementos clássicos do cinema, incluindo os longas-metragens ‘A Cor da Romã’ e ‘8 1/2’. A artista acorda em um deserto, rodeada de romãs, e então segue um cavaleiro misterioso até um vilarejo onde as coisas mais estranhas acontecem. A onírica narrativa termina em uma reviravolta gigantesca, que se tornou um dos assuntos mais comentados do ano e que chocou fãs ao redor do mundo.